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| RESENHA #187 | AMOS E MASMORRAS - A SUBMISSÃO, DE LENA VALENTI

28 junho 2017


Sabe quando você pega para ler um livro despretensiosamente e ele te conquista? Eu sei que você sabe. Foi isso que aconteceu comigo com “Amos e Masmorras - A submissão”, primeiro livro de uma trilogia, escrito pela autora Lena Valenti e publicado pela Editora Universo dos Livros. Por ser um livro erótico, gênero que pouco leio, no começo fiquei receosa, mas a premissa era bastante interessante e me chamava a atenção.

Cleo é um mulher de quase trinta anos, policial da cidade de Nova Orleans, seu sonho é entrar para o FBI, pois desde pequena, ela e sua irmã, Leslie, queriam ser super heroínas e encontraram na lei, um meio de fazer isso. Acontece que Leslie já é uma agente do FBI, enquanto Cleo segue tentando entrar para o time. Em uma entrevista avaliativa para se tornar uma agente, Cleo acaba não passando, por ter um temperamento mais impulsivo, uma questão que não pode ser trazida para um agente, que deve ser centralizado e calmo. 

Apesar de não ter passado no teste, Cleo acaba reencontrando o amigo de infância de Leslie, Lion, que também é um agente do FBI. Ela sempre teve uma queda por ele, desde pequena enquanto via sua irmã dividindo momentos com ele, mas agora, anos depois, ele está ainda mais lindo e maravilhoso. Cleo não sabe, mas ela afeta Lion desde que eram adolescentes e, ao vê-la, Lion percebe que ainda nutre sentimentos intensos por ela. A partir disso, Leslie e Lion contam que vão entrar uma missão secreta e que não podem dar mais detalhes sobre o caso, mas que era muito perigoso. Cleo volta para sua cidade e continua seguindo a vida de policial. 

Um ano depois, Cleo recebe a visita de um Diretor do FBI. Acontece que a missão em que sua irmã estava, juntamente com Lion, acabou indo por um caminho que ela não imaginava e agora ela precisava se infiltrar na missão de sua irmã para tentar salvá-la. Mas para isso, Cleo precisará se aventurar em um mundo desconhecido, um mundo que não era o dela… O mundo do BDSM. Acontece que a missão em que o FBI a destinou, é relacionada a um jogo D&D de BDSM, onde casais do mundo todo vão para fazer jogos e praticarem. Cleo precisará juntamente com Lion, se infiltrar no jogo como Submissa e Amo, ou seja, os dois precisarão praticar BDSM para poderem desvendar quem é que está por trás do tráfico de pessoas que está por trás do D&D. É claro que terão que ser profissionais, mas será que os sentimentos que existem não vão atrapalhar o plano?

 ISBN-10: 8579308909
 Ano: 2015
 Páginas: 416
 Idioma: português
 Editora: Universo dos Livros
Sinopse: Em mais uma excitante série, a renomada autora Lena Valenti aborda agora as nuances do universo BDSM. Amos e Masmorras é um dos mais recentes sucessos da autora e se tornou best-seller internacional. A agente Cleo Connelly, integrante do corpo de polícia em Nova Orleans, é uma mulher atraente e destemida, que não mede esforços e impulsos na resolução dos casos que assume. Certo dia, entretanto, ela é designada para investigar, junto ao FBI, uma lucrativa rede de tráfico humano. Para cumprir a missão, ela precisará se inserir em um contexto inusitado: visitar a cena BDSM do país e participar das práticas de sodomia e dominação instituídas no torneio Dragões e Masmorras DS. Agindo como agente infiltrada, Cleo terá de pesar os limites de sua própria luxúria nesta implacável caçada, considerando também a arrebatadora atração que sente por Lion Romano, seu parceiro no caso. Mas será que, no meio do caminho, ela vai gostar de ser submissa? Renda-se aos deleites desta intrigante e sensual narrativa!
***

A complexidade das regras desse jogo de submissão me deixou de boca aberta. Não é possível que existe um RPG de BDSM baseado no Dangerous and Dragons. Se eu fosse descrever tudo, essa resenha ficaria gigante, então vou focar nos pontos principais da trama. 

Cleo é uma personagem que gostei muito desde o primeiro momento em que apareceu. É impulsiva, mas ao mesmo tempo cautelosa. É inteligente, sagaz, mas ainda assim humilde e muito legal. Procura sempre fazer o bem e buscar a justiça, além de ser determinada. Quando ela se vê desafiada a descobrir esse mundo novo, ainda mais com Lion, a personagem evolui e mostra nuances que nunca foram mostradas. O seu desenvolvido é muito bom e a autora conseguiu fazer uma personagem que já eram interessante, ficar mais ainda, porque o descobrimento do seu corpo, dos seus desejos e da sua relação com Lion foi simplesmente euforicamente legal de acompanhar. 

Lion é outro personagem que me cativou desde o primeiro instante em que apareceu. Além de lindo, ele é um agente da FBI muito importante, é inteligente, é interessante e ainda tem um sexy appeal incrível. A relação dele com seus próprios sentimentos é angustiante, visto que ele precisa ser o chefe de Cleo, para que o plano funcione, mas a cada ensinamento de BDSM a ela, ele fica mais apaixonado. Lion é considerado o King do BDSM, sendo um Amo muito respeitado. Achei as descrições dele as instruções em relação a submissão muito interessantes.

A escrita da autora é completamente fluída e viciante, a ponto de instigar o leitor cada vez mais. Além disso, ela tem o cuidado do assunto no qual ela está abordando. Sexo, BDSM, ao meu ver, precisa ser apresentado como ele é, mas ainda assim, com muito cuidado, porque afinal de contas, a leitura pode influenciar qualquer pessoa. Senti essa firmeza na autora e ela foi muito explicativa sobre o que é, sobre quem faz e até mesmo sobre o torneio.

O enredo é bem amarrado e a história é instigante. Apesar de ter um plano de fundo baseando-se no BDSM, a investigação em si é muito interessante, pois trata-se de tráfico de humanos relacionado ao torneio de práticas de bdsm. No final da história, você sente o peso e o drama dos personagens e isso é muito satisfatório, pois teremos uma continuação e queremos lê-la, porque tudo ficou em aberto, mas o que dizia a respeito desse livro, foi concluído.

Em síntese, Amos e Masmorras me conquistou. Não esperava que essa história fosse me agradar como fez, achei que seria mais uma história erótico sobre um casal que não parava de transar, mas em nenhum momento isso aconteceu. A autora conseguiu mostrar o BDSM como um lifestyle e isso me deixou bem a par de realmente como as coisas funcionam. Não indico o livro para quem não gosta de ler cenas de tortura ou cenas escrachadas de sexo.No entanto, vale a pena conferir se você quer ler um romance erótico de qualidade.


RESENHA #186 | DAISY ESTÁ NA CIDADE, RACHEL GIBSON (Lovett, Texas #1)

27 junho 2017


"Daisy está na cidade" é o meu primeiro livro da autora Rachel Gibson. Desde sempre vejo os seus livros em blogs amigos e em sites de compras, mas nunca realmente havia me interessado. Mas surgiu a oportunidade de ler "Daisy está na cidade" e decidi que estava na hora de dar uma chance para essa autora.

Daisy voltou para Lovett no Texas depois de muitos anos. Quando ela retorna, percebe que muita coisa ainda continua igual, muitas pessoas do seu passado inclusive.  O passado tem nom e se chama Jackson Lamott Parrish, um bad boy no qual se envolveu. Daisy ainda nutre sentimentos por Jack, mas há muitos segredos para serem guardados e isso pode arruinar a relação que ela tenta reestabelecer com ele. Jackson fora apaixonado por Daisy na adolescente, mas após sua partida, ele tentou esquece-la a todo custo, mas o seu retorno a cidade de Lovett, não fará com que seu auto controle seja eficiente, ainda mais porque Daisy está em todos os lugares. Depois de anos, parece que o sentimento ainda é forte. Seriam capazes de resistir um ao outro? Mesmo com todos os segredos? Será que Daisy ficaria por ele?


 ISBN-10: 8584840044
 Ano: 2015
 Páginas: 320
 Idioma: português 
 Editora: Jardim dos Livros
 Gênero: Romance
 Nota: 3/5

Sinopse: Daisy Lee Monroe está de volta a Lovett, Texas, e depois de muitos anos descobriu que pouca coisa mudou. Sua irmã continua uma louca e sua mãe ainda tem flamingos de plástico rosa no quintal. E Jackson Lamott Parrish, o bad boy que ela havia deixado para trás, ainda é tão sexy quanto antes. Ela gostaria de poder evitar este homem em particular, mas ela não pode. Daisy tem algo a dizer para Jackson, e ela não vai a lugar nenhum até que ele escute. Jackson aprendeu a lição sobre Daisy da maneira mais difícil, e agora a única palavra que ele está interessado em ouvir dos lábios vermelhos de Daisy é um adeus. Mas ela está surgindo em toda parte, e ele não acredita em coincidência. Parece que a única maneira de mantê-la quieta é com a boca, mas beijar Daisy já foi sua ruína no passado. Ele é forte o suficiente para resistir a ela agora? Forte o suficiente para vê-la sair da sua vida novamente? Ele é forte o suficiente para fazê-la ficar?

***

Rachel Gibson tem uma escrita bem interessante, mas confesso que o que me desmotivou na história, foi que o casal não me conquistou. Apesar do enredo correr bem, pois sua narrativa é fluída, não senti tanta emoção nos acontecimentos e até mesmo entre os protagonistas, que parecem não possuir química alguma. 

A ambientação da história me conquistou, confesso que amo tudo o que vejo do Texas, e nesse livro não foi diferente. Daisy é uma personagem que poderiam ser muito mais bem explorada na trama de Rachel. É uma mulher forte, independente, com segredos que não posso contar, pois seria spoiler. O motivo de sua partida a princípio soa confuso, mas depois a autora conseguiu conduzir a explicação de maneira que o leitor entendesse todos os pontos que ela quis levantar. Jackson também é um personagem que eu gostei, mais bruto, mais cru, no entanto, o achei antipático e não gosto de protagonistas assim. Em um ponto, o achei incoerente, visto que Daisy nem chegou e ele já queria beijá-la. Isso não condiz com o que ele dizia estar sentindo em relação a ela e a chegada dela. 

Conforme as coisas vão se revelando, os personagens vão crescendo e se mostrando: quem são e o que querem de verdade. Os personagens são mais velhos, mais maduros e com certeza mais responsáveis, portanto, as decisões tomadas foram importantes para o andamento da história. Apesar de não ter me cativado com os protagonistas, acabei gostando de vários pontos discutidos na história.

Em suma, Rachel Gibson nos contou uma história com um propósito bem bonito. Com a sua narrativa fluída, podemos devorar o livro em pouco tempo. Apesar da história conter alguns problemas, não foi nada que prejudicasse a leitura e a experiência de ter lido meu primeiro livro da autora. Para quem busca uma leitura rápida e fácil, Daisy Está na Cidade é uma ótima opção.

 - Tem sorteio rolando lá no blog do livro "Big Little Lies" . Te convido a participar ♥ 

BIG LITTLE LIES UMA ANÁLISE DO LIVRO E DA SÉRIE DE TV

25 junho 2017

Um assassinato expõe os problemas da aparente perfeita comunidade de Monterey, na Califórnia. Nesta pacata cidade, o crime pode ser fruto dos segredos e rivalidades envolvendo três mães de crianças da escola local.

Primeiro episódio: 19 de fevereiro de 2017
Emissora original: HBO
Criador: David E. Kelley
Adaptação de: Big Little Lies
Gênero: Comédia dramática

Olá pessoas! Hoje eu trago para vocês a indicação de uma série que eu tenho amado muito. Big Little Lies é uma adaptação do livro que carrega o mesmo nome (traduzido no Brasil como Pequenas Grandes mentiras e lançado pela editora Intrinseca), da autora Liane Moriarty. A história vira em torno de um misterioso assassinato que aconteceu na rica comunidade de Monterey, na Califórnia. Na série, vamos acompanhando a vida de três mulheres, mas ninguém sabe o que elas tem a ver com o assassinato.

Todos sabem, mas ainda não se elegeram os culpados. Enquanto o misterioso incidente se desdobra nas páginas de Pequenas grandes mentiras, acompanhamos a história de três mulheres, cada uma diante de sua encruzilhada particular. Madeline é forte e passional. Separada, precisa lidar com o fato de que o ex e a nova mulher, além de terem matriculado a filhinha no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline, parecem estar conquistando sua filha mais velha. Celeste é dona de uma beleza estonteante. Com os filhos gêmeos entrando para a escola, ela e o marido bem-sucedido têm tudo para reinar entre os pais. Mas a realeza cobra seu preço, e ela não sabe se continua disposta a pagá-lo. Por fim, Jane, uma mãe solteira nova na cidade que guarda para si certas reservas com relação ao filho. Madeline e Celeste decidem fazer dela sua protegida, mas não têm ideia de como isso afetará a vida de todos. Reunindo na mesma cena ex-maridos e segundas esposas, mães e filhas, bullying e escândalos domésticos, o romance de Liane Moriarty explora com habilidade os perigos das meias verdades que todos contamos o tempo inteiro.

Best-seller do The New York Times na semana do lançamento, Pequenas grandes mentiras foi adaptado para a TV pela HBO e tem estreia prevista para fevereiro. Com 7 episódios, Big Little Lies conta com a produção de Reese Whitherspoon e Nicole Kidman que, com Shailene Woodley, também interpretam as protagonistas.

Quando comecei a assistir Big Little Lies, sabia que iria amar a série e viver por ela. Conforme os episódios foram passando, fui percebendo a intensidade da história e de como ela era importante. Veja bem, a premissa é um suspense, quem matou alguém daquela sociedade rica de Monterey na Califórnia? O que aconteceu na noite de charadas? Parece bobo e comum quando pensamos apenas na sinopse, mas quando abrimos a janela da história e percebemos suas reais intenções, a boca seca e o coração aperta.

A direção de arte do filme é impecável, com tons que vão de vivos e exuberantes a melancólicos e dramáticos, apenas para representar as emoções dos personagens e as situações em que estão envolvidos. A direção da série é feita pelo mesmo diretor que dirigiu Clube de Compras Dallas, um filme que particularmente amo muito, e faz com que o telespectador se sinta inserido àquela história.

Se eu pudesse definir essa história com apenas uma palavra, seria imensidão. Trazendo temas pesados como estupro e violência doméstica, a imensidão de sentimentos, confusões, dores, sensibilidade e franqueza é muito intensa. A imensidão de tudo o que a história quer contar é simplesmente… imenso. Intenso. Melancólico. Sensível.

Enquanto a série de TV buscou retratar muito bem a história e o peso dela com a direção e o roteiro, os takes, a trilha sonora, o livro é cru, dolorido e deliciosamente bem escrito. Foi meu primeiro contato com a autora e, particularmente, a achei genial. Não li o “Segredo do meu marido”, mas é uma das minhas próximas leituras, porque Liane conseguiu me conquistar com apenas 30 páginas.

O enredo é ágil, bem elaborado e bem desenvolvido. Não há superficialidade e até mesmo as banalidades de uma sociedade rica da Califórnia é retratada de forma profunda, a ponto de entendermos e nos simpatizamos com uma realidade e pessoas bem distintas de nós, na maioria das vezes.

Para conferir mais as minhas impressões sobre o livro e a série é só assistir ao vídeo. Participe do sorteio que está acontecendo na página do facebook ok?

| RESENHA #185 | CASADA ATÉ QUARTA, CATHERINE BYBEE (NOIVAS DA SEMANA #1)

22 junho 2017


SOBRE

Casada até Quarta é o primeiro livro da série Noivas da Semana, escrita pela Catherine Bybee e publicada no Brasil pela Editora Verus. Recebi esse livro como cortesia e ação de marketing da editora. Não conhecia a autora, nem a série, mas por ser um romance new adult, acabei lendo rapidamente. 

Blake Harrison é um duque inglês que precisa se casar urgentemente. Samantha Elliot é dona de uma agência de casamento. Black é rico, charmoso e nobre, mas acaba recorrendo a Sam Elliot para fechar um casamento até quarta feira. O que ele não esperava, era que Sam era uma mulher linda, emponderada e com uma voz muito sexy.  Apesar de Samantha ter lhe oferecido mulheres lindas, é para ela que o duque oferece milhões de dólares para se casar. E como Sam precisa precisa quitar as dividas da família, acaba aceitando o contrato de um ano de casamento. Mas o que ambos não esperavam acontecer, aconteceu. Se apaixonaram. 

ISBN-10: 8576865939
Título: Casada até quarta #1
Série: Noivas da Semana
Autora: Catherine Bybee
Ano: 2017
Páginas: 196
Idioma: português
Editora: Verus
Gênero: Romance, new adult
Sinopse: Blake Harrison: rico, nobre, charmoso... e precisando de uma esposa até quarta-feira. Para isso, Blake recorre a Sam Elliot, que não é o homem de negócios que ele esperava. Em vez disso, ele encontra Samantha Elliot, linda e exuberante, com a voz mais sexy que ele já ouviu. Samantha Elliot: dona da agência de casamentos Alliance, ela não está no menu de pretendentes... até Blake lhe oferecer milhões de dólares por um contrato de um ano. Não há nada de indecente na proposta dele, e além disso o dinheiro vai ser muito útil para quitar as contas médicas da família dela. Samantha só precisa disfarçar a atração que sente por seu novo marido e evitar a todo custo a cama dele. Mas os beijos ardentes de Blake e seu charme inegável se provam muito difíceis de resistir. Era um contrato de casamento que previa tudo... menos se apaixonar. Agora só resta a Samantha proteger seu coração até que o contrato chegue ao fim.


MINHA OPINIÃO

É muito complicado romances me surpreenderem. Já li muitos e, apesar de sempre encontrar elementos diferentes, nem sempre acabo dando nota máxima, devido aos clichês e a previsibilidade. Não gosto de livros previsíveis, porque hoje em dia sou muito mais exigente com o que leio, pois ler por ler, não agrega em nada para mim. Quando recebi esse livro, fui lê-lo, pois precisva de uma leitura leve no momento e nisso eu não me enganei.

Os personagens são simplesmente carismáticos. Blake é um protagonista masculino que possui características que aprecio em um homem literário. Apesar de também ser um clichê, rico, lindo, gostoso, charmoso, etc, ele é gentil e muito respeitoso. Além disso, sua relação de aproximação com a Sam foi muito interessante de se ver, achei o desenvolvimento do relacionamento dos protagonistas muito bem feita, de modo que, apesar de conter poucas páginas, não ficou rápido de mais ou forçado de mais.

A construção da estória não foge muito do clichê, como citei acima, mas a escrita de Catherine é bem fluída e gostosa, de modo que faz o leitor ficar bem imerso e ler o livro de uma vez só. O desenrolar do enredo foi bem interessante, visto que o casamento tinha muitas facetas e muita gente queria que Blake e Sam se dessem mal. Algumas lições são levantadas nesse livro, como a relação da família, mas senti que faltou um pouco de profundidade na discussão dessas questões, que com certeza agregariam muito a estória. 

Em síntese, Casada ate quarta, é um livro leve e ótimo para se ler quando não está afim de questões profundas de mais. A autora traz uma aventura romantica com personagens caricatos, mas carismáticos. Eu quero continuar acompanhando a série para ver os rumos que se tomarão a partir desse primeiro volume. E vocês? Já leram esse livro?


| RESENHA #184 | A COR DE CORALINE, ALEXANDRE RAMPAZO

17 junho 2017

A Cor de Coraline é um livro infantil escrito pelo autor Alexandre Rampazo e publicado pela Editora Rocco. Tenho gostado muito de ler livros assim, porque tenho uma sobrinha de 5 anos que adora ler e acredito muito no poder de incentivo. Assim que vi o lançamento de Abril da Editora Arqueiro, fiquei bem interessada e a leitura foi simplesmente enriquecedora. 

Abordando questões importantes sobre racismo e cor da pele, mas de uma forma leve, o livro traz justamente uma mensagem importante para as crianças: existem pessoas de várias tons de pele e tudo bem sabe? Minha sobrinha ficou bem encantada e saiu dizendo para as amiguinhas sobre o livro.


ISBN-10: 8562500763
Ano: 2017
Páginas: 32
Idioma: português 
Editora: Rocco Jovens Leitores
Livro cedido em parceria com a editora.
Quantas cores cabem na pergunta “Me empresta o lápis cor de pele?”. Em A cor de Coraline, o ilustrador, designer gráfico e escritor Alexandre Rampazo passeia pelas inúmeras possibilidades contidas numa caixa de lápis de cor e na imaginação infantil a partir da pergunta de um colega para a pequena Coraline, e mostra que o mundo é mais colorido – e diverso – do que nos acostumamos a pensar. Com texto curto e bem-humorado e ilustrações graciosas, o livro aborda o tema da diversidade de forma lúdica para os pequenos. A quarta-capa é assinada pelo premiado escritor Ignácio de Loyola Brandão.

Como toda obra infantil, o livro é leve, gostoso e fácil de ler. A abordagem feita pelo autor, junto as ilustrações, deixaram o livro lindo, trazendo a sensibilidade necessária para deixar uma criança refletindo e entendendo o assunto abordado.  Falando nas ilustrações, uma mais linda e delicada que a outra. Os traços dos desenhos são lindos e trazem justamente a inocência da criança.
No geral, A cor de Coraline é um livro indispensável para qualquer criança ler e para qualquer pai ler para a criança. O mundo é mais colorido, o mundo não é sempre preto e branco ou existe apenas uma cor certa. Com as questões trazidas pelo autor, podemos perceber a instrução e a desconstrução de muitos conceitos e pré-conceitos existentes em nossa sociedade e nada melhor do que fazer isso através dos olhos de nossas crianças.  Esse livro é uma ótima dica, eu atesto que vale a pena conferir. 

RESENHA #183 | O JOGO, ELLE KENNEDY (Amores Improváveis #3)

12 junho 2017

SOBRE

A série Off Campus, traduzida no Brasil como “Amores Improváveis”, foi escrita pela Elle Kennedy e publicada no Brasil pela Editora Paralela. A série se passa em uma Universidade nos Estados Unidos e conta com histórias diversificadas sobre um grupo de garotos, jogadores de Hóquei: Garret (O Acordo), Logan (O erro), Dean (O Jogo) e Tucker (A Conquista). 

O Jogo é o terceiro livro da série e traz a história de Dean e Allie. Dean é rico e um dos principais jogadores de Hóquei da faculdade. Mulherengo, não pensa em namorar e quer apenas transar com o máximo de garotas que puder. Confiante, determinado, charmoso, bondoso e acolhedor (características que às vezes ele tenta esconder). Allie é uma estudante de teatro que sonha em ser atriz em Los Angeles, dedica-se a sua futura profissão de forma aplicada. Namorou por um tempo Sean, mas por divergências de futuro, acabou terminando o relacionamento. A história começa quando Allie termina com ele e acaba passando por um momento difícil de indecisão e conflitos internos. E é assim que se dá o início a história de Dean e Allie. Aparentemente opostos, mas totalmente compatíveis. 


ISBN-10: 858439057X
Ano: 2017
Páginas: 343
Idioma: português 
Editora: Paralela
Gênero: Ficção / Literatura Estrangeira / Romance

Sinopse: Talentoso, inteligente e festeiro, Dean Di Laurentis sempre consegue o que quer. Sexo, notas altas, sexo, reconhecimento, sexo… É sem dúvida um galanteador de primeira, e ainda está para encontrar uma mulher imune ao seu charme descontraído e seu jeito alegre de encarar a vida. Isto é, até ele se envolver com Allie Hayes. Em uma única noite, essa jovem atriz cheia de personalidade virou o mundo de Dean de cabeça para baixo. E agora ela quer que eles sejam apenas amigos? Dean adora um desafio, e não vai medir esforços para convencer essa mulher tão linda quanto teimosa de que uma vez não é suficiente. Mas o que começa como um simples jogo de sedução logo se torna a experiência mais incrível e surpreendente de sua vida. Afinal, quem disse que sexo, amizade e amor não podem andar de mãos dadas?

O QUE EU ACHEI? 

Quando iniciei a série da Elle Kennedy, não tinha pretensões de encontrar nada além do clichê. No entanto, conforme fui conhecendo sua escrita, aprendendo sua narrativa, fui percebendo que estava completamente envolvida com seus personagens. Apesar das histórias em sua maioria conterem uma base clichê: o moço hétero e branco se apaixona pela moça hétero e branca, a condução da história é muito bem feita e o drama é acolhido e comprado pelo leitor.

Dean é um personagem que possui todos os estereótipos possíveis, mas como citei ali em cima, tudo é bem trabalhado, principalmente a desconstrução e descaracterização que vai ocorrendo durante o desenrolar do enredo. Allie também é uma personagem que é desconstruída e evolui muito durante a trama. Os protagonistas começam bem imaturos, mas conforme vão se envolvendo e se conhecendo, o amadurecimento vem (talvez tenha sido a parte satisfatória da história).

A integração entre os personagens dos livros passados e do futuro também me agradou muito. O grupo sempre aparece na história e conseguimos ver o que eles estão fazendo e como eles estão lidando com seus relacionamentos. É muito bom que a autora não perca seus personagens ao longo da série e, apesar de cada volume conter protagonistas diferentes, resgatar os anteriores é algo que eu aprecio muito. Da uma percepção de continuidade.

Em síntese, o enredo de O Jogo segue o padrão dos outros volumes da série. É fluído, ágil, não há enrolação no desenvolvimento da história, mas também as coisas não acontecem de uma hora para outra. O livro é dinâmico e divertido, além de deixar o leitor bem envolto com os personagens. É definitivamente uma série que eu indico para todos.

Vocês já leram a série? O que acharam? 

| RESENHA #182 | QUANDO A BELA DOMOU A FERA, DE ELOISA JAMES

01 junho 2017

SOBRE

Quando a Bela domou a Fera é um romance de época escrito pela autora Eloisa James e publicado no Brasil pela editora Arqueiro no ano de 2017. A história se passa na Europa, no Século 19, e conta a história de Linnet e Piers Yelverton, conde de Marchant. Linnet foi considerada uma jovem arruinada pela sociedade, porque supostamente havia saído com um príncipe e engravidado, e, por causa disso, foi forçada a noivar com um homem com a reputação de fera e incapaz de conceber filhos, Piers, um conde de Gales que leva a vida como médico do castelo. 

Piers é chamado a Fera, pois é grosseiro e arrogante, considerado incapaz de amar alguém. Seu pai, um duque, fica sabendo que há uma inglesa grávida de um príncipe e que precisa se casar, e arranja um casamento entre Piers e a moça, no caso, Linnet, mesmo a contra gosto do filho. Linnet vai para Gales, mesmo dizendo a todos que não está grávida, e começa a se envolver com seu suposto futuro marido. Mas a arrogância e a falta de delicadeza de Piers pode por o noivado por água abaixo.

ISBN-10: 8580416809
Ano: 2017
Páginas: 320
Idioma: português 
Editora: Arqueiro
Gênero: romance de época
Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse: Piers Yelverton, o conde de Marchant, vive em um castelo no País de Gales, onde seu temperamento irascível acaba ferindo todos os que cruzam seu caminho. Além disso, segundo as más línguas, o defeito que ele tem na perna o deixou imune aos encantos de qualquer mulher. Mas Linnet não é qualquer mulher. É uma das moças mais adoráveis que já circularam pelos salões de Londres. Seu charme e sua inteligência já fizeram com que até mesmo um príncipe caísse a seus pés. Após ver seu nome envolvido em um escândalo da realeza, ela definitivamente precisa de um marido e, ao conhecer Piers, prevê que ele se apaixonará perdidamente em apenas duas semanas. No entanto, Linnet não faz ideia do perigo que seu coração corre. Afinal, o homem a quem ela o está entregando talvez nunca seja capaz de corresponder a seus sentimentos. Que preço ela estará disposta a pagar para domar o coração frio e selvagem do conde? E Piers, por sua vez, será capaz de abrir mão de suas convicções mais profundas pela mulher mais maravilhosa que já conheceu?

O QUE EU ACHEI? 
Classificação: 4/5 -  ★ ★ ★  

Eu sou uma entusiasta de romances de época. Sempre estou lendo uma história que se passe em séculos passados e confesso amar a maioria dos que leio. Quando a Bela domou a Fera não foi diferente, me apaixonei no momento em que pus meus olhos na sinopse.

"Quando a Bela domou a Fera" foi o meu primeiro contato com a escrita de Eloisa James. Apesar de conter elementos já batidos no gênero, a leveza e a fluidez ao conduzir sua história, fez com que tivéssemos uma narrativa envolvente, fazendo o leitor ficar vidrado em cada momento e situação em que os protagonistas passaram. O livro é narrado na 3ª pessoa, alternando os capítulos entre Linnet e Piers. A condução da história foi feita de maneira excepcional, a ponto de eu ter devorado o livro em poucas horas.

Os protagonistas são cativantes, créditos ao enredo bem construído pela autora, e todas suas ações condizem com quem são. Apesar do clichê do homem grosso e que não quer se casar, mas que se apaixona pela mocinha, a empatia e adoração que Eloisa faz seus leitores sentirem, exclui qualquer resquício do clichê e de suas chances de ser monótono e previsível.

E de previsível esse livro não é. Conforme a história vai se encaminhando, os personagens vão se apaixonando e se envolvendo, pressupomos que o final será totalmente aquele em que previmos, devido aos clichês mencionados, mas Eloisa conseguiu me surpreender com a mensagem sobre "beleza" e amor que ela colocou em suas páginas finais.

A narrativa da autora é bem gostosa e flui bem. Em suma, gostei muito do meu primeiro encontro com a autora e quero muito ler outras coisas dela. O que mais me chamou a atenção foi o desenrolar da história e de trazer um pouco da cultura de um outro país (Gales, no caso). Recomendo a leitura para todos aqueles que buscam romances de época bons e bem escritos.