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| RESENHA #64 | INTENSO DEMAIS, S. C. STEPHENS | TRILOGIA ROCK STAR VOL. 1

31 julho 2016

 Trilogia Rock Star #1
 Título: Intenso Demais 
 Autora: S. C. Stephens 
 Editora: Editora Valentina
 Páginas: 464
 Gênero: romance, new adult
Sinopse: O namorado de Kiera, Denny, é tudo que ela sempre quis: apaixonado, carinhoso e totalmente dedicado. Quando os dois se mudam para outra cidade a fim de começar uma nova vida tudo parece perfeito. Mas então, um imprevisto separa o feliz casal. Sentindo-se sozinha, confusa e carente, Kiera se aproxima de Kellan Kyle, o sexy e sedutor vocalista de uma banda de rock. No começo, ele é apenas um amigo em cujo ombro ela pode chorar suas mágoas, mas, à medida que sua solidão aumenta, o relacionamento ganha força. Até que, uma noite, tudo muda... e nenhum deles jamais será o mesmo.
Classificação: 2/5
☆ 

Descobri que falar de livros ruins é complicado. A minha meta era ler mais romances, mais new adults, mais young adults e uma das minhas submetas era ler um livro com bandas de rock. Graças a esse livro, eu não quero mais ler um livro new adult até o ano que vem.

Intenso demais é o primeiro livro de uma trilogia intitulada de "Rock Star" e conta a história de Kiera, uma jovem que junto ao namorado se mudam de cidade para que ele faça um estágio e ela a faculdade. Eles vão morar com um amigo antigo de Denny, o Kellan Kyle, o vocalista de uma banda de rock. Dividindo o apartamento, os três se tornam amigos, mas quando Denny deixa a cidade para uma grande oportunidade por alguns meses, Kiera, se sentindo sozinha, se aproxima de Kellan e o flerte começa.

Eu não tenho nem o que falar de quão perturbador e problemático foi a leitura desse livro. E dessa vez, eu não culpo nem os personagens masculinos, mas sim a própria protagonista. Eu não gosto de enredos que trazem traição como algo bonito e ético de se fazer. Acredito que sim, traições façam parte de enredos e histórias, mas para mim, ela precisa ser ''punida" no final, porque trair não é algo legal. O livro acabou para mim quando a Kiera disse que ela e o Kellan não estavam fazendo nada de errado.

Não me importa se o Kellan é um cara maravilhoso, e ele é viu, achei ele um dos personagens menos idiotas e mais coerentes da história. O problema é que a protagonista, além de chata, é totalmente sem ética e caráter algum e para mim, isso sim me perturba. Eu não gosto de personagens assim e fora todo o drama dela querer ficar com os  dois, mas só conseguir pensar, ter relações com o Kellen

O livro é narrado em 1ª pessoa pela Kiera, então o leitor ainda tem que aguentar os pensamentos da personagem, como se não bastasse ela exteriorizar para os outros. A narrativa da autora não é tão ruim, mas para mim o que desgastou foi o foco na protagonista, então além de eu passar raiva, também demorei mais do que o necessário para ler. Outro motivo é o livro ter mais de 400 (desnecessárias) páginas. A enrolação foi grande e isso prejudicou muito o fluxo de leitura.

Todo enredo é construído em cima de um triângulo amoroso onde um dos personagens não sabe que está dentro desse circo todo. Como eu disse anteriormente, o problema não é ter um enredo que envolva traição, mas que ele traga alguma lição para a trama. No entanto, em Intenso Demais, 90% do livro é de como a protagonista gostava de ter os dois aos seus pés, de como ela era sem caráter algum. E a romantização da traição para mim não é algo legal.

Dei duas estrelas, apenas por Kellan e Denny, que não mereciam ter a Kiera na vida deles. Vocês já leram Intenso Demais? O que acharam?


| RESENHA #63 | A REBELDE DO DESERTO, ALMYN HAMILTON

29 julho 2016

 Título: A Rebelde do Deserto
 Autora: Alwyn Hamilton
 Ano: 2016
 Páginas: 288
 Idioma: Português 
 Editora: Seguinte
 Gênero: Fantasia
 Nota: 4/5

Sinopse: O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por revelar a ela o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

Em A Rebelde do Deserto, somos levamos a conhecer e nos envolver na história de Amani Al'Hiza, uma garota órfã de dezesseis anos e ótima atiradora desde muito nova. Criada pelo tio e correndo o risco de ter que se casar com o mesmo, o sonho de se mudar para Izman se torna uma grande necessidade para Amani. Para conseguir juntar mais dinheiro a fim fugir da Vila da Poeira e de um casamento não desejado, a garota se aventura em um concurso de tiro na calada da noite em uma outra cidade do deserto. 

Amani não poderia adivinhar que esta noite se tornaria muito importante em sua vida, principalmente pelo fato de ter conhecido um forasteiro foragido do Exército do Sultão naquela noite, e o encontrado novamente na loja do seu tio, ferido e se escondendo, enquanto o Exército procurava por ele. Amani viu a chance de fugir mais facilmente da Vila da Poeira através de Jin, o forasteiro, e não mediu esforços para convencer o rapaz a ajudá-la. Assim, depois de alguns inconvenientes acontecimentos, os dois partiram para um aventura inimaginável no deserto.

Minhas impressões a respeito do livro foram muito boas, apesar de estar ansiosa para lê-lo, não criei expectativas tão altas em relação à ele. A história é muito intrigante, assim como os personagens principais e também os secundários. A narrativa é bem simples e fluída, não é muito rica em detalhes, mas cumpriu o papel de trama envolvente e com alguns mistérios adicionais. 

Gostei muito do romance não ser o assunto principal do livro, essa fato ajuda a aumentar a ligação do leitor com Amani e Jin, separadamente. Pois ambos os personagens possuem personalidades singulares e histórias muito interessantes. A bruta realidade do deserto quando se é mulher, órfã ou/e pobre, fica bem evidente no livro, mais um ponto excepcional e relevante. 

Por fim, devo dizer apenas mais algumas considerações finais, a fim de não dar spoilers sobre este livro. Amani é uma moça muito forte, apesar da idade, ainda um pouco imatura, mas vemos claramente a coragem e o anseio da jovem. Jin é um mistério gostoso de acompanhar e desejei saber mais dele, mesmo após o término do livro. Achei a história bem original e cativante, indico com tranquilidade para quem gosta de fantasia e não costuma criar tantas expectativas, já que este livro é um pouco mais simplório que outros do mesmo gênero.


| RESENHA #62 | O AR QUE ELE RESPIRA, BRITTAINY C. CHERRY | ELEMENTOS #1

28 julho 2016

 ISBN: 9788501075666
 Título: O Ar Que Ele Respira
 Autor: Brittainy C. Cherry
 Editora: Record
 Páginas: 308
 Ano: 2016
 Gênero: Romance
 Livro cedido em parceria com a editora.

Sinopse: Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.
O Ar que Ele Respira conta a história de Elizabeth, uma mulher que está tentando seguir em frente após a perda de seu marido. Depois de passar um ano na casa de sua mãe, ela decide voltar a cidade que morava junto com a sua filha. Quando ela chega em Meadowns Creek, ela conhece seu novo, grosseiro, solitário vizinho Tristan Cole. Um homem amargurado que perdeu toda sua família em um acidente. Será que duas almas despedaçadas podem se reerguerem juntas? Elizabeth logo descobre que por trás de todo aquele homem solitário, pode existir um amor incondicional. 

Eu comecei a ler esse livro com muita expectativa mesmo. Eu não sei por que, mas eu sentia que seria o tipo de livro que me deixaria muito satisfeita. No entanto, eu me decepcionei com a autora e um pouco com a construção da história e da atmosfera. No começo da história, a autora colocou uma situação muito forçada (um beijo) que quebrou tudo o que eu esperava da descrição dos personagens. Achei muito rápido, muito sem sentido e me pareceu que foi jogado simplesmente para fazer com que fosse um motivo para os protagonistas se aproximarem romanticamente.

Com isso, eu acabei ficando na defensiva com a autora até a metade do livro. Eu passei a enxergar algumas situações com uma forçação de barra absurda e gritante. A aproximação e o modo como Tristan e Elizabeth começam a se envolver me perturbou muito. Essa coisa de beijar, tocar, transar com outra pessoa porque quer se lembrar do seu marido/mulher falecido me pareceu um pouco doentio e infelizmente isso me afastou do livro.

"As pessoas falam muito e se atrevem a dar conselhos sobre como superar o luto.Elas dizem que você não deve namorar por anos, que deve esperar o tempo passar, mas a verdade é que não existe tempo para o amor. A única coisa que importa para o amor é a batida do seu coração. Se você ama, não deixe isso te atrapalhar. Apenas se permita sentir novamente." Pág. 226

Narrado em 1ª pessoa, alternando o ponto de vista entre os dois personagens, fui conhecendo mais sobre o passado dos dois e também de seus sentimentos e pensamentos. Para a minha sorte, depois do meio do livro, comecei a entender mais a história e passei a me interessar pelos rumos que ela estava tomando. No entanto, eu esperava uma escrita totalmente mais envolvente do que foi apresentado.

Uma das coisas legais é que houve uma descoberta muito pertinente na história, que afetou a vida de Tristan e Elizabeth e o relacionamento dos dois. Achei interessante a autora pensar nisso e mostrar que eles estão "conectados" há muito tempo, menos não se conhecendo. Elizabeth tem uma filha LINDA e que merece destaque na obra também, além do mais, há uma superação muito forte presente nesse livro e questões importantes como culpa, raiva, tristeza, depressão, entre outros.

Em suma, o livro é bom. Muita gente se assustou com o fato de eu ter dado apenas 3 estrelas (3,5 na verdade). Eu o achei interessante, mas acredito que a experiência teria sido melhor se eu tivesse lido em uma época em que eu lia poucos romances. No momento estou saturada e não tem elementos novos que me prendam. De maneira alguma ele é ruim, mas não foi exatamente a melhor experiência para mim. E você? Já leu ou pretende ler? Conta para mim!


| RESENHA #61 | O ANO EM QUE EU DISSE SIM, SHONDA RHIMES

26 julho 2016

 ISBN-13: 9788576849889
 ISBN-10: 8576849887
 Título: O Ano em que eu disse sim
 Autora: Shonda Rhimes
 Ano: 2016
 Páginas: 256
 Idioma: português 
 Editora: Best Seller
 Gênero: não-ficção, auto biográfico, auto-ajuda.
 Livro cedido em parceria com a editora.

Sinopse: Um livro motivador da aclamada e premiada criadora e produtora executiva dos sucessos televisivos Grey’s Anatomy, Private Practice e Scandal, e produtora executiva de How to Get Away with Murder. Você nunca diz sim para nada. Foram essas seis palavras, ditas pela irmã de Shonda durante uma ceia de Ação de Graças, que levaram a autora a repensar a maneira como estava levando sua vida. Apesar da timidez e introversão, Shonda decidiu encarar o desafio de passar um ano dizendo “sim” para as oportunidades que surgiam. Os “sins” iam desde cuidar melhor de sua saúde até aceitar convites para participar de talk shows e discursos em público. Além disso, Shonda deu um difícil passo: dizer sim ao amor próprio e ao seu empoderamento. Em O Ano em que disse sim, Shonda Rhimes relata, com muito bom humor, os detalhes sobre sua vida pessoal, profissional e como mergulhar de cabeça no “Ano do Sim” transformou ambas e oferece ao leitor a motivação necessária para fazer o mesmo em sua vida. 


Quando eu comecei a ler esse livro, já me deparei com um monte de coisa que eu sentia, pensava, idealizava, me frustrava em toda a minha vida. Eu sabia que o livro era de auto-ajuda quando o solicitei para a editora, mas não sabia que eu iria me identificar tanto com a história da Shonda Rhimes.

Shonda é uma produtora, roteirista, mãe, irmã, filha, colega de trabalho, namorada, esposa e ser humano. Ficou famosa ao escrever e produzir séries incríveis como Grey's Anatomy e Scandal e do recente fenômeno, How To Get Away With Murder. Em seu livro, "O Ano em que eu disse Sim'' carregando o subtítulo: como dançar, ficar ao sol e ser a sua própria pessoa, Shonda nos conta sobre a sua vida, sobre como ela estava ficando alheia a tudo de bom que existia e como ela não se permitia ser feliz por completo e porque ela nunca dizia SIM para as coisas.

É sempre muito perigoso ler biografias. Não pelo seu conteúdo, mas pelo apego emocional com a pessoa que está contando aquela história. Agora imagina você ler uma biografia com esse caráter de auto ajuda justamente quando a sua vida pessoal está desmoronando? Foi muito convidativo o jeito que a Shonda me chamou para bater esse papo com ela sobre nossas vidas. Foi reflexivo, comovente, tocante, cativante, esclarecedor, entre outras coisas.
É muito difícil para quem não tem depressão entender algumas coisas. Ser empático com alguém depressivo é muito difícil e normalmente quem tem a doença, não fala sobre o assunto, porque prefere não atrapalhar as pessoas a sua volta. Shonda estava a beira de se esquivar e mandar tudo o que ela conquistou para o espaço. Ela amava inventar as coisas, criar roteiros, criar personagens, e todo o prazer que vinha com aquilo, era puramente momentâneo. Ela sempre preferia ficar em casa a ir em conferências, entrevistas etc e tal. E quando realizava essas tarefas, se sentia exausta e sem entender muito bem o por que daquilo.

Shonda é mãe, irmã e filha, e foi muito interessante conhecer a sua relação com sua família, principalmente sua irmã. A cada diálogo com ela, eu percebia o quão semelhante eu era da Shonda Rhimes e isso é terrivelmente assustador e sabe por que? Porque a gente se enxergar em um problema é muito difícil. Por que a Shonda (e eu) nunca disse SIM para as coisas? Por que sempre houve essa empecilho? Por que ela tinha medo? Do que ela tinha medo?

O Ano em que eu disse sim, é um livro muito delicado e íntimo. Essa resenha foi extremamente difícil de fazer, porque eu não conseguia mensurar e nem por em palavras o quão importante esse livro foi para a minha vida. É um livro particularmente peculiar e extremamente cativante e empático. Não é um livro comum sobre como superar a depressão, é um livro de como superar a você mesmo e seus problemas. Como você se tornar a sua própria pessoa e ser feliz com ela. 

Em suma, O ano em que eu disse sim, foi uma experiência incrível e nada menos que sensacional. Eu me senti extremamente satisfeita com tudo o que eu encontrei. Das palavras da Shonda, da diagramação do livro, do cuidado da editora Best Seller em publicar essa obra... Tudo está excepcionalmente convidativo. E é por isso, que te convido a conhecer mais sobre uma das mulheres mais fortes que conheci: Shonda Rhimes.


| RESENHA #60 | ON DUBLIN STREET, SAMANTHA YOUNG

19 julho 2016

 On Dublin Street (On Dublin Street #1)
 Autora: Samatha Young
 Ano: 2012
 Páginas: 414
 Idioma: Inglês  
 Editora: CreateSpace Independent Publishing Platform
 Gênero: New Adult, Romance
 Sinopse: Jocelyn Butler tem escondido de seu passado por anos. Mas todos os seus segredos estão prestes a ser desvendado ...Quatro anos atrás, Jocelyn deixou para trás trágico passado nos Estados Unidos e começou tudo de novo, na Escócia, enterrando sua dor, ignorando seus demônios, e avançando sem anexos. A sua vida solitária está funcionando bem, até ela se muda para um novo apartamento em Dublin Street, onde ela conhece um homem que abala seu mundo cuidadosamente guardado em seu núcleo. Braden Carmichael é usado para conseguir o que ele quer, e ele está determinado a conseguir Jocelyn em sua cama. Saber como ela é arisco sobre a entrada de um relacionamento, Braden propõe um acordo que vai satisfazer sua intensa atração, sem amarras. Mas depois de uma Jocelyn intrigado aceita, ela percebe que Braden não será satisfeito com apenas alucinante paixão. O escocês teimoso tem a intenção de realmente conhecê-la... até a alma.
É aquela coisa, você precisa ler para falar a respeito de alguma história/livro. Quando vi On Dublin Street, achei a sinopse totalmente clichê, mas dei uma chance devido a vários comentários positivos. Veja bem, estou lendo bastante romances esse ano e nem tudo mais é novidade para mim, principalmente os new adults. Portanto, o que me envolve é a escrita, a construção dos personagens e a maneira como a autora explora a história clichê que tem.

Jocelyn é uma mulher que está quebrada, esgotada, devastada emocionalmente. Ela perdeu as pessoas que mais importavam para ela. Dos Estados Unidos para Edimburgo na Escócia, ela tenta recomeçar sua vida sendo escritora de livros de fantasia e nas horas vagas trabalha em um pub/bar, mesmo seus pais tendo deixado uma fortuna em seu nome. Jocelyn não está afim de relacionamentos ou se comprometer com ninguém, nem mesmo sexo. Ela resiste a se envolver emocionalmente com qualquer um que respire. Mas ao pegar um táxi com um desconhecido, enquanto ia ver um novo apartamento, ela percebeu que seus hormônios não estavam tão adormecidos assim. Ela ficou encantada com o homem, mas achava que nunca mais iria vê-lo... Se ele não fosse o irmão da sua futura colega de apartamento.

É claro que ela vai ter um envolvimento amoroso com o Braden, o cara do táxi, o rico, o bonito, o charmoso, o irmão da sua nova amiga e colega de quarto. Mas fugindo um pouco do esterótipo, é Braden que precisa fazer Joss se abrir para o mundo, para o amor. É ele que corre atrás desesperadamente (e possessivamente) dela. 

Por que me sinto tão fora de equilíbrio? Tão fora de controle? Com tanto medo? (...). Tanta coisa havia mudado, mas aparentemente não havia mudado o suficiente. Eu ainda era sozinha. Mas eu estava sozinha, porque é assim que eu queria.

Se você me conhece, ou pelo menos acompanha as resenhas daqui, sabe que eu como mulher e feminista, detesto ler livros machistas e misóginos. Não chega a ser o caso desse, mas ainda assim, toda a possessividade do Braden me irritou em vários momentos. Eu ENTENDO que é uma ficção, mas isso reproduz a ideia de que um homem possessivo é bonito, é massa e milhões de mulheres vão achar normal quando um cara fizer isso com elas entendem?

No entanto, felizmente, Braden foi muito mais charmoso do que babaca. Gostei bastante da construção do relacionamento dele com a Joss e os meios que o levaram a se renderem, principalmente Joss, que é uma personagem muito maravilhosa. Sabe quando você vê realmente o quanto a pessoa está desestruturada emocionalmente e precisa a qualquer custo de uma saída? Joss é essa pessoa e eu tinha vontade de abraça-la, porque em partes, eu a entendia. Além do envolvimento com o Braden, Joss também desenvolve uma amizade com Emma, a irmã do garanhão B

O livro é narrado em 1ª pessoa, pelo ponto de vista da Joss. A Narrativa é bem fluida e leve, gostei da escrita da autora, porque é acessível e não superficial. Ler em inglês tem essa vantagem, o contato direto com os autores. Apesar do livro ser meio gordinho, nem vi a hora passar e li super rápido. 

On Dublin Street não tem nada de diferente, não foge tanto assim de milhares de livros com essa proposta, mas é uma história envolvente e que desperta sentimentos bons de superação. Acredito que valha a pena se aventurar pela Escócia com Joss e Braden. E você? Já leu essa história? Se sim, me conta nos comentários!

On Dublin Street é o primeiro volume da série de ficção adulta On Dublin Street, composta atualmente por três livros e dois mini livros. São eles: OnDublin Street (On Dublin Street, #1); AnOn Dublin Street Christmas (On Dublin Street, #1.5);  UntilFountain Bridge (On Dublin Street, #1.6); DownLondon Road (On Dublin Street, #2) e Before JamaicaLane (On Dublin Street, #3).



| RESENHA #59 | ONDE ESTÁ ELIZABETH? EMMA HEALEY

18 julho 2016

 ISBN-10: 8501073202
 Autora: Emma Healey
 Ano: 2016
 Páginas: 308
 Idioma: português 
 Editora: Record
 Gênero: Drama / Romance policial / Literatura  Estrangeira

Sinopse: Vencedor do Costa Book Awards e do Premio Salerno Libro dEuropa, o romance de estreia de Emma Healey é uma delicada narrativa sobre memória misturada a um thriller. Maud tem 80 anos e está ficando cada vez mais esquecida. Sua própria filha e sua casa lhe parecem irreconhecíveis, e ela escreve bilhetes para si mesma na tentativa de lembrar do cotidiano. Um dia, um dos bilhetes informa que sua amiga Elizabeth está desaparecida. Embora todos lhe assegurem que ela está bem, Maud embarca numa missão para encontrá-la. A iniciativa, no entanto, acaba se confundindo com a história de Sukey, sua irmã mais velha, desaparecida desde o fim da Segunda Guerra Mundial.


Onde Está Elizabeth? trata-se de um thriller psicológico contado a partir da perspectiva de uma senhora. Maud tem 80 anos e já não se lembra tanto das coisas, precisa de bilhetinhos para se lembrar do que fazer e se perde facilmente entre os fatos. Mas uma coisa que Maud não se esquece, é de sua amiga Elizabeth, principalmente quando não a vê por dias. Elizabeth sumiu e Maud precisa juntar todas as pistas para encontrá-la. 

Eu fiquei totalmente fascinada com a leitura dessa obra. Eu nunca havia lido nada parecido, muito menos narrado por uma senhora com problemas de memórias. A aventura que esse livro me proporcionou foi além de uma simples trama de suspense e investigação. Foi algo muito palpável sobre uma doença que assombrou minha família. 

O fato de Maud não ser uma narradora confiável, despertou meu interesse, porque normalmente eu não gosto de personagens que não são confiáveis, me sinto muito perdida e não consigo entender contextos. Mas nesse caso, Maud me fez entrar em sua cabeça e mostrou-me como ela enxerga o mundo, causando-me uma empatia desenfreada pela personagem.

"A mulher acha que essa não é a melhor coisa a dizer, e o homem começa a me explicar alguma coisa. Mas não consigo me concentrar. Sei que eles não vão me ouvir, que não vão me levar a sério. Então preciso fazer alguma coisa. Devo fazer alguma coisa, porque Elizabeth está desaparecida."

Em alguns momentos, eu fiquei na duvida se Elizabeth estava viva, se ela existia mesmo. Conforme ela embarcou nessa procura, mesmo todos dizendo que estava tudo bem, ela foi confundindo a história com a de sua irmã, a Sukey, que desapareceu no final da Segunda Guerra Mundial. Vocês conseguem entender o peso dessa história e o por que dela ser tão cativante?

Achei uma história muito frágil, contudo, uma história sobre empatia. O Thriller psicológico criado pela autora Emma Healey, além de muito bem escrito, é bem contado. Um roteiro inteligente, sagaz e persuasivo. Eu me apeguei bastante a Maud, quando acabou o livro eu fiquei sem rumo por alguns minutos, porque não acreditava que tinha acabado.

Em suma, Onde Está Elizabeth? é uma história incrível, com uma personagem incrível e que passa uma mensagem linda sobre a velhice. Eu gostei de mais da obra, não esperava muito e me surpreendi positivamente. Portanto, se você procura algo diferente e original, a sua medida, este livro é perfeito.

| RESENHA #58 | A Garota do Calendário: Fevereiro | Audrey Carlan

17 julho 2016

 ISBN-10: 8576865076
 Título: A Garota do Calendário: fevereiro
 Autor: Audrey Carlan
 Ano: 2016
 Páginas: 135
 Idioma: português 
 Editora: Verus
 Gênero: Literatura Estrangeira, Romance, New Adult, Erótico

Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal. Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... Em fevereiro, Mia vai passar o mês em Seattle com Alec Dubois, um excêntrico artista francês. No papel de musa, ela vai embarcar em uma jornada de descobertas sexuais e lições sobre o amor e a vida que permanecerão com ela para sempre.
Em fevereiro, Mia deixou as praias de Malibu e foi para a chuvosa Seattle acompanhada pelo artista francês Alec Dubois, um cara totalmente excêntrico e diferente a sua maneira. Mia será sua musa inspiradora, posará para fotos e pinturas e desfrutará de muitas descobertas, principalmente sexuais, que ela nem imaginava que podiam existir.

Ao contrário do primeiro livro, esse teve um personagem menos cativante ao meu ver. Não que o Alec não fosse interessante, ele é, por deus, como é, mas ele tinha algumas atitudes que me incomodaram muito. Eu adoro artistas, são muito sensíveis e intensos, mas acho que faltou um feeling, algo especial que me fizesse gostar do personagem. No entanto, as experiências que ele da a Mia são bem interessantes e eu gostei bastante da interação dos dois.

O meu único problema, é realmente a falta de profundidade na história. O livro é narrado em 1ª pessoa e eu acho que a autora poderia ter explorado mais os desejos, os medos, as possibilidades para a Mia. Mas eu entendo o propósito e acho que não me incomodei tanto a ponto de não ler mais nada da série. 

"Você é a minha musa, Mia. Foi feita para estar aqui". Alec - Pág. 54

É muito interessante a série em geral. Acho que as cenas de sexo são bem escritas e desenvolvidas. Os diálogos são bem interessantes e a Mia é uma boa protagonista. Ela conduz bem a história. Ela é irreverente, inteligente e carismática. O que ao meu ver, poderia ter sido melhor, era o personagem Alec.

Uma das piores personagens da história, é a tia da Mia, uma mulher que me da nojo só pelas palavras que usa. Todas as vezes que precisei vê-la falando com a Mia, me deu uma vontade imensa de mandá-la embora da história. Foi uma personagem desprezível ao extremo.

Em suma, é uma história cativante e envolvente. Eu espero muito poder ler todos os livros e descobrir o fim da história, porque eu realmente não sei o que esperar. Espero que ela fique com o Wes, personagem do primeiro livro, porque eu realmente o amei. Estou ansiosa e vocês? Já leram? Me contem nos comentários. 


| RESENHA #57 | TRÊS COISAS SOBRE VOCÊ, JULIE BUXBAUM

13 julho 2016

 ISBN-10: 8580415489
 Título: Três Coisas Sobre você
 Autora: Julie Buxbaum
 Ano: 2016
 Páginas: 288
 Idioma: português 
 Editora: Arqueiro
 Gênero: Jovem Adulto, Romance
 Sinopse: Setecentos e trinta e três dias  depois da morte da minha mãe, 45 dias após o meu pai fugir para se encontrar com uma estranha que ele conheceu pela internet, 30 dias depois de a gente se mudar para a Califórnia e apenas sete dias após começar o primeiro ano do ensino médio numa escola nova onde conheço aproximadamente ninguém, chega um e-mail. Deveria ser no mínimo esquisito, uma mensagem anônima aparecer do nada na minha caixa de entrada, assinada com o bizarro nome Alguém Ninguém. Só que nos últimos tempos a minha vida tem estado tão irreconhecível que nada mais parece chocante.
3 coisas sobre o livro:
1 - Eu fiquei horas pensando nessa história de tão envolvente
2 - Ele vai muito além da sinopse apresentada
3 - É um livro único

Quando eu solicitei esse livro para a editora Arqueiro, eu não esperava absolutamente nada dele. eu simplesmente me interessei pela capa e por querer ler coisas do gênero YA. Imaginem só a minha surpresa ao me deparar com o melhor YA lido no ano de 2016? E é por isso que eu dedico essa resenha a todos os amantes de jovens adultos e para todos aqueles que pretendem começar a ler o gênero.

Jessie Holmes é uma adolescente que perdeu a mãe há exatamente 733 e acaba se mudando para a Califórnia, pois seu pai se casou com Rachel, uma mulher rica, bem sucedida que também perdeu seu marido para uma doença. Rachel tem um filho, Theo, e junto com Jessie e seu pai, formam uma família nova. Jessie é diferente, ela foi de Chicago para Los Angeles e percebeu a diferença cultural gritante. Ela acabou indo para um colégio onde basicamente todos os estudantes são ricos e diferentes dela. Não que ela seja aquele tipo personagem que se faz de coitada, mas Jessie se sente mal, pois está completamente sozinha, muito mais do que imaginava. 

Mas o destino sempre reserva coisas interessantes. Em seu primeiro dia de aula, Jessie recebeu um e-mail de um anônimo intitulado Alguém Ninguém, e nesse e-mail continha dicas sobre como sobreviver a àquela nova escola. AN, o apelido do anônimo, começou a conversar com Jessie por e-mail e depois por mensagens de texto e mesmo ela não sabendo quem ele era, ela se abriu para uma amizade muito bonita e interessante. Quem será que é o Alguém Ninguém?
No colégio, Jessie acaba sofrendo bullying por parte de uma das garotas mais populares da escola, a Gem, que acaba falando de suas roupas, seu cabelo, seus adesivos no notebook. Coisas tão pequenas, mas que naquela situação Jessie se sentia mal, muito mal. Mas como toda adolescente, Jessie percebe que há um garoto diferente dos outros, o Ethan, que sempre está com a camiseta do Batman, lendo livros não considerados comuns para adolescentes e o que mais Jessie reparava era em seus olhos e em como eles eram avermelhados e embaixo havia aquelas olheiras, demonstrando que o garoto não dormia.

Ethan é um garoto que todas as meninas queriam namorar e sair, mas ele não da bola para nenhuma deles. Sozinho, solitário, mas interessante e peculiar e é óbvio que Jessie se sente atraída por ele, pois ele é diferente assim como ela. Será que o coração de Jessie irá se abrir para o novo? Para Ethan? Para novas amizades? Quem é o AN

É tão difícil falar sobre um livro que mexeu tanto comigo. Três coisas sobre você não tem nada de diferente, não tem elementos que façam da obra grandiosa ou inovadora, mas a autora conseguiu escrever de uma forma tão envolvente, despretensiosa e leve, que acabou preenchendo meu coração de amor. Nada descreve mais a minha leitura, que felicidade. Eu fiquei por horas pensando na história, nos personagens, principalmente no Ethan. Me identifiquei tanto com ele que chega a ser bizarro. 

O livro é narrado em 1ª no ponto de vista da Jessie, a protagonista. E é divididos em capítulos de tamanho médio. Além do texto corrido, temos também as mensagens de texto, mostrando como eram as conversas da Jessie com seus amigos e o AN, inclusive, até os emojis estão presente e eu achei isso muito interativo e legal. A escrita é fluida, leve e descontraída. Jessie conta sua história de uma forma incrível, alternando entre pensamentos, vontades e diálogos muito divertidos. 

A construção da atmosfera é muito interessante, quando chegamos ao ápice da história, o leitor está totalmente envolvido e ansioso para descobrir quem é o AN e como a Jesse irá lidar com essa informação. Confesso, já ter sacado logo no começo da história quem iria se revelar como o anônimo, mas eu ainda assim fiquei maravilhada com a forma que a autora escreveu, revelou esse segredo.

Julie conseguiu abordar temas bastante pertinentes, como família, morte, amizades, adolescência e o que a sociedade espera da gente. Gostei muito da maneira como ela tratou a morte de pessoas importantes para os personagens da história. E com uma linguagem fluida e totalmente acessível, a autora conseguiu me deixar suspirando. 

Falei um pouco mais sobre o livro no vídeo lá no canal. Da uma conferida e me fala o que você achou do livro, se você ainda não leu: o que espera da leitura e tudo mais. Vou adorar saber a sua opinião!

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| Resenha #56 | The Kiss of Deception: crônicas de amor e ódio, Mary E. Pearson

12 julho 2016

 Título: The Kiss of Deception - Crônicas de amor e ódio 
 Autor: Mary E. Pearson
 Ano: 2016
 Páginas: 406 
 Idioma: Português 
 Editora: DarkSide Books 
 Gênero: Fantasia, romance, ficção, literatura estrangeira

Sinopse: Tudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas – menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro? 

Princesa Arabella Celestine Idris Jezelia, é a primeira filha do reino de Morrighan. Com apenas dezessete anos de idade, a princesa, que prefere o uso do apelido de Lia, está prestes a se casar com o príncipe de Dalbreck, a fim de formar uma forte aliança entre os dois reinos. Lia não conhece o príncipe e não deseja de maneira alguma este casamento arranjado. Assim sendo, Lia decidi colocar em prática um plano de fuga que tem em sua mente há algum tempo. Aliada à sua criada e amiga, Pauline, sua coragem e a grande vontade de ser liberta das obrigações dela como Primeira Filha, as duas fogem no dia do casamento de Lia com destino a cidade de Terravin

As duas amigas fogem cheias de bravura e conseguem chegar em Terravin, deixando rastros enganosos para que os soldados do Rei não as encontrem. Ao chegarem no destino escolhido, são acolhidas por Berdi, uma mulher mais velha, que era como uma espécia de tia para Pauline. Berdi é dona de uma estalagem na cidade e dá o que comer para as meninas, um lugar onde dormir e tarefas a fazer ali para que construam suas vidas novas na cidade. A vida que Lia tem sonhado por tanto tempo. 

Minhas impressões foram muito boas em relação ao primeiro livro da trilogia. Lia é uma moça muito corajosa com muitos sonhos e aspirações. Ela não entende suas obrigações e não acha justo levar uma vida que não deseja. O pouco que vimos de Pauline, nos mostra que ela é muito mais que uma criada, é com certeza uma grande amiga cheia de valentia. 

Em boa parte da leitura, vivenciamos parte da rotina diferente de Lia na estalagem, onde ela tenta aprender a exercer suas tarefas e se acostumar com sua nova vida. A chegada dos dois rapazes bonitos na estalagem, Rafe e Kaden, também se mostra muito interessante, já que ambos mostram um grande interesse na princesa fugitiva. Já sabemos que um será o assassino da Venda e o outro será o Príncipe de Dalbreck. E é neste ponto que a autora brinca com as nossas mentes, já que temos a ponto de vista do assassino e do príncipe no livro, mas não sabemos quem é quem até mais da metade do livro. 

Além disso, a narrativa é cheia de detalhes, super fluída e gostosa de ler. Participei do projeto da Ju, do blog Nuvem Literária, portanto não li tão rápido, mas com certeza leria depressa se não tivesse participando. A história é muito envolvente e reúne vários elementos atraentes. Todo o mistério em relação ao dom que Lia supostamente teria como uma Primeira Filha e as reviravoltas que o livro apresenta a partir da metade do livro. 

Não vou alongar muito minha opinião sobre o livro, pois posso acabar dando spoilers sobre a história. Também não vou omitir o fato de ter gostado muito, muito mesmo do livro, mas não ter achado ele tão espetacular como muita gente o descreveu em dezenas de resenhas. É um livro realmente promissor e acredito fielmente que as continuações se mostrarão muito melhores e os assuntos interessantes e intrigantes apresentados neste primeiro livro serão mais explorados, razão pela qual já estou muito ansiosa para ter em mãos o segundo volume. 

Indico com prazer esta obra, que além de ser uma história cativante, a diagramação é ótima e o livro também possuí uma capa linda de morrer, mais um trabalho magnífico da editora DarkSide.

| RESENHA #55 | O Príncipe de Westeros e Outras Histórias | George R R Martin & Gardner Dozois

11 julho 2016

ISBN: 9788580415834 
Ano: 2016 
Título Original: ROGUES 
Título Brasileiro: O Príncipe de Westeros e Outras Histórias
Organização: George R. R. Martin e Gardner Dozois
Tradução: Petê Rissati, Taíssa Reis, Ana Resende, Eric Novello, Marina Boscato, Débora Isidoro, Ivar Jr, Carol Chiovatto, Ana Death Duarte
Páginas: 464 
Gênero: Contos

Sinopse: Se você é fã de literatura fantástica, irá se deliciar com esta antologia de contos organizada por George R. R. Martin e Gardner Dozois. Obras inéditas dos melhores autores do gênero irão surpreendê-lo com enredos ardilosos e reviravoltas intrigantes. O próprio George R. R. Martin apresenta uma nova história do apaixonante e violento mundo de A Guerra dos Tronos, introduzindo um dos personagens mais canalhas de Westeros. Acompanhe grandes autores, como Gillian Flynn, Neil Gaiman, Patrick Rothfuss, Scott Lynch e muitos outros, nesta coletânea emocionante sobre vigaristas, mercenários e ladrões.


O que dizer desse livro que já se tornou um queridinho da minha vida? Eu sou uma leitora que não consome muitos livros de contos e contos individuais em si, porque normalmente são curtos de mais e eu me apego e pa: acaba. Mas quando vi que teria um livro organizado pelo George R. R. Martin e o Gardner Dozois, fiquei bem empolgada, não só por conter um conto que se passa no mundo de Game of Thrones (As crônicas de gelo e fogo), mas também porque teria a oportunidade de ler a de outros autores consagrados, como Neil Gaiman, Gillian Flynn, Patrick Rothfuss, Scott Lynch entre outros. 

Nesse livro, especificamente na introdução, o George R. R. Martin, revela uma crônica que nos conta o propósito da organização desse livro, mas as sábias palavras de nosso autor vou deixar para vocês conferirem, pois é muito interessante a sua abordagem sobre o tema que essa coletânea de contos tem: os canalhas. Todo mundo é um ou conheceu um canalha. Todos os contos possuem uma espéciaede canalha, ou situações que expressem um caráter duvidoso e diferenciado dos personagens. 


“Curta a leitura... mas tome cuidado. Alguns dos cavalheiros e encantadoras damas destas páginas não são tão confiáveis assim.” (George R.R Martin)

Como um livro de contos, não temos histórias longas e super desenvolvidas. Essas são mais curtinhas, mais fluidas e mais leves. A proposta é tão boa, que li o livro tão rapidamente que me surpreendi. Não achava que iria me apegar tanto, mas acabei devorando todos os contos de uma forma muito interessante. Eu fiquei bem interessada na escrita do Scott Lynch, autor que eu nunca havia experimentado nada e também da Gillian Flynn, que apesar de ser super famosa, nunca li nada dela e fiquei bem instigada a conhecer seus outros trabalhos.

Com um tema base muito diferente, somos apresentados a histórias que trazem o melhor e o pior do ser humano. Contos que nos fazem pensar, principalmente os motivos de ficarmos do lado dos canalhas, na maioria dos casos. Todos os contos possuem uma narrativa bem fluída, não há aprofundamentos e nem muitas palavras difíceis, mas ainda assim podemos perceber a riqueza dos detalhes que compõem esses contos.

Eu indico esse livro para todos aqueles que gostam de ler contos e/ou querem ler mais o gênero. É um livro muito rico em histórias, com autores excelentes e uma diagramação impecável por parte da editora Arqueiro. É aquele tipo de livro que a gente precisa ter, precisa conhecer. Por ser um livro de conto, vou deixar para analisar conto por conto em um vídeo lá no canal, porque assim, podemos discutir um por um e minhas impressões. Mas já adianto que eu estou fascinada, mesmo alguns personagens de alguns contos, serem de outros livros dos autores. Mas acredito que não influencie no entendimento da leitura.

Lançamentos Julho/2016 | Grupo Editorial Record

07 julho 2016

Oi leitores, como vocês estão?
Uma das coisas mais legais aqui do blog, é mostrar os lançamentos das editoras que são nossas parcerias, principalmente porque tem tanta coisa bacana, interessante e genial que é uma alegria poder compartilhar com vocês. Para conferir outros lançamentos do Grupo Editorial Record, é só clicar aqui. Vamos lá?

O ar que ele respira, Brittainy C. Cherry

Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.



                           Sra. Poe, Lynn Cullen

1845: O Corvo, de Edgar Allan Poe, alcança os padrões de perfeição literária e está no auge da moda – sucesso com o qual uma poetisa esforçada como Frances Osgood só pode sonhar. Apesar de não ser grande fã dos escritos de Poe, ela vê com entusiasmo a chance de conhecê-lo e, em um sarau literário, fica atraída por sua magnética presença – e pela surpreendente revelação de que ele admira o seu trabalho. Flerte e sedução culminam em um romance proibido. Mas quando a frágil mulher de Edgar insiste em se tornar amiga de Frances, o relacionamento se torna tão ambíguo e tortuoso quanto um dos contos de Poe. Inspirado na vida e na escrita de Poe e Osgood, e baseado em autênticos detalhes históricos, Sra. Poe é uma história de tragédia e perda envolta em uma aura de paixão e vitalidade.

 A mediadora: Lembrança #7, Meg Cabot

Agora, mais velha e experiente, tudo que Suze quer é causar uma boa impressão no primeiro emprego desde sua formatura — e desde o noivado com o Dr. Jesse de Silva, ex-espírito e sua alma gêmea. Como se não bastasse, um fantasma de seu passado resolve aparecer. E esse não é um espectro que ela possa mediar. Afinal, Paul Slater está bem vivo, milionário e, ainda por cima, é o novo proprietário da antiga casa de Suzannah. Aquela na qual conheceu Jesse. Isso não seria um problema se ela não tivesse acabado de descobrir que uma antiga maldição poderá transformar seu amado num demônio, caso seu antigo local de descanso seja demolido, como Paul pretende. Agora ela precisa dar um jeito em Paul, que a está chantageando sexualmente — isso mesmo... ou ela dorme com ele, ou perde Jesse —, enquanto tenta ajudar uma caloura assombrada por uma menininha muito poderosa...


A caçadora de bruxos, Virginia Boecker

Na Ânglia do século XVI, a prática da magia é ilegal e infratores são queimados nas fogueiras. Elizabeth Grey é uma das melhores caçadoras de bruxos do rei: ela localiza e captura Reformistas, rebeldes suspeitos de praticar feitiçaria para que sejam julgados e executados, conforme manda a lei. Até que, inexplicavelmente, ela é incriminada e acaba presa sob a acusação de praticar a arte que se dedicou a erradicar. A salvação, no entanto, acaba vindo na forma de seu maior inimigo: Nicholas Perevil, o mago mais poderoso e procurado de Ânglia. À medida que Elizabeth se associa aos Reformistas, suas crenças sobre a legitimidade da proibição da magia são profundamente abaladas. Ela se vê em meio a uma contenda política de proporções épicas e percebe que seus antigos aliados agora são seus inimigos mortais. Será que Elizabeth está pronta para decidir de qual lado está sua lealdade, afinal de contas?

O projeto Rosie, Graeme Simsion

Até o momento, a única coisa não esclarecida pelos estudos no campo de atuação de Don, a genética, é o motivo para sua incapacidade de arrumar uma esposa. Uma namorada ao menos? Ou até mesmo uma amiga para somar ao seleto grupo de amigos de Don, formado por Gene, também professor na universidade, e a mulher dele, Claudia, psicóloga e esposa muito compreensiva. Para solucionar esse problema do modo mais eficaz, Don desenvolve o Projeto Esposa, um questionário meticuloso que irá ajudá-lo a filtrar candidatas inadequadas a seu estilo de vida: fumantes JAMAIS, e mulheres que se atrasam por mais de cinco minutos ou que usam muita maquiagem estão fora dos critérios pouco flexíveis que o levarão à mulher ideal. O único problema é que um questionário desse tipo exige tempo e dedicação, duas coisas que começaram a diminuir exponencialmente no cotidiano de Don desde que ele conheceu Rosie: fumante, vegetariana e incapaz de chegar na hora marcada. Ou esse era o único problema até Rosie entrar na vida de Don e – despretensiosamente, uma vez que ela nunca se candidatou ao Projeto Esposa – mostrá-lo que a mulher ideal não existe, mas o amor, sim.

As coisas mais legais do mundo, Karol Pinheiro

Ela prefere os dias nublados. Gosta de ficar sozinha, mas tem amigos da vida inteira. No trânsito, tem mania de olhar para os carros parados ao lado e imaginar o que as pessoas estão pensando. Curte cada minuto da casa nova (onde mora sozinha!) e se pergunta onde foi que as pessoas esconderam os sentimentos escancarados. Em seu primeiro livro, Karol Pinheiro convida você a olhar o mundo pelos olhos dela. De um jeito doce que às vezes pode ser bem ácido, a blogueira fala de amor, beleza, desejos, mentiras, frustrações, família, manias, cachorrinhos de estimação, sobremesas e avós de cabelos branquinhos. Fala de sentimentos, mas também fala de coisas. Afinal, a vida da gente não é feita só de poesia. Com leveza e inteligência, Karol compartilha com você as suas impressões sobre ser, ter e sentir. No teclado dessa jovem escritora, as situações do cotidiano se transformam em textos lindos que vão fazer você se perguntar por que nunca tinha olhado em volta com tanta sensibilidade. Cada um dos textos termina com um desafio da Karol. Tudo que ela quer, agora, é que você abra a sua mente (e o seu coração) para as coisas mais legais do mundo!

Até você saber quem é, Diogo Rosas G.

Desesperado para fugir de Curitiba, sua cidade natal e cárcere pessoal, o jovem escritor Daniel Hauptmann se entrega obsessivamente à tarefa que acredita ser sua tábua de salvação: produzir uma obra literária definitiva sobre o Demônio, que afirma nunca ter recebido uma representação adequada na literatura brasileira. O resultado o consagra ao posto de fenômeno instantâneo e o leva à elite da cultura nacional. O custo de sua empreitada, porém, torna-se uma sombra que se intensifica quanto maior seu prestígio e sucesso, transformando o rapaz brilhante e carismático em criatura niilista, temperamental e destrutiva. Entrelaçando de forma magistral personagens e situações reais da história da literatura brasileira do final do século XX às vítimas e sobreviventes de Daniel Hauptmann, o autor constrói uma instigante narrativa não linear que aos poucos desvenda a ascensão e queda de um autor atormentado por seus demônios pessoais – e, há quem suspeite, pelo próprio Demônio.

| RESENHA #54 | Segredos de uma noite de Verão, Lisa Kleypas | Série: As quatro estações do amor #1

06 julho 2016

Título: Segredos de uma noite de verão
Série: As Quatro Estações do Amor #1
Autor: Lisa Kleypas
Ano: 2015
Páginas: 288
Idioma: português
Editora: Editora Arqueiro
Gênero: Romance de Época

Sinopse: Apesar de sua beleza e de seus modos encantadores, Annabelle Peyton nunca foi tirada para dançar nos eventos da sociedade londrina. Como qualquer moça de sua idade, ela mantém as esperanças de encontrar alguém, mas, sem um dote para oferecer e vendo a família em situação difícil, amor é um luxo ao qual não pode se dar. Certa noite, em um dos bailes da temporada, conhece outras três moças também cansadas de ver o tempo passar sem ninguém para dividir sua vida. Juntas, as quatro dão início a um plano: usar todo o seu charme e sua astúcia feminina para encontrar um marido para cada, começando por Annabelle. No entanto, o admirador mais intrigante e persistente de Annabelle, o rico e poderoso Simon Hunt, não parece ter interesse em levá-la ao altar – apenas a prazeres irresistíveis em seu quarto. A jovem está decidida a rejeitar essa proposta, só que é cada vez mais difícil resistir à sedução do rapaz. As amigas se esforçam para encontrar um pretendente mais apropriado para ela. Mas a tarefa se complica depois que, numa noite de verão, Annabelle se entrega aos beijos tentadores de Simon... e descobre que o amor é um jogo perigoso. No primeiro livro da série As Quatro Estações do Amor, Annabelle sai em busca de um marido, mas encontra amizades verdadeiras e desejos intensos que ela jamais poderia imaginar.

Não é nenhum segredo que sou uma mega fã de romances de época e e estou sempre em busca de novas histórias. Desenvolvi uma certa afeição por uma autora em particular, Lisa Kleypas. Já havia lido o livro ''Desejo à meia-noite'', primeiro livro da série Os Hathaways e logo me apaixonei pela escrita de Kleypas. Decidi que era uma ótima ideia comprar outros volumes diferentes da autora e acabei adquirindo Segredos de uma noite de Verão da série As Quatro Estações do amor. No primeiro livro desta série, conheceremos a Srta. Annabelle Peyton, uma beldade cheia de encantados, mas pobre, sem dote e enfrentando uma situação difícil desde a morte do pai, que impossibilita ela e sua família de viverem da forma que ela sempre desejou. 

Em sua mente, Annabelle constata que somente um bom casamento pode salvar a ela e toda sua família da condição que se encontram. Mas um bom casamento para a mocinha, significa somente se casar com algum aristocrata bem rico. Embora já tenha se passado quatro temporadas e Annabelle ainda não tenha recebido pedidos de casamentos, ela percebe que mais do que nunca não pode deixar sua família as mínguas. 

Assim, então, em mais um baile maçante, a personagem conhece outras três solteironas que só tomam chá de cadeira nas festas, assim como ela. E logo as quatro percebem o problema em comum que possuem: ainda não conseguiram maridos. Deste modo, para solucionar o problema principal das quatro, elas decidem sair em um tipo de caça, listando potencias pretendentes e determinando que Annabella seria a primeira a encontrar um bom marido, já que era a mais velha do grupo. 

Simon Hunt não está, de maneira alguma, incluído na lista de melhores pretendentes para Annabelle. O rapaz é bonito, cheio de presença e rico, podre de rico. Porém, não possuí título algum e não vive pelas regras e costumes da nobreza. O que faz com que Annabelle rejeite suas investidas, com plena consciência que Hunt só a tomaria como amante e nada mais. 

''Preferia morrer nos seus braços, Simon, a enfrentar uma vida inteira sem você. Todos aqueles intermináveis anos... Todos aqueles invernos, verões...Uma centena de estações querendo e nunca tendo você. Envelhecer, enquanto você teria ficado eternamente jovem nas minhas memórias.'' Capítulo 26 Página 282

Não amei a personagem principal no inicio, Annabellle me pareceu extremamente fútil e incoerente. Já Simon tinha traços fortes de personalidade, mas levou um bom tempo para eu simpatizar completamente com ele, já que claramente se mostrou ser um homem fechado. No entanto, como eu já esperava e como de costume, a autora me surpreendeu com o andamento da história. Annabelle por várias vezes me pareceu uma mocinha muito teimosa, mas tinha um grande apreço e senso de responsabilidade pela família. Simon se mostrou prestativo, inteligente e até muito charmoso ao decorrer da leitura.

O romance não foi fácil, mas o apreciei ainda mais por ser desta forma. Fiquei muito apreensiva com cada momento e cada dificuldade que se instalava no meio do caminho dos dois para ficarem enfim juntos. Foi de arrancar alguns suspiros e inclusive me deixar sem fôlego algum também. A evolução do casal foi indiscutivelmente saborosa, envolvente e emocionante. Devo dizer que a maior transformação veio de Annabelle, que mostrou seu crescimento e melhora em muitas de suas ações.

Apesar de já ter tido um contato com a autora anteriormente, não esperava que fosse gostar tanto deste livro como eu gostei. Indico muito a autora e a história, que é repleta de conteúdo e sensações.