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| RESENHA #99 | O EVANGELHO DE LOKI, JOANNE M. HARRIS

31 outubro 2016


 ISBN-10: 8528620751
 Título: O Evangelho de Loki
 Ano: 2016
 Páginas: 336
 Idioma: português 
 Editora: Bertrand Brasil
 Nota: 4/5
 Gênero: Fantasia, Ficção, Literatura Estrangeira
 Livro cedido em parceria com a editora.

 Sinopse: Com sua notória reputação para trapaças e enganações, Loki é um deus nórdico sem igual. Nascido demônio, é visto com profundas suspeitas por seus companheiros deuses, que jamais o aceitarão como um deles; por conta disso, Loki promete se vingar. Mas enquanto o deus-demônio planeja a derrocada de Asgard e a humilhação dos seus opressores, poderes maiores conspiram contra os deuses e uma batalha é arquitetada para mudar o destino dos Mundos. Do recrutamento por Odin do reino do Caos, através dos anos como solucionador de problemas de Asgard, até a perda do seu posto no desenrolar para o Ragnarök, este é o Evangelho de Loki, a sua longa e curiosa versão da história — e se alguém disser o contrário, não acredite!

Quando comecei a ler O Evangelho de Loki, publicado em setembro de 2016 pela Bertrand Brasil, fiquei totalmente empolgada, visto que a Mitologia Nórdica sempre me chamou muito a atenção e sempre foi meu objeto de interesse. Esse livro, ao contrário de muitos, é narrado pelo próprio Loki, o Deus Trapaceiro, e de uma forma muito divertida e ousada, me arrancando bastante risadas com seu modo de contar as histórias.

Foi o meu primeiro contato com a autora e fiquei bem surpresa com a desenvoltura em escrever um livro que é como um reconto de toda a história da mitologia nórdica, mas na visão do Loki. Nem todo mundo conhece de fato a mitologia, mas muitos conhecem o Loki devido a Marvel's Studios ter feito filmes com a caracterização do Deus como um vilão (Os vingadores 1 e os filmes do Thor). 

Neste livro, Loki narra os acontecimentos desde o começo da criação, o antes e o depois. Além do mais, ele fala sobre o primeiro homem, Buri, pai de Bor e seus descendentes e a criação dos Reinos. O nosso narrador também conta como os deuses viviam em Asgard, todos os conflitos da época com os diversos povos, entre outras coisas que eu pretendo não me aprofundar aqui (se não perderá toda a graça). Mas Loki sabe que nunca será aceito como um Deus, então passa a organizar sua "vingacinha pessoal" e a a partir disso, ele vai narrando as situações que passou e coisas que aconteceram.

Eu conheço uma história sobre os filhos da terra. Eu a conto, já que é o meu dever.Sobre como nove árvores deram vida aos MundosOs quais gingantes vieram a reter.

Toda sua narração é cheia de sarcasmos, ironias e divertimento, tornando a leitura muito fluida. O livro é dividido em várias partes e capítulos, para que nosso narrador consiga nos situar sobre cada acontecimento, sobre cada fato ocorrido. A Mitologia Nórdica é incrível e possui muitas histórias, de alguma forma, Joanne quis nos mostrar os detalhes de uma mitologia que muito de nós não conhece da forma certa.

Gostei muito da forma escolhida para contar a história de Loki, o Deus trapaceiro. A narrativa é super instigante e como ele é um narrador sarcástico, nós ficamos preso em sua ironia e parece que participamos daquilo, toda via, ele não é um narrador confiável, por que acha que ele é carinhosamente apelidado de Deus Trapaceiro? Toda a estrutura e construção do personagem e da história foi feita de maneira excelente. Não houve um momento em que eu não ficasse completamente instigada a continuar a leitura.

Em suma, o Evangelho de Loki é um livro muito bem feito e produzido, com um narrador sensacional e uma edição de luxo lançada pela Bertrand Brasil. Toda a diagramação está impecável e me deixou fascinada pelos detalhes que contém nessa edição. 

Eu indico esse livro para todos aqueles que buscam uma leitura fluída, diferente e muito divertida. Além do mais, aprendemos mais sobre uma mitologia diferente e isso é uma das melhores coisas da história! 

| RESENHA #98 | SEEKER - A GUERRA DOS CLÃS, ARWEN ELYS DAYTON

27 outubro 2016

 ISBN-10: 8568263402
 Título: Seeker: a Guerra dos Clãs
 Autora: Arwen Elys Dayton
 Ano: 2016
 Páginas: 416
 Idioma: português
 Editora: Fantástica Rocco
 Gênero: Fantasia
 Nota: 
 Livro cedido em parceria com a editora.

Sinopse: Primeiro da trilogia de mesmo nome, que marca a estreia da autora Arwen Elys Dayton na literatura young adult, Seeker – A guerra dos clãs é uma fantasia épica com toques de ficção científica perfeita para fãs de séries como Jogos Vorazes, Divergente e Jovens de Elite. A história gira em torno da jovem Quin Kincaid, treinada para se tornar uma Seeker e lutar ao lado de seus companheiros para proteger os injustiçados, levando luz para um mundo mergulhado na escuridão. Na noite de seu juramento, porém, quando está prestes a honrar seu legado e iniciar sua missão, Quin descobre que ser uma Seeker não é bem o que ela havia imaginado. E mesmo sua família e seu grande amor não são exatamente como ela acreditava. A jornada de Quin Kincaid em busca de sua verdadeira identidade vai começar. Uma saga memorável, protagonizada por uma heroína inesquecível.

Fantasia sempre foi um dos gêneros que eu mais gostei de ler, justamente por causa do universo criado e das coisas novas que podem ver em um mundo “irreal”. Em Seeker: A Guerra Dos Clãs, temos a história de Quin, uma adolescente que fez o seu juramento para se tornar uma seeker, pois é seu legado, faz parte de quem ela é. Como seeker, ela lutará ao lado de seus companheiros, John e Shinobu para proteger os injustiçados. Desde os primórdios, pessoas com habilidades treinadas, são designadas para cuidar das pessoas do mundo, mas ea nunca sabem quem são eles. 

Os Seekers possuem uma arma/objeto/artefato que lhes da o poder de descobrir caminhos entre o véu do tempo e do espaço e assim cumprir seus objetivos de cuidar da humanidade. No entanto, na noite do juramento uma coisa muito terrível e diferente do que Quin esperava aconteceu e mudou todo o rumo de sua vida. O que ela antes acreditava, agora ela tinha dúvidas. Uma guerra virá e um herdeiro quer o seu legado construído e o nome de sua família restituída.

Você pode notar a semelhança de Seeker com Os instrumentos mortais, mas garanto que são apenas detalhes inspirados, a ambientação e personagens são totalmente diferentes. Comecei a ler esse livro, mas foi muito difícil termina-lo e ainda tive uma pequena ressaca literária por causa dele.

O livro é narrado em terceira pessoa e alterna os capítulos com cada personagem importante para a história. Temos Quin, Maud, John, Shinobu e outros personagens que aparecem para contar seus pontos de vistas perante aos acontecimentos. Eu adoro esse tipo de narrativa e me agradou muito esse elemento usado pela autora.
"Sem controle, John rangia os dentes. Ele viu as fagulhas do despedaçador voando em sua direção, mas quase não conseguia mexer as pernas. Com enorme esforço, lançou-se ao chão, aterrissando como um saco de tijolos". Pág. 119.
A autora tem uma escrita muito madura, não contendo nenhuma palavra mais erudita, mas ainda assim não é nada mastigado e superficial. Mesmo a história sendo interessante, ela não é envolvente. E é por isso que eu dei três estrelas para essa obra. Para mim, uma boa história pode ter  todos os elementos bem feitos e produzidos, personagens bem construídos, ambientação feita da maneira certa, mas se ele não for empolgante e me envolver, ele não funciona. E essa história não me envolveu. 

Eu esperava mais desenvolvimento do relacionamento de Quin com John e que a autora explorasse mais algumas alternativas de enredo que ela tinha em mãos, mas acho que ela não o fez para os próximos volumes da trilogia. Eu não posso dizer que o livro é ruim, longe disso, mas a história não me empolgou e acredito que a autora tenha criado situações e mistérios vazios que não acrescentaram na trama principal.

Os personagens são interessantes, mas o mistério todo fica com Os Pavores, personagens que rondam a Fazenda e que não sabemos muito deles. Quin é uma protagonista previsível, o que não me agradou, pois a achei sem graça. Temos John, que talvez carregue a história sozinho, pois foi o único que eu vi uma motivação coerente.

Em suma, Seeker é um bom livro de fantasia, mas que depende muito da percepção do leitor perante a história. Para mim, algumas situações não funcionaram e deixaram o livro maçante de ler, mesmo acontecendo várias coisas intensas durante todo o livro (que na maioria das vezes não acrescentaram muita coisa). Eu o indico para os amantes do gênero e para quem quer se aventurar em um mundo bem diferente.

| RESENHA #97 | A GAROTA DO CALENDÁRIO #7: JULHO, AUDREY CARLAN

24 outubro 2016

 ISBN-10: 8576865289
 Título: A Garota do Calendário #7: Julho
 Autora: Audrey Carlan
 Ano: 2016
 Páginas: 144
 Idioma: português
 Editora: Verus
 Gênero: Erótico, Literatura Estrangeira
 Nota: 3/5
 Livro cedido em parceria com a editora.

Sinopse: O que você faria para salvar a vida de seu pai? A vida é feita de escolhas. Mia Saunders fez a dela. O sexto volume do fenômeno editorial nos Estados Unidos, com mais de 3 milhões de cópias vendidas Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... Em julho, Mia estará em Miami para ser a estrela principal do novo videoclipe do cantor de hip-hop Anton santiago. Anton é lindo, confiante e está louco por Mia, mas, para ficar com ele, ela terá de resolver algumas questões do passado... 
E já estamos passando da metade da série A Garota do Calendário, escrita pela Audrey Carlan e publicada no Brasil pela Editora Verus, selo do Grupo Editorial Record. 7 meses se passaram e muita coisa aconteceu na história e com a vida da protagonista Mia Saunders. Depois dos acontecimentos de junho, Mia vai para Miami trabalhar como estrela de um clipe de música do cantor de hip hop, Anton Satiago. Nossa protagonista ainda lida com o abuso sofrido pelo Aaron no livro anterior e mesmo o cantor tendo investido em Mia, ela não consegue se envolver com ele. Ela precisa resolver as questões pertinentes do seu passado.

Julho foi um mês muito interessante, pela sucessão de fatos. Eu esperava que a Audrey fosse mesmo trabalhar e alongar mais a história da tentativa de estupro do livro anterior e acredito que ela tenha feito o certo. Mia se envolver com outro homem após tudo o que aconteceu seria, para mim, uma falta de noção total e de sensibilidade da autora. Portanto, quando a autora traz em julho Anton, um personagem muito bom e retorna Wes para a vida de Mia, senti que era exatamente o que tinha que acontecer para Mia ficar bem. Wes.

Acho que passei da fase de achar a Mia uma garota que só quer curtir. Acho que nunca pensei isso dela. Comecei a enxergá-la como uma garota que apenas quer ir para casa. Não importa onde ela for. Consegui sentir uma evolução na personagem e na escrita da autora, tudo me parece bem mais maduro. Devo dizer que a relação da Mia com o Wes é  coisa que mais vale a pena nesse livro, depois das lições que ela tem levado sobre a vida. Não sou o tipo de pessoa que acha que a felicidade se encontra em outro alguém, mas sim em nós mesmos, mas isso não quer dizer que a gente também busque completar nossa felicidade em uma pessoa. Eu vejo isso na relação de Wes e Mia.


"Eu não vivo a sua vida. Não posso entender como uma decisão, de um jeito ou de outro, poderia ser melhor ou pior, porque não me diz respeito. Só você precisa conviver com as suas escolhas. e dá para perceber que isso está pesando demais em você." - Anton, Cáp. 4, Pág. 45

Nesse livro, o vídeo-clipe ficou em segundo plano, assim como o cliente. Não senti que essa história era importante e sim mais um plano de fundo para o reencontro de Mia e Wes. Não que não tenha sido legal o andamento da história, da superação da Mia em relação ao sexo oposto, mas realmente não foi o foco e Anton foi o cliente que eu menos me interesse ou me importei. 

É redundante e repetitivo dizer que a escrita da autora continua fluida e leve, apesar da abordagem mais tensa nesses dois últimos volumes. Se você não leu os outros volumes e caiu de paraquedas nessa resenha, te digo uma coisa muito importante: tenha paciência. No mês de julho Mia não tem nenhum envolvimento sexual com o seu cliente, assim como o mês de junho não teve, então não tire conclusões precipitadas.

No geral, a leitura foi muito interessante. Não acho que a história seja 100% bem escrita ou original, mas gosto da personagem e quero ver qual será o seu destino. E você? Já leu o mês de julho? Se sim, me conta nos comentários! 

NOVIDADES LITERÁRIAS #3 | O QUE VEM POR AI EM OUTUBRO

21 outubro 2016

Oi gente! Como vocês estão?

Eu sei que outubro está quase chegando ao fim e esse post está mega atrasado, mas meu cronograma está bem apertadinho e consegui encaixá-lo apenas hoje. Me desculpem. MASSSS como a vida é boa, temos lançamentos incríveis, excepcionais no mês de outubro. Vamos conhecer os livros que entrarão nas nossas prateleiras? Haha.


▲ O PODEROSO CHEFÃO - MARIO PUZO
Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor, bem no dia da sua mudança de Los Angeles para Nova York. A química instantânea entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos – a vida atribulada de Fallon se torna uma grande inspiração para o romance que Ben pretende escrever. A mudança de Fallon é inevitável, mas eles prometem se encontrar todo ano, sempre no mesmo dia. Até que Fallon começa a suspeitar que o conto de fadas do qual faz parte pode ser uma fabricação de Ben em nome do enredo perfeito. Será que o relacionamento de Ben com Fallon, e o livro que nasce dele, pode ser considerado uma história de amor mesmo se terminar em corações partidos?





 NOVEMBRO 9 - COLLEEN HOOVER 
Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor, bem no dia da sua mudança de Los Angeles para Nova York. A química instantânea entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos – a vida atribulada de Fallon se torna uma grande inspiração para o romance que Ben pretende escrever. A mudança de Fallon é inevitável, mas eles prometem se encontrar todo ano, sempre no mesmo dia. Até que Fallon começa a suspeitar que o conto de fadas do qual faz parte pode ser uma fabricação de Ben em nome do enredo perfeito. Será que o relacionamento de Ben com Fallon, e o livro que nasce dele, pode ser considerado uma história de amor mesmo se terminar em corações partidos?



  SUZY E AS ÁGUAS VIVAS - ALI BENJAMIN
Suzy Swanson está quase certa do real motivo da morte de Franny Jackson. Todos dizem que não há como ter certeza, que algumas coisas simplesmente acontecem. Mas Suzy sabe que deve haver uma explicação — uma explicação científica — para que Franny tenha se afogado. Assombrada pela perda de sua ex-melhor amiga — e pelo momento final e terrível entre elas —, Suzy se refugia no mundo silencioso de sua imaginação. Convencida de que a morte de Franny foi causada pela ferroada de uma água-viva, ela cria um plano para provar a verdade, mesmo que isso signifique viajar ao outro lado do mundo... sozinha. Enquanto se prepara, Suzy descobre coisas surpreendentes sobre o universo — e encontra amor e esperança bem mais perto do que ela imaginava. Este romance dolorosamente sensível explora o momento crucial na vida de cada um de nós, quando percebemos pela primeira vez que nem todas as histórias têm final feliz... mas que novas aventuras estão esperando para florescer, às vezes bem à nossa frente.

▲ DARTANA  - ANDRÉ VIANCO

No insólito mundo de Dartana, os habitantes são incapazes de guardar conhecimento. Qualquer aprendizado é sumariamente esquecido quando dormem. A única esperança para acabar com este sofrimento é o nascimento de um deus guerreiro, capaz de vencer outros deuses e liberar o conhecimento para seus seguidores. Primeiro livro da nova trilogia de André Vianco, Dartana surpreende por apostar numa fantasia com ares de ficção científica, que bebe na fonte de clássicos do gênero como Star Wars. E André Vianco faz isso com enorme talento, mostrando por que é um dos grandes representantes do gênero fantasia no país. O nascimento do deus Belenus é o sinal que todos aguardavam, a esperança de que o sofrimento pode estar chegando ao fim. E os jovens Jeliath e Dabbynne marcham junto das feiticeiras e dos soldados para o Combatheon, uma outra dimensão e uma arena onde um combate épico define a sorte de vários mundos.  A chegada em Combatheon não é como o imaginado, e agora Jeliath e seus amigos têm que lutar para sobreviver antes de pensar em salvar o seu mundo. Estranhas descobertas e inesperados reencontros fazem parte da nova realidade do grupo. Enquanto buscam novas armas através de uma estranha conexão com a Terra e a família de Gláucia e Doralice, os jovens ficam sabendo um pouco mais sobre o Combatheon, os misteriosos e poderosos deuses guerreiros e outros planetas e povos.

 ▲ SOCIEDADE DA ROSA - MARIE LU

Adelina Amouteru tinha muitos sonhos, entre eles amar e ser amada, mas a febre do sangue estragou seus sonhos e sua vida. Dona de um estranho poder, a capacidade de criar ilusões extremamente realistas, a menina é uma Jovem de Elite. E tudo caminhava bem até se envolver com o príncipe Enzo e sua Sociedade do Punhal. Sociedade da Rosa é a eletrizante continuação de Jovens de Elite, o primeiro livro da série de mesmo nome, de Marie Lu. No novo livro, a consagrada autora da trilogia Legend continua as aventuras de Adelina Amouteru agora junto de sua irmã Violleta. Abandonada à própria sorte pelos seus amigos da Sociedade do Punhal, só resta a Adelina formar seu próprio grupo de jovens de elite e buscar sua vingança. Assumindo o nome de Loba Branca, Adelina deixa Kenettra, à procura de seus aliados. Ainda sentindo a morte de seu amado Enzo, pensa apenas em formar seu exército e tomar o poder. Mal sabe ela que o destino a colocará mais uma vez frente a frente com Teren Santoro, o Inquisidor Chefe que quase a matou, e Raffaele e os remanescentes da Sociedade do Punhal, que se aliaram à rainha Maeve de Beldain, cidade inimiga de Kenettra, que planeja trazer Enzo de volta dos mortos. Com um poder alimentado pelo medo e ódio, Adelina começa a perder o controle e não consegue mais distinguir a realidade de suas ilusões, e embarca numa jornada que marcará para sempre sua alma.


Esses foram alguns dos lançamentos das editoras Record (Grupo Editorial Record) e Rocco. As novidades da Editora Arqueiro você pode conferir nesse post aqui. São muitas coisas legais né? Em breve teremos resenhas dos livros por aqui, só para deixar vocês com aquele gostinho de "PRECISO TER ESSE LIVRO". haha.

| RESENHA #96 | TRÊS VEZES NÓS, LAURA BARNETT

19 outubro 2016

 ISBN-10: 8581638376
 Título: Três vezes nós
 Autora: Laura Barnett
 Ano: 2016
 Páginas: 384
 Idioma: português
 Editora: Novo Conceito
 Gênero: Drama, Ficção
 Nota: 
 Livro cedido em parceria com a editora.
 Sinopse: Uma jovem mulher com uma bicicleta quebrada após desviar de um cão. Um homem que ela poderia facilmente ter deixado passar, sem parar, levando consigo uma vida inteira, uma vida que poderia nunca ter sido dela. Eva Edelstein está no segundo ano do curso de Inglês na Universidade de Cambridge. Ela namora David Katz, estudante e aspirante a ator. A vida de Eva parece bem encaminhada, quando, no campus da universidade, ela conhece acidentalmente Jim Taylor, estudante frustrado de direito. Há três versões, três realidades diferentes para o futuro de Eva e Jim, dos anos 1950 até os dias atuais. Se o nosso futuro é uma encruzilhada, gostaríamos de saber qual caminho seguir? E depois, ficaríamos felizes com a nossa escolha? Três vidas. Três histórias. Três destinos... permeados com traições e ambições, mas também com amor e arte. Três vezes nós explora a ideia de que há momentos em nossas vidas que poderiam ter sido diferentes e como pequenos fatos ou decisões que tomamos podem determinar o rumo da nossa vida para sempre.

É muito engraçado quando você começa a ler um livro que te desperta várias sensações, porque você nunca sabe o que esperar e muito menos o que pode acontecer. Em setembro, a Editora Novo Conceito, lançou o livro "Três Vezes Nós" da autora Laura Barnett. O livro conta a história de Jim e Eva em três versões. Na primeira versão Eva e Jim se conhecem no incidente da bicicleta; na segunda versão há o incidente da bicicleta, mas eles não se conhecem; e na última versão eles se conhecem no incidente da bicicleta, porém não conseguem ficar juntos.

Inicialmente, eu fiquei confusa com a maneira de contar a história que a autora escolheu e com o fluxo de informação. As três versões vão sendo contadas quase simultaneamente, alternando-se em capítulos. Já começo essa resenha dizendo que Laura Barnett criou uma história que tinha tudo para ser um clichê, mas como contou e como abordou A VIDA e as inúmeras possibilidades, tudo ficou original e instigante.

Laura Barnett criou dois personagens que podem ou não ficarem juntos. Você meio que escolhe a versão que te agrada mais. Desde o primeiro momento que entendi a proposta da autora, percebi e refleti o quão subjetiva podem ser nossas escolhas e que a vida é sim uma caixinha de surpresas com muitas possibilidades. Jim e Eva poderiam ficar juntos, ou não, mas tudo bem sabe? É apenas a vida acontecendo.

"- Nada de arrependimentos, Jim. Está bem?Com a boca em meio aos cabelos dela, ele diz:- Nada de arrependimentos, Eva. Nem agora, nem nunca."

Narrado em 3ª pessoa e alternando as versões, vamos conhecendo o cotidiano dos personagens caso eles se conheçam ou não. Na primeira versão, temos um romance entre Eva e Jim, mas nosso personagem masculino é bem irritante na primeira parte da história. Todavia, na segunda Eva se casa com outro homem e constitui uma família com ele. E na terceira... Bem, vou deixar para vocês descobrirem.

Para escrever uma história dessas, não posso deixar de elogiar a escrita da autora, fluida, leve, mas totalmente assertiva e persuasiva. A autora conseguiu se manter na linha e não perder a mão em uma história com múltiplas possibilidades que no final terão uma conclusão muito parecida. Porque a conclusão da história é realmente muito pertinente e interessante. 

Intenso e sensível também podem ser adjetivos para essa obra. Ele fala sobre a vida, sobre namoro, casamento, sobre amizade, sobre várias questões que estão bem presentes em nossas vidas e que por muitas vezes não damos a devida atenção. Três vezes nós é uma história com desencontros, encontros, felizes para sempre (ou não). Adorei realmente a maneira como a autora contou a história de Jim e Eva. E vocês percebem a analogia com o "nós"? Pode ser de "nós" Jim e Eva e "Nós" como nós de corda. Eu achei isso bem genial, mesmo. 

A diagramação está ótima. Não encontrei nenhum erro de revisão e achei toda a parte física do livro bem agradável, inclusive as ilustrações que são muito bonitas. Eu indico esse livro para todos aqueles que buscam uma leitura intensa e diferente, que foge do normal em livros de drama e romance. 

| RESENHA #95 | A MÁGICA TRANSFORMADORA DO F*, SARAH KNIGHT

18 outubro 2016


 ISBN-10: 8568696309
 Título: A Mágica Transformadora do F*
 Autora: Sarah Knight
 Ano: 2016
 Páginas: 208
 Idioma: português
 Editora: Bicicleta Amarela (Grupo Editorial Rocco)
 Gênero: Auto Ajuda, Lazer e Bem Estar
 Nota: 
 Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse: Um livro perfeito para os estressados e sobrecarregados de plantão aprenderem a dizer não, sem culpa, para o excesso de obrigações e compromissos desnecessários. Nesta paródia brilhante do bestseller A mágica da arrumação, de Marie Kondo, Sarah Knight, ex-editora que trocou uma rotina opressora por uma carreira freelance, apresenta um guia prático para quem deseja se livrar de dramas familiares, da exigência pelo corpo perfeito, da opinião alheia e de outras bobagens que tanto consomem o tempo e a mente, sem parecer desagradável, mas praticando a mais límpida e amigável sinceridade. Uma autoajuda diferente e bem-humorada, ideal para os tempos atuais.
Não é de hoje que eu venho lendo livros de auto ajuda e bem estar, buscando refletir e mudar alguns hábitos na minha vida e no meu cotidiano. Quando vi o lançamento do Grupo Editorial Rocco, com o selo Bicicleta Amarela, eu logo fiquei interessada, pois o título é deveras interessante "A mágica transformadora do F* (ou foda-se)".

Quantas vezes a gente não sentiu vontade de largar tudo? Largar a faculdade, o emprego, terminar um relacionamento, se afastar de algumas pessoas, simplesmente largar tudo o que te prende e ir fazer uma coisa totalmente diferente? Eu acredito que a maioria de nós meros mortais já passamos por isso e os que não passaram, com certeza terão um sentimento parecido ainda. A questão é que não é tão fácil assim sair da bolha de comodismo e buscar a própria felicidade. Não é tão fácil largar uma estabilidade e uma coisa certa e tacar o foda-se, mas as vezes isso é necessário. 
Nesse livro, Sarah Knight contou sua experiência em abandonar sua carreira estável e bem remunerada, mas que a deixava totalmente infeliz, para ir em buscar de sua felicidade, de uma vida mais leve e mais saudável. Em um bate papo descontraído, Sarah vai guiando o leitor através das páginas, de forma interativa, a como tacar o foda-se. 

Queria deixar claro, que em nenhum momento a autora incentiva as pessoas a serem idiotas e babacas ao assumirem uma postura diferente em relação a sua própria vida. Há uma diferença entre tacar o foda-se e ser um completo idiota. É preciso pensar, refletir até mesmo ser um pouco impulsivo em relação as decisões, mas nunca de forma que fira e interfira duramente na vida de pessoas ao seu redor. Como a autora mesmo diz, você é responsável em relação aos sentimentos das pessoas e não as opiniões que elas possuem. 

“No que diz respeito à forma como sua consideração afeta outras pessoas, tudo que você pode controlar é o seu comportamento em relação aos sentimento delas, não às opiniões que elas têm. Esses são dois componentes distintos em relação ao "que as pessoas acham".”
Os capítulos, narrados em 1ª pessoa, são etapas da transformação e como o leitor deve agir. A autora foi contando suas experiências e dando instruções sobre como prosseguir, caso você queira tacar o foda-se. Ela aborda temas como trabalho, faculdade, amigos, família, relacionamentos amorosos, organização e muitos outros nichos de nossas vidas. Sarah tentou guiar o leitor para seu auto conhecimento, sobre o que vale a pena realmente se importar e o que não. Com a linguagem mais coloquial, ela realmente nos induz a refletirmos sobre o que achamos importantes em nossas vidas. 

A edição da editora Bibicleta Amarelo é simples, delicada, mas passa o ar de transformação que a leitura propõe. É perceptível que a função do livro seja expandir a mente de quem o lê. Em tempos de tanta correria, pessoas não tendo tempo para seus filhos, para si mesmo, para nada além de coisas que muitas vezes nem são tão importantes, é interessante quando temos a chance de conhecer outro universo. Um universo mais feliz e menos estressado.  
Em suma, a leitura desse livro foi acrescentadora e inspiradora. É claro que não é tão simples assim seguir as ideias da autora. Acredito que há momentos e situações distintos, mas em hipótese alguma, nós devemos desistir de buscar nossa felicidade e nossa paz. Eu indico esse livro para todos aqueles que buscam pelo menos ter uma noção de como é tacar o foda-se naquilo que só faz mal, que não acrescenta em nada.

Eu gostei da leitura e a acho muito válida. A linguagem é bem acessível e é realmente um bate papo entre a autora e o leitor, deixando tudo muito fluído e gostoso de ler. A Mágica Transformadora do F* traz uma temática irreverente e importantíssima para esses tempos difíceis de stress. 

| RESENHA #94 | ROMANCE COM O DUQUE, TESSA DARE | CASTLES EVER AFTER #1

17 outubro 2016

 Título: Romance com o Duque - Castles Ever After #1
 Autora: Tessa Dare
 Ano: 2016
 Páginas: 256
 Idioma: Português 
 Editora: Gutenberg
 Gênero: Romance de Época
 Nota: 
 Resenha escrita pela Karen Valentino.

Sinopse: Izzy sempre sonhou em viver um conto de fadas. Mas, por ora, ela teria que se contentar com aquela história dramática. A doce Isolde Ophelia Goodnight, filha de um escritor famoso, cresceu cercada por contos de fadas e histórias com finais felizes. Ela acreditava em destino, em sonhos e, principalmente, no amor verdadeiro. Amor como o de Cressida e Ulric, personagens principais do romance de seu pai. Romântica, ela aguardava ansiosamente pelo clímax de sua vida, quando o seu herói apareceria para salvá-la das injustiças do mundo e ela descobriria que um beijo de amor verdadeiro é capaz de curar qualquer ferida. Mas, à medida que foi crescendo e se tornando uma mulher adulta, Izzy percebeu que nenhum daqueles contos eram reais. Ela era um patinho feio que não se tornou um cisne, sapos não viram príncipes, e ninguém da nobreza veio resgatá-la quando ela ficou órfã de mãe e pai e viu todos os seus bens serem transferidos para outra pessoa. Até que sua história tem uma reviravolta: Izzy descobre que herdou um castelo em ruínas, provavelmente abandonado, em uma cidade distante. O que ela não imaginava é que aquele castelo já vinha com um duque.

Mais uma vez venho trazer uma resenha de um livro desse gênero que tanto amo, que é o Romance de Época/Histórico. Sinto que daqui pra frente pode ser que vocês vejam muitas dessas resenhas por aqui, pois estou numa onda desenfreada de leituras do gênero. Romance com o Duque é o primeiro volume da série Castles Ever After, escrita por uma das minhas autoras favoritas, a consagrada Tessa Dare. Neste primeiro livro, conheceremos a história romântica de Izzy e o Duque de Rothbury.

Na verdade, a história é um tanto quanto dramática até. Izzy é uma sonhadora e apesar de achar que já superou essa sua característica, fica claro que a garota ainda sonha e imagina muita coisa dentro de sua cabecinha. Nossa mocinha perdeu a mãe muito cedo e agora, com 26 anos, perdeu o seu pai também. Orfã e sem herança alguma, Izzy se vê totalmente desamparada no mundo, mas sua vida pode mudar, depois que ela descobre que um conhecido de seu pai deixou no nome dela um Castelo, o Castelo Gostley.

O que Izzy não poderia imaginar é que haveria muitas complicações herdadas junto com o Castelo e a pior delas era Ramson, Duque de Rothbury e antigo proprietário do lugar. Ao chegar no local, Izzy constata que o mesmo está em ruínas, muito parecido com um daqueles mal assombrados descritos nas histórias de terror. E para piorar, Ramson pensa que ainda possuí o local em seu nome. O homem é extremamente ranzinza, frio e vai tentar de tudo para fazer Izzy desistir de permanecer e reivindicar o Castelo Gostley.

Como sempre, tenho que parabenizar Tessa Dare pela sua forma de contar uma história. A narrativa de Romance com o Duque é muito fluída e com vários diálogos bons. Gostei muito da personagem principal, ela não é uma das mais fortes que já vi em livros do gênero, mas sua vontade e obstinação me inspiraram muito. Ela passou pela sua falta de auto estima e receios em relação aos outros, para conseguir enfim o que ela queria, principalmente um lar para chamar de seu. Ramson tem uma personalidade muito forte e se escondeu por muito tempo nas sombras por conta de sua cegueira, Izzy chegou para bagunçar um tanto a vida dele e foi realmente complicado para os dois se acertarem de uma vez. Confesso ter sentido um pouco de falta de profundidade nos sentimentos de Ramson, por isso dei quatro estrelas, mas entendi seu jeito de amar Izzy ao término do livro. 

''Ele tinha se aprisionado naquele castelo para apodrecer. Ele tinha cortado todos os laços com o mundo exterior. E bem quando ele pensava ter queimado todas as pontes, essa mulher - essa mulher impossível, doce e tola - apareceu, decidida a atravessar o fosso a nado. A romper suas defesas. A criar um lar. Ficar.'' Capítulo 20 Página 194

Esta história me fez até mesmo relembrar um pouco de A Bela e a Fera, o que foi realmente interessante de comparar. O livro também traz a revelação de um pequeno segredo, que não é o centro da história, mas deu um belo complemento para o final. Eu recomendo este livro e não somente este da autora, comecem a ler também os volumes da série Spindle Cove.  

ENTREVISTA COM A AUTORA SAMANTA HOLTZ DE ''QUANDO O AMOR BATER À SUA PORTA"

15 outubro 2016

Oi queridos leitores, como vocês estão?
Recentemente, em parceria com a editora Arqueiro, eu recebi um exemplar do livro "Quando o amor bater à sua porta" da autora nacional Samanta Holtz. A leitura foi incrível e eu fiquei com muita vontade de conhece-la melhor e, pensando nisso, fiz uma curta entrevista para saciar minhas curiosidades como leitora. Espero que vocês gostem! <3


1. Sam (já chego na intimidade), o que é o amor para você rs?

R: Olá, querida! :) Obrigada pelo convite à entrevista, é uma alegria respondê-las para você e para os seus leitores! Ahhhh, o amor... rs! Esse sentimento tão simples e, ao mesmo tempo, tão difícil de ser explicado. Acho que é como aquela frase do meu livro: “o amor não foi feito para ser entendido, estudado ou explicado: o amor foi feito para ser sentido”. Mas, para colocar em palavras, acredito que o amor é simplicidade. É o sorriso espontâneo da mãe que pega o filho no colo, é o coração que acelera em um aguardado reencontro, é o desejo sincero e incondicional de ver o outro feliz. O amor reside em tudo o que é simples e sem esforço!

2. O primeiro livro que li seu foi "quando o amor bater à sua porta" e fiquei fascinada. Sempre que me encanto com algum autor, fico pensando nas inspirações que ele teve para criar aquela história e aqueles personagens. Você escreveu a Malu baseada na sua própria vivência? Se não, buscou quais inspirações?

R: Muitos leitores juram que eu me inspirei em mim mesma para criar a Malu! Hahaha O fato de termos a mesma profissão e idade (apesar de trajetórias diferentes) reforça essa ideia. Na verdade, quando criei a Malu e tive o primeiro contato com ela, eu me julgava imensamente diferente. Ela é objetiva e seca ao lidar com as pessoas, especialmente no começo da história, e eu não me imagino tratando pessoas da forma como ela faz nesse momento! Ela não foi bem fruto de uma inspiração, e sim de uma construção... foi concebida com base nas vivências, cicatrizes e traumas que trazia na bagagem. E assim ela nasceu! Como referência visual, uma atriz que acho bastante parecida com a imagem que construí da Malu é a Jessica Biel – especialmente por causa das expressões fortes e dos lábios fartos, como os da minha personagem!

3. Sei que o processo criativo é diferente para cada um, uns precisam escrever de madrugada, outros precisam escutar música, ler outras coisas.. Como você se organiza para escrever um livro? Houve muitos bloqueios criativos ao longo da jornada de escrita do seu lançamento atual?

R: Amo as noites e madrugadas, e também adoro escrever ouvindo música! Antes de qualquer coisa, eu criei o roteiro da história, todo o desenrolar da trama e dividi as cenas marcando prazos para concluir cada uma, pois tinha uma data em mente para concluí-la (isso foi em 2015). Terminei a primeira versão da história em cerca de 4 meses, depois vieram as opiniões das leitoras betas e as primeiras revisões. Foi uma história bem gostosa e fácil de se trabalhar! Depois, quando foi aprovada para publicação e começaram os trabalhos da editora, aí houve sim algumas encruzilhadas, pontos para repensar que pareciam uma rua sem saída, mas encontramos diversos caminhos maravilhosos para lapidar o que faltava.


4. Para você, qual é o maior desafio em criar e desenvolver um personagem principal? 

R: Acredito que o principal desafio é que você consiga fazer com que seu leitor se conecte verdadeiramente a ele. É preciso criar um personagem humano, e não idealizado. A Malu, por exemplo, não costuma gerar empatia logo à primeira vista com a maioria dos leitores, e eu sabia que isso ia acontecer. No entanto, meu desafio foi construí-la de modo que o leitor conhecesse, pouco a pouco, suas camadas mais profundas – e, aí sim, poderem se apaixonar por ela ou, quem sabe, identificar-se com ela. Afinal, quem é que não tem suas próprias questões internas e cicatrizes a serem fechadas? Antes eu achava que um protagonista precisava ser amado pelos leitores – por sua bondade e suas virtudes. Mas, se fosse assim, todos os personagens e todos os livros seriam iguais! Em vez disso, acredito que o protagonista pode (e deve) ter características únicas e originais, inclusive defeitos bem justificados. O leitor não se aproxima do personagem pelas virtudes, mas pelas falhas... pois é o que todos temos em comum. A imperfeição!


5. Das suas obras publicadas, qual é a sua favorita? E por que?

R: Que pergunta cruel! (rs) Não consigo eleger uma favorita. É como pedir a uma mãe que eleja um filho favorito! (rs) Amo “O Pássaro” pela ousadia da história e da personagem... Sou encantada por “Quero ser Beth Levitt” e pelo ambiente de contos de fadas que ele proporciona! “Renascer de um Outono” é uma história muito querida que alcança o fundo do meu coração... e “Quando o amor bater à sua porta” traz uma evolução apaixonante da personagem, além de ter o Luiz Otávio, meu mais novo amor literário! (hahaha) Amo todos eles por motivos bem diferentes, e seria impossível escolher um só!


6. Quem é Samanta Holtz?

R: Alguém que sempre sonhou ser escritora, em ver suas histórias provocarem lágrimas, sorrisos e sonhos em todas as partes do mundo e que está avançando um passo por dia nesse lindo sonho realizado! Alguém que sonhava receber entrevistas como essa para responder (risos)... que ama a natureza, os animais, a família, música, Deus... otimista incurável, apaixonada pela vida e que acredita no melhor do ser humano! 


7. Por último, mas não menos importante, quando foi que você percebeu que queria ser escritora? 


R: Foi bem cedo! Aos sete anos de idade, comecei a escrever minhas primeiras histórias em quadrinhos, com o sonho de ser redatora do Maurício de Sousa, quando eu crescesse (risos). Passei a infância e adolescência escrevendo reflexões, contos, poesias e, aos 14, comecei meu primeiro romance – achando, a princípio, que seria um conto... mas coloquei fermento demais na história e ela cresceu mais do que eu previa! (risos) Foi feita sem roteiro, sem preparo, totalmente na intuição. Aos 16, quando a concluí e fui encorajada a tentar publicar, fui pesquisando o assunto e comecei a me convencer de que não era uma possibilidade tão distante assim de ser conquistada. E foi quando comecei a ir atrás disso de verdade!

| RESENHA #93 | BOA NOITE, PAM GONÇALVES

14 outubro 2016

 ISBN-10: 8501106690 
 Título: Boa Noite
 Autora: Pam Gonçalves
 Ano: 2016
 Páginas: 240
 Idioma: português
 Editora: Galera Record
 Gênero: Jovem Adulto, Literatura Nacional
 Nota: 
 Livro cedido em parceria com a editora.

Sinopse: Alina quer deixar seu passado para trás. Boa aluna, boa filha, boa menina. Não que tudo isso seja ruim, mas também não faz dela a mais popular da escola. Agora, na universidade, ela quer finalmente ser legal, pertencer, começar de novo. O curso de Engenharia da Computação - em uma turma repleta de garotos que não acreditam que mulheres podem entender de números -, a vida em uma república e novos amigos parecem oferecer tudo que Alina quer. Ela só não contava que os desafios estariam muito além da sua vida social. Quando Alina decide deixar de vez o rótulo de nerd esquisitona para trás, tudo se complica. Além de festas, bebida e azaração, uma página de fofocas é criada na internet, e mensagens sobre abusos e drogas começam a pipocar. Alina não tinha como prever que seria tragada para o meio de tudo aquilo nem que teria a chance de fazer alguma diferença. De uma hora para outra, parece que o que ela mais quer é voltar para casa.

Quando você começa a ler um livro que muita gente tem lido e falado bem, você vai com aquela expectativa e sensação de que vai amar. Em "Boa Noite" da autora Pam Gonçalves, eu fui com todos os tipos de sentimentos para ler, pois ela é uma pessoa no qual eu admiro e a premissa é bem interessante e, por sorte, eu gostei da obra, mas tenho ressalvas. 

Em Boa Noite, somos guiados pela história de Alina, uma garota de 18 anos que passou no vestibular para Engenharia da Computação e tem que se mudar para uma república e se distanciar de seus pais. Alina sempre foi uma boa aluna, uma boa filha e não teve muitas experiências de vida, festas e garotos, então tudo ali é novo. Quando ela se muda para a Republica das loucuras e conhece Manu, Talita, Bernardo e Gustavo, seus colegas de casa, ela começa a ter novas experiências e a experimentar a vida universitária. 

Como em qualquer campus de universidade, há as festas, as azarações e quando surge uma página de fofocas que está começando a revelar casos de abusos e drogas, ela acaba entrando nesse mundo mais do que ela queria e percebeu que talvez não quisesse tanto estar ali mais.

Narrado em 1ª pessoa, a Pam conseguiu abordar um assunto muito sério, como abuso, de forma muito limpa e leve. Eu sempre fico feliz quando autores usam a literatura para falar sobre algo que precisa ser falado e o tema que a Pam escolheu foi muito pertinente e, graças a Darth Vader, tem se tornado cada vez mais abordado. 

Eu gostei do livro, apesar de que demorei para entrar na história. Acredito que a autora poderia ter sido mais direta e não ter se prolongado na introdução da Alina na universidade. Até o meio do livro, nada aconteceu e isso me deixou meio sem paciência para terminar a história. Mas como me prometiam coisas boas sobre o final, acabei terminando o livro em poucas horas, pois precisava saber se esse livro era tudo aquilo que falavam.

Por vezes, eu senti que estava lendo uma fanfic, a escrita em primeira pessoa me pareceu um pouco "comum" de mais e mastigada. Não sei se é porque atualmente prefiro as narrações em 3º pessoa, mas talvez se a abordagem da autora tivesse sido diferente em relação ao estilo de narrativa, eu teria gostado mais. Sinto que a Pam tinha um tema incrível nas mãos e não explorou tudo o que tinha para explorar. 

Todavia, eu gostei da personagem principal e também de seu par romântico na história. Como sou universitária, consegui enxergar várias semelhanças com a vida real e isso foi bacana também. Da pra ver que a Pam usou várias referências na história. A construção da história demora, mas engrena, e a autora desenvolve sua temática finalmente. 

Em suma, Boa noite é um livro interessante a sua medida, mas que faltou algo. Eu sei que eu me tornei mais exigente em relação a literatura e não é tudo que me agrada. Mas a história tem uma premissa boa e traz o empoderamento feminino também, que é importante que seja cada vez mais trabalhado. A  Pam mostrou que nenhum mulher é obrigada a fazer nada que ela não queira, que cada uma de nós possuímos nossas singularidades e ninguém tem o direito de nos tirar isso ou nos tratar como objeto. A Pam abordou um tema pertinente como o abuso e por isso, dei 3 estrelas para o livro. 

Eu acredito no potencial da Pam e acho que se ela experimentasse livros mais adultos, com narrativas menos juvenis, ela se daria bem. No entanto, o livro para mim foi Ok, esperava mais e talvez isso tenha me frustrado. Mas indico para TODAS as meninas adolescentes, principalmente vocês. 

Para complementar, indico para vocês o documentário The Hunting Ground, tem na netflix, e ele fala sobre os inúmeros casos de estupros que ocorreram nas universidades americanas e que as próprias acobertaram. É um documentário muito bom e pesado, mas extremamente essencial.