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SÉRIES DE TV #1: CONHEÇA "RIVERDALE"

26 fevereiro 2017


Faz muito tempo que eu não venho falar de séries aqui no blog, mas recentemente tenho sentido muita necessidade em falar sobre outros assuntos por aqui. A partir disso, hoje vim trazer uma dica de série que tem me conquistado a cada capítulo. Se trata de Riverdale, a nova aposta teen da Tv CW. Riverdale é uma adaptação de tv baseada nos personagens da Archie Comics e é escrita justamente pelo chefe criativo da Archie Comics, o Roberto Aguirre-Sacasa e tem Greg Berlanti como produtor executivo. 

Primeiro episódio: 26 de janeiro de 2017
Emissora original: The CW Television Network
Criador: Roberto Aguirre-Sacasa
Idioma: Língua inglesa
Gêneros: Mistério, Drama teen, Crime

Riverdale é uma cidade pequena, pacata, sem crimes, totalmente tranquila. No entanto, a morte misteriosa de Jason Blossom no último verão mudou tudo o que os moradores dessa cidadão eram, pensavam ou faziam. Archie Andrews é um jovem promissor, jogador de futebol americano, bonito e além de ajudar seu pai com a empresa, descobriu que queria seguir na carreira musical. Além disso, teve um romance secreto com sua professora de música, que acabou deixando-o mais instigante em seguir sua nova paixão. Veronica Lodge acaba de chegar na cidade. Novata, bonita e rica, a estudante carrega o escândalo que afetou sua família, levando a prisão de seu pai e a ruína de sua mãe socialite. Mas Veronica logo se junta com Betty, a nerd, certinha e apaixonada pelo melhor amigo, Archie, e as duas serão aliadas (só não sabemos ainda para o que e com o que). 

Todo o mistério gira em torno da morte de James Blossom. No começo, achava que seria mais uma série teen da CW, recheada de clichês, de triângulos amorosos e romances desnecessários, mas fui totalmente surpreendida com o tom da série, que me lembrou muito Twin Peaks. Os personagens são carismáticos, apesar de não gostar dos coadjuvantes da escola, que por sinal, são super babacas e machistas. 

A trama por ser de mistério, crime e suspense, deixa bastante pontas soltas no episódio, levando o telespectador a pensar no que poderia ser de fato as deixas. No entanto, até o momento nada foi muito aprofundado, na verdade, acredito que vão trazer a tona várias questões do meio/final da temporada. Falando em questões levantadas, a série traz algumas críticas sociais importantes, como machismo, bullying e racismo. E como é uma série teen, achei inteligente a abordagem feita, principalmente a maneira como a mensagem sobre esses assuntos foi entregue. 

Para mim, o personagem mais instigante até o momento é o Jughead Jones. Interpretado pelo Cole Sprouse (saudades gêmeos em ação), o personagem é um aspirante a jornalista, que começo a investigar e a escrever sobre a misteriosa morte de Jason, afim de transformar a obra em um romance e publica-lo. Além disso, ele também é o narrador da série, o que facilita muito em algumas explicações nos finais dos episódios. Eu realmente suspeito de que ele possa ser a vir um dos principais logo logo, já que é um dos "investigadores" do mistério. Existem outros personagens que se destacam, como Veronica, mas ainda o acho o personagem mais instigante.

A fotografia da série é um ponto a se ressaltar, visto que os tons mais escuros e azuis estão sempre presentes, mas em alguns momentos de "luz" é ressaltado as cores vibrantes, como o vermelho, amarelo. Tudo é muito esteticamente bonito e avaliando mais de perto, faz muito sentido e agrega muito nas cenas se o telespectador tiver a noção do que as cores significam em cenas.

Enfim, a série ainda está em exibição, então tem muita coisa para acontecer, mas já adianto que ela pode se tornar uma das queridinhas de todos, já que até os críticos gostaram da vibe da série. Não espere muito dela, afinal de conta, é uma série teen. Mas assista, porque é muito interessante todo o mistério e acredito que tenha muito potencial. 

LANÇAMENTO DARKSIDE BOOKS | A GUERRA QUE SALVOU A MINHA VIDA

24 fevereiro 2017

Olá leitores! Como vocês estão?
Faz tempo que eu não veio divulgar um livro só por aqui não é mesmo? Recebi um e-mail da Darkside Books, nossa caveirinha, falando sobre o novo lançamento deles "A Guerra que salvou a minha vida", e achei o livro muito promissor e a premissa bem interessante, então vim compartilhar com vocês. 

Eu sou uma louca dos livros da Segunda Guerra Mundial, porque foi um período muito triste da nossa história e eu gosto da intensidade das histórias. Sempre me envolvo muito e fico pensando o quanto a guerra destroçou milhares de vidas, são sempre história emocionantes, o que acabou deixando esse lançamento muito mais atrativo para mim. Então acredito que para vocês fãs de história, vão gostar também. 

"Combinando a ternura de Em Algum Lugar Nas Estrelas, outro título da coleção DarkLove, com a realidade angustiante de O Diário de Anne Frank, A GUERRA QUE SALVOU A MINHA VIDA apresenta uma perspectiva da Segunda Guerra Mundial vista pelos olhos de uma menina que se transforma em refugiada no seu próprio país. Mais uma oportunidade perfeita para emocionar corações de todas as idades e relembrar os valores do companheirismo e da amizade em todos os momentos da nossa vida. "

Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando. Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor.

Kimberly Brubaker Bradley consegue ir muito além do que se convencionou chamar “história de superação”. Seu livro é um registro emocional e historicamente preciso sobre a Segunda Guerra Mundial. E de como os grandes conflitos armados afetam a vida de milhões de inocentes, mesmo longe dos campos de batalha. No caso da pequena Ada, a guerra começou dentro de casa.

Essa é uma das belas surpresas do livro: mostrar a guerra pelos olhos de uma menina, e não pelo ponto de vista de um soldado, que enfrenta a fome e a necessidade de abandonar seu lar. Assim como a protagonista, milhares de crianças precisaram deixar a família em Londres na esperança de escapar dos horrores dos bombardeios.

Combinando a ternura de Em Algum Lugar Nas Estrelas, outro título da coleção DarkLove, com a realidade angustiante de O Diário de Anne Frank, A GUERRA QUE SALVOU A MINHA VIDA apresenta uma perspectiva da Segunda Guerra Mundial vista pelos olhos de uma menina que se transforma em refugiada no seu próprio país. Mais uma oportunidade perfeita para emocionar corações de todas as idades e relembrar os valores do companheirismo e da amizade em todos os momentos da nossa vida. Vencedor do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista do New York Times e adotado em diversas escolas nos Estados Unidos.

“Dolorosamente adorável [...] Com nuances e emoções certeiras, este conto vívido sobre os tempos de guerra fará com que os leitores sofram com cada tropeço de Ada e se alegrem com suas vitórias — a ponto de trazer lágrimas aos olhos.”
— THE WALL STREET JOURNAL —

SOBRE A AUTORA:
Kimberly Brubaker Bradley vive com o marido e os filhos em uma fazenda no sopé das Montanhas Apalaches, entre pôneis, cães, gatos, ovelhas, cabras, e muitas, muitas árvores. É autora de vários livros, entre eles Leap of Faith e Jefferson’s Sons. A Guerra que Salvou a Minha Vida ganhou o Newbery Honor Book, o Schneider Family Book Award e o Josette Frank Award, além de ter sido eleito entre os melhores livros de 2015 pelo Wall Street Journal, a revista Publishers Weekly, a New York Public Library e a Chicago Public Library, entre outros. Saiba mais em kimberlybrubakerbradley.com. 


| RESENHA #159 | ARISTÓTELES E DANTE DESCOBREM OS SEGREDOS DO UNIVERSO, BENJAMIN ALIRE SÁENZ

23 fevereiro 2017

ISBN-10: 8565765350
Autor: Benjamin Alire Sáenz
Ano: 2014
Páginas: 392
Idioma: português
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto
Nota: 5/5

Sinopse: Dante sabe nadar. Ari não. Dante é articulado e confiante. Ari tem dificuldade com as palavras e duvida de si mesmo. Dante é apaixonado por poesia e arte. Ari se perde em pensamentos sobre seu irmão mais velho, que está na prisão. Um garoto como Dante, com um jeito tão único de ver o mundo, deveria ser a última pessoa capaz de romper as barreiras que Ari construiu em volta de si. Mas quando os dois se conhecem, logo surge uma forte ligação. Eles compartilham livros, pensamentos, sonhos, risadas - e começam a redefinir seus próprios mundos. Assim, descobrem que o amor e a amizade talvez sejam a chave para desvendar os segredos do Universo.

A história é ambientada em 1987, na cidade americana de El Paso, Texas, que faz fronteira com o México, e é narrada sob o ponto de vista de Aristóteles, ou “Ari”.

Ari conhece Dante na piscina pública na cidade, aonde foi mesmo sem saber nadar. Dante se oferece para ser seu professor e, apesar de ser fechado a amizades e um pouco tímido, Aristóteles confia no outro garoto e aceita a oferta. A partir de então, suas histórias se entrelaçam cada vez mais.

Apesar de serem adolescentes, Dante mostra ser tudo “mais” que Ari. Dante é mais inteligente, mais seguro de si, mais espontâneo, mais corajoso, tem os pais mais legais (mas isso é só à primeira vista), lê mais livros… Enquanto Aristóteles não tem muita certeza de nada, seu pai ainda tenta superar traumas vividos na guerra e, por isso, não se abre muito com o filho, possui um irmão mais velho que está preso e é assunto proibido em casa, e não se dá muito bem com suas irmãs. Enfim, ambos possuem questões de vida muito diferentes.

“Será que todos os garotos se sentiam sozinhos? O verão não era feito para garotos como eu. Garotos como eu pertenciam à chuva.”

Com o passar do tempo, até os pais dos garotos se tornam amigos, fazendo com que eles se aproximem ainda mais. E, então, acontecem coisas que os fazem se afastar. Os garotos brigam, fazem as pazes, preocupam-se, sentem falta um do outro e vivem experiências juntos. Porém, a narrativa é ainda mais profunda que isso.

Dei cinco estrelas para o livro porque me senti muito envolvida com os personagens. O final, apesar de ser o que eu esperava, não foi como eu esperava, o que considero algo bom. Foi uma leitura extremamente gostosa. Possui momentos de reflexão interessantes e, apesar de ser relativamente curto, os personagens crescem muito com o passar das páginas.

Um livro que fala de várias maneiras sobre se conhecer e se aceitar, e sobre o fato de que, no fim, talvez o maior segredo do universo seja o amor.

“Aposto que às vezes é possível desvendar todos os mistérios do universo na mão de uma pessoa.”

| RESENHA #158 | O REFÚGIO DO MARQUÊS, LUCY VARGAS (OS PRESTON #1)

22 fevereiro 2017

Título: O Refúgio do Marquês - Os Preston #1
Autora: Lucy Vargas
Ano: 2015
Páginas: 310
Idioma: Português
Editora: Editora Charme
Gênero: Romance de Época
Nota: 4/5

Sinopse: "Agora você é meu refúgio e, com certeza, o mais belo".
Henrik e Caroline não poderiam ser mais diferentes.
Ele, o Marquês de Bridington, é um homem selvagem e inapropriado, que vive há anos no campo, fugindo dos fantasmas do seu passado obscuro e repleto de segredos.
Ela, Caroline Mooren, a Baronesa de Clarington, é uma jovem destemida, com um passado doloroso, que recebe a missão de reformar a mansão e talvez o marquês, ao menos é o que a marquesa viúva espera. Ele é um caso perdido. Ela é uma mulher com um futuro incerto. Mas juntos, eles se completam e acendem a chama da paixão, que ambos acreditavam estar completamente extinguida, trazendo à tona segredos e temores que ambos escondem. Se reerguer sob o peso do passado será uma batalha que ultrapassará os limites do refúgio que o marquês pensa ter construído, mas será que o amor é capaz de ultrapassar tantas barreiras e vencer, ou eles perderão tudo outra vez?


Caroline Mooren, a Baronesa de Clarington, é uma moça ainda jovem e viúva há algum tempo. Foi casada durante alguns anos com um homem que não amava e não tinha empatia nenhuma por ele, assim como ele não tinha com ela. Foi um casamento armado pelo falecido Barão e Caroline é quem levou a fama de interesseira. Um casamento que custou o tempo da jovem e a fez uma mulher mais dura e forte. 

Como prima distante de Hilde, a Marquesa de Bridington, Caroline recebe uma proposta da prima um tanto inusitada. A Marquesa pede que ela se comprometa em reformar a mansão do filho, o Marquês de Bridington, já que o lugar se encontra em estado deplorável para receber quaisquer visitas dos nobres da região. 

Henrik, O Marquês de Bridington, é um homem muito fechado e dedicado aos serviços brutos de sua terra, o que lhe atribuíu um física rústico e viril. Desde o adoecimento de sua mulher, a mansão que lhe pertence está horrível e em total desorganização, mas Henrik não dá atenção o suficiente para essa situação. 

Caroline aceita a proposta da Marquesa e não imagina a missão ardilosa que vai enfrentar nas próximas semanas tentando colocar algum tipo de ordem na mansão do Marquês de Bridington, que fica muito relutante em relação a estadia da jovem naquele lugar horrível, ainda mais em sua companhia. 

Ainda não tinha lido nenhum Romance de Época escrito por uma autora brasileira e posso dizer que a primeira experiência foi muito boa. Gostei da narrativa, achei muito fluída e gostosa de ler. É claro que o estilo de escrita é um pouco diferente do que estou acostumada a ler em outros do mesmo gênero, mas nada que deixasse a desejar. 

O romance entre os personagens principais demorou bastante e isso só serviu para me deixar mais curiosa a respeito do desfecho do livro, o que fez com que eu o lesse rapidamente. Com uma história diferente e cativante, O Refúgio do Marquês foi uma leitura realmente muito agradável e que recomendo com certeza.

| RESENHA #157 | TUDO E TODAS AS COISAS, NICOLA YOON

21 fevereiro 2017

ISBN-10: 8581637884 
Título: Tudo e Todas As Coisas
Autora: Nicola Yoon
Ano: 2016 
Páginas: 304
Idioma: Português
Editora: Novo Conceito
Gênero: Jovem Adulto, Drama
Nota: 4/5
Sinopse: "Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa. Nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas que já vi foram minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia que ele chegou. Olho pela minha janela para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés. Seus olhos são de um azul como o oceano. Ele me pega olhando-o e me encara. Olho de volta. Descubro que seu nome é Olly. Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre."

Desde que esse livro foi lançado pela editora Novo Conceito eu estive aflita para o ter em mãos. Primeiramente pela sinopse maravilhosa, diferente de tudo que já li e, também por essa capa divina.

Narrado em primeira pessoa conhecemos Madeline, uma jovem de 18 anos, que vive isolada do mundo por conta de sua doença, a IDCG, mais conhecida como "doença da bolha". Essa doença é extremamente rara, porém ao mesmo tempo pode ser letal, portanto, Madeline precisa viver trancada dentro da própria casa com uma rotina diária rigorosa, desde que qualquer coisa diferente do habitual pode desencadear uma reação alérgica e a levar a morte.

Por viver trancafiada, Maddy não tem contato com muitas pessoas, na verdade, somente com a sua mãe e a enfermeira - que pode ser considerada até mesmo sua amiga devido o tempo de convivência. Porém, isso passa a ser insuficiente para a jovem após se deparar com o seu novo vizinho, Olly.

Inicialmente, tudo é muito inocente, Maddy possuía desde sempre o hábito de observar os vizinhos e suas rotinas. Porém, algo em Olly faz com que ela fique mais instigada do que normal. Logo, ambos passam a ter conversar através do e-mail. E é aí que surge um grande problema: nunca será suficiente apenas as conversas "à distância", ambos querem mais e é quando as regras fundamentais para a segurança de Maddy são quebradas.

Um dos aspectos que mais me ganhou em relação ao livro é a forma peculiar com que a autora nos apresenta a história. Com diversas ilustrações, listas, definições de palavras de acordo com Madeline e até mesmo resenhas reflexivas a respeito de suas leituras. Tudo isso tornou a leitura muito mais fluída e cativante.

Além disso, o amadurecimento da jovem ao longo do livro, para mim, tornou ainda mais válida a leitura. Vemos Madeline passar de a mulher insegura e reclusa, para a mulher que compreende suas limitações, mas que ao mesmo tempo luta pelos seus sonhos, não deixando que elas a mantenha estagnada. Devo dizer que, apesar de um pouco clichê, o romance desenvolvido entre ela e o Olly foi um fator essencial para o amadurecimento da jovem, desde que ele despertou nela sensações que a mesma nunca havia sentido e, também a vontade de experimentar todas as outras coisas que o mundo tem a oferecer. Particularmente, eu adorei isso, então torci muito por esse casal.

Devo confessar que o desfecho não me convenceu, na verdade, não por não ser bom, mas sim por eu ter esperado algo completamente diferente - talvez até mais realista. Porém, sem dúvidas, eu o leria novamente. Trata-se de um livro extremamente cativante e recheado de reflexões a respeito da vida. Recomendo-o para todos que pretendem terminar a leitura enxergando a vida com outros olhos e com sede a aproveitar de todas as maneiras possíveis.

| RESENHA #156 | O QUE EU SEI DE VERDADE, OPRAH WINFREY

20 fevereiro 2017


ISBN-10: 8543101387
Título: O que eu sei de verdade
Autora: Oprah Winfrey
Ano: 2014
Páginas: 192
Idioma: português
Editora: Sextante
Gênero: auto-ajuda, biografia, memórias
Nota: 5/5
Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse:  Entre os talentos de Oprah Winfrey está sua capacidade de compreender a natureza humana como poucos e, ao mesmo tempo, colocar essa sabedoria em palavras. Desde que foi questionada sobre as coisas de que tinha certeza na vida, ela passou a escrever uma coluna mensal em sua revista com reflexões sobre relacionamentos amorosos, família, autoestima, medos, fracassos e superação. Neste livro, você irá encontrar uma seleção, feita pela própria autora, das melhores crônicas lançadas ao longo dos 14 anos de existência da coluna. Em textos curtos, Oprah oferece mensagens profundas que vão ajudá-lo a fazer as pazes com seu corpo, a construir relacionamentos mais harmoniosos e a mudar sua maneira de encarar os problemas. Ao fim da leitura, você se sentirá inspirado a se tornar e extrair o máximo do que a vida tem a oferecer.
O que eu sei de verdade é um livro de crônicas escrito pela maravilhosa Oprah Winfrey. Sendo não-ficção, conforme vamos lendo, vamos conhecendo mais sobre o que a Oprah pensa sobre alguns assuntos, como família, espiritualidade, vida relacionamentos, profissão, etc e tal.  O livro possui várias crônicas e variam o seu tamanho, mas o importante é que sempre há uma lição em cada uma. 

Quando comecei a ler o livro, não esperava que ele fosse me tocar da forma como tocou. Foi realmente maravilhoso poder conferir as verdades da Oprah, principalmente porque me ajudou muito em algumas situações que tenho passado. Resolvi ler uma crônica por dia e refletir sobre ela, o resultado foi incrível. 

No livro vamos conhecendo mais Oprah, uma mulher que venceu já muitas batalhas em sua vida, tanto profissionais quanto pessoais. E toda a sua trajetória vem com muita sabedoria, o que é claramente repassado nesse livro. Além de ter descoberto mais sobre a vida da apresentadora, tive vários momentos reflexivos que me foram pertinentes. Repensei sobre a minha vida e sobre quais eram as minhas verdades.

Como a própria sinopse diz, no final da leitura eu me senti inspirada e muito motivada a dar e receber o melhor da vida. O livro é bem simples, a diagramação está ótima e eu achei a capa muito delicada, o que condiz com a forma em que Oprah nos relatou sua vida.

Em suma, O que eu sei de verdade, é um livro singelo, lindo, reflexivo e que te deixará cheio de amor no coração e muito inspirado para ir atrás do que você sonha e para descobrir quais são as suas verdades. Independente do seu conhecimento ou não para com a autora, acho que é um livro que todos deveriam ter. 

| RESENHA #155 | DICAS DA IMENSIDÃO, MARGARET ATWOOD

15 fevereiro 2017

ISBN-10: 8532529917
Título: Dicas da Imensidão
Autora: Margaret Atwood
Ano: 2017
Páginas: 240
Idioma: português
Editora: Rocco
Gênero: Contos / Crônicas / Literatura Estrangeira
Nota: 5/5
Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse: Aos 77 anos, ela é ativa nas redes sociais, onde frequentemente expõe suas opiniões sobre temas como feminismo, meio ambiente, política e economia, assuntos presentes também em toda a sua extensa obra literária. Nesta coletânea de contos protagonizados por personagens femininas marcantes que inaugura o novo projeto gráfico para a obra da escritora pela Rocco, assinado pelo ilustrador Laurindo Feliciano, a canadense Margaret Atwood mostra mais uma vez por que é uma das principais vozes da literatura em língua inglesa contemporânea. São dez narrativas em que a fauna humana se apresenta em toda a sua banalidade e excepcionalidade, em que situações inquietantes subitamente desestabilizam o cotidiano de pessoas comuns, iluminando o instante único capaz de moldar uma vida inteira. Manejando com extrema habilidade os sentimentos, desejos, as frustrações e memórias de suas personagens, a escritora conduz o leitor por uma teia de histórias que falam da beleza e do mistério da condição humana. Ponto forte: ganhadora do Man Booker Prize, entre outros prêmios de prestígio, autora transita entre o literário e o pop com propriedade e é uma voz relevante nas principais discussões da atualidade. Em janeiro, uma de suas obras mais importantes, O conto da Aia, ganha adaptação para TV com a atriz Elizabeth Moss, da série Mad Men.

Dicas de imensidão é um livro de contos escrito pela autora canadense Margaret Atwood, publicado originalmente em 1991 e que chegou ao Brasil em 2017, pela editora Rocco. Nesse livro, todos os contos são protagonizados por personagens femininas fortes, marcantes, em processo de emponderamento, outras emponderadas. São dez narrativas mostrando humanos em suas peculiaridades, essências, mostrando toda sua banalidade, além disso, os contos trazem situações inquietantes, conflituosas, que deixam o leitor muitas vezes com o gosto amargo.

Só de olhar para essa capa, eu consigo imaginar inúmeras coisas. A sensação de sentir essa ilustração, me deixou agoniada, não porque é monstruosa, mas porque é intensa, reveladora e cheia de nuances metafóricas sobre os contos que o livro traz. Em Dicas da imensidão, temos histórias de mulheres que passaram por tudo e mais ou um pouco. São dez contos que pegam e recuperam acontecimentos passados de suas protagonistas e os trazem para o presente, mostrando-nos o fim, as escolhas, chances perdidas, superações, entre outras coisas.

Não conhecia a autora, mas tive uma ótima primeira impressão. Livros de contos são mais rápidos de ler, mas sempre me incomodei com o fato de não conseguir me conectar com os personagens, visto que são sempre histórias breves ou fragmentos de uma história completa. No entanto, nesse livro, eu consegui me inserir e mergulhar de uma forma muito intensa e arrebatadora, na escrita e na mensagem de Margaret Atwood.

Uma das coisas que eu mais amei no livro é a diversidade de nossas protagonistas. Temos mulheres como irmãs que têm uma relação conturbada e complexa, porque dividem a cama do mesmo homem (mesmo ele sendo casado com apenas uma das duas), outra mulher de meia idade que decide ter um filho, mas que existe o conflito interno de não querer se tornar mãe, um mulher envelhecendo e lidando com isso e muito mais. Atwood explora a vulnerabilidade, traz discussões importantes sobre machismo, liberdade sexual, patriarcado, entre outros assuntos pertinentes e importantes para as mulheres.

A narrativa da autora é ágil, culta e maravilhosamente fluida. Não sei se é porque me inseri absurdamente nas histórias, mas a leitura foi tão rápida, que senti saudades quando cheguei ao final. Em cada conto, eu me envolvia e absorvia alguma lição, alguma mensagem. Senti a importância de cada tema, de cada reflexão e isso tornou a leitura rica e acolhedora. 

Em suma, Dicas da Imensidão é um livro que carrega as faces de nós mulheres e a diversidade. Discute temas importantes, que inclusive estão dentro da pauta feminista e nos mostra verdades que muitas vezes decidimos não enxergar sobre a sociedade, sobre a mulher, sobre feminilidade. Eu indico esse livro para TODAS, porque além de ser muito bem escrito, ainda passa uma mensagem importante, que bem, você só descobrirá lendo. 

PROJETO LITERÁRIO: LEITURAS DO WATTPAD

14 fevereiro 2017



Olá, pessoal. Estou aqui para apresentar um projeto literário de minha criação e, talvez um tanto peculiar: ler mais histórias de autores no Wattpad

Para começar, Wattpad é uma plataforma gratuita em que qualquer pessoa pode postar suas histórias online e também, qualquer pessoa pode ter acesso à essas. As histórias podem ser de qualquer gênero, por isso têm uma vasta variedade, para todos os gostos. Além disso, muitos autores que têm seus livros nos best-sellers começaram nessa plataforma. 

Enfim, agora vamos ao que interessa! Desde que conheci o Wattpad, tive oportunidade de ler diversas histórias incríveis. Dessa forma, venho aqui o recomendar para quem deseja ler com maior diversidade, conhecer autores iniciantes e desconhecidos. E também, dizer que a partir de Março estarei resenhando uma história de lá aqui no blog uma vez por mês, como uma forma de divulgação de histórias diferentes e poucos conhecidas, mas que não deixam de ser completamente incríveis e que merecem maior visibilidade por parte de nós leitores.

Bom, o convite fica aberto para quem também deseja fazer parte do projeto. Acho que vale a pena sair da zona de conforto e dar a chance para aqueles que estão começando agora e, também ler muitas histórias fantásticas que essa plataforma tem à nos oferecer.

| RESENHA #154 | O SEGREDO DE EMMA CORRIGAN, SOPHIE KINSELLA

13 fevereiro 2017

Título: O Segredo de Emma Corrigan
Autora: Sophie Kinsella
Ano: 2015
Páginas: 352
Idioma: Português 
Editora: BestBolso
Gênero: Chick-Lit
Nota: 4/5
Sinopse: Emma Corrigan tem alguns segredinhos... Mas quem não tem? Durante uma viagem de avião bem turbulenta, Emma acredita que não sobreviverá aos solavancos, e acaba contando todos – mas todos! – os seus segredos para o homem sentado na poltrona ao lado. Quando a aeronave pousa em segurança, ela pede desculpas ao companheiro de voo pelo desabafo, pensando que nunca mais veria aquele estranho bonitão. No dia seguinte, no entanto, ela descobre que seu colega de viagem era ninguém menos que Jack Harper, um dos fundadores da grande Corporação Panther, empresa na qual Emma trabalha como assistente de marketing. E que seu encontro desajeitado com o milionário a colocaria na maior confusão.

Emma Corrigan é uma assistente de marketing que trabalha na Corporação Panther, mora com duas colegas na cidade de Londres e tem um namorado praticamente perfeito, mas ela não está se sentindo satisfeita. Emma está louca por uma promoção, seu trabalho em marketing tem durado quase um ano e ela almeja o cargo de Executiva de Marketing na empresa. Ela pensa que sua primeira viagem de negócios vai trazer a tão sonhada promoção, mas as coisas podem sair um pouco dos trilhos no meio do caminho. 

A reunião é uma catástrofe. O acordo foi cancelado, Emma se atrapalha na reunião tentando consertar a situação e na viagem de volta tem um surto dentro do avião por causa de uma turbulência muito forte. Seu medo de andar em um avião faz com que ela pense estar morrendo e com a língua solta, Emma conta vários segredos seus para o passageiro sentado ao seu lado. O que ela não sabia, era que o tal passageiro se chamava Jack Harper, ninguém mais que o dono da empresa em que ela trabalha.
Estou em uma onda de ler livros do gênero Chick-Lit e obviamente não poderia deixar de ler uma obra de Sophie Kinsella, uma autora tão consagrada nesse meio. É claro que fui com sede ao pote, mas felizmente não me decepcionei mesmo com altas expectativas. 

O livro é bom, bem divertido e descontraído. A narrativa é super fluída e consegui ler tão rápido as páginas que as vezes nem me dava conta do quanto já tinha lido. Emma é uma personagem um tanto desorientada e sonhadora demais, possivelmente houve momentos em que eu não tive muita paciência com ela, mas a entendi no final das contas. O romance no livro aconteceu rápido demais e até um pouco confuso, não atrapalhou minha leitura, mas eu preferia que o casal tivesse levado as coisas um pouco mais devagar.

Fica claro que tive algumas ressalvas quanto ao livro e não acho que esse seja o melhor escrito pela autora. Porém, com certeza continuarei a ler as obras de Sophie Kinsella e espero que haja menos ressalvas. Eu indico sim ''O Segredo de Emma Corrigan'', pois foi de fácil leitura e de um bom divertimento. 

LEITURAS DO MÊS DE JANEIRO DE 2017

12 fevereiro 2017


Olá leitores!
O mês de janeiro foi bem atribulado, mas no final das contas eu até li bastante. Foram 6 livros e a maioria foi classificada como leitura boa ou ótima, então saímos no lucro não é mesmo?

No vídeo abaixo, eu falei um pouco sobre todos os livros que eu li em janeiro de 2017. Se não é inscrito no canal, se inscreve ok? E não deixa de comentar suas impressões sobres os livros mencionados.

❤️

| RESENHA #153 | CINDER, MARISSA MEYER (AS CRÔNICAS LUNARES #1)


ISBN-10: 8579801524
Série: As Crônicas Lunares #1
Título: Cinder
Autora: Marissa Meyer
Ano: 2013
Páginas: 448
Idioma: português
Editora: Rocco Jovens Leitores
Gênero: Jovem Adulto, Ficção cientifica
Nota: 4,5/5
Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse: Num mundo dividido entre humanos e ciborgues, Cinder é uma cidadã de segunda classe. Com um passado misterioso, esta princesa criada como gata borralheira vive humilhada pela sua madrasta e é considerada culpada pela doença de sua meia-irmã. Mas quando seu caminho se cruza com o do charmoso príncipe Kai, ela acaba se vendo no meio de uma batalha intergaláctica, e de um romance proibido, neste misto de conto de fadas com ficção distópica. Primeiro volume da série Crônicas Lunares, Cinder une elementos clássicos e ação eletrizante, num universo futurístico primorosamente construído.
Olá leitores! Como vocês estão? 
Hoje eu trago a resenha de um livro que foi uma grande surpresa para mim. Na verdade, eu tinha boas expectativas para com "Cinder" da autora Marissa Meyer, no entanto, eu tinha medo de me decepcionar de alguma forma. Mas não aconteceu e já adianto para vocês que eu gostei bastante da obra.  

Em mais uma releitura de clássicos de contos de fadas, só que em uma sociedade futurística, temos Cinder, uma misteriosa ciborgue, que vive com sua madrasta e tutora, Adri, enquanto cuida de uma oficina especializada em robôs e protótipos. Cinder tem mais duas irmãs e vive como a Cinderella mesmo, como a "ralé", como a gata borralheira. No entanto, em um dia em sua oficina, Cinder acaba recebendo Kai, o príncipe herdeiro do trono da Comunidade das Nações Orientais. O que ela não sabia, é que se envolveria em uma guerra intergalática e um romance proibido.  Além de já carregar o fardo de não ser querida na sua própria família, Cinder ainda levou a culpa pela doença de sua meia-irmã, Peony, o que a levou para caminhos perigosos. Sua vida se tornará bem diferente do que ela imaginava. 

Em "Cinder", temos uma história que se passa em uma sociedade futurística e claro, carrega elementos distópicos e de ficção cientifica. Cinder, nossa protagonista, é uma ciborgue e se você não sabe o que é isso, é nada mais, nada menos do que metade humana, metade robô. Por causa disso, Cinder precisa de um tutor, já que ciborgues não são bem aceitos nessa sociedade. E mesmo sofrendo todo esse preconceito, nossa protagonista ainda consegue se destacar e ser considerada a melhor mecânica de Nova Pequim e por isso, o príncipe Kai vai até o seu encontro, afim de que Cinder recupere um android que possui valor sentimental para ele e mais ninguém consegue concertá-lo.

''Uma garota. Uma máquina. Uma aberração.'' Pág. 145

Além do romance, temos a trama de uma doença que atormenta a todos os moradores daquela comunidade. Uma doença sem cura, rara, ainda a ser estudada. Então além de termos todos os trejeitos de um conto de fadas, ainda temos essa trama rolando, o que deixou o livro com muito mais informação e muito mais envolvente. 

Não conhecia a escrita da Marissa Meyer, mas gostei bastante, gostaria de ter lido na língua original, mas a tradução da editora Rocco está excelente. A narrativa é ágil, rápida e leve. Sua escrita é fluida, mas muito bem condensada, de forma que o linguajar não é tão fácil assim. Apesar de ser um young adult, achei um livro bem mais adult do que young, rs. No entanto, a proposta consegue se sustentar e a autora entregou um livro leve, divertido e gostoso de acompanhar. 

Os protagonistas carregam bem a história. Cinder é um personagem fácil de se gostar, não é tão coitadinha, mas demonstra seus traços de fraquezas. No entanto, a autora soube explorar bem cada coisa em cada momento certo. Kai também foi um personagem que eu gostei bastante e achei todo o desenrolar do envolvimento dele com Cinder, muito bom e gostosinho. 

A história em si caminha por um final previsível, mas é bem envolvente e você fica preso durante a história toda. Tem bastante informação e talvez a autora poderia ter explorado uma coisa de cada vez, mas no final das contas, tudo valeu a pena, porque eu me diverti, me envolvi e adorei ler e acompanhar a jornada de nossa protagonista. O romance não é forçado, não deixa a gente com aquele sentimento de "estão indo rápido demais" e por serem personagens legais, eu me envolvi bastante com a história de Kai e Cinder.

A história contém bastante coisa, mas não quero falar muito para que vocês não peguem spoiler. Mas já adianto que vocês irão mergulhar de cabeça nessa história.

Em síntese, Cinder foi uma leitura divertida e gostosa, que me deixou muito feliz. A história não é extraordinária, mas a autora conseguiu trazer para o clichê, algumas nuances diferentes, como a ficção cientifica dentro de um conto de fadas. A edição e tradução da editora Rocco estão ótimas, diagramação atraente, folhas amareladas e mais grossas, além dos detalhes no começo de cada capítulo. É realmente uma obra que vale a pena adquirir e se jogar. Não vejo a hora de poder continuar a série. 

LANÇAMENTOS EDITORA ROCCO: FEVEREIRO DE 2017

10 fevereiro 2017

Olá leitores! Como vocês estão?
2017 já começou com tudo no meio literário. Em Janeiro tivemos lançamentos de livros muito esperados pelos público, como Crave a Marca. Mas em fevereiro, a Editora Rocco lançará um título melhor que o outro. Hoje, eu vou mostrar para vocês quais são os principais lançamentos da editora. 

Deixem nos comentários quais foram os que mais chamaram a atenção de vocês. Logo teremos as resenhas aqui no blog e espero que vocês fiquem tentados a lê-los. ❤️

A CAMINHO DO AZUL SERENO
Verônica Rossi

A corrida para o Azul Sereno está chegando ao fim. Mas, para vencer, Perry precisa fazer o último sacrifício. Será que ele está pronto para isso? A caminho do Azul Sereno é o derradeiro capítulo da trilogia Never Sky, o grande sucesso da brasileira radicada nos EUA Veronica Rossi. Aria e Perry estão determinados a achar o último refúgio para forasteiros e ocupantes, a grande chance de fugir das tempestades de éter. Confinados na caverna para onde tiveram que se retirar por causa do aumento das tempestades, o grupo tem que enfrentar a dor da perda de Liv e da ausência de Roar, desaparecido na sua última missão. O pequeno Cinder é a chave para Azul Sereno, mas Hess e Sable estão em vantagem na corrida, eles ainda mantêm o jovem como prisioneiro. E o tempo para o resgate do garoto está se esgotando.  Sem outra opção, Perry e Aria juntam um time único para uma missão impossível.  Neste último livro, os protagonistas partem para a mais perigosa de suas aventuras. Muito mais que o amor proibido entre dois jovens, agora toda vida dos ocupantes e forasteiros está em risco. É sobre os ombros dos dois que recai toda a responsabilidade. Um final emocionante e épico para uma das melhores sagas dos últimos anos.
A RODA DA ETERNIDADE
Neil Gaiman e outros 

Joey Harker nunca quis ser um líder, mas o destino o levou a este papel. E agora é sua responsabilidade evitar o fim do Entremundos, do Multiverso e tudo mais que existe. A roda da eternidade é a alucinante conclusão da série Entremundos. Imaginada por ninguém menos que Neil Gaiman, e escrita pelo premiado autor Michael Reaves e sua filha Mallory, o livro mostra o destino de Joey Harker e os outros andarilhos. Joey imaginava que tinha encontrado seu lugar como um agente do Entremundos - organização responsável por manter a paz nos vários universos e dimensões, com sua habilidade de andar entre as dimensões -, mas sua última missão foi um desastre e colocou todo o universo em risco. Agora a Cidade-base, quartel-general do Entremundos, está perdida no fluxo temporal numa corrida contra a Brux. Joey desperta em um futuro devastado, e somente com a ajuda de Tom, um estranho ser de outra dimensão, ele consegue voltar ao seu tempo para tentar consertar o problema. Machucado e solitário, Joey se recusa a desistir. Com a ameaça da Noite Gélida cada vez mais próxima, Joey começa a recrutar novos andarilhos para ajudar em sua luta. Mas, para variar, as coisas não saem como o planejado. E apesar de não querer estar no comando, assumir o papel do Ancião é uma grande honra e responsabilidade, e ele não pretende deixar seus amigos e todo o universo na mão. Repleto de ação e aventura, A roda da eternidade leva Joey Harker e Acacia Jones ao confronto definitivo contra Lord Dogknife, Lady Indigo e forças da magia, Brux e ciência, Binários. E fecha com chave de ouro uma série surpreendente, mais um sucesso com a marca de Neil Gaiman.

EU ESTOU PENSANDO EM ACABAR COM TUDO
Ian Reid

Uma longa viagem de carro ao interior entrecortada por pensamentos sobre encerrar um relacionamento e a angústia com uma mórbida perseguição telefônica. Alguma coisa ruim vai acontecer? O romance de estreia de Iain Reid é um murro. Baseado em uma narrativa profundamente psicológica, Eu estou pensando em acabar com tudo é uma espécie de thriller minimalista, que esconde muito bem o medo de uma tragédia iminente com alegorias sobre a própria vida ser uma tragédia anunciada.  Antes de se embrenhar pela ficção, o autor canadense Iain Reid vem de dois trabalhos de não-ficção elogiados pela crítica americana: One bird's choice e The Truth About Luck, relatos autobiográficos divertidos e com um profundo viés geracional, além de contribuir regularmente para veículos como o jornal National Post e a revista New Yorker. Com Eu estou pensando em acabar com tudo, Red constrói uma trama onde a tensão pode ser sentida no ar, nos movimentos e convicções, na entrelinha do texto.  No livro, o casal protagonista viaja à fazenda da família de Jake, único personagem que tem o nome citado no livro, para que a moça, que narra a trama, conheça os pais do rapaz. Tanto a viagem aparentemente banal quanto a própria fazenda carregam histórias sombrias no subtexto. A cabeça da garota está atormentada pela perseguição de um homem misterioso que deixa sempre a mesma mensagem de voz, mas não consegue contar a Jake. A casa da fazenda também tem seus traços sinistros no porão e a história toda corre com a sensação de que estamos todos só aguardando o inevitável. 

UMA PEQUENA MENTIRA
K. A Tucker

Livie, a mais centrada das irmãs Cleary, segurou as pontas após a morte dos pais num acidente em que Kacey, a mais velha, foi a única sobrevivente, e cuidou da irmã quando ela caiu em depressão. Aos poucos, Kacey superou seus traumas e encontrou a felicidade, enquanto Livie se dedicava aos estudos. Agora, no segundo do livro da série de sucesso Ten Tiny Breaths, K. A. Tucker joga o foco de sua envolvente narrativa sobre a caçula e questiona: até que ponto vale a pena dominar seus sentimentos por medo de se machucar? Uma pequena mentira é mais um livro da coleção <3 Curti, do selo de entretenimento Fábrica231, para quem não abre mão de uma boa história romântica. Pronta para viver as emoções típicas de uma caloura, Livie decide superar a timidez e viver a vida como uma garota de 18 anos, com festas, bebidas e garotos. Reagan, a elétrica companheira de quarto, ajuda Livie na missão. Muito tímida, ela nunca tinha se relacionado com ninguém, nem mesmo uma “ficada”. E, em sua primeira festa universitária, acaba bebendo, beijando e se vendo melhor amiga de desconhecidos. Até tatuagem ela faz no melhor estilo "Se Beber Não Case". Mesmo com a ressaca do dia seguinte, Livie tem flashes do acontecido e a confirmação de que trocou beijos com Ashton Henley, o capitão da equipe de remo e conhecido garanhão da universidade. Mas algo acontece desse inusitado encontro. Ashton, um cara reservado na vida pessoal e com um passado traumático e misterioso, não esconde o interesse por Livie. Ela, por sua vez, tenta decifrar seus sentimentos e as reações em seu corpo provocadas pela simples proximidade com Ashton.  O receio de ser mais uma na lista de conquistas do capitão é grande e por isso ela tenta ser racional. Investir no relacionamento com Connor, o melhor amigo de Ashton e seu companheiro de dormitório e de time, é uma das formas encontradas. Mas nos assuntos do coração é difícil manter a razão. Com Ashton, Livie descobre que pequenas mentiras podem mudar o rumo da história e levá-los para lados opostos. Como também aproximar duas pessoas com passados traumáticos num presente incerto. Neste cenário descobrem ainda que, apesar dos obstáculos, nada é capaz de atrapalhar um encontro de almas. 

| RESENHA #152 | ANTES DE DORMIR, S. J. WATSON

09 fevereiro 2017

ISBN-10: 8501092053
Título: Antes de Dormir
Autora: S. J. Watson
Ano: 2012
Páginas: 400
Idioma: Português
Editora: Record
Gênero: Drama, suspense
Nota: 4,5/5

Sinopse: Christine acorda numa cama estranha, ao lado de um homem com uma aliança no dedo. Sua primeira reação é pensar que se envolveu com um homem casado na noite anterior. Enquanto se esforça para lembrar o que aconteceu, pensando numa provável esposa traída, ela finalmente se olha no espelho. E não reconhece o reflexo. Pelo menos vinte anos mais velho do que esperava encontrar. Então o homem lhe revela algo perturbador: todos os dias, sua memória se apaga sempre que ela dorme. O estranho, seu marido Ben, é obrigado a recontar a vida deles todas as manhãs. Encorajada por seu médico, ela começa a escrever um diário para ajudá-la a recuperar suas lembranças. Certa manhã, ela o abre e se depara com quatro palavras assustadoras: “Não confie em Ben”. E passa a se perguntar: Que acidente a fez ficar assim? Em quem ela pode confiar? Mantendo o ritmo de suspense do início ao fim, ''Antes de dormir'' é um inteligente e instigante romance sobre memória e identidade. E sobre o quanto podemos confiar em quem está perto de nós.  

Christine vive um dilema todos os dias pela manhã. Ao acordar precisa lidar com todos os acontecimentos atuais e passados da sua vida, porém não de uma forma tão convencional quanto as outras pessoas. Ela é uma mulher de 47 anos e amnésica. Suas memórias recentes duram apenas até que ela durma, após isso, tudo é deletado de sua mente. Ao acordar, diariamente, ela precisa lidar com o choque que é ouvir seu marido, Ben, lhe contando sobre o acidente que sofreu – e que causou sua falha de memória -, quem é ela e onde eles estão. 

No entanto, cansada de sua situação e a falta de esperança por parte de seu marido, Christine começa a se consultar com um médico em segredo, que a aconselha a escrever um diário, no qual ela possa registrar tudo o que lhe é dito e antigas lembranças que podem vir a serem recordadas. Todas as manhãs o Dr. Nash a avisa por telefone onde encontrar o diário e ela o lê. Assim, certo dia, ela se depara com a seguinte frase: ''Não confie em Ben''. Mas como não confiar na única pessoa que ainda não a abandonou? 

"O que somos senão o acúmulo de nossos próprias memórias?" 

Narrado em primeira pessoa, do início ao fim, a autora utilizou, principalmente, as cartas escritas por Christine em seu diário. E, sem dúvidas, este um dos aspectos que mais tornou o romance envolve. A forma em que a autora conduziu a estória, permitindo que juntássemos as peças da história de Christine com ela, foi o essencial para tornar a leitura eletrizante e com uma pitadinha de suspense. 

Não tem como não sentir uma aflição com esta narrativa desde o início do livro. Trata-se daquele típico livro que nos faz realmente se colocar na posição dos personagens e, com isso, sentimos toda a insegurança, medo e angústia de Christine. Nos permite acessar um pouco do Universo de quem lida diariamente com a perda de memória. Dessa forma, vale muito a pena ler, já que nos faz refletir sobre uma temática que no nosso cotidiano nos passa despercebida e é um tanto quanto delicada. 

Quanto a capa, confesso não fazer o tipo em que me atrai, apesar de não ser de todo mal. A considerei bastante simples, porém, não devemos julgar um livro pela capa não é mesmo?! 


“Preciso melhorar. Não consigo me imaginar seguindo desse jeito por muito tempo. Eu sei que vou dormir esta noite e que amanhã irei acordar novamente sem saber de nada, e o mesmo no dia seguinte, e depois dele, para sempre. Não consigo imaginar isso. Não consigo enfrentar isso. Isso não é vida, é apenas uma existência, saltar de um momento para outro sem ter ideia do passado, sem planos para o futuro. É como penso que deve ser a vida dos animais. É pior que eu nem mesmo sei o que não sei. Pode haver muitas coisas me aguardando para me ferir. Coisas sobre as quais jamais sonhei.”

| RESENHA #151 | A GAROTA DO CALENDÁRIO #11: NOVEMBRO, AUDREY CARLAN

08 fevereiro 2017

ISBN-10: 8576865327
Título: A Garota do Calendário #11: Novembro
Autora: Audrey Carlan
Ano: 2016 
Páginas: 160
Idioma: português 
Editora: Verus
Gênero: Romance
Nota: 3,5/5
Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser. Em novembro, Mia viajará novamente para Nova York por motivos profissionais, mas dessa vez o trabalho é diferente. Ela precisará entrar em contato com celebridades — sorte dela que alguns dos amigos que fez em sua jornada estão prontos para ajudá-la!

Olá leitores! Se você está lendo essa resenha, acredito que a apresentação dessa obra pode ser dispensada não é mesmo? Caso seja novo e tenha caído de paraquedas, sugiro que leia as resenhas dos primeiros volumes, pois essa resenha terá SPOILERS

Penúltimo livro da série A Garota do Calendário. O que dizer sobre Mia Saunders depois desses 11 livros? Se você acompanhou as minhas resenhas, deve saber que eu tenho desgostado muito dos últimos volumes lidos, apesar de ter começado a série empolgada, pois era uma temática que eu nunca havia tido contado: acompanhantes de luxo. Senti muita falta de desenvolvimento por parte dos personagens e isso acabou perdendo o rumo que a história estava se encaminhando e me deixando desgostosa.

Em novembro, a vida profissional de Mia se destaca. Em uma viagem para Nova York, ela precisa contatar celebridades, pois ela irá gravar um quadro sobre "gratidão" em seu programa, um especial de final de ano, a sua sorte é que ao longo de sua jornada, fez muitos amigos famosos que a ajudarão nessa nova empreitada profissional. Agradecer é a alma do negócio e a desse livro também. E por isso, a leitura fluiu bem melhor e senti que a autora não ficou tão perdida quanto parecia estar nos volumes anteriores.

Muita coisa aconteceu com a Mia, muitos amores, muitos suspiros, muitas intrigas, muitos segredos, muito dinheiro... O ano passou voando. Um dos pontos altos do livro, é justamente rever os velhos amigos queridos. A vida pessoal de Mia está cada vez mais agitadíssima e poderosíssima. Mia e Wes estão a todo vapor, esse surfista me arranca suspiros desde que apareceu (ou seja, desde janeiro). Em novembro, teremos os desdobramentos de acontecimentos passados, Mia e Madison poderão se acertar e seguirem suas vidas. Resumindo: muitas emoções em novembro. 

Eu gostei do livro por sua simplicidade. Apesar da Audrey sempre ter podido explorar mais as relações humanas, os personagens e desenvolver mais a ambientação, eu gosto desse tom descontraído e leve que a obra possui. Mesmo quando há dramaticidade, há esse tom mais suave. As cenas de sexo continuam, e como das outras vezes, pouco me incomodei. A narrativa é ágil e sua escrita continua fluida. Não encontrei problemas no enredo.

Em suma, a garota do calendário: novembro, foi um livro que abriu o desfecho da série. Confesso que sei muito o que esperar do final, mas ainda assim quero ler e pagar para ver. Tentei ao máximo não dar spoilers sobre esse volume, porque tem muita coisa legal que vale a pena ser descoberto na surpresa por você leitor. Valeu a pena ter insistido um pouco nessa série, pois chegando no final dela, já me deu uma certa saudade. 

| RESENHA #150 | QUAL SEU NÚMERO, KARYN BOSNAK

07 fevereiro 2017


Título: Qual seu número?
Autora: Karyn Bosnak
Ano: 2011
Páginas: 414
Idioma: Português 
Editora: Novo Conceito
Gênero: Chick-Lit
Nota: 4/5

Sinopse: Delilah Darling tem quase 30 anos e já se relacionou com 19 rapazes. Sua vida sentimental não tem sido exatamente brilhante, pois todo cara que conhece parece fugir do relacionamento. Quando lê uma matéria no jornal em que a média de homens para uma mulher de 30 anos é de 10,5, fica desesperada e assustada por estar muito acima dela. Além de tudo, o artigo no jornal terminava falando que, se a mulher tivesse o número acima dessa média, seria impossível achar a pessoa certa. Na tentativa de não aumentar seu número e perder de vez a chance de se casar, Delilah sai à procura de seus antigos namorados e tenta reconquistá-los. Será que um deles estará disposto a esquecer o passado e começar uma linda história de amor? Qual Seu Número? revela os segredos de cada mulher e prova que, quando se trata de assuntos do coração, números são apenas uma fração de tempo.


Delilah Darling não consegue evoluir profissionalmente, tem um chefe que não suporta, sua mãe vive pegando no seu pé e sua irmã mais nova vai se casar. Como se não bastasse a sua insatisfação com a própria vida, as coisas resolvem desmoronar de uma vez só. Ela perde o emprego e descobre algo que a deixa desconcertada: Uma pessoa tem em média 10,5 parceiros sexuais em toda a sua vida. O problema que aflige a personagem em relação a esta notícia é que ela já transou com 19 caras em toda a sua e ainda tem 30 anos, não tem um namorado e provavelmente não se casará tão logo. 

Como se não bastasse todos os seus pensamentos sendo tomados por essa pesquisa de revista e a enlouquecendo, Delilah resolve sair com seus ex companheiros de trabalho depois de serem demitidos e acaba dormindo com Roger, seu ex patrão. A partir daí, a personagem resolve se aventurar em uma ideia muito maluca e gastar todo o seu dinheiro nessa empreitada. Com um pouco mais de quatro mil dólares do seu acerto, Delilah contrata seu vizinho Colin para descobrir informações como endereço e telefone dos seus ex's namorados, a fim de encontrá-los novamente e ver se algum deles ainda pode dar certo em uma segunda chance e fazer com que ela não passe do número 20. 

Eu sei, toda essa história é um pouco maluca não é? Mas não esperava menos da personagem principal deste livro. Delilah é agitada e muito impulsiva, o que faz com ela se envolve em várias situações inusitadas e hilárias durante toda a sua aventura em busca dos ex's namorados. Pude me divertir a beça durante a leitura e também refletir bastante sobre as prioridades que acabamos escolhendo para nossas próprias vidas. 

Em meio a toda essa confusão, há um pequeno e singelo romance surgindo entre Delilah e Colin, o vizinho gato, mas ela está tão focada e obcecada com o seu número que pode deixar passar sua chance de ser feliz com alguém que realmente não se importe com todos os defeitos, particularidades e loucuras. 

O livro é bem grandinho e não imaginei que fosse ler tão rápido como eu fiz, mas tudo isso graças a escrita da autora que deixou a narrativa super fluída e bem divertida. Estou me apaixonando profundamente por chick-lit e esse é um dos livros do gênero que recomendo para vocês.

| RESENHA #149 | CRAVE A MARCA, VERÔNICA ROTH

06 fevereiro 2017

ISBN-10: 8579803284
Título: Crave a Marca
Autora: Veronica Roth
Ano: 2017
Páginas: 480
Idioma: português 
Editora: Rocco
Gênero: Distopia, Ficção Cientifica 
Nota: 4/5
Livro cedido em parceria com a editora. 

Sinopse: Num planeta em guerra, numa galáxia em que quase todos os seres estão conectados por uma energia misteriosa chamada “a corrente” e cada pessoa possui um dom que lhe confere poderes e limitações, Cyra Noavek e Akos Kereseth são dois jovens de origens distintas cujos destinos se cruzam de forma decisiva. Obrigados a lidar com o ódio entre suas nações, seus preconceitos e visões de mundo, eles podem ser a salvação ou a ruína não só um do outro, mas de toda uma galáxia. 

Eu nunca fui muito com a cara da autora Veronica Roth e sua série de maior sucesso, Divergente. Quando eu fiquei sabendo que a Editora Rocco iria lançar Crave a Marca em janeiro de 2017, fiquei curiosa, não só porque a premissa é muito interessante, mas também porque eu queria dar uma chance para essa autora e ver se eu iria gostar de sua obra. Hoje, vamos conversar um pouco sobre o que eu achei de Crave a Marca e espero que vocês deixem suas opiniões sobre o que esperam ou o que acharam desse livro, vamos lá?

Em um planeta cheio de guerra, quase todos os seres existentes são conectados por uma energia chamada "a corrente" (uma energia meio desconhecida até então). Cada pessoa possui um dom e esse dom que lhe da poder, mas também algumas limitações. Nessa história, temos Cyra e Akos, os dois protagonistas, que vêm de linhagens e origens bem distintas, mas que o destino os força a seguirem para o mesmo caminho. Cyra vem de uma família tirana, irmã do líder e com um poder que foi concebido por essa corrente, é considerada perigosa e letal. Akos é do planeta-nação Thuvhe e um dos que possuem fortuna (destinos que são revelados pelo oráculo). 

Em uma invasão dos tiranos a casa de Akos, ele é levado e vira um escravo para aquela família. Mas Akos tem um poder que pode ajudar Cyra, que sente muitas dores devido a seu próprio poder e quase não aparece mais em público. Ao se conhecerem, ambos sentem uma conexão e sabem que precisarão confiar um do outro num futuro bem próximo. Akos compartilha seus planos com Cyra e, juntos, eles serão obrigados a lidar com a rivalidade de suas nações, mas com isso, poderão salvar toda a galáxia. 

Como toda ficção cientifica e distopia, o começo das histórias são sempre mais introdutórias, apresentando ao leitor algumas informações essenciais para o desenrolar da trama. Veronica Roth conseguiu me introduzir no universo criado sem grandes problemas e já no começo estava totalmente inserida e curiosa com a caminhada que os protagonistas teriam. Para mim, se o autor tem o poder de te prender do início ao fim a sua trama, ele é um bom autor. Independente do gênero que no qual ele escolheu contar essa história. 

" - Eu sei o que é se transformar em algo que você odeia. Sei como dói. Mas a vida é cheia de dores. - As sombras juntaram-se ao redor dos olhos como se estivessem provando suas palavras. - E sua capacidade de suportá-la é muito maior do que você imagina."

Personagens com poderes, galáxias, planetas diferentes, tudo isso sempre me agradou muito. Em Crave a Marca, temos uma distopia muito forte, mas que não chega ao original, pois passa a impressão de já termos lido coisas semelhantes. Em alguns momentos, senti que estava lendo Fúria Vermelha do meu amado Pierce Brown, mas apesar dos elementos parecidos, o caminho seguido foi diferente do livro citado. Mas eu nunca tive problemas com livros parecidos, portanto, segui minha leitura e foquei na história que estava a minha frente.

A narrativa da Veronica Roth é muito alinhada, estruturada e sua escrita muito agradável. A leitura fluiu bem e apesar de ser um livro com quase 500 páginas, o li de forma rápida, pois a autora consegue te envolver bem na história e te fazer acreditar e comprar a briga dos protagonistas. A ação do livro não é o ponto forte, mas as cenas que tiveram algum tipo de movimentação a mais, foram muito bem escritas. O que me leva a elogiar o poder de ambientar a história que a autora tem, pois adorei suas descrições. 

Eu gostaria de me aprofundar mais sobre a jornada dos protagonistas, mas qualquer coisa a mais seria um spoiler e poderia estragar a leitura de vocês. Mas já adianto que o protagonista Akos tem uma motivação muito boa e eu adoro isso, quando o propósito dos personagens condizem com sua realidade. Cada ser que é apresentado na história, me intrigou e me fez querer ler mais sobre. Confesso que a minha personagem favorita foi a Cyra, pois seu poder era tão ruim, mas ela ainda assim se mantinha, ou tentava, justa e boa. 

Em síntese, Veronica Roth criou uma distopia que possui elementos de sci-fi, mas que mesmo contendo elementos já batidos no gênero, conseguiu segurar as pontas e nos entregar um enredo ágil e envolvente. Sua escrita, seu poder de ambientar o leitor e o carisma de seus personagens, deixam a obra ótima e os fãs de distopias delirados. Não conhecia a autora e meu primeiro contato com ela foi ótimo. Estou feliz com o resultado da leitura. Espero que vocês tenham a oportunidade de ler e gostar tanto quanto eu.