Ano de produção: 2015
Direção: George Miller (II)
Estreia: 14 de Maio de 2015 (Brasil)
Duração: 120 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
Gênero: Ação, Aventura eThriller
Países de Origem: Austrália e EUA
Sinopse: Assombrado por seu turbulento passado, Mad Max acredita que a melhor maneira de sobreviver é vagar sozinho. No entanto, ele é levado por um grupo em fuga através de Wasteland em um War Rig (carro de guerra) dirigido por uma Imperatriz de elite chamada Furiosa. Eles estão fugindo de uma cidadela tiranizada por Immortan Joe, que teve algo insubstituível roubado. Enfurecido, o senhor da guerra convoca todas as suas gangues e persegue os rebeldes impiedosamente na estrada de guerra que se segue.
Insano. Louco. Inteligente. Bizarro. Acho que posso descrever de forma breve Mad Max assim. Foram 100 minutos de pura porrada, pancadaria, corrida, ou seja, ação pra caramba! Eu digo, que esse filme conseguiu superar todos da série. George Miller fez o dever de casa querendo tirar um 11, nem 10 era. Ele conseguiu aperfeiçoar certas coisas e tirar, mandar para o espaço outras que não haviam agradado.
Fury Road é um filme
insanamente perfeito.
O protagonista carrega o nome do filme, Max, mas de longe ele é o cara principal. Ele é um solitário, temos algumas informações sobre ele, sobre seu passado. Vemos como ele é atormentado por pessoas que ele não pode salvar e de repente ele se vê ajudando fugitivas, levando em conta seu lema, que era
sobreviver (ps.: Ele da a entender que sobreviver significa seguir o próprio caminho sozinho, mas acaba ajudando, ou seja). A sensação que eu tive, foi a de que Tom Hardy estava ali apenas para auxiliar a musa, protagonista feminista da po**a toda, Charlize Theron e sua personagem "Furiosa''. No entanto, analisando melhor quem é o Max, vemos que falar pouco faz parte da sua personalidade. Já Furiosa, é a líder da fuga, o exemplo a ser seguido, a honra, o respeito... Ela representa isso no filme. É uma personagem muito forte psicologicamente e fisicamente, mesmo com algumas deficiências (ela usa um braço mecânico). Aliás, as personagens femininas na história são interpretadas e mostradas de uma forma muito maravilhosa. Todas fortes, guerreiras e inteligentes. Uma forte representação do feminismo, já que elas atraíram todo o protagonismo da trama.
Eu estava em uma onda de decepções com vilões (Alô Ultron), mas assim que bati os olhos em Immortan Joe (interpretado pelo Hugh Keays-Byrne, o mesmo ator que interpretou o vilão em 1979), eu soube que ele seria louco. O cara é totalmente insano, maluco, cruel (e burro). Colocou todo seu exército atrás das fugitivas e se esqueceu de proteger seu forte. IJ é um personagem legal, visualmente bem construído e suas facetas nos deixam sempre com um pé atrás. Ele simplesmente fica louco, porque as mães dos filhos (''''''''''filhos'''''''''''''') estão fugindo com a sua braço direito, Furiosa, rs. Joe é um cara mesquinho, egoísta e louco. Posso descreve-lo perfeitamente assim.
O filme tem cenas de ação constantes. Eu achei um ponto totalmente positivo, porque o filme beirou a excelência. Não foi um filme de ação meia boca, como muitos que vemos por ai (sem indiretas Velozes e Furiosos). Você, como telespectador, pede por mais daquilo. Você quer aquelas coisas loucas que acontecem de forma bizarra, mas sensacional, nas cenas de ação a todo momento. Pessoalmente, tive uma experiência audiovisual fantástica. Nunca vi um 3D tão bem feito e tão bem colocado como em Mad Max.
Por fim, quero citar o nosso Nicholas Hoult, que interpretou Nux, um seguidor de Immortan Joe que acreditava que se fizesse e obedecesse todas as ordens de seu mestre, ele iria passar pelos portões de Valhalla e sua redenção viria. No início, você acha que o personagem é um completo babaca, idiota, mas o desenvolvimento dele na trama e junto com os protagonistas, o deixa peculiarmente interessante. Mostra o lado dos seguidores de Joe, que muitas vezes não possuem escolhas, porque estão limitados àquele universo, àquela ''missão''. São criados para isso.
Além do mais, o filme nos mostra a podridão do mundo, de como os recursos naturais são sucumbidos pela ganância e o poder. Vemos que em um mundo pós apocalíptico, as pessoas não se comunicam sem ser pela violência. Elas só conhecem essa faceta. Vi um comentário no filmow, do
Gabriel Santiago, que descreve muito bem isso.
''Um planeta moribundo. Um mundo em que as pessoas se comunicam com violência em vez de palavras. Um mundo do qual os recursos naturais são arrancados pelo homem. Um mundo em que as pessoas matam umas às outras pra conseguirem o que precisam, em vez de se ajudarem pra alcançá-lo juntas. Um mundo em que os homens abusam das mulheres e as veem como nada além de objetos de prazer e reprodução. Isso deve soar familiar, porque afinal, é a realidade. É o mundo em que vivemos que acabei de descrever. Mas é, isso funciona pro mundo de Mad Max também.''
Mad Max me proporcionou uma experiência fantástica. Foram os 120 minutos mais bem gastos nos meus últimos cinco anos. Eu não poderia ter saído mais satisfeita do cinema. Todas as expectativas que eu havia depositado sobre o filme, foram felizmente concretizadas. Mad Max beira a excelência com sua insanidade e competência. Enredo bem construído, trilha sonora perfeita, atores bons, fotografia boa... Absolutamente impecável. Espero que todos vocês assistam e possam desfrutar da mesma experiência prazerosa que eu. Não contei vários detalhes do filme, porque quis fazer uma resenha sem muitos spoilers e porque quero que vocês tenham a experiência completa.
Grandes beijos e até a próxima!