ISBN-10: 8594540019
Título: O Menino Que Desenhava Monstros
Autor: Keith Donohue
Ano: 2016
Páginas: 256
Idioma: Português
Editora: DarkSide
Gênero: Suspense
Nota: 4/5
Sinopse: Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há de monstros embaixo de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem querer, ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela, por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar. Não demora muito até que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas, janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais.
O Menino que Desenhava Monstros, é o meu mais novo queridinho thriller psicológico. Nunca li nada do autor Keith Donohue, porém como fã da editora DarkSide, não pensei duas vezes ao me deparar com este e, após ler sua sinopse, tive certeza de que deveria o ler.
Escrito em terceira pessoa, o livro nos conta a estória de um garoto de 10 anos, Jack Peter, portador da Síndrome de Asperger – um distúrbio que afeta a capacidade do indivíduo de socializar. Dessa forma, Jack é uma criança isolada do mundo exterior, mantendo por perto apenas seus pais e seu único amigo, Nicholas.
Após um incidente na praia, há três anos a situação de Jack Peter piora, o mesmo passa a sair de casa apenas para ir às consultas médicas. Desde então, a sua rotina se baseia em observar pela janela o mar lá fora e brincar com Nick quando o mesmo vai à sua casa. Até que sua mãe decide lhe dar um kit para desenhos com o propósito de o distrair um pouco. E é aí que começa o problema: Jack desenvolve uma paixão por desenhar monstros.
Por conta da condição de Jack, seus pais são completamente amargurados e infelizes, parecem culpar o próprio filho. Além disso, uma das coisas que mais me incomodou foi o fato de que durante maior parte da narrativa seus pais ignoraram os avisos de Jack, mesmo os fatos estando em baixo de seus narizes o tempo inteiro.
As coisas só tomam um rumo diferente quando ocorridos sinistros se tornam frequentes em sua casa e, também na vizinhança. A partir disso, seus pais finalmente abrem seus olhos e conseguem enxergar que, na verdade, os monstros de Jack não são tão fictícios quanto pareciam ser.
Confesso que inicialmente me peguei querendo largar o livro inúmeras vezes, as coisas só foram se tornando mais instigantes e menos maçantes próximo à página cem. Mas, sem dúvidas, o autor conseguiu finalizar o livro de maneira que nem em mil anos eu imaginaria, me deixando de queixo caído. E, ainda, Keith Donohue consegue transferir todos os medos, angústias e paranoias de Jack Peter, de forma que, nos faz sentir todas as emoções juntamente ao personagem.
Do meu ponto de vista, a parte estética do livro ficou incrível, o trabalho realizado pela editora DarkSide é impecável. Um dos aspectos que mais gostei e, que tornou a edição um tanto quanto diferenciada, é o fato de a editora ter reservado algumas páginas ao final do livro para que o leitor desenhe seus medos, angústias e medos.
Concluindo, adorei a leitura e, sem dúvidas, leria-o novamente. Principalmente, por ter me deixado com um leve gostinho de quero mais após o seu final. Aliás, venham dividir comigo suas impressões sobre o livro, adoraria discutir sobre ele.