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#23 Revival, Stephen King

30 março 2016

ISBN: 9788581053103
Autor: Stephen King
Ano: 2015
Páginas: 376 
Editora: Suma de Letras (Objetiva)
Idioma: Português
Gênero: Ficção/Horror
Sinopse: Sinopse: Em uma cidadezinha na Nova Inglaterra, mais de meio século atrás, uma sombra recai sobre um menino que brinca com seus soldadinhos de plástico no quintal. Jamie Morton olha para o alto e vê a figura impressionante do novo pastor. O reverendo Charles Jacobs, junto com a bela esposa e o filho, chegam para reacender a fé local. Homens e meninos, mulheres e garotas, todos ficam encantados pela família perfeita e os sermões contagiantes. Jamie e o reverendo passam a compartilhar um elo ainda mais forte, baseado em uma obsessão secreta. Até que uma desgraça atinge Jacobs e o faz ser banido da cidade. Décadas depois, Jamie carrega seus próprios demônios. Integrante de uma banda que vive na estrada, ele leva uma vida nômade no mais puro estilo sexo, drogas e rock and roll, fugindo da própria tragédia familiar. Agora, com trinta e poucos anos, viciado em heroína, perdido, desesperado, Jamie reencontra  o antigo pastor. O elo que os unia se transforma em um pacto que assustaria até o diabo, com sérias consequências para os dois, e Jamie percebe que “reviver” pode adquirir vários significados.

Classificação: 4/5 - Favoritado


Com sua primeira publicação em novembro de 2014 pela editora Scribner dos Estados Unidos, Stephen King vem pra provar com Revival que suas obras podem e irão continuar trazendo a essência pelo qual o autor ficou conhecido: o horror.

Revival não é uma história de horror cheia de assassinatos brutais como pode ser lido nas obras anteriores do King. Mas Revival, é sim, um horror daqueles com clima pesado, envolto no pessimismo. O que me chamou muita atenção foi a maneira bem conduzida da trama, que conta a história de dois personagens principais. O primeiro, Charles Jacobs introduzido como pastor de uma pequena comunidade no Maine e que ao fim se torna o psicótico da história (porque Stephen King sem psicóticos é redundante). Jacobs realizou curas, mas curas perigosas, resultadas da fé dos necessitados e, acima de tudo, da ciência da eletricidade que o pastor Frankestein considera como criadora de tudo.
O segundo personagem, Jamie Morton, é o contador dos fatos e a principal cobaia do pastor. Sessenta anos da vida dessa pessoa e ao final sobra o misto de admiração e inconformismo. Será que Jamie precisaria ter ido mesmo tão longe? Será que da mesma forma que ele serviu como chave para um mundo externo, ele não poderia ter sido a mesma chave pra fechar a calamidade que o ex-reverendo Jacobs criou nesse mundo? 

Como citei acima, toda a vida de Jamie Morton é detalhada nessa narrativa do King. Jamie, caçula de cinco irmãos, criado em um modelo religioso tradicional em uma cidade pequena. Na adolescência, passa a descobrir o rock and roll e, diante disso, inicia sua carreira como guitarrista, inicia sua vida sexual e inicia sua lamúria: o vício das drogas. 

Pode ser que eu decepcione nesta resenha ao optar não contar qual é a confabulação principal de Revival. Porém, caso queiram ter uma mínima ideia, a sinopse já diz muito. Creio que o livro deve ser aproveitado como acontecia antigamente, pelo menos comigo, quando ia até a biblioteca principal da cidade e lá escolhia um livro sem saber do que se tratava a história. Isso faz com que possamos nos atentar aos detalhes sem interferência de outras opiniões. 

A leitura pra mim foi uma delícia. Pra quem gosta de referências, King nos dá um banquete completo. Ele cita muito bem as melhores bandas de rock da época (de Beatles até bandas folks regionais), faz menções aos seus próprios livros (como Joyland) e, o ponto mais espetacular, Stephen King dá uma aula de religião.

Toda a trama é fundamentada na fé, contudo, há no início uma fala do então pastor Charles Jacobs que me incitou a duvidar da minha própria crença. Foram sete páginas de um discurso que traduz todos os conflitos de uma humanidade: o extremismo religioso; o fato de a maioria de nós depositar em um Deus a forma como nossa vida será consequenciada; e o medo da morte.

O engraçado é que King é um homem religioso. Ele foi criado no Maine assim como Jamie e também participava de uma igreja metodista possivelmente conduzida por um homem como foi o reverendo Jacobs. Hoje, Stephen King continua acreditando em Deus, tendo sobrevivido a um “reavivamento” que foi o atropelamento que sofreu em 1999.

Embora classifiquei como “favoritado” a obra não é das minhas preferidas, mas considero leitura obrigatória. Tão pouco avaliei o livro como 5/5 porque o final exige um “pensar” que vai de desencontro com o clímax da história. A morte e a vida como são apresentadas no fim são contraditórias à forma como Jamie encarou ambas durante sua trajetória. 

Ressalto que King é meu autor favorito e por isso difícil seria não me agradar. 


[YOUTUBE] Conversando sobre o livro "Vamos Juntas?" da autora Babi Souza

29 março 2016

Quando você está indo para o ponto de ônibus à noite e percebe que quem está andando atrás de você não é um homem e sim uma mulher, você sente aquele alívio não é mesmo? E, se por acaso, vocês fossem juntas até o próprios destinos?

Nesse vídeo super especial, falei um pouco sobre feminismo, o movimento e o livro Vamos Juntas? e sugeri uma leitura complementar. O movimento Vamos Juntas? visa mostrar para as mulheres que elas não são inimigas uma das outras e que todas juntas podem fazer a diferença, inclusive se sentirem menos inseguras. 

Lembre-se, se gostou do vídeo de um ''gostei'' e se quiser me acompanhar é só se inscrever no canal.

#22 Amy & Matthew, Cammie McGovern

28 março 2016

ISBN-13: 9788501070180
ISBN-10: 8501070181
Autora: Cammie Mcgovern
Ano: 2015
Páginas: 336
Idioma: português 
Editora: Galera Record
Gênero: Jovem Adulto e Romance
Sinopse: Amy e Matthew não se conheciam realmente. Não eram amigos. Matthew sabia quem ela era, claro, mas ele também sabia quem eram várias outras pessoas que não eram seus amigos. Amy tinha uma eterna fachada de felicidade estampada em seu rosto, mesmo tendo uma debilitante deficiência que restringe seus movimentos. Matthew nunca planejou contar a Amy o que pensava, mas depois que a diz para enxergar a realidade e parar de se enganar, ela percebe que é exatamente de alguém assim que precisa.À medida que passam mais tempo juntos, Amy descobre que Matthew também tem seus problemas e segredos, e decide tentar ajudá-lo da mesma forma que ele a ajudou.E quando a relação que começou como uma amizade se transforma em outra coisa que nenhum dos dois esperava (ou sabe definir), eles percebem que falam tudo um para o outro... exceto o que mais importa.
Classificação: 3/5

Talvez eu tenha ido com muita sede ao pote ao ler esse livro, porque as pessoas comparavam com Eleanor & Park. Mas acabei me decepcionando e a leitura não foi muito agradável e vou explicar-lhes os meus motivos e minhas considerações.

Amy é uma menina portadora de necessidades especiais, então desde pequena sua mãe, Nicole, protegeu a filha de forma excessiva. Matthew é um menino que possui TOC, transtorno obsessivo compulsivo e estuda na mesma escola que Amy. Como Amy é considerada diferente de todos os outros alunos, ela não consegue se encaixar, por não falar sozinha e precisar de um computador para emitir sua voz, ela não é exatamente a garota perfeita do colegial e não possui amigos. Mas Amy precisa de cuidado, então sua mãe contrata alguns colegas da escola para cuidarem dela e um deles é Matthew. Os dois jovens trocam e-mails e vão desenvolvendo um romance e algo mais íntimo durante toda a história.

Vamos por parte: eu achei interessante a premissa do livro, porque ele nos traz personagens diferentes do que estamos acostumados com o jovem adulto contemporâneo. Temos uma protagonista que é portadora de necessidades especiais e seu par romântico que tem TOC. é óbvio que eu fiquei interessada nesta história. Sempre me falaram que essa história era parecida com Eleanor & Park, um livro que eu gostei bastante, então mais um ponto para Amy & Matthew. A capa é bonita também: mais um ponto. Mas por que eu me decepcionei tanto?
"Durante a maior parte de sua vida escolar, Amy sentira-se um pouco como a Rapunzel, trancada na torre projetada por seu andador enquanto ela seguia pelos corredores. Em onze anos, ninguém jamais surgira em sua janela ou pedira que ela jogasse as tranças. Ninguém tentará ser seu amigo." Pág. 28- Capítulo III
Não gostei do estilo de narrativa da autora. Acho que ela não soube conduzir a história e desmembrar e explorar tudo o que ela podia. Faltou informação, faltou carisma e faltou narração em primeira pessoa. Seria tão incrível se a autora tivesse explorado a narrativa de forma que a história fosse contada pela protagonista. Poxa vida, uma protagonista com necessidades especiais narrando seria o máximo. A gente entenderia seus sentimentos, suas vontades, as coisas do seu mundo. Entenderíamos mais sobre sua doença e aprenderíamos. Não que a narração em terceira pessoa tenha sido ruim, mas não colou. 

A autora não soube como administrar uma protagonista diferente. Faltou informação e desenvolvimento. Matthew tem uma personalidade legal, mas Amy? Não consegui me cativar com ela, ela só sabe reclamar e reclamar e reclamar. Fora que a história é toda cheia daquele drama adolescente sessão da tarde em que a protagonista se apaixona pelo mocinho, mas esconde porque tem medo. Simplesmente ficou enfadonho ler do meio para frente. As decisões, os rumos foram todos meia boca.

A história não é original e não acredito que a autora tenha feito um trabalho muito diferente de milhares de livros do gênero que possuem. Ela tinha uma obra prima nas mãos, uma ideia brilhante, mas por preguiça ou falta de capacidade, não entregou algo intenso e bonito, mas sim algo meia boca.

Não quero que ninguém leve isso para o lado pessoal. Até porque cada um tem sua bagagem emocional e literária, então cada um tem sua experiência com o livro. No entanto, Amy & Matthew foi decepcionante e desgastante. E, de acordo com a minha bagagem e experiência, não recomendo. 


Lançamento DarkSide Books: Donnie Darko

25 março 2016

Oi gente! Recentemente a DarkSide Books, uma das minhas editoras favoritas, divulgou alguns dos seus maiores lançamentos para o ano de 2016. Como eu estou ansiosa, decidi compartilhar com todos vocês um dos que mais está me chamando a atenção, pois sou uma fã do filme e estou louca para saber mais sobre a história e enfim entender algumas coisas que não entendi, mesmo tendo visto o filme milhares de vezes. Vamos lá?


Ficha Técnica

Título | Donnie Darko
Autor | Richard Kelly
Tradutor | Antônio Tibau
Editora | DarkSide®
Edição | 1a
Idioma | Português
Especificações | 254 páginas 
Limited Edition (capa dura)
Dimensões | 14 x 21 cm




A visão original de uma obra-prima

Você ainda não viu esse filme. Mesmo que seja fã de carteirinha, e já tenha assistido a Donnie Darko mais de uma vez - ou dez, ou quinze, quem está contando? Pois a versão que a DarkSide Books está lançando na Páscoa de 2016 é inédita. Pela primeira vez no Brasil, você poderá entrar de cabeça no universo paralelo de Frank, Donnie e seu criador. Não se trata de uma adaptação do longa-metragem de 2001, e muito menos de um romance que poderia ter inspirado o cineasta Richard Kelly. Donnie Darko, o livro, apresenta na íntegra o roteiro original. A primeira materialização da história, sua chance de conhecer a visão original dessa intrigante obra-prima.

Kelly escreveu Donnie Darko muito antes de conseguir ordenar luzes, câmera, ação. E mesmo sem atores, figurinos e efeitos especiais, Donnie já estava lá, angustiado com o fim do mundo anunciado por um arauto vestido de coelho. Um detalhe interessante: boa parte da trilha sonora já estava lá, no roteiro. As canções escolhidas pelo cineasta – de bandas como Tears For Fears, Echo and the Bunnymen e INXS – ajudam a costurar a narrativa, como numa ópera pop do final dos anos 1980, período em que se passa a história. Outra curiosidade: assim como em Os Goonies (outro sucesso do cinema que virou livro pela DarkSide Books), a trama de Donnie Darko se passa às vésperas do Dia das Bruxas, data do aniversário da editora. Quem mais poderia lançar livros assim?

A história de Donnie Darko é fácil de resumir – e talvez por isso mesmo ele tenha se transformado no filme preferido de tanta gente mundo afora: um adolescente problemático, com sintomas de esquizofrenia e sonambulismo, escapa da morte quando uma turbina de avião cai no seu quarto. Ele passa a ter visões com Frank, o humano numa estúpida roupa de coelho, ou seria o contrário?

Enquanto espera pelo fim do mundo (contagem regressiva em 28:06:42:12), e pelo Dia das Bruxas, Donnie enfrenta conflitos que todos nós já experimentamos em algum momento da vida: professores autoritários, a descoberta de uma paixão, hormônios à flor da pele, diálogos reticentes entre pais e filhos, a eterna busca pelo sentido da vida se é que ele pode mesmo ser encontrado.

Além do roteiro original, Donnie Darko, o livro surpreende pelo conteúdo extra. A começar pelo prefácio exclusivo, assinado por Jake Gyllenhaal. O astro de sucessos como Zodíaco, Soldado Anônimo, Príncipe da Pérsia e O Segredo de Brokeback Mountain, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar, até hoje é parado nas ruas por admiradores que querem saber sua opinião sobre o que realmente Richard Kelly quis contar em seu filme E se você também está curioso, por que não ler o que o próprio diretor e roteirista tem a dizer sobre Donnie Darko, Gretchen, Frank e companhia? Kelly concede uma robusta entrevista sobre todo seu processo de criação. Uma verdadeira aula sobre o amor ao cinema e as armadilhas da indústria do entretenimento.

Para ficar ainda mais completa, a Limited Edition da DarkSide Books – em capa dura, marcador exclusivo e aquela qualidade que qualquer leitor exigente sente gosto de exibir na estante de casa – traz uma surpresinha a mais: A Filosofia da Viagem no Tempo. Isso mesmo, uma reprodução de trechos do livro escrito por Roberta Sparrow, a Vovó Morte do filme. É o livro que Donnie lê para tentar desvendar o que está acontecendo no mundo ao seu redor. Agora você tem a mesma oportunidade. Quem sabe não encontre finalmente as respostas que tanto procurava?Tempo e espaço são relativos. Prepare-se para saltar de volta à uma época mágica. Antigos fãs e novas gerações podem se conectar mais uma vez com Donnie Darko, dessa vez nas páginas da DarkSide Books. Boa viagem. 

Richard Kelly é filho de um físico da nasa e de uma professora de língua inglesa. Estimulado pelos pais, estudou literatura e artes plásticas desde cedo, e ganhou uma bolsa na faculdade de cinema da usc, na Califórnia. Aos 25 anos, dirigiu seu primeiro longa-metragem, o fenômeno Donnie Darko, considerado pela revista Empire o segundo melhor filme independente de todos os tempos, perdendo apenas para Cães de Aluguel, de Quentin Tarantino. E 2009, dirigiu Cameron Diaz em A Caixa (2009), longa inspirado num episódio clássico de Além da Imaginação.


Saiba mais em:
darksidebooks.com | facebook.com/darksidebooks | vc@darksidebooks.com


Minhas 3 personagens literárias favoritas

24 março 2016

No mundo da literatura a gente sempre corre o risco de ficar muito íntimo de um personagem. Virar amigo dele, se apaixonar por ele, tudo isso é capaz de acontecer. Há personagens que nos inspiram, nos fazem bem e nos causam momentos de alegria ou tristeza. Alguns desses personagens marcaram a minha vida e é sobre eles que eu vim falar aqui. 

Hermione Granger 
Hermione Jean Weasley (nascida Granger), nascida em 19 de setembro de 1979, foi uma bruxa nascida-trouxa é a filha única dos trouxas Sr. e Sra. Granger, ambos dentistas em Londres. Ela descobriu, aos onze anos, que era uma bruxa e que fora aceita na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Logo começou a frequentar a escola, em 1 de setembro de 1991, quando tinha onze anos, quase doze, e foi colocada na Casa Grifinória.
Um dos motivos da minha admiração pela Hermione, é sua coragem e sua inteligência. Desde a primeira vez que me deparei com a personagem no livro, me identifiquei com suas ideias e seus pensamentos. Sua vontade de ajudar seus amigos, sua esperteza, seu amor por Hogwarts é lindo de se ver. Com certeza uma personagem memorável e amável.

Celaena Sartodhien
Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, uma jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo.
Celaena me conquistou logo pela capa do livro e pela sinopse. Eu sempre gostei de acompanhar personagens femininas que se destacam por sua força e por sua coragem. Eu adoro a construção da personagem, quem ela e como mesmo sendo considerada uma assassina, ela ama cachorros e é uma romântica. Essa junção faz com que a personagem se torne única.

Arya Stark
Arya Stark é a terceira filha de Lorde Eddard Stark e Catelyn Stark. No início do livro A Guerra dos Tronos, Arya tem nove anos de idade. Ela tem um irmão mais velho, Robb e dois irmãos mais novos, Bran e Rickon. Ela também tem uma irmã mais velha, Sansa, e um meio-irmão bastardo, Jon Snow. Assim como alguns de seus irmãos, ela é uma Troca-peles. Seu lobo gigante se chama Nymeria, uma referência a uma rainha guerreira Roinar. Arya é a única personagem a ter pelo menos um capítulo PDV em cada um dos livros.
A Arya foi uma das personagens que mais me chamaram a atenção quando comecei a ler As Crônicas do Gelo e Fogo. Eu via aquela menina com sede de crescer e quando olho pra ver quem se tornou, fico feliz. É uma personagem muito bem construída e eu sou totalmente apegada a ela. Gosto da força que ela exala e  mesmo sendo praticamente uma criança, ela possui uma coragem incrível.

Como vocês podem perceber, todas as minhas 3 principais personagens favoritas possuem a coragem em comum. É uma característica que eu aprecio muito em personagens literários. 


#21 As Crônicas de Miramar: O Segredo do Camafeu de Prata, Flávio Jayme e Wemerson Damasio

23 março 2016

Autores: Flávio St. Jayme e Wemerson Damasio
Ano: 2015
Páginas: 272
Idioma: português 
Editora: Chiado
País: Brasil
Gênero: Fantasia, Infanto Juvenil
Livro cedido em parceria.
Sinopse: E se você fosse levado a um lugar que ninguém sabe onde fica exatamente? Governado por Caroline Corin, o lugar abriga pessoas com dons e habilidades especiais. Adolescentes são levados para lá com os pais a convite de Caroline com a desculpa de que devem "treinar" estas habilidades, porém suas ideias são outras e estes jovens desaparecem misteriosamente sem que isso pareça incomum aos olhos de todos. Exceto para Liz, Dan, Isaac, Sara e Gabriel, que, além dos conflitos da adolescência, têm que lutar para desvendarem os mistérios de Miramar. 
Classificação: 4/5
★★★★

Quando recebi a proposta de ler esse livro, logo aceitei. De cara pensei que valia a pena, não só porque o gênero é fantasia, mas porque a premissa parecia deveras interessante e trazia questões bem importantes para o público que o lesse.

As crônicas de Miramar e O Segredo do Camafeu de prata, escrito por dois autores paranaenses, Flávio e Wemerson, conta a história  de adolescentes que são levados para um lugar que abriga pessoas com habilidades especiais e que é governado pela Caroline Corin. A governadora, ao fazer o convite, diz que esses adolescentes irão melhorar suas habilidades, mas seus reais planos e ideias são completamente diferentes e esses jovens acabam desaparecendo. No entanto, Liz, Dan, Isaac, Sara e Gabriel não desaparecem e precisam desvendar os mistérios e sobreviver aos conflitos da adolescência.

O livro é narrado em terceira pessoa, então temos uma visão bem ampla dos acontecimentos. Por ser uma obra infanto juvenil, não vemos uma linguagem rebuscada e difícil, então a leitura flui de uma maneira muito boa. Os personagens possuem um desenvolvimento peculiar e Miramar vai nos mostrando sua história. 
"Na hora marcada, Isaac, Daniel e Elizabeth deram um jeito de sair de casa e se encontrar em uma das esquinas que ficava fácil para os três. Na camiseta de Isaac, a frase em amarelo se destacava no tecido preto em três linhas tortas: just one kiss, just one touch, just one look". Página 199, Capítulo 29.

O livro possui bastante diálogos e a interação entre os personagens é uma das coisas mias legais de acompanhar. Eu adorei o mistério, adorei o plot principal. A história tem muito potencial. Além do mais, o livro é bem inovador e levanta bandeiras importantes para os jovens.

As crônicas de Miramar e o Segredo do Camafeu de Prata foi feito para quem ama literatura fantástica, infanto juvenil e obras nacionais. A qualidade da história, a narrativa, a diagramação estão todas muito boas. Parabéns aos autores e a editora pelo excelente trabalho! Estou ansiosa para ler mais sobre esse universo.

E você? Conhecia As Crônicas de Miramar e o Segredo do Camafeu de Prata? Não? Acho que é uma grande aposta. 

Sobre os autores: 
Flávio St Jayme é formado em Pedagogia e com especialização em História da Arte. Natural de Curitiba, Paraná, onde reside atualmente.  Jornalista por experiência e crítico de cinema, é fã de super-heróis, literatura e cultura pop. Wemerson Damasio é natural de Maringá, Paraná, é professor de crianças e adolescentes. Atualmente reside em Curitiba, também no Paraná. Fã de literatura, em especial: a fantástica, a de suspense e de terror.

Curta a página do facebook e fique por dentro das novidades: facebook.com/ascronicasdemiramar. Também pode seguir no instagram: @ascronicasdemiramar


(Re) Lendo Harry Potter | A câmara Secreta, J.K Rowling | #NuvemEmHogwarts

22 março 2016

Título Original: HP and the Chamber of Secrets
Autora: J.K Rowling
Ano: 2000 (Edição da capa/2015)
Páginas: 252
Idioma: português 
Editora: Rocco
Gênero: Ficção e Literatura Estrangeira
Sinopse: Os Dursley estavam tão anti-sociais naquele verão, que tudo o que Harry queria era voltar às aulas da Escola de Bruxarias de Hogwarts. No entanto, quando já terminava de fazer suas malas, Harry recebe um aviso de um estranho chamado Dobby, que diz que um desastre acontecerá caso Potter decida voltar à Hogwarts. Harry não liga para aquela mensagem e o desastre realmente acontece. Naquele segundo ano estudando em Hogwarts, novos horrores surgem para atormentar Harry, incluindo o novo professor Gilderoy Lockhart e um espírito chamado Moaning Myrtle, que assombra o banheiro feminino, além de olhares indesejados da irmã mais nova de Ron Weasley, Ginny. Todos esses problemas, no entanto, parecem menores quando o verdadeiro problema começa e algo transforma os alunos de Hogwarts em pedra. Dentre os suspeitos: o próprio Harry. Descubra o fim desta aventura emocionante.
Olá gente linda. Dando sequência ao projeto da Juliana do blog e canal Nuvem Literária, comentei sobre o livro Harry Potter e a Câmara Secreta. Todas as minhas impressões sobre a releitura dessa obra que me encantou quando mais nova. 

Lembre-se, deixe um gostei no vídeo e se inscreva no canal. <3
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Kingsman, Serviço Secreto

21 março 2016

Título Original: Kingsman: The Secret Service
Ano produção: 2014
Direção: Matthew Vaughn
Duração: 129 minutos
Gênero: Ação, Aventura e Comédia
Países de Origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Roteiro: Dave Gibbons, Jane Goldman, Mark Millar
Matthew Vaughn
Produção: Adam Bohling e David Reid
Sinopse: Eggsy (Taron Egerton) é um jovem com problemas de disciplina que parece perto de se tornar um criminoso. Determinado dia, ele entra em contato com Harry (Colin Firth), que lhe apresenta à agência de espionagem Kingsman. O jovem se une a um time de recrutas em busca de uma vaga na agência. Ao mesmo tempo, Harry tenta impedir a ascensão do vilão Valentine (Samuel L. Jackson). Adaptação da série de quadrinhos criada por Mark Millar e Dave Gibbons.
Kingsman conta a história de Eggys, um jovem com problemas em casa que em um determinado dia entra em contato com o misterioso Harry, um homem que lhe deu uma medalha de honra, porque seu pai o salvou. O homem lhe apresenta a empresa de espionagem, Kingsman. O jovem então é recrutado e se junta a um time de outros jovens para concorrer há uma vaga na agência. Em contrapartida, temos Valentine, um empresário que tem um plano bem peculiar para ajudar o Planeta Terra e Harry tenta impedir a ascensão desse vilão. 

Eu tinha preguiça de assistir Kingsman, porque vi algumas pessoas falando mal. Que boba eu, né? Eu me diverti muito assistindo ao filme, gostei das cenas, dos atores e da atmosfera de espionagem que é bem melhor que 007. O entrosamento entre os atores é uma coisa bem legal, eu adoro a interação entre o Harry e o Eggys, como foi a ascensão da amizade e da confiança deles e de como Eggys, de um ''revoltado'', passa a ser um dos caras com mais potencial para ser um agente secreto.

Não vou dizer que o filme é um exemplo de roteiro e é o melhor filme do mundo. Mas ele é todo compensado com suas cenas de ação e os atores. Temos Colin Firth, Samuel L. Jackson e o jovem talentoso Taron Egerton, é claro que ia dar uma coisa boa ali. As cenas de ação são um show a parte, toda a coreografia, as formas como eles captaram e moldaram as cenas, a violência, tudo deixa com que Kignsman se torne um filme muito, mas muito legal.

A motivação do vilão também é muito legal. A ideia central do seu plano é algo que eu concordaria, se ele não tivesse deixado os ricos de fora para sobreviver. Não, eu não concordaria com o plano dele, mas achei bem interessante a construção da atmosfera e o que ele queria com aquilo. Samuel L. Jackson incorporou o Valentine e deixou o vilão com o ar cômico que precisava. No tom certo. As piadas, as tiradas são muito bem colocadas, então nada passa do ponto.
Para mim, Kingsman já superou os últimos dois 007: Skyfall e Contra Spectre. Ele é diferenciado, temos protagonistas bons e não que possuem a mesma cara de arrogante de sempre (né Craig?) e a história funciona muito bem como entretenimento. Além do mais, a trilha sonora é fantástica. 

Se você procura uma história assim e gosta de filmes de espionagem, esse filme é perfeito para você e vale muito a pena mesmo. Me conta nos comentário se você já assistiu e vamos discutir COM spoilers sobre?


Confira o trailer:

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#19 Quarto, Emma Donoghue

18 março 2016

Título Original: Room
Autora: Emma Donoghue
Tradução: Vera Ribeiro
Ano: 2011
Páginas: 350
Idioma: português 
Editora: Verus
Gênero: Drama
Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse: Para Jack, um esperto menino de 5 anos, o quarto é o único mundo que conhece. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, dormem e brincam. À noite, sua mãe o fecha em segurança no guarda-roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la. O quarto é a casa de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é suficiente, para nenhum dos dois. Então, ela elabora um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, é como está despreparada para fazer o plano funcionar.
CLASSIFICAÇÃO: 5/5 - FAVORITADO

E você acha que não poderia ler um livro tão emocionante quanto Quarto. Eu já ''conhecia'' a história por causa do filme, no entanto, as descrições, os detalhes que Emma Donoghue fez questão de escrever com muita maestria, me fizeram ter uma das melhores leituras e sensações do ano até agora.

Quarto conta a história de Jack, um menino de 5 anos que a única coisa que conhece é o quarto onde vive com a mãe. Toda a realidade deles é aquilo que possuem dentro do quarto. É ali que eles aprendam, dormem, brincam, vivem. Sobrevivem. A mãe foi capturada há 7 anos pelo velho Nick, e ele a mantém ali. Ela sabe que aquele ambiente não é o suficiente para eles, ela sabe que precisa fazer com que Jack saia do quarto e vá conhecer o mundo de verdade. A Mãe então elabora um plano de fuga e conta com a bravura do filho para que eles escapem daquilo.
"Hoje eu tenho cinco anos. Tinha quatro ontem de noite, quando fui dormir no guarda-roupa, mas quando acordei na cama, no escuro, tinha mudado para cinco, abracadabra. Antes disso eu tinha três, depois dois, depois um, depois zero. - Eu fui um número negativo?" Pág. 15 - Capítulo I
Eu nem sei por onde começar. Essa história me emocionou tanto, mexeu tanto comigo que me falta palavras. Narrado pelo Jack, vamos sendo guiados por essa história de superação (sim), descobertas e de muito amor envolvido. Divido entre passado (antes) e futuro (depois) Emma Donoghue escreveu e nos mostrou, em sua forma de narrativa implementada, o quão é importante o amor e a coragem. A gente se insere tanto na história que pertencemos àquele universo. Torcemos pela Mãe e pelo filho, torcemos por justiça, provamos o gosto de liberdade quando Jack experimenta uma vida diferente.

Uma das coisas mais chocantes é quando Jack diz que, enquanto estava no guarda-roupa, que é onde ele dorme à noite, ele contou os rangidos da cama enquanto o velho Nick ''conversava com sua mãe''. Eu me senti tão invadida e pensei na Mãe, em tudo o que ela passou, em tudo o que teve que enfrentar para salvar seu filho e a si mesma de uma situação pior. Mas parando para pensar, sem perspectiva nenhuma, será que aquela situação não era a pior de todas?

Uma história dessas ser narrada por uma criança de cinco anos, é um pouco perturbador, porque ela narra coisas horríveis com o seu olhar inocente. O olhar de uma criança que não sabe basicamente nada da vida. Que acredita que tudo o que passa na TV está dentro dela e não é uma verdade, que não há vida além daquele quarto. A angustia de imaginar a Mãe e Jack nessa situação torna a experiência de leitura muito mais intensa. 
"-Quero ir para a cama.
- Daqui a pouco vão encontrar um lugar pra gente dormir.
- Não. Cama.
- Você quer dizer no quarto? - a Mãe chegou para trás, me olhando nos olhos.
- É. Eu vi o mundo e agora estou cansado.
- Ah, Jack, nós nunca mais vamos voltar.
O carro começou a andar e eu chorei tanto que não consegui parar." Pág. 174.
Não é mencionado o nome da Mãe. Tanto que ''Mãe'' está sempre com letra maiúscula. Isso denota uma anonimidade perante aquela mulher que fez de tudo para salvar seu filho. Eu não favoritei o livro pela história, porque ela é triste. Mas favoritei por tudo o que me proporcionou e me encheu de uma empatia tão grande, que me fez pensar em tanta coisa. Em atitudes. Uma linguagem clara, singela, mas contida de tantas emoções e sentimentos. Emma Donoghue soube como transportar o leitor para dentro do Quarto, mas também soube quanto tirá-lo de lá.

Se você, assim como eu, ama dramas e histórias que deixam nossos corações apertadinhos, Quarto foi feito para você. Uma obra tão surpreendente e cativante merece todo o reconhecimento do mundo.

#18 Vamos Juntas? Babi Souza

17 março 2016

ISBN-10: 8501107514
Autora: Babi Souza
Ano: 2016 
Páginas: 144
Idioma: português 
Editora: Galera Record
Gênero: Não-ficção, Jovem Adulto
Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse: Toda mulher já se sentiu insegura na hora de sair sozinha na rua. O risco de ser abordada, perseguida ou assediada é uma realidade. Mas, um dia, uma moça chamada Babi Souza teve uma ideia simples e revolucionária: da próxima vez em que você estiver sozinha, olhe para os lados. Pode ter outra mulher andando na mesma direção. Por que não vão juntas?Logo, o movimento Vamos Juntas? conquistou moças em todo o Brasil, se tornando um símbolo de união feminina e feminismo, na defesa por direitos iguais entre homens e mulheres. Aos poucos, muitas mulheres mudaram sua forma de enxergar o dia a dia e a moça ao lado. Além de dados sobre o feminismo, que mostram como ainda há tanto a ser conquistado, este guia traz relatos de mulheres que aprenderam, junto ao Vamos Juntas?, a enxergar companheiras umas nas outras. A se unir, ao invés de rivalizar.
O movimento #VamosJuntas começou quando Babi estava voltando do trabalho e precisou pegar ônibus para chegar até sua casa. A Babi sentiu medo, porque era noite, estava escuro e as ruas não estavam movimentadas. Ao pegar o primeiro ônibus, ela já calculava o tempo, como iria chegar até o outro ponto, já que teria que passar por uma praça bem deserta no centro de Porto Alegre. Enquanto ia para o ponto, percebeu que outras mulheres que desceram no mesmo lugar que ela, andavam apreensivas e de caras fechadas, segurando suas bolsas mais próximas ao corpo possível. Babi então percebeu, que todas estavam indo para o mesmo ponto e foi ai que surgiu a ideia do movimento #VamosJuntas.

Eu me sinto insegura o tempo todo quando ando na rua. Desvio de obras, de bares, de locais onde há uma aglomeração de homens. Na faculdade, não me atrevo a descer para o ponto de ônibus sozinha, evito sair de shorts (mesmo morrendo de calor por morar em um país tropical), ir a padaria depois que escureceu? Jamais. Eu sinto medo, eu tenho medo de encontrar com um homem na rua e ele me assaltar, abusar e me violentar. Quando ando sozinha e vejo um homem desconhecido, minhas mãos soam e minhas pernas tremem, meu coração acelera e eu quase não respiro. Esse é o medo e esse medo é causado por um machismo e uma cultura do estupro que está enraizado na nossa sociedade.
O movimento foi para o Facebook e em poucos dias, a página recebeu muitas curtidas e a repercussão entre as mulheres foi imensa. Quando vimos que havia pelo menos um meio de não nos sentirmos tão inseguras, nós mulheres fomos nos abrigando uma nas outras, fomos percebendo que precisávamos cuidar uma das outras. E quando vamos e estamos juntas, podemos enfrentar o medo e vence-lo. Ou pelo menos chegar em casa em segurança. 

E é sobre isso que o livro da Babi nos mostra. Que é necessário nos unirmos, cuidarmos uma das outras. A sociedade, a mídia criou essa cultura de que nós mulheres somos inimigas, mas não, não somos. E para desconstruir várias problemáticas, é preciso ficarmos juntas. Lutar contra essa sociedade patriarcal, machista e misógina. Combater a violência contra a mulher, o femicídio, libertar todas nós de regras puramente machistas. 
Uma das coisas que eu mais gostei desse livro, foi a forma doce, gentil e instrutiva que a Babi o escreveu. O livro é todo colorido, com ilustrações, todo cheio de amor e empatia por todas as mulheres que sofrem com isso todos os dias. Conforme fui lendo os relatos, os depoimentos, as dicas, as pesquisas, fui percebendo e reafirmando a importância do feminismo nos dias de hoje. A Babi nos presenteia com um guia de sororidade e nos ensina que juntas somos mais fortes e podemos qualquer coisa. 

Fico muito feliz por poder passar o que eu aprendi com esse livro, para as minhas amigas, minhas colegas de trabalho e de faculdade. Para todas. E lembrem-se, vamos todas juntas. Para onde quer que for.


Sobre a Autora:
Babi Souza vive em Porto Alegre e se formou em Jornalismo pela PUC-RS em 2013. Trabalhou em diversos veículos de comunicação, incluindo agências digitais. Por Acreditar que o colaborativismo  e o amor ao próximo são ''a saída'' para o mundo, criou, em junho de 2015, o movimento Vamos Juntas? e, em outubro de 2015, a Bertha Comunicação, uma empresa focada em impulsionar negócios de mulheres através da comunicação digital. 


#17 O príncipe dos Canalhas, Loretta Chase

16 março 2016

Título Original: Lord of Scoundrels
Autora: Loretta Chase
Tradução: Ivar Panazzolo Junior
Ano: 2015
Páginas: 288
Idioma: português 
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance histórico, drama
Sinopse: Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent...Acostumado à repulsa das pessoas, Dain fica confuso ao deparar com aquela mulher tão independente e segura de si. Recém-chegada a Paris, sua única intenção é resgatar o irmão Bertie da má influência do arrogante lorde Belzebu. Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e pelos tabus impostos pela sociedade – muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro seria capaz de despertar em Dain sentimentos há muito esquecidos. Tampouco que a inteligência e a virilidade dele pudessem desviar Jessica de seu caminho. Agora, com ambas as reputações na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes.
CLASSIFICAÇÃO: 3/5

Que eu virei a louca dos romances históricos, isso não é novidade. E é claro que eu comecei a ler O Príncipe dos Canalhas da autora Loretta Chase por causa disso. Uma premissa meio clichê e parecida com as de Julia Quinn, me aventurei por uma Paris, mas acabei batendo o dedinho na quina do sofá e acabei me decepcionando.

O Príncipe dos Canalhas conta a história de Sebastian Ballister, um marquês de Dain conhecido como Lorde Belzebu, um homem que nenhuma mulher respeitável da época poderia ser vista junto. Sebastian é um libertino e está acostumado a ter prostitutas em seu quarto, já que causa repulsa em mulheres ''consideradas normais'' pela sociedade daquela época. Tudo muda quando conhece Jessica Trent, uma mulher independente e dona de si que recém chegou a Paris para resgatar seu irmão Bertie das garras de Sebastian. Mas é claro que os sentimentos mudam quando ambos e encontram e uma viagem normal a Paris acabando revelando sentimentos íntimos e profundos em Jessica e surpreendendo Sebastian.

Neste livro, Loretta Chase não nos traz uma proposta totalmente inovadora e nem muito atrativa. Ela aposta no clichê (nem todo clichê é ruim) e nos mostra coisas nada originais no mundo dos romances de época. Eu gostei do livro, não se engane, mas fiquei decepcionada ao perceber que ele é totalmente genérico e nada, nada original. A escrita da autora é gostosa e a leitura flui bem, mas eu não consegui me entregar a história, porque a cada passo dos protagonistas em direção ao final da história, eu sentia que já tinha lido em outros tantos lugares.

"Ela pegou a mão dele. Os dois usavam luvas. Mesmo assim, ela sentiu a emoção do contato tão intensa quanto um choque elétrico. A sensação percorreu seu corpo e transformou seus joelhos em geleia. Olhando para cima, a expressão assustada nos olhos de Dain a fez questionar, enquanto o sorriso torto dele se desfazia, se ele sentira o mesmo" pág. 87 Capítulo VI

Dain é um bom protagonista e Jessica carrega tão bem a história quanto ele. Eu gosto de personagens femininas como ela, que são empoderadas para aquela época, que pensam além do que a sociedade manda. É legal perceber como ela lida com os sentimentos repentinos, com a paixão e a vida em um geral. 

Talvez eu tenha tido essa impressão, porque já li vários outros livros do gênero, antes de ler O Príncipe dos Canalhas. Gostei da forma como a Loretta guiou a narrativa, toda em terceira pessoa, dando enfoque para os protagonistas, mas não se esquecendo dos coadjuvantes, gostei dos personagens também, mas acabou que a história se perdeu para mim, se perdeu para o óbvio e acabou não me deixando muito feliz e satisfeita.

O príncipe dos canalhas é um bom livro para aqueles que adoram romances e podem ler vários e vários todos os dias. Mas se você, assim como eu, tem uma certa bagagem com romances de época e não gosta muito de ler as mesmas coisas o tempo todo, poderá se sentir preso no genérico e dai, vai de você e das suas experiências para com o livro. 





#16 Corte de espinhos e rosas, Sarah J. Maas

14 março 2016

ISBN-10: 8501105872
Autora: Sarah J. Maas
Tradução: Mariana Kohnert Medeiros
Ano: 2015
Páginas: 434
Idioma: português 
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia, drama, romance
Sinopse: Em Corte de Espinhos e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance. Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar uma fada zoomórfica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira — que ela só conhecia através de lendas —, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... ou Tamlin e seu povo estarão condenados.
CLASSIFICAÇÃO: 5/5 - FAVORITADO

Corte de Espinhos e Rosas conta a história de Feyre, uma jovem camponesa que se arrisca todos os dias para sustentar seus entes queridos. Após perder tudo o que tinham, a família de Feyre precisou cortar gastos, morar em um lugar menos favorecido e tentar sobreviver da maneira que podiam. Em um dia que nossa protagonista precisa caçar para manter sua família alimentada, ela se depara com um grande lobo, mas não qualquer lobo, um feérico. Com seu arco e flecha, Feyre acerta o lobo, matando-o. Mal ela sabia que sua vida mudaria para sempre.

Até que um dia, uma besta enorme adentra a casa de Feyre e exige saber quem é que matou o lobo feérico. Em um ato de coragem, e para proteção de sua família, Feyre da uma passo em diante da fera e confessa que ela era a responsável pela morte do lobo. A besta então, muito raivosa, conta que de acordo com um tratado entre o mundo humano e o feérico, a pessoa que violá-lo, teria que pagar um preço. 
"Ela roubou uma vida. Agora deve pagar com o coração"

A besta féerica então, leva Feyre para a sua casa, para que ela pague pelo o que violou. Mas para a surpresa de nossa mocinha, é que a enorme besta se torna em um homem com os cabelos louros e com uma máscara que cobre boa parte de seu rosto, a besta era Tamlin, o senhor da Corte Feérica da Primavera

Corte de Espinhos e rosas merece todos os aplausos. Até agora, a leitora foi a melhor que fiz no ano. Todos os elementos que constituem essa fantasia me fez ficar fascinada. Não apenas o mundo em que a Sarah J. Maas criou, mas também por ter sido tão original, mesmo sendo uma espécie de releitura de A Bela e a Fera. Quando a sinopse diz que é uma mistura de A Bela e a Fera com Game of Thrones, acredite. 

Narrado em primeira pessoa por Feyre, vamos sendo guiados por um universo mágico, cheio de seres, imaginação, pragas e um romance lindo. Eu sempre fui fã do estilo de escrita da Sarah J. Maas, mas ela se superou na delicadeza e na precisão em Corte de Espinhos e Rosas. Temos uma protagonista totalmente confiável, ética, inteligente e bondosa, então somos guiados pela verdade e pelo coração puro de uma jovem que estava perdida em sua vida comum de humana.


"Cor e escuridão giraram, como um redemoinho em minha visão, misturando-se à neve. O lobo desabou no chão. Suas patas estremeciam, e um gemido baixo cortou o vento. Impossível - ele deveria estar morto, não morrendo. A flecha atravessou o olho do lobo quase até a ponta de penas de ganso. Mas o lobo ou feérico, não importava. " Feyre, pág. 15 - Capítulo I

Todos os personagens possuem sua profundidade. Não vemos só o que acontece com Feyre, mas também sabemos sobre a vida de Tamlin Lucien e a rainha. Todos os personagens possuem suas histórias e é fascinante poder saber mais sobre cada um. A praga que ronda todos (o motivo deles usarem máscaras) está cada vez mais intensa e não só Tamlin, mas como toda sua corte precisam combatê-la. Mas como será possível interromper uma praga que se alastra cada vez mais?

O romance é encantador e divide a trama central com a praga que se alastra. Achei maravilhosa a forma como a autora conduziu o surgimento dos sentimentos dos protagonistas. Tudo foi acontecendo de forma delicada e profunda, o que me deixou totalmente extasiada. 

Corte de Espinhos e Rosas foi um livro bem único. Acredito que todo mundo que gosta de romance, aventura, fantasia, vai amar. E se você já leu, conta ai nos comentários!