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Sumiço + Book Haul Setembro e Outubro 2015

28 outubro 2015

Resolvi falar um pouco do meu sumiço, pois mesmo nem todos se importando, acho legal dizer o por que de eu ter ficado vários dias sem postar nada por aqui. O motivo? A vida e o bloqueio criativo. Estava sem vontade de escrever e não li nenhum livro para fazer resenha. Eu estava simplesmente sem motivação para continuar postando as coisas por aqui. Mas como isso não leva a nada, enfrentei esse bloqueio e decidi fazer o book haul e mostrar pra vocês o que tenho pra ler nos próximos meses... Vamos lá?


















Livros:
A Menina Submersa - Caitlín R. Kiernan
Os Assassinos do Cartão Postal - James Patterson
O Trono de Vidro - Sarah J. Maas
Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose - Stephen Rebello
O Beijo das Sombras - Richelle Mead
Wayne de Gotham - Tracy Hickman
À procura de Audrey - Sophie Kinsella 
Mosquitolândia - David Arnold
Amy and Matthew - Cammie Mcgovern
Eleanor & Park - Raibow Rowell
O Visconde que me Amava - Julia Quinn

Despertador

25 outubro 2015

Despertador. Banho. Café. Chaves. Óculos de Sol. Fones de ouvido. Estrada. Escritório. Multiplique isso por 30 e você terá a rotina mensal de milhares de pessoas, inclusive a minha. Podemos acrescentar também a rotina do trabalho, abra o notebook, são oito horas, feche o notebook já são 18 horas. Estrada. Fones de Ouvido. Óculos de Sol. Chaves. Banho. Cama. Amanhã é outro dia e começamos tudo de novo, na mesma sequência. Despertador. Banho. Café. Chaves. Espera! Cadê meus óculos de sol e meu fone de ouvido? Esqueci eles em casa! E agora? Vou ter que aguentar as pessoas conversando no ônibus e esse sol batendo bem no meu rosto. Mas esse sol é tão reconfortante, nunca tinha prestado atenção na forma em que ele tinge a cidade adiante com seu alaranjado dégradé. Quando desço do ônibus o cobrador se despede, será que ele sempre diz isso ou é a primeira vez que reparo? Logo em seguida o porteiro do edifício do escritório me deseja um bom dia, ele também faz isso todos os dias? Entro no elevador... Mais um bom dia. Agora é minha vez, entro no escritório, bom dia pra secretária e para as pessoas que vou encontrando no caminho até minha sala. Olha, elas sorriem de volta! Acho que hoje nem vou precisar de café para aguentar o expediente. 8 horas, abri o notebook. 14 horas lembro de ter visto esse conceito em algum lugar, vou jogar no google... olho pra minha mesa e tem alguns livros lá... desculpa google, acho que posso perder alguns minutos procurando a resposta no papel. 18 horas, fim do dia, até que hoje não foi cansativo. Dou tchau para a secretária, para as pessoas no elevador, para o porteiro. Entro no ônibus, comprimento o motorista e o cobrador. Estrada. Pôr-do-Sol. Casa.Chego e vejo meu gato se divertindo pulando atrás de um besouro... O observo e ele finalmente percebe minha presença e vem ronronando aos meus pés, que saudades daquela barriguinha peluda! Tomo um banho e me espreguiço no sofá, volto a ler aquele livro abandonado a meses. Hora de dormir, afinal amanhã o despertador toca de novo. Dessa vez vou lembrar de colocar os fones de ouvido e o óculos de sol na bolsa, mas sem esquecer do mundo que está a minha volta, afinal I'm alive and vivo muito vivo, vivo, vivo. Feel the sound of music banging in my belly. Know that one day I must die. I'm alive.

[RESENHA] O Beijo Das Sombras - Richelle Mead (Academia de Vampiros)

12 outubro 2015

Título: O Beijo das Sombras
Autor: Richelle Mead
Ano: 2009
Páginas: 309
Idioma: português
Editora: Agir, Nova Fronteira
Gênero: Literatura Estrangeira, romance
Sinopse: Lissa Dragomir é uma adolescente especial, por várias razões: ela é a princesa de uma família real muito importante na sociedade de vampiros conhecidos como Moroi. Por causa desse status, Lissa atrai a amizade dos alunos Moroi mais populares na escola em que estuda, a São Vladimir. Sua melhor amiga, no entanto, não carrega consigo o mesmo prestígio: meio vampira, meio humana, Rose Hathaway é uma vampira cuja missão é se tornar uma guardiã e proteger Lissa dos Strigoi, os poderosos vampiros que se corromperam e precisam do sangue Moroi para manter sua imortalidade. Pressentindo que algo muito ruim vai acontecer com Lissa se continuarem na São Vladimir, Rose decide que elas devem fugir dali e viver escondidas entre os humanos. O risco de um ataque dos Strigoi é maior, mas elas passam dois anos assim, aparentemente a salvo, até finalmente serem capturadas e trazidas de volta pelos guardiões da escola. Mas isso é só o começo. Em O beijo das sombras, Lissa e Rose retomam não apenas a rotina de estudos na São Vladimir como também o convívio com a fútil hierarquia estudantil, dividida entre aqueles que pertencem e os que não pertencem às famílias reais de vampiros. São obrigadas a relembrar as causas de sua fuga e a enfrentar suas temíveis consequências. E, quem sabe, poderão encontrar um par romântico aqui e outro ali. Mais importante, Rose descobre por que Lissa é assim tão especial: que poderes se escondem por trás de seu doce e inocente olhar?
Então eu finalmente li o primeiro livro da famosa série Academia de Vampiros, escrita pela Richelle Mead. Depois de Crepúsculo me traumatizar, eu nunca mais li nada sobre nossos sanguessugas, mas como a vontade de ler algo do tipo me assombrou e eu achei O beijo das Sombras barato para comprar, decidi que seria esse mesmo que eu leria. 
O beijo da sombras conta a história de Vasilisa Dragomir, mais conhecida como Lissa, e de sua guardiã, melhor amiga dampira, Rose Hathaway, que após um ''acontecimento'', fogem da Escola e passam a viver no mundo humano. Lissa sendo da realeza, sempre teve olhares indesejados sobre si, e, até o meio do livro, nós não sabíamos exatamente o que tinha acontecido para que ambas cometessem um ato tão imprudente como fugir de um lugar seguro para se aventurar na calamidade do mundo humano.

Até a página 100, eu pouco estava entendendo o que havia acontecido e o que estava acontecendo ali. Acredito que como meio de deixar o leitor fisgado e curioso, Richelle foi nos jogando pequenos fragmentos de respostas, mas nada concreto a ponto de descobrirmos o que de fato aconteceu e o por que disso ter acontecido. Ela sempre se refere "àquilo'' e isso me incomodou pouco. No entanto, um personagem me fez continuar a leitura... Seu nome é Dimitri. Nosso guardião, treinador lindo e charmoso. 
Sim, o Dimitri foi o personagem responsável por me fazer continuar a leitura. Eu pouco estava me interessando devido a falta de informação que a autora apresentava, mas a partir do meio do livro, as coisas começaram a se ajeitar e devido as ações dos personagens, os seus pensamentos, eu fui começando a entender a proposta e a gostar da leitura. Além do maravilhoso Dimitri, adorei como as amigas Lissa e Rose foram construídas durante a trama. Lissa em seu tom melancólico e depressivo, lutando para entender o motivo de coisas sinistras e ruins acontecerem com ela, puxando toda a áurea sombria sobre si mesma. Já Rose, determinada, altruísta, que fazia tudo pela amiga. Motivada a ser a melhor guardiã, sempre preocupada com Liss e sempre se abdicando para poder proteger a pessoa que ama. Personagens marcantes, cada um a sua maneira.

Caminhando para o final, começamos a ter respostas, pelo menos algumas delas. Percebemos o quão inteligente foi a abordagem da autora perante tudo o que girava em torno da personagem Lissa, que mesmo não sendo a protagonista, era o centro da história. Começamos a nos dar conta que tudo realmente tinha um motivo para ter acontecido. Os mistérios que rondavam a Escola e a família Dragomir, a curiosidade em saber o que tinha acontecido com Liss e Rose para elas fugirem. Os personagens como Natalia, Mia, Jesse, Victor... Todos eles foram fundamentais - literalmente - para a construção dessa trama.

Com um final surpreendente e até arriscado, Richelle nos entregou uma obra boa e com o arco principal fechado. Sei que os primeiros livros de séries tendem a ser introdutórios e O beijo das sombras não fugiu disso. Dei 3 estrelas pelas primeiras 100 páginas que não me cativaram, mas é com certeza uma história instigante e que me fará ler os outros da série. Se você, assim como eu, busca livros de vampiros que não sejam tão chatinhos e melosos, eu indico O Beijo das Sombras. Espero que sua leitura seja tão boa quando a minha foi. Até a próxima!

Ideal / Real

11 outubro 2015

Resolvi falar um pouco sobre como a idealização que minha mente projetou, estragou um pouco de mim. Depois de várias sessões terapêuticas, eu e minha psicologa conseguimos concluir que as causas da minha tristeza profunda, era o excesso de idealização que eu tinha em mim. Desde nova, querendo sempre que meus sonhos mais íntimos e exuberantes fossem sendo concretizados. É claro que, quando tais sonhos não se realizaram, a frustração me pegou em cheio e até hoje não consegui eliminar essa parasita da minha vida. E é bem isso mesmo, a frustração é uma parasita que fica em sua cabeça, comendo tudo de bom que temos, incluindo nossos sonhos e metas. Ela é o lado negativo da idealização e uma sanguessuga. 
Talvez seja por causa dessa parasita que tantas pessoas estão tristes e afundadas em uma frustração sem limites. Vejo tanta gente, incluindo eu mesma, projetando uma vida e quando nada daquilo sai conforme planejaram, caem no desespero. Nossa mente inteligente que é, sabe como nos deixar bem, mas também sempre nos projetará ao mal, principalmente a partir do seu estado emocional. A mente tem poderes fortíssimos e isso pode ser usado para o seu bem ou para o seu mal. E a frustração, bem, ela é um mal terrível.

A partir disso, minha psicologa ficou repetindo pra mim o tempo todo, que eu deveria trazer para o real, tirar do imaginário. Comecei a notar em mim essa necessidade de me sentir real. Mas como trazer tudo isso para a realidade? Fazer com que tudo suma da sua cabeça e você comece a perceber coisas que realmente são verdadeiras? É um processo difícil e a longo prazo. A mudança vem de você e a partir disso, você começa a enxergar a mudança nas coisas ao seu redor, nas pessoas, no mundo. Enxergar faz parte de resgatar a realidade, mesmo sem perder sua idealização de vida e mundo. 

Não se torne uma pessoa extremamente realista, porque é ótimo sonhar, mas sempre se lembre de tirar do imaginário as coisas que quer para evitar que parasitas como depressão, ansiedade e a frustração, se alojem em você e devorem tudo o que há de bom em, como dementadores. Exercite sua mente, perceba os detalhes, permita-se olhar ao seu redor sem se deixar trair por um plano incerto e ideal. 

[RESENHA] Os Olhos do Dragão - Stephen King

04 outubro 2015

Autor: Stephen King
Ano: 2011
Páginas: 440
Idioma: Português
Editora: Pronto de Leitura
Sinopse: Em Delain, um reino muito distante, viviam o rei Roland e seus dois filhos, Peter e Thomas. Roland não era exatamente o que se esperava de um rei. Apesar de se esforçar para não prejudicar seu povo, não conseguia realizar grandes feitos. Enquanto teve a seu lado a rainha Sasha, as coisas ainda corriam bem. Sasha preocupava-se com os habitantes de Delain e dava conselhos decisivos a Roland. Sua bondade conquistou o povo, mas alimentou o ódio de um perigoso inimigo - Flagg, o feiticeiro do reino. Um dia, de forma súbita e suspeita, a rainha morreu. Mas Flagg ainda não se dava por satisfeito. Tinha planos para dominar Delain e, para isso, precisava eliminar todos que estivessem em seu caminho. Para começar, era preciso livrar-se do tolo Roland, depois afastar o jovem Peter e levar ao trono o pequeno Thomas - que Flagg tinha a certeza de conseguir controlar. Na batalha entre o bem e o mal, a vida de um reino repousa nas mãos de dois jovens, que terão de superar obstáculos para conquistar o direito à justiça e verão sua coragem ser duramente testada. Nesse jogo eletrizante de armações, manipulações e magia, apenas um lado sairá vencedor.

Os Olhos do Dragão é um conto de fadas criado pelo mestre do terror (que não se dedica somente ao terror) Stephen King. A narrativa é feita por um contador de histórias que mantêm um diálogo aberto com o leitor, deixando várias questões para que você decida no que acreditar, de modo que a cada página você se sinta mais submerso pela história como se estivesse sentado em uma taverna da era medieval ouvindo um velho contar as antigas lendas do seu longínquo reino.
Além dessa característica da narrativa, King consegue fazer dos Olhos do Dragão um spin-off incrível da saga A Torre Negra, em que introduz um dos personagens mais curiosos e maligno da Torre – Flagg – como o grande vilão responsável por todo o mal que sobrevoa Delain durante séculos. O mais curioso desse personagem são suas várias facetas, ele passou séculos tentando destruir Delain, adquirindo identidades diferentes para nunca ser lembrado. Porém, infelizmente (ou felizmente) a memória pode falhar de vez em quando, e essa falha da memória de Flagg será decisiva para o sucesso dos seus planos.

O livro não contém excesso de personagens, todos eles possuem papéis essenciais para o desenvolvimento da história, todos muito bem desempenhados no início, no meio e no fim, fechando o ciclo principal. É claro que ficam algumas pontas soltas, já que, como disse acima, o narrador deixa algumas questões sob nossas escolhas.

Enfim, indico muito o livro para quem procura uma leitura leve, rápida e cheia de aventuras ambientadas em um mundo de príncipes, reis, castelos e magos do mal, pois você vai se surpreender com o quanto essa leitura simples vai interagir com você.


[RESENHA] Drive - James Sallis

01 outubro 2015

Autor: James Sallis
Ano: 2012
Páginas: 160
Idioma: Português
Editora: LeYa Brasil
Sinopse: Drive - "Ele não é hábil com as palavras, mas dirige como um filho da mãe e é um dublê de cenas automobilísticas em Los Angeles. Mas não um simples dublê, ele é o melhor no que faz. Como apenas os cachês de Hollywood não são suficientes, acaba virando um motorista de fuga. E nessa rota direta para a confusão, após um roubo mal-sucedido e uma mala com milhares de dólares, o moço se envolve numa alucinante caçada em que ele é o alvo. Uma história envolvente e eletrizante de um dublê e sua vida dupla no mundo do crime."
Drive conta a história de um dublê em Los Angeles. Como a sinopse mesmo traz, ele é o melhor no que faz, ele é simplesmente fantástico. No entanto, o que ele ganha não é o suficiente (nunca é!), e por isso, acaba se envolvendo em um roubo que não deu muito certo. A obra de James Sallis deu origem ao filme estrelado pelo maravilhoso Ryan Gosling e esse foi o motivo que eu entrei nesse carro e acelerei, porque como amante do filme, queria saber mais sobre a história do dublê sem nome.

Por ser um livro curto, de apenas 160 páginas, Drive não explora detalhes e muitas vezes faz a leitura ser corrida demais (risos). No entanto, é interessante ler a história, mesmo que eu tenha a sensação de que o filme é mais completo que o livro. Nunca achei que isso seria possível, mas é. Imagina a minha frustração, não é mesmo?
"Eu dirijo. Isso é tudo o que eu faço. Não fico sentado enquanto você planeja a coisa ou a prepara. Você me diz onde começamos, em que direção devemos ir, para onde devemos seguir depois, em que horário. Não me meto, não conheço ninguém, não ando armado. Eu dirijo." piloto, Pág. 20.
Com um roteiro raso e confuso, vamos sendo guiados a assistir a história do piloto. Sim, não sabemos o seu nome e achei positivo e bem sacado a ideia do autor de não nos apresentar o nome do dublê, sendo no livro sempre chamado de apenas piloto. Isso mostra sua anonimidade e sua ''vida'' de certa forma. Enquanto o piloto tem seu destaque, os personagens a sua volta pouco parecem importantes e, como citei acima, o pequeno número de páginas pode explicar essa falta de profundidade.

A vida do nosso pilot vai sendo desenrolada durante as páginas em formas de flashbacks e assim, podemos conhecer um pouco mais desse cara misterioso. Em minha opinião, James Sallis não soube contar a história e seu método de flashback não funcionou. Pelo menos não comigo, já que fiquei confusa sem me ambientar na história por muitas vezes.

Partindo de todos esses ''erros'', vale a pena ler Drive? Talvez sim, talvez não... Particularmente, indicaria para ver o filme e se contentar com a visão maravilhosa do Gosling. No entanto, se você preferir ler também, faça! Ler é sempre bom, mesmo que a história não seja lá aquelas coisas...