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| RESENHA #177 | O MEDO DE VIRGÍLIA, ROSA MATTOS

31 março 2017

ISBN-10: 8566701267
Título: O medo de Virgília
Autora: Rosa Mattos
Ano: 2016
Páginas: 204
Idioma: português
Editora: Selo Jovem
Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse: Cercada por pessoas desajustadas (psicopatas, neuróticas, depressivas, insanas, obsessivas, fóbicas e inescrupulosas), Virgília luta para manter sua sanidade mental. Dividida entre cuidar da própria vida e ajudar seus familiares que precisam dela financeiramente, muda-se de Cristal (pequena cidade gaúcha) e vai morar sozinha em Porto Alegre, num apartamento herdado pela mãe. Assim, poderá ficar mais perto de Marília, sua irmã mais nova, internada numa clínica depois de tentar matá-la, após sofrer um surto psicótico. Virgília começa a trabalhar como gerente de uma joalheria. Lá, ela conhece Alex, o entregador de joias e os dois se apaixonam. Em pouco tempo, serão envolvidos por um laço de amor que os manterá unidos, contra todas as adversidades. Além de ser um homem apaixonante, Alex possui um dom incomum, que o torna capaz de tirar vidas, ou salvá-las. E este seu dom, terá um papel importante para os rumos desta história. Uma trama onde o grande mistério é descobrir como Virgília conseguirá lidar com tantas situações difíceis que a cercam, sem enlouquecer. 
Classificação: 3/5 - Bom

Olá leitores, hoje eu trago a resenha do livro "O Medo de Virgilia" da autora nacional Rosa Mattos. Eu recebi o exemplar em parceria com a editora Selo Jovem e como achei a premissa muito interessante, realizei a leitura em poucos dias. Nessa resenha, falarei sobre os pontos positivos e negativos da história.

O romance "O Medo de Virgília" conta a história de Virgília, uma jovem que vive em meio a tantas pessoas desajustadas (e um pouco malucas) e luta para manter a sua sanidade mental e sua vida nos eixos. Nativa de Cristal, uma pequena cidade, Virgília se muda para Porto Alegre, para assim poder ficar mais perto de sua irmã mais nova que está internada em uma clínica após ter um surto psicótico. Virgília começou a trabalhar como gerente em uma relojoaria e lá ela acaba conhecendo e se apaixonando pelo entregador de jóias, Alex. Virgília acaba descobrindo que Alex possui um dom que o da o poder de tirar ou salvar vidas. A nossa protagonista terá que lidar com muitas situações difíceis e lutar mais ainda para não enlouquecer.

A premissa da história me chamou a atenção. O clima meio sombrio e o romance me instigaram a ler, mas ao decorrer da leitura senti uma onda de decepção. Virgília me parecia uma protagonista que ia muito além da carcaça, ou seja, pela sinopse, eu sentia que ela era muito além do que aparentava, já que lidava com várias questões e pessoas. No entanto, senti que houve uma pouca exploração nesse lado dela e também no de seu parceiro, Alex.
“As portas de um mundo novo haviam sido abertas para Celina. Passou a chamar Bernado de Bê. Ele passou a chamá-la de Cel. Assim como num comercial de margarina light, a vida era bela o tempo todo e só existia o lado bom. O lado perfeito. E Bernardo, tornara-se o seu pão quentinho”.
Senti que as coisas foram muito rápidas e pouco aprofundadas. Não consegui me conectar com os personagens, principalmente porque eu sentia essa necessidade de um maior desenvolvimento de cada um, para assim, me envolver no romance, na trama e na vida deles. Por conta de ter muitos personagens e vários temas para tratar, a autora não conseguiu desenrolar um sem deixar faltar o outro e isso prejudicou o andamento da história.

Apesar disso, a escrita da autora é bem fluida e o livro pode ser lido de forma rápida. O final apesar de ter sido previsível e como eu imaginava no decorrer da trama, foi bom e eu gostei da coerência do fim da história. Enquanto alguns capítulos deram bastante ênfase em alguns personagens, como o Tio de Virgília, em outros, faltou informação, mas no conjunto final, não foi nada a ponto de prejudicar o entendimento da obra.

Em síntese, O Medo de Virgília é um bom livro, mas senti que faltou desenvolvimento. A família da protagonista é desestruturada, a protagonista luta para não enlouquecer e ainda temos seu par romântico que possui um dom que não foi tão explorado. No entanto, a história tem bastante potencial e, apesar de não ter me conectado, acredito que é um livro que vale a pena ser lido pela sua premissa. 

| RESENHA #176 | NÃO ERA EU, ERA VOCÊ, RENATA VARELA

29 março 2017

ISBN: B01HNLXMJE
Título: Não era eu, era você
Autora: Renata Varela
Ano: 2016
Páginas: 263
Idioma: português
Editora: Amazon
Gênero: Chick-lit, romance
Livro cedido em parceria com a autora.
Sinopse: Francine se orgulha de várias coisas. Ela sabe que é uma ótima corretora de imóveis e se orgulha de ser valorizada em sua profissão. Francine também sabe que o amor de sua família é grande e se orgulha da relação que mantém sempre balanceada com as irmãs, Franciele e Fernanda. Ela também se orgulha de ter o coração "de pedra", como costumam descrever, e não ter se apaixonado de verdade desde os quinze anos. Agora, Francine acaba de completar vinte e cinco verões. Está no começo da vida, na flor da idade, e esse ano tem tudo para ser o melhor de sua vida. Ela está no topo de tudo, mas, se há um problema de estar no topo, é que o vento lá por cima é sempre muito forte; pode fazê-la despencar em um piscar de olhos.
Classificação: 3/5

Olá pessoas, como vocês estão? Hoje em parceria com a autora Renata Varela, trago a resenha do livro Não era eu, era você, lançado no ano de 2016. 

Esse livro conta a história de Francine uma jovem que sabe o que quer, sabe o que é, gosta de ser valorizada em sua profissão, corretoria de imóveis, sabe que tem o amor e o apoio de sua família e cultiva um bom relacionamento com todos. Francine também se orgulha de se considerar o coração de pedra, aos vinte e cinco anos, ela alega que não se apaixona há no mínimo 10 anos. Dona de si, Francine sente que esse ano será o melhor de sua vida, pois está no auge, no topo de tudo, no entanto, é muito mais fácil doer mais o tombo, quando você está por cima. 

Partindo do pressuposto de que o livro é um chick-lit, eu já esperava uma leitura bem leve, despretensiosa e descontraída. Portanto, sem muitas expectativas, mas curiosa para conhecer a escrita da autora, comecei a ler esse livro em um sábado à tarde e, apesar de ter lido em poucas horas, há algumas considerações que devo fazer. Já adianto que eu gostei do livro, mas talvez o gênero não me ajudou muito e acabou castigando minha compreensão da história.

Não gosto muito de personagens que se acham donos de si, então foi meio complicado o meu relacionamento com a protagonista. Apesar de entender suas motivações, percebi alguns machismos mascarados de "mulher moderna" e isso me incomodou ao longo da trama. No entanto, o livro é divertido em sua maioria e me levou a dar algumas risadas durante a leitura.

A escrita da autora é simples, mas ela conseguiu adquirir uma narrativa fluida e envolvente, perfeito para esse tipo de gênero. E, apesar de eu não ter comprado muito a história e ela não ter sido muito diferente de várias outras que existem por ai, acabou sendo uma leitura gostosinha de se realizar.

Em síntese, Não era eu, era você traz uma mensagem importante sobre perdão e novas chances, ideal para leitores mais jovens e/ou aqueles que buscam leituras mais descontraídas e leves. Se você está a procura de autores nacionais que escrevem chick-lit, esse livro é para você.

| RESENHA #175 | EU ESTOU PENSANDO EM ACABAR COM TUDO, IAIN REID

28 março 2017

ISBN-10: 8568432964
Título: Eu Estou Pensando Em Acabar Com Tudo
Autor: Iain Reid
Ano: 2017
Páginas: 224
Idioma: Português
Editora: Fábrica 231
Gênero: Suspense e Mistério, Romance, Literatura Estrangeira

Livro cedido em parceria com a editora.

Sinopse: No romance de estreia do canadense Iain Reid, Jake conduz o carro em que ele e a namorada, que narra a história, vão à fazenda dos pais do rapaz. Durante a longa viagem por estradas desertas e escuras, a garota, atormentada com a perseguição de um homem misterioso que deixa sempre a mesma mensagem de voz em seu telefone, pensa em encerrar o relacionamento com Jake. Mas talvez seja tarde demais. Reid, que tem dois livros de não ficção elogiados pela crítica e contribui para veículos de prestígio como a revista New Yorker, une, numa narrativa profundamente psicológica, tanto referências de terror clássico, quanto elementos de suspenses menos tradicionais, sustentando a trama para além das limitações inerentes ao gênero. Um thriller denso que esconde, em meio ao medo provocado pela sensação de uma tragédia iminente, alegorias sobre a própria vida ser uma tragédia anunciada.
Classificação: 3/5

Desde que solicitei o livro em parceria com a editora Rocco, estive extremamente ansiosa por sua chegada. Este é o típico livro que me ganhou pela capa, antes mesmo de conferir a sinopse eu soube que o queria. Assim, logo que chegou o devorei em apenas dois dias. 

Conhecemos Jack e sua namorada, o namoro é recente, ainda estão passando pela fase de se conhecerem e, principalmente, de conhecer suas famílias. E a história gira em torno disso: uma viagem para o interior, uma fazenda, para que Jack apresente seus pais para sua namorada e também, o lugar em que seu namorado cresceu. Para ela, essa viagem será decisiva.

Porém, o que Jack não sabe, é que sua namorada não está tão empolgada com isso. O pensamento por parte da garota de acabar com tudo é constante. Além disso, ela carrega consigo muitos segredos, nos quais não pretende contar para ninguém, muito menos para Jack. Mas, ela não espera que, assim como ela, Jack também tem seus segredos. E, mais sombrios do que ela possa imaginar. 

O autor fez questão de detalhar exatamente tudo. Tudo o que a namorada de Jack – a narradora – sente, os leitores sentirão também. O medo, a indecisão, a angústia. Entretanto, confesso que a detalhação exacerbada tornou a história um pouco arrastada, muitas vezes cheguei até mesmo a me perder durante a leitura. Principalmente, durante os diálogos estabelecidos entre Jack e a namorada. 

Os capítulos são alternados entre a narrativa da namorada de Jack – a qual o nome não é citado – e conversas de investigadores a respeito de um corpo encontrado. Assim, o mistério torna-se ainda maior. Mil teorias podem ser criadas a respeito do desfecho. Mas uma coisa é certa: você nunca imaginará como o mesmo terminará. Sem dúvidas, o autor inovou trazendo um suspense psicológico completamente fora dos padrões. 

Vocês devem estar se perguntando o motivo pelo qual falei tão bem do livro, porém dei uma nota baixa para ele, não é?! Então, não era o que eu estava esperando. E eu não acho que eu estava preparada para esse tipo de leitura no momento. Não consegui me conectar aos personagens, nem mesmo a história num geral. Além disso, demorei muito para sacar as intenções do autor, tornando a leitura um pouco maçante. Porém, consigo compreender toda a geniosidade por trás desse livro. Então, super o recomendo para quem esteja buscando uma leitura longe do clichê. 

| RESENHA #174 | UMA DAMA IMPERFEITA, LUCY VARGAS (OS PRESTON #2)

27 março 2017

Título: Uma Dama Imperfeita - Os Preston #2
Autora: Lucy Vargas
Ano: 2016
Páginas: 384
Idioma: Português
Editora: Charme
Gênero: Romance de Época

Sinopse: Com seu futuro e sua reputação em risco, Bertha Gale descobre que nem a dama mais perfeita do baile consegue fugir do escândalo quando ele quer tomar seu coração e revirar sua vida, despertando paixão e ruína por onde passa. Determinada a viver o seu primeiro amor, mas com o coração despedaçado, Bertha decidirá entre fugir ou se entregar e sobreviver às consequências. Eric Northon, Lorde Bourne, é um escândalo ambulante. E tem mais problemas do que conta. Último herdeiro dos Northon, ele podia aprontar de tudo na temporada. Desde que se casasse no final. Ele só não podia se encantar pela dama mais perfeitamente imperfeita da cidade. E decidir arrebatá-la. Para sempre. Sem medir esforços ou consequências. Divirta-se com o grupo mais mal falado e cheio de apelidos que Londres já viu. Ninguém sairá impune da inesquecível temporada de 1816.

Classificação: 5/5


No primeiro livro da série, O Refúgio do Marquês (já resenhado aqui), conhecemos a história de Caroline e Henrik e o amor que os uniu. Neste segundo volume, pulamos alguns anos na história e seremos apresentados a história romântica de Bertha, a protegida do casal e acompanhante da filha deles, Lydia. 


Lydia tem o dom de se meter em confusão e Bertha acompanha todos os seus passos a fim de evitar maiores danos ou amenizá-los. No início da temporada de 1816, em Londres, as duas moças se envolvem em uma situação problemática por culpa de uma façanha de Lydia que acarretou em um Lorde Deeds, vulgo Lorde Pança, muito bem desmaiado. Enquanto as garotas tentavam solucionar o problema, sem muito exito, Lorde Bourne as pega no flagra e acaba por ajudar Bertha e Lydia em troca delas concordarem em dar a ele duas danças cada uma em quaisquer bailes da temporada. 

Eric Northon, o Lorde Bourne, é um solteiro muito rico e extremamente cobiçado pelas mães e suas filhas, todas em busca de um casamento satisfatório, com título e dinheiro em jogo. Por um sentimento de dever para com sua sobrinha, a qual ele tem a guarda, Eric resolve que naquele ano se casará e conseguirá a esposa perfeita para ele. A busca pela esposa adequada fica ligeiramente complicada, quando ele se encanta perdidamente por Bertha Gale, que não possuí sangue nobre ou dinheiro em montes. 

Eu gostei muito da minha experiência com o primeiro volume da série, mas Uma Dama Imperfeita fez com que eu amasse a história e soubesse com certeza que Lucy Vargas é imensamente incrível e tem o dom não somente de escrever com maestria, mas também com amor e tocar nossos corações com suas histórias e personagens. 



O casal deste livro sofre por causa de um amor ''proibido'', já que Bertha é vista como uma escolha inadequada de esposa, perante a sociedade, para um Lorde como Eric Northon. No inicío, Bertha tenta de todas as formas negar seus sentimentos por Eric e fugir dele. Por outro lado, ele tem cada vez mais certeza dos sentimentos que possui pela moça e nem sequer pensa em desistir dela. 


Toda a aflição em volta dos dois e do romance que florescia entre eles, me deixou extremamente ansiosa para para vê-los juntos e felizes logo, sem nada e nem ninguém atrapalhando a vida deles. Mas Lucy Vargas soube conduzir bem o drama dentro da trama, tanto com muitos momentos angustiantes como vários momentos divertidos a beça. Mostrou o valor da amizade e da família, da união que definitivamente faz a força maior. 

Ri, sorri e chorei com Uma Dama Imperfeita e indico com plena confiança o livro. Para quem leu o primeiro volume, não perca tempo e adquira já este segundo, pois vale muito a pena. 

CRÍTICA COM SPOILERS | LOGAN

24 março 2017


Ano de produção: 2017
Direção: James Mangold
Elenco: Hugh Jackman / Patrick Stewart / Dafne Keen


Sinopse: Em 2029, o mutante Logan (Hugh Jackman, em sua última atuação no papel de Wolverine), agora com seu fator de cura debilitado, procura viver uma vida pacata cuidando secretamente de seu antigo mentor, o professor Xavier (Patrick Stewart), um mutante com poderes telecinéticos e que agora sofre de demência. Quando a pequena mutante X-23 (Dafne Keen) precisa fugir de mercenários a serviço de um laboratório de experimentos com mutantes, Logan se vê forçado a ajudá-la a cruzar o país, levando junto seu idoso mentor.

Sobre o título: 
Depois dos filmes solo “X-Men origens: Wolverine” (2009), e “Wolverine - Imortal” (2013), LOGAN conclui a trilogia retratando o drama de como deve ser para alguém tentar viver o resto da vida normalmente após tê-la vivido como um herói. E é proposital que o filme receba o título de LOGAN, pois após cumprir sua jornada no mundo, o que sobra ao herói é a pessoa; após ter vivido como Wolverine, o que lhe resta é ser apenas Logan. E esta é a primeira honestidade do filme, seu título. Não é um filme sobre o herói Wolverine, é um filme sobre a pessoa humana de Logan. Honestidade do início ao fim, do título à última cena. LOGAN é o filme mais honesto que você verá sobre super-heróis até hoje. Diferente de qualquer filme de super-heróis, o filme não trata de superpoderes, mas sim de nossas fragilidades humanas.

É um filme sobre nossas fragilidades

É surpreendente como o filme quebra o estereótipo do super-herói sobre-humano, incansável e invencível. Em LOGAN, os super-heróis estão fragilizados.

A primeira fragilidade que assistimos com enorme estranheza é a do próprio protagonista. Logan, um mutante com o poder se regenerar de qualquer ferimento, inclusive prolongando sua vida regenerando suas células, encontra-se agora envelhecido, com o corpo castigado por cicatrizes, e desprovido da agilidade do passado. Em seguida, testemunhamos – com certo humor, mas que logo se converte em comoção e empatia – um professor Xavier extremamente idoso e caduco, vivendo à base de remédios e isolado do contato com as pessoas.

E essa é a primeira grande sacada do filme. Com poucos “E se...?” para se explorar depois de tantos filmes sobre os X-Men, o roteiro explora não uma, mas duas geniosas possibilidades logo de cara. A primeira é: “E se o professor Xavier sofresse de demência em seus últimos anos de vida? Quão perigoso para seria para as pessoas ao redor se o poder de matar apenas com a força do pensamento estivesse fora de controle?”. Sua enfermidade, uma analogia também à doença de Alzheimer, o faz esquecer os atos que cometera durante seu descontrole, e fazendo-o inclusive duvidar das intenções de seu leal cuidador, Logan, tomando-o por uma decepção, que apenas espera que ele morra para poder tornar a viver sem esta responsabilidade. Dói em nós quando Logan ouve isso de Xavier, assim como dói em cada cuidador quando um enfermo com doença de Alzheimer se torna violento e esquecido de toda a dedicação que sua família lhe presta. Sofremos por Logan e sofremos por Xavier. O filme não esquece nem mesmo do detalhe de como deve ser difícil o cotidiano dos dois nas mínimas necessidades fisiológicas, como na breve cena sutil e comovente, tão cômica quanto trágica, em que Xavier precisa usar o banheiro e Logan precisa acomodá-lo no vaso sanitário e esperar na porta que ele termine suas necessidades para limpá-lo. Foi de uma sensibilidade impagável.

O segundo “E se...?” genial do roteiro é a grande sacada para explicar que um dia Logan também morrerá: “E se o metal inserido no corpo de Wolverine para que ele se tornasse indestrutível começasse a interferir em seu fator de cura, debilitando seu corpo e, por fim, matando-o?”. É convincente, sem precisar de qualquer explicação extra. O terceiro “E se...?” do roteiro também é muito convincente: “E se a ameaça aos mutantes não fosse uma guerra contra humanos e sim o controle dos poderes mutantes através de manipulação genética para fins militares?”. De fato, imagine se no mundo realmente nascessem pessoas com superpoderes. Elas seriam temidas e rejeitadas apenas pelo cidadão comum, mas é óbvio que seus poderes mutantes seriam desejados, estudados e replicados para fins militares. E é aí que entra a criança Laura, codinome X-23, um clone de Wolverine. Criada para ser uma arma mortífera, Laura (Dafne Keen em uma atuação impecável, revelando uma excelente carreira de atriz pela frente) deve aprender com Logan a controlar seus impulsos e a se tornar mais humana. Logan sabe que sua vida não pode ser mais redimida. Suas falhas foram muitas. Mas assim como uma geração tem a chance de redimir seu passado depositando sua esperança nas gerações seguintes, Logan deposita em Laura, sua “filha”, a chance de ter uma vida diferente da sua: “Não seja o que fizeram de você”, ele diz a ela em seu derradeiro momento psicanalítico.

É um filme sobre morte

Tem muita morte no filme. Muita mesmo. Só Logan e Laura estripam, decapitam e mutilam dezenas de vilões. E é chocante ver uma criança matando pessoas como se fosse um animal, mas isso não aparece na trama como violência gratuita. Wolverine e X-23 foram criados e treinados como máquinas de matar e o mais honesto é que matem violentamente qualquer um que os ameace. Outras crianças mutantes, criadas com Laura, têm igualmente sua cota de matança quando são perseguidos e isso também é plausível porque eles também foram treinados para isso.

Mas o grande carrasco dos protagonistas, o verdadeiro antagonista do filme, e também uma grande reviravolta para o espectador, é a aparição da arma X-24, um clone de Wolverine adulto. Ele vem representar simbolicamente a sombra de Logan; ele é a verdadeira máquina de matar para a qual Logan fora criado; sem remorso ou consciência, ele só obedece ao cientista que o criou, e mata sem descanso qualquer um que cruzar o seu caminho. X-24, essa representação do lado sombrio do próprio Logan e contra o qual ele lutou a vida toda, é responsável pelas mortes mais dramáticas do filme. Além de matar uma família inocente, X-24 mutila o professor Xavier enquanto este pensava estar confessando seus sentimentos para Logan, em uma cena comovente, tanto quanto à cena em que Xavier morre em seguida nos braços de Logan. “Salve a Laura”, diz Xavier à Logan, antes de morrer. Xavier não estava se referindo somente à Laura como pessoa, mas à Laura como símbolo da pureza e esperança de Logan e que sua parte sombria queria matar. Xavier morre para Logan porque o velho sábio precisa passar seu manto adiante. Sua missão fora cumprida.

É com a inserção de X-24 na trama que o filme nos apresenta de maneira inédita a condição psicológica de todos nós. Tanto Logan, como Laura, como X-24 são a mesma pessoa. Eles são cada um de nós também. Logan representa o self atormentado pelos traumas do passado. X-24 representa o lado mais animal e sombrio de nós mesmos, que só deseja satisfazer seus instintos. E Laura representa nossa criança interior, totalmente livre para ser condicionada ou para o mal ou para o bem. 

X-24 também termina sendo o responsável pela morte do próprio Logan – só um Wolverine poderia matar outro Wolverine. Após várias cenas de luta em que o velho Logan enfrenta seu lado mais brutal representado por X-24, Logan morre empalado entre as costelas em um tronco de árvore. X-24, o lado sombrio de Logan, o derrotou, mas é por sua vez derrotado por Laura, o lado esperançoso e puro de Logan. Em seus últimos minutos de vida, Logan encontra seu lado mais humano consolando Laura, sua “filha”, que implora dramaticamente para que ele não morra. Mas Logan já havia dito para Laura, e para nós, enfatizando como é a vida real enquanto segurava um gibi dos X-men em cenas anteriores: “Na vida real pessoas morrem”. 

Claro que nós espectadores também não queremos que Wolverine morra. Mas a maior honestidade do argumento do filme é que os heróis precisam morrer para que nós evoluamos e sejamos heróis de nós mesmos também. Na última cena, ao redor do túmulo de Logan, as crianças mutantes, agora a salvo, têm todo um futuro pela frente, com a responsabilidade de fazerem suas próprias escolhas, em seu caminho pessoal de individuação: “Não seja o que fizeram de você”. A câmera vai se aproximando das pedras que cobrem o túmulo. O espectador mais resistente e apegado aguardará que alguma pedra se mova, que alguma garra de metal emerja das profundezas, anunciando que o herói não morreu. Mas os heróis têm que morrer. A câmera se aproxima das pedras. Nada acontece. O herói está morto. A tela escurece. É o fim da vida. Sem cena pós-crédito. Não há pós-crédito. A história acabou, a história mais honesta de todos os filmes de herói. E devemos ser gratos ao filme por essa dolorosa lição. Assim como a personagem Laura, somos ainda crianças em nossa caminhada, e precisamos mortificar nosso passado – esse nosso eu que nos impede de crescer – para evoluirmos e amadurecermos por conta própria, para sermos heróis de nossa própria história, porque “não há como voltar. Certo ou errado, essa é a nossa marca. Uma marca que se gruda. Agora, corra para casa e diga que está tudo bem. Não há mais armas no vale”.

Autor da crítica: Vitor Junior

| RESENHA #173 | TOO LATE, COLLEEN HOOVER

23 março 2017

Título: Too Late
Autor: Colleen Hoover
Páginas: 300
Idioma: Inglês 
Editora: Publicado no Wattpad
Sinopse: Sloan iria para inferno e voltará por seu irmão mais novo. E ela vai, todas as noites. Forçados a permanecer num relacionamento com o perigoso e corrupto Asa Jackson, Sloan vai fazer o que for preciso para garantir que seu irmão tenha o que precisa. Nada vai entrar em seu caminho. Nada, exceto Carter. Sloan é a única coisa boa que já aconteceu com Asa. Ele sabe disso e ele nunca planeja deixá-la ir; mesmo que ela não aprove o seu estilo de vida. Mas, apesar da desaprovação de Sloan, Asa sabe o que é preciso para conseguir o que quer. Ele sabe o que precisa fazer para permanecer no topo. Nada vai ficar em seu caminho. Nada, exceto Carter.

Classificação: 4,5/5 

Há algum tempo venho "namorando" esse livro, na verdade, o e-book disponível para compra na Amazon. Mas o que eu não sabia e, descobri recentemente, é que ele tem a versão gratuita no Wattpad!Inclusive, nossa queridinha Colleen Hoover o escreveu com a intenção de o publicar na plataforma (essa mulher é um amor, não é?!). 


Nesse conhecemos Sloan, Asa e Carter. Os capítulos são narrados alternadamente por eles, nos permitindo ter uma visão mais ampla a respeito dos ocorridos.  Sloan é uma jovem que foi obrigada a amadurecer precocemente. Tudo por ter uma mãe desnaturada que não dava a mínima aos seus filhos, principalmente ao que mais necessitava de cuidados. Assim, quem cumpria o seu papel era a jovem. Ela nunca se importou, desde sempre amou o irmão com todas as suas forças, porém é inegável que ela tenha renegado muitos momentos de sua vida em prol disso. O primeiro encontro. O primeiro beijo. A primeira transa.

Enquanto isso, Asa é completamente seu oposto. Apesar de ter uma família perturbada assim como Sloan, Asa soube aproveitar bem a sua vida apesar das sequelas deixadas. Sua casa vive cheia de pessoas, principalmente mulheres, as quais ele pode escolher a dedo. Além disso, dinheiro não é um problema. O fato de ser um grande traficante lhe rende dinheiro o suficiente para ter uma vida de luxo. 

A vida de Sloan e Asa se cruzam na faculdade, eles têm uma aula em comum. Ambos sentem uma atração um pelo outro. E logo isso vêm a calhar num encontro. Encontro no qual mudará drasticamente o percurso da vida de ambos. 

O relacionamento deles é construído em bases extremamente frágeis. Marcado por abuso sexual, traições e agressões físicas. É impossível não sentir o coração se partindo a cada vez que Asa se volta à Sloan. Os capítulos narrados por ela são realmente doloridos, confesso que houveram momentos que desejei nem mesmo ter iniciado essa leitura. 


Sem dúvidas, Asa é o personagem mais desajustado emocionalmente que já conheci em toda a minha trajetória como leitora. Nem mesmo a sua infância conturbada é capaz de justificar todas suas atitudes horríveis, principalmente voltadas à sua namorada. 

Alguns de vocês, apenas lendo a resenha, devem estar se perguntando o motivo pelo qual ela tolera tudo isso. Sloan é tudo menos uma coitada. Ela consegue compreender que as atitudes de Asa beiram a loucura e que não merece de forma alguma como ele a trata. Porém, no momento não existe uma saída. O tratamento de seu irmão por parte do Estado foi suspenso, sem recursos financeiros, Sloan se vê de mãos atadas quando Asa se oferece a pagar por seus cuidados. 

E onde entra o Carter nessa história?! Pois então, ele é um dos frequentadores da casa de Asa. Um dos seus novos parceiros de negócio. Porém, imediatamente Sloan consegue perceber que ao contrário de todos os outros ele não é um caso perdido, que existe algo realmente bom dentro dele. E é claro que sua intuição estará mais do que certa. E ela não medirá esforços para o trazer para perto de si, assim como ele também não. Mas é claro que isso não será fácil, para Asa, Sloan é sua propriedade e, ainda pior, não aceita que ninguém esteja acima dele. 

Colleen Hoover acertou em cheio escrevendo essa história. Mas devo dizer que não é para qualquer leitor. Nessa conhecemos outra versão da CoHo, digamos que uma versão obscura. E devo dizer que, particularmente, acho que ela se saiu muito bem! Através dessa a autora conseguiu nos fazer refletir trazendo à tona a realidade sombria de um relacionamento abusivo, o consumo exacerbado de drogas e os efeitos da falta de cuidados por parte dos pais durante a infância. 

E para quem não sabe inglês ou só prefira ler em português, o livro já foi traduzido e pode ser encontrado aqui. Bom, está feita a minha super recomendação!

| RESENHA #172 | JOGADOR Nº1, ERNEST CLINE

22 março 2017

ISBN-10: 8580442680
Autor: Ernest Cline
Ano: 2012
Páginas: 464
Idioma: Português
Editora: Leya
Gênero: Aventura/Ficção científica
Nota: 4/5
Sinopse: Cinco estranhos e uma coisa em comum: a caça ao tesouro. Achar as pistas nesta guerra definirá o destino da humanidade. Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada “Oasis”. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa, e quem achá-las herdará toda a sua fortuna. Como a maior parte da humanidade, o jovem Wade Watts escapa de sua miséria em Oasis. Mas ter achado a primeira pista para o tesouro deixou sua vida bastante complicada. De repente, parece que o mundo inteiro acompanha seus passos, e outros competidores se juntam à caçada. Só ele sabe onde encontrar as outras pistas: filmes, séries e músicas de uma época em que o mundo era um bom lugar para viver. Para Wade, o que resta é vencer – pois esta é a única chance de sobrevivência.
Fiz a leitura de Jogador Nº1 no início deste ano, após muito tempo e muita insistência por parte de um amigo que tem esse livro como o favorito de toda a vida e realmente foi uma grata surpresa. Não que eu não confie no julgamento do meu amigo, mas não imaginei que iria me surpreender tanto com o livro. 


Primeiramente, sabemos que mesmo melhores autores mundialmente reconhecidos já tiveram o seu primeiro romance e dificilmente é uma história realmente boa, porque é muito difícil acertar logo de cara, certo? Este livro é uma das exceções. Cline acertou de cara no enredo e nos elementos da história. Além disso, tente imaginar um jogo de RPG mas sem a parte visual, ainda assim você consegue ver tudo claramente em sua cabeça e viver aquilo… apesar de ser uma tarefa extremamente difícil o autor consegue nos colocar lá. 

Então, a história é ambientada no ano de 2044, em um mundo onde a escassez de recursos chegou a todos os lugares do globo e somente os mais ricos conseguem ter acesso a uma qualidade de vida superior. Porém, qualquer pessoa com o mínimo de dinheiro consegue adquirir um kit de realidade virtual OASIS. E é nesse mundo utópico e virtual que as pessoas preferem viver, porque nesse mundo você pode ser o que bem entender. Você pode ser humano, elfo, um gigante e mesmo assim fazer tarefas cotidianas, como por exemplo estudar e trabalhar, tudo no mundo virtual! E apesar de esse não ser o foco principal da história, através da vivência de Parzival (ou Wade) que é o nosso personagem principal, conseguimos ter uma visão bem clara de como seria viver em um mundo sem recursos.

“Um lugar agradável para que o mundo se escondesse de seus problemas enquanto a civilização humana lentamente ruía, principalmente por negligência.”

Mas se esse não é o foco, qual é? James Halliday é a grande mente por trás do OASIS. Acontece que mesmo com tanto dinheiro e sucesso na vida profissional, sua vida pessoal não era tão bem sucedida assim. Halliday morreu sozinho, sem família e sem herdeiros, mas antes disso ele resolveu esconder no jogo um easter egg. Para chegar até ele, o jogador tem que passar por três provas que vão lhe render três chaves. O primeiro a conseguir desvendar todas as charadas e encontrar o easter egg vira herdeiro de toda a sua fortuna. Acontece que já fazem cinco anos desde que Halliday morreu, e até agora ninguém nunca conseguiu chegar nem perto da solução da primeira pista.


Então, temos nosso herói, Wade, que no OASIS se chama Parzival. Parzival é um dos milhares de players conhecidos como “caça-ovos”, que são pessoas dedicadas a estudar tudo o que influenciou Halliday para ter chances de encontrar e vencer os desafios que levam ao easter egg milionário. E chega o momento em que, meio sem querer, Parzival consegue achar a primeira porta e passar pelo primeiro desafio. Logo que seu nome aparece no ranking da caça, as coisas começam a ficar mais interessantes…

“Eu era apenas mais uma alma triste, perdida e solitária, desperdiçando a vida em um videogame. Mas não no OASIS. Ali dentro, eu era o grande Parzival.”

E apesar de eu já ter falado bastante, isso acontece logo no início do livro. Portanto, pode ficar tranquilo que o ritmo de leitura é bastante interessante, ao menos na maior parte do tempo. Em determinado momento, surge um pequeno romance que tira o foco de Parzival e a história perde um pouco do seu ritmo. Esse é o único motivo pelo qual não dei cinco estrelas para o livro.


E se você está achando que o livro é só sobre isso, está bastante enganado. Existem vários outros elementos que foram muito bem colocados na história, deixando-a ainda mais interessante. Novos personagens são introduzidos, existem infinitas referências à cultura pop dos anos 80, e é claro que existe uma pessoa disposta a tudo para impedir que Parzival e seus novos companheiros cheguem ao seu objetivo, não é mesmo? Mas, como eu disse, todos esses elementos são introduzidos no momento certo e da maneira correta na história.


Para aguçar ainda mais sua vontade de conhecer essa história incrível, março de 2018 é a data prevista de lançamento para o filme baseado na história do livro, contando com a direção de ninguém menos que Steven Spielberg. O filme está em fase de pós-produção e não tenho dúvidas de que será uma ótima ficção científica. Então, você tem bastante tempo pra entrar nessa história e ainda pesquisar todas as referências. Espero que gostem dessa aventura tanto quanto eu.

“Foi quando eu percebi que por mais assustadora e dolorosa que a realidade possa ser, é também o único lugar onde se pode encontrar felicidade de verdade.”

LANÇAMENTOS DA EDITORA SELO JOVEM | MARÇO DE 2017

21 março 2017

Oi leitores! Hoje eu trago para vocês os melhores lançamentos da Editora Selo Jovem. Tem histórias para cada gosto, adultas, fantasias, romance, tem tudo do bom e do melhor. Se vocês se interessarem por qualquer um dos livros, é só clicar no link que deixarei disponível, assim vocês poderão adquiri-los, ok?


Cartas para Helen
Hicky Carrera
“Entreguem… Entreguem para ela…”
Essas foram suas últimas palavras. Sob uma cidade destruída e abandonada, dois sobreviventes são testemunhas desse pedido. Em suas mãos, um punhado de cartas destinadas a uma mulher, e em volta, gritos anunciando o perigo. A única saída é fugir. A única maneira é se esconder. A única chance é lutar. Um mistério que os persegue até o fim, enquanto leem cada linha das cartas que carregam, que não só lhes dão uma esperança de sobreviver, como revelam a verdade por trás da catástrofe que os rodeiam.





Asilo
Parker Alice

Começa sua jornada por essa terra celestial e infernal.
Um grupo de pacientes reunido pelo país todo:
Ricardo, que apesar da idade não amadureceu.
A sorridente Edna, madura de causar inveja a Balzac.
Linda Cláudia, marcada pelo estigma do racismo.
O jovem Luiz que sabe sobre golpes, teorias e etc.
Uma pessoa chamada Wagner quebrando a força todo tabu.
Calado Edgar age como quem tem muito a falar.
O senhor Jerônimo, mais velho morador desta terra.
Logo na entrada estes corredores querem te enlouquecer.
Ouve sons terríveis através daquelas paredes
Um gosto como cadáveres carbonizados.
Com medo você prossegue.
Uma dúvida persegue.
Restaria algo?
Alguém?

 Entre 4 paredes

Marta Arêas Campos

Latidos de cachorro, pratos quebrados, comemorações de gol, choros de bebês e até gemidos de sexo. Quem nunca se incomodou com os barulhos dos vizinhos? No edifício 931 não é diferente. Até que, no dia da final da Copa do Brasil, uma investigação policial terá que desvendar um possível crime por meio dos ruídos corriqueiros ouvidos pelos residentes. As obsessões do esquisito investigador Renan e os fetiches de seu depravado parceiro, José Carlos, conduzirão uma das investigações mais bizarras e inusitadas do décimo sétimo batalhão. “A autora tem veia jornalística no estilo Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos, excelente par non-sense, com aquele toque de quem sonha acordada positivamente, sentindo e divertindo-se intimamente com o que escreveu (...) tem o olhar e faro de escritora, como se diz no jargão. Excelentes comédias (...)” (Prêmio Literário Mark Wertz) “Trabalhar com a Marta foi sem dúvida uma grata surpresa. A maneira como ela satiriza a vida real e os romances modernos é incrível e ao mesmo tempo muito divertida. Se em um conto foi surpreendente o que dirá em um romance. Um nome para jamais se esquecer! (Leandro Schulai, escritor)

A legião dos Anjos - A volta dos cavaleiros do apocalipse
Nilton Trovo

Céu e Inferno protagonizam uma guerra milenar, tão antiga quanto a criação do próprio universo. Tal batalha sempre envolveu os dois extremos dos mundos, porém, esta guerra está prestes a se estender para Terra. Lúcifer está em posse de um pergaminho celeste e pretende soltar os quatro Cavaleiros do Apocalipse e começar o Fim dos Tempos. Em meio a sua trama, um querubim é proibido de viver em seu refúgio e decide escolher a Terra como moradia. Adryan pode não saber, mas é o único que pode deter os planos de Lúcifer, e para isso, contará com a ajuda de Alice, uma Nefelim que encanta o coração do alado. Desta paixão secreta surge um amor capaz de ganhar a guerra e vencer as barreiras da morte.

O cafa das galáxias
Ualace Campos
Primeiro livro da série O cafa das galáxias, a obra é considerada umstand-upcomedy book sem limites éticos ou gramaticais. Leitura adulta e não recomendada a pessoas excessivamente sensíveis à temas polêmicos. Jhow é um cafajeste. O maior deles. O cafa das galáxias. Não lhe faltam oportunidades (nem tempo) para criar e propagar as porcarias que fez e que faz. Sua vida é palco de procrastinações e heresias, até o dia em que sua memória falhou e ele começou uma cruzada para descobrir com quem ele dormiu (Dormiu: eufemismo para . . . você sabe, não?). “. . .o autor tem potencial narrativo amplo e lírico, excelente para non-sense. . . Impressiona como existem excelentes ficcionistas ainda não descobertos no Brasil, e o autor é um deles. . .”, prêmio Mark Wertz.

Bem gente, esses são os principais lançamentos da editora. Se vocês tiverem interesse em qualquer um dos citados acima, é só entrar aqui e adquiri-los. ♥

| RESENHA #171 | A DIETA ESPIRITUAL, ALLAN PERCY

20 março 2017

ISBN-10: 8543104564
Título: A dieta espiritual
Autor: Allan Percy
Ano: 2017
Páginas: 208
Idioma: português 
Editora: Sextante
Nota: 3/5
Livro cedido em parceria com a editora. 

Sinopse: A dieta espiritual é um guia prático para nos ajudar a eliminar os hábitos e comportamentos que roubam a leveza do dia a dia. Neste livro, Allan Percy apresenta as 24 causas mais comuns da infelicidade humana e mostra como nos livrar delas, uma a uma, semanalmente. Do estresse ao rancor, do medo à impaciência, do perfeccionismo à hostilidade, cada capítulo aborda um tema, a partir de um exemplo simples do cotidiano. Em seguida, os melhores “nutricionistas espirituais” de cada assunto mostram como aquele comportamento afeta nossa saúde, nossa alegria e nosso bem-estar. Organizado como uma dieta com metas semanais, este livro tem como missão reduzir as medidas da infelicidade e da angústia, sentimentos que se instalam quando perpetuamos hábitos emocionalmente nocivos.

A dieta espiritual é um livro de auto ajuda que visa ajudar as pessoas a diminuírem e eliminarem a negatividade e tudo o que não faz bem em suas vidas.  Em fevereiro de 2017, a editora Sextante então lançou o livro no Brasil e eu o adquiri através de parceria. Vou falar um pouco sobre o que eu achei do livro e vocês deixem nos comentários o que pensam sobre, se ficaram interessados, etc.

Eu tenho lido bastante livros do gênero e não é surpresa nenhuma que eu os ache importantes para algumas ocasiões. Quando vi a obra, fiquei curiosa, porque eu tento ao máximo eliminar essa negatividade da minha vida. Allan Percy trabalhou suas dicas de uma forma que eu gosto, que é: além da conversa com o leitor, dados científicos e embasamento teórico-prático para falar sobre o assunto.

O livro possuí 24 capítulos, dentre eles, o autor aborda temas como preocupação, estresse, comparações, obsessão, ira, hostilidade, preconceito, ego e por ai vai. As dicas são feitas com muito esmero e da para perceber a preocupação do autor em seus direcionamentos. Ele te seguia, te faz refletir sobre as questões internas que você tem enraizado, e te faz enxergar uma saída para tudo isso que você sente e segura dentro de si.

O livro é realmente um programa e é muito claro que você precisa estar aberto as mudanças em sua vida, para que todo o ensinamento passado, faça efeito. Se você apenas o ler e não absorver e por em prática, não adiantará nada e tudo não passará de textos prontos motivacionais. Aprendi muito com o livro e acredito que possa ser útil para dias em que queremos deixar os sentimentos ruins tomarem conta. 

Eu recomendo esse livro principalmente para aqueles que estão passando por momentos ruins e se deixam levar por eles. Não é um psicólogo, mas é interessante observar opiniões e dicas de uma pessoa que estuda sobre o assunto. Com tópicos e esse embasamento que eu citei, o livro se tornou um importante membro da eliminação da negatividade da minha vida. Confiram que vale super a pena. 

| RESENHA #170 | A LISTA NEGRA, JENNIFER BROWN

17 março 2017

ISBN-10: 8565383113 
Título: A Lista Negra
Autora: Jennifer Brown
Ano: 2012
Páginas: 272
Idioma: Português
Editora: Gutenberg
Gênero: Drama, Romance
Nota: 5/5
Sinopse: E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista que ele usou para escolher seus alvos. Agora, ainda se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas. A lista negra, de Jennifer Brown, é um romance instigante, que toca o leitor; leitura obrigatória, profunda e comovente. Um livro sobre bullying praticado dentro das escolas que provoca reflexões sobre as atitudes, responsabilidades e, principalmente, sobre o comportamento humano. Enfim, uma bela história sobre auto-conhecimento e o perdão. 

É com um pesar gigantesco no peito que venho escrever esta resenha. A Lista Negra, sem dúvidas, está na lista de melhores livros que abordam o bullying. A autora conseguiu desenvolver com maestria, de forma abrangente, mas com a delicadeza necessária para tratar-se da temática. 

Valerie é uma jovem que está indo para o último ano do Ensino Médio. Até então, isso deveria ser motivo de alegria, porém as coisas não vão bem e sua única expectativa é conseguir sobreviver até o término das aulas que parecem não ter fim. 

Após o incidente na escola, em que seu namorado, Nick Levil, atirou e em várias pessoas, matando alguns e deixando outros feridos, Valerie passou a ser o centro das atenções. Muitos a culpavam, mesmo que a mesma tenha contribuído para que Nick finalmente parasse com os disparos - inclusive saindo ferida.

Nick e Valerie sempre foram alvos fáceis. Eles não se encaixam nos padrões impostos pelos grupinhos populares da escola e, quase sempre se isolam, frequentando os corredores e salas de aula, mas vivendo em seus próprios mundinhos. Ambos sofriam muito nas mãos dos "grandões" da escola, constantemente sendo motivo de piada e brincadeiras um tanto cruéis. 

Unidos pelo sentimento de revolta, o casal decide criar uma lista, a lista negra. Nela estariam presentes todas pessoas detestáveis segundo suas visões, aqueles que lhe causavam mal de alguma forma. Inicialmente, parecia apenas uma brincadeira, uma forma de ambos canalizarem a raiva e desprezo para a lista, porém o que Valerie não percebeu é que Nick tinha outras intenções: realizar uma verdadeira chacina com todos aqueles presentes na lista. 

Narrado em primeira pessoa por Valerie, conhecemos fatos tanto do seu passado quanto do seu presente. Eu, particularmente, consegui mergulhar de cabeça nessa história e sentir juntamente ao personagem todas as sensações sentidas pela mesma. Como a angústia e o desespero da jovem ao voltar para a escola após todos os acontecimentos. E também, o fato de sentir-se desamparada por sua família que durante o tempo inteiro manteve-se contra a jovem, como se ela tivesse uma parcela de culpa pelo ocorrido.

O grande diferencial do livro, é a forma como a autora aborda o bullying, com uma visão extremamente ampla, mostrando para nós leitores de forma nua e crua as consequências dessa prática extremamente cruel. Além disso, ela consegue retratar de maneira bastante assertiva o amadurecimento de Valerie. Que estava perdida, mas que aos poucos vai retomando as rédeas de sua vida, crescendo como pessoa. 

Num geral a história me agradou muito. Um turbilhão de emoções me invadiram durante e depois dessa leitura. Existem diversas questões a respeito do bullying praticado nas escolas que precisam ser debatidas e creio que a autora conseguiu passar grande parte delas para seus leitores. Enfim, recomendo essa leitura para quem deseja ler algo diferente em relação à temática e que, também, esteja aberto para as mil emoções que ela proporcionará. 

| RESENHA #169 | NÃO PARE, FML PEPPER (TRILOGIA NÃO PARE #1)

16 março 2017

Título: Não Pare! (Trilogia Não Pare #1)
Autora: FML Pepper
Ano: 2015
Páginas: 280
Idioma: Português
Editora: Valentina
Gênero: Romance Sobrenatural
Nota: 4/5

Sinopse: Nina Scott não suportava mais a vida nômade e solitária que sua mãe, Stela, a obrigava a ter. Mudar de cidade ou de país a cada piscar de olhos, conviver com tantas perguntas que a consumiam, assombrada por mistérios de um passado guardado a sete chaves. Agora, aos 16 anos, a garota das estranhas pupilas verticais exigia respostas. E, para sua péssima sorte, elas já estavam a caminho! Quando Stela decide ficar em Nova York, Nina acredita que seu sonho de ter uma vida normal vai se tornar realidade. Finalmente terminará o ano letivo em um mesmo colégio, poderá fazer amigos sem ter que abandoná-los em seguida, viver um grande amor, amadurecer, criar raízes... Enfim, curtir a juventude. Mas o “normal” está muito longe da vida de Nina! Perdida no olho de um furacão de mortes e inexplicáveis acidentes, tendo que esconder os terríveis fatos da mãe paranoica, Nina começa a desconfiar da própria sanidade mental, de tudo e de todos. O que explicaria os paralisantes calafrios, a perda de visão e de memória que experimentava sempre que alguém morria ao seu redor? O que ela teria a ver com os bizarros e sobrenaturais acontecimentos? Estariam eles interligados? Seria a Morte sua companheira para toda a vida? É chegada a hora da verdade.


Nina é uma adolescente que não leva uma vida muito normal devido as diversas mudanças de cidades ou países que fez durante toda a sua vida. Stela, sua mãe, estranhamente decidia se mudar com muita frequência sempre quando a filha sofria algum tipo de acidente e Nina não teve oportunidade de criar raízes e fazer melhores amigos. A garota confrontou a mãe diversas vezes a respeito da neura de Stela em relação aos pequenos incidentes que ocorriam com ela, até que um dia Stela resolveu que ambas voltariam para Nova Iorque e enfim se estabeleceriam ali. 

A adolescente decide começar sua nova vida logo, mas em um dia comum, indo para a escola, outro incidente muito estranho acontece com Nina e ela conhece um adorável garoto bonito que a ajuda na situação em questão. Mesmo assim, a garota leva as coisas a diante e aproveita a oportunidade de criar raízes em um lugar, então Nina faz amizades e até arranja um emprego bom.

É claro que a calmaria durou pouco, muitas mortes começaram a acontecer ao redor de Nina, que achava tudo aquilo super estranho a cada minuto. Ela também passava muito mal e estava tendo problemas com a situação. Além disso, um rapaz muito sombrio e rude andava irritando muito Nina e sempre estava nos mesmos lugares que ela, principalmente nas circunstâncias ruins. 

Comecei a ler Não Pare! sem muitas pretensões, não queria elevar minhas expectativas e me decepcionar com o livro. Na verdade, não costumo mas ler livros sobrenaturais justamente por não achar nada que me agrade ou satisfaça como leitora. Este é o primeiro livro de uma trilogia escrita por uma autora nacional e que me chamou a atenção por suas capas e o mistério que a premissa apresentava. 

A narrativa da autora é bastante fluída e simples, o que fez com a minha leitura fosse muito rápida e proveitosa. A trama é boa e desperta muita curiosidade no leitor enquanto vários acontecimentos vão sendo apresentados na história. De modo geral, este primeiro volume da série me agradou bem e só fiquei com um pé atrás em relação ao romance dos protagonistas, que não me convenceu muito, mas espero que seja algo que mude talvez no segundo livro. 

A trilogia está fazendo grande sucesso e fico imensamente feliz em ter começado a ler essa série nacional e não ter me decepcionado. Indico para aqueles que gostam de romances sobrenaturais com pitadas de mistério e aventura.

| RESENHA #168 | UMA LONGA JORNADA PARA CASA, SAROO BRIERLY

15 março 2017

ISBN-10: 8501108421
Título: Uma Longa Jornada para Casa
Autor: Saroo Brierly
Ano: 2017
Páginas: 229
Idioma: português 
Editora: Record
Gênero: biografia, memórias
Nota: 4/5
Livro recebido da editora.
Sinopse: A história que deu origem ao filme Lion: uma jornada para casa, com Dev Patel. Aos 5 anos, Saroo pede ao irmão mais velho que o deixe acompanhá-lo à cidade onde ele passava os dias em busca de dinheiro e comida. Durante a viagem, o menino adormece. Ao despertar, confuso, se vê sozinho na estação de trem. Ele não sabe onde está o irmão, mas vê um trem parado. Imaginando que Guddu poderia estar lá dentro, Saroo embarca no vagão, e isso o faz atravessar a Índia. Sem saber ler nem escrever, e sem ideia do nome de sua cidade natal ou do próprio sobrenome, ele é obrigado a sobreviver sozinho nas ruas de Calcutá até ser levado para uma agência de adoção e ser escolhido por um casal australiano. Os anos se passam e, ainda que se sinta extremamente agradecido pela nova oportunidade que os Brierleys lhe proporcionaram, Saroo não esquece suas origens. Até que, com o advento do Google Earth, ele tem a oportunidade de procurar pela agulha no palheiro que costumava chamar de casa, e investiga nas imagens de satélite os marcos que poderia reconhecer do pouco que se lembra de sua cidade. Um dia, depois de muito tempo de procura, Saroo encontra o que buscava, mas o que acreditava ser o fim da jornada é apenas um novo começo.
Uma longa Jornada para casa conta a história de Saroo Brierly, um homem que em sua infância acabou se perdendo de sua família e sendo adotado por um casal australiano. Em seu livro auto biográfico, Saroo nos conta sobre tudo o que se lembra, tudo o que passou, períodos de adaptação, de tristeza, de incertezas, o reencontro com a família biológica e muito mais. 

Em uma narrativa leve, fluída e muito sensível, vamos sendo guiados por toda sua trajetória de vida. Um jovem indiano que foi adotado por um casal australiano. Um idioma diferente, uma vida totalmente diferente, visto que na Índia, Saroo não tinha condições muito favoráveis, pois sua mãe foi abandonada pelo marido e pai de Saroo, tendo que enfrentar todas as dificuldades sozinha para sustentar seus filhos. 

Quando Saroo desapareceu, ele estava com o seu irmão brincando. Quando percebeu que estava perdido, não sabendo seu sobrenome, onde morava, nem onde estava, Saroo foi parar em abrigo e depois disso, bem, vocês já sabem. 

O que eu mais gostei no livro, foi o toque sensível, mas forte, que o autor impôs ao contar sua própria história. Não há excessos, é simples, objetivo, contando o que realmente era importante para ser contado. Isso resultou em uma leitura muito rápida e deliciosa, pois conhecer sua história foi um prazer imenso. Apesar das circunstâncias pesadas, como o desaparecimento de uma criança, o livro carrega muita reflexão, muita sensibilidade e empatia e isso vale muito a pena. 

Recentemente o livro foi adaptado para o cinema, com o Dev Patel protagonizando e levando o título de "Lion: uma jornada para casa". O filme foi indicado como melhor filme, melhor roteiro adaptado, mas não levou o prêmio. Ter lido o livro foi muito importante para entender melhor uma cultura diferente da minha. Tenho o privilégio e a sorte de nunca ter passado por algo parecido, mas a sensação de cuidado e empatia que a história me criou, valeu muito a pena. 

Em síntese, Uma Longa Jornada para casa é um livro que merece ser lido, pois sua história merece ser compartilhada. A edição da Editora Record está simples, mas muito bem diagramada. Temos fotos do Saroo criança, adulto, reencontrando sua família, seus pais adotivos, isso tornou também muito mais vívida e real a leitura. Portanto, se você busca livros biográficos sensíveis, esse é um deles. 

LANÇAMENTOS EDITORAS ARQUEIRO E SEXTANTE | MARÇO DE 2017

13 março 2017


O mês de março tem muita coisa legal para ser lançada. Hoje eu vim mostrar para vocês os principais lançamentos da Editora Arqueiro e da Editora Sextante. Além do box incrível da Julia Quinn, temos tantos outros livros que eu quero MUITO ler, que vocês não tem ideia. Deixem nos comentários quais são os que vocês vai se interessaram ok?

O SOL TAMBÉM É UMA ESTRELA
Nicon Yoon

Sinopse: Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história. Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois. O Universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará realidade?

JARDINS DA LUA
Steven Erikson

Sinopse: Desde pequeno, Ganoes Paran decidiu trocar os privilégios da nobreza malazana por uma vida a serviço do exército imperial. O que o jovem capitão não sabia, porém, era que seu destino acabaria entrelaçado aos desígnios dos deuses, e que ele seria praticamente arremessado ao centro de um dos maiores conflitos que o Império Malazano já tinha visto. Paran é enviado a Darujhistan, a última entre as Cidades Livres de Genabackis, onde deve assumir o comando dos Queimadores de Pontes, um lendário esquadrão de elite. O local ainda resiste à ocupação malazana e é a joia cobiçada pela imperatriz Laseen, que não está disposta a estancar o derramamento de sangue enquanto não conquistá-lo.  Porém, em pouco tempo fica claro que essa não será uma campanha militar comum: na Cidade do Fogo Azul não está em jogo apenas o futuro do Império Malazano, mas estão envolvidos também deuses ancestrais, criaturas das sombras e uma magia de poder inimaginável.  Em Jardins da lua, Steven Erikson nos apresenta um universo complexo de cenários estonteantes e ações vertiginosas que mostram por que esta é considerada uma das maiores sagas épicas.

QUANDO A BELA DOMOU A FERA
Eloisa James

Sinopse: Eleito um dos dez melhores romances de 2011 pelo Library Journal, Quando a Bela domou a Fera é uma deliciosa releitura de um dos contos de fadas mais adorados de todos os tempos. Piers Yelverton, o conde de Marchant, vive em um castelo no País de Gales, onde seu temperamento irascível acaba ferindo todos os que cruzam seu caminho. Além disso, segundo as más línguas, o defeito que ele tem na perna o deixou imune aos encantos de qualquer mulher. Mas Linnet não é qualquer mulher. É uma das moças mais adoráveis que já circularam pelos salões de Londres. Seu charme e sua inteligência já fizeram com que até mesmo um príncipe caísse a seus pés. Após ver seu nome envolvido em um escândalo da realeza, ela definitivamente precisa de um marido e, ao conhecer Piers, prevê que ele se apaixonará perdidamente em apenas duas semanas. No entanto, Linnet não faz ideia do perigo que seu coração corre. Afinal, o homem a quem ela o está entregando talvez nunca seja capaz de corresponder a seus sentimentos. Que preço ela estará disposta a pagar para domar o coração frio e selvagem do conde? E Piers, por sua vez, será capaz de abrir mão de suas convicções mais profundas pela mulher mais maravilhosa que já conheceu?

IRMÃOS DE SANGUE
Nora Roberts

Sinopse:  A misteriosa Pedra Pagã sempre foi um local proibido na floresta Hawkins. Por isso mesmo, é o lugar ideal para três garotos de 10 anos acamparem escondidos e firmarem um pacto de irmandade. O que Caleb, Fox e Gage não imaginavam é que ganhariam poderes sobrenaturais e libertariam uma força demoníaca. Desde então, a cada sete anos, a partir do sétimo dia do sétimo mês, acontecimentos estranhos ocorrem em Hawkins Hollow. No período de uma semana, famílias são destruídas e amigos se voltam uns contra os outros em meio a um inferno na Terra. Vinte e um anos depois do pacto, a repórter Quinn Black chega à cidade para pesquisar sobre o estranho fenômeno e, com sua aguçada sensibilidade, logo sente o mal que vive ali. À medida que o tempo passa, Caleb e ela veem seus destinos se unirem por um desejo incontrolável enquanto percebem a agitação das trevas crescer com o potencial de destruir a cidade. Em Irmãos de sangue, Nora Roberts mostra uma nova faceta como escritora, dando início a uma trilogia arrebatadora em que o amor é a força necessária para vencer os sombrios obstáculos de um lugar dominado pelo mal.

 O QUE O CÂNCER ME ENSINOU
Sophie Sabbage

“Meu câncer é sistêmico e incurável, mas estou vivendo com ele. Na verdade, estou me fortalecendo com ele. Se eu considerar as estatísticas, as previsões e as probabilidades, sou um caso perdido. Mas prefiro não fazer isso. Opto por entender a doença sem me entregar a ela, me resignar sem sucumbir, gritar meu nome do alto das estatísticas antes que minha identidade seja soterrada no frio anonimato dos números.  Dedico os dias, as horas e os minutos a prolongar a vida, com a inabalável intenção de criar minha filha até ela se tornar adulta, de envelhecer com meu amado marido e de fazer a diferença que gosto de pensar que vim ao mundo fazer. Não tenho qualificação para ajudar você a superar o seu problema. Mas sou qualificada para ajudá-lo a superar o seu condicionamento, o que acredito também ser essencial para o processo de cura. Posso mostrar-lhe como ficar bem, mesmo quando estiver se sentindo mal, e como resolver as questões emocionais que podem ter contribuído para a sua doença. Espero que esta leitura o inspire a sentir a vibração da vulnerabilidade, a energia do propósito e a maravilha de forjar o seu próprio caminho pela floresta densa e escura que às vezes parece não oferecer trégua ou escape. Torço, principalmente, para que você perceba que o câncer tem algo a ensinar; basta saber como ouvir o que ele está tentando dizer.”


A VIDA SECRETA DAS ÁRVORES
Peter Wohlleben

Sinopse: Nos últimos anos a ciência tem comprovado que as árvores e o homem têm muito mais em comum do que poderíamos imaginar. Assim como nós, elas se comunicam, mantêm relacionamentos, formam famílias, cuidam dos doentes e dos filhos, têm memória, defendem-se de agressores e competem ferozmente com outras espécies – às vezes, até com outras árvores da mesma espécie. Algumas são naturalmente solitárias, enquanto outras só conseguem viver plenamente se fizerem parte de uma comunidade. E, assim como nós, cada uma se adapta melhor a determinado ambiente. Em A vida secreta das árvores, o engenheiro florestal alemão Peter Wohlleben alia seus 20 anos de experiência às últimas descobertas científicas para examinar o dia a dia desses seres fantásticos. Com um ponto de vista surpreendente e inovador, o livro se tornou um fenômeno na Alemanha, entrou para a lista de mais vendidos do The New York Times e teve seus direitos negociados para 18 países. Essa viagem fascinante pela vida das árvores e florestas é um convite a repensarmos nossa relação com a natureza.