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Apresentando a arte de Christo e Jeanne-Claude

30 agosto 2015

Christo Vladimirov Javacheff e Jeanne-Claude são um casal de artistas, ele descendente de búlgaros e ela de franceses. Ambos são conhecidos pelas suas intervenções na natureza ou no ambiente cotidiano, que por meio dos métodos utilizados procuram traduzir o caráter passageiro e temporário das obras de arte. Seus trabalhos levam um longo tempo para serem executados, por conta de quão trabalhoso é monta-los, e duram cerca de algumas semanas em “exposição”. Justamente por não ficarem em exibição por muito tempo, um dos objetivos das obras é transmitir a efemeridade da vida e como é importante repararmos nela. Uma das descrições das suas obras dada pela própria Jeanne é:

“Ao longo dos milênios, por 5.000 anos, os artistas têm tentado introduzir uma variedade de qualidades diferentes em suas obras de arte. Eles usaram diferentes materiais: mármore, pedra, bronze, madeira, “fresco” e pintura. Eles criaram imagens mitológicas e religiosas, imagens figurativas e abstratas. Eles tentaram fazer obras maiores ou menores e de um monte de qualidades diferentes. Mas há uma qualidade que nunca usaram, e que é a qualidade do amor e da ternura que os seres humanos têm para o que não dura. Por exemplo, eles têm amor e ternura para a infância, porque eles sabem que não vai durar. Eles têm amor e carinho para sua própria vida porque sabem que não vai durar. Christo e Jeanne-Claude desejam doar essa qualidade de amor e ternura para o seu trabalho, como uma qualidade estética adicional. O fato de que o trabalho não permanece cria uma urgência para vê-lo. Por exemplo, se alguém dissesse, “Oh, olhe à direita, há um arco-íris”, nunca iriamos responder: “Eu vou olhar para ele amanhã.”

Essas são algumas das obras de Christo e Jeanne-Claude, você pode encontrar mais trabalhos deles junto com os esboços feitos por Christo, no site http://www.christojeanneclaude.net/ 


[RESENHA] Uma Curva no Tempo - Dani Atkins

23 agosto 2015

Título: Uma Curva no Tempo
Autor (a): Dani Atkins
Editora: Arqueiro
Páginas: 235
ISBN: 9788580414134
Ano: 2015

Sinopse: A noite do acidente mudou tudo... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel está desmoronando. Ela mora sozinha em Londres, num apartamento minúsculo, tem um emprego sem nenhuma perspectiva e vive culpada pela morte de seu melhor amigo. Ela daria tudo para voltar no tempo. Mas a vida não funciona assim... Ou funciona?
 A noite do acidente foi uma grande sorte... Agora, cinco anos depois, a vida de Rachel é perfeita. Ela tem um noivo maravilhoso, pai e amigos adoráveis e a carreira com que sempre sonhou. Mas por que será que ela não consegue afastar as lembranças de uma vida muito diferente?

"Mas Anne, por que você leu esse livro?" Pois é gente, eu também não sabia o por que de ter comprado Uma Curva no tempo da Dani Atkins. Agosto é o mês do meu aniversário, então destinei uma certa verba do meu salário para comprar livros novos e que eu estava com muita vontade de ler. Uma Curva no tempo não estava na lista de prioridades, mas o submarino sugeriu a leitura e eu comprei, sem ler a sinopse, me baseando apenas e exclusivamente na capa. E hoje, fico muito feliz de ter comprado, pois a obra é muito gostosa de ler e a história me cativou de uma maneira inteligente.

"Deixei escapar um soluço de dor tão brutal que parecia mais um animal que humano em sua agonia. Senti meus joelhos começarem a fraquejar e afundei na grama gelada ao lado do túmulo. Eu tinha ido até ali na esperança de dar voz a todos os meus sentimentos, mas nenhum deles conseguia atravessar a onda fervilhante de dor que me arrastou. Eu havia acreditado que, com o passar dos anos, alcançara um ponto de aceitação, mas percebia agora que tudo o que fizzera fora assar uma fina camada de fingimento sobre uma ferida aberta." 

Uma curva no tempo começa com a protagonista, Rachel, contando sobre como era sua vida antes do acidente e como tudo aconteceu. Vemos todos os amigos reunidos, vemos Jimmy, vemos como ela o amava, mas estava com Matt, vimos tudo isso. Depois, a autora nos apresenta a situação real e atual da nossa querida Rachel. Vemos que após a morte de Jimmy, ela se isolou, se perdeu na tristeza profunda, na melancolia, não ouviu seus sentimentos e simplesmente se afastou de tudo o que um dia considerou mais sagrado. No começo, me identifiquei demais com a Rachel, eu compartilhei e dividi fervorosamente o fardo que ela carregava, da culpa, do remorso. Presa em uma vida frustrada e deprimente, ela vê seu pai se abdicar do tratamento do câncer, que adquiriu por ''causa dela'', vê seus amigos seguindo seus caminhos, ela ali: perdida, desolada e triste.

Para mim, a autora soube dosar bem os acontecimentos e a forma como foi explicado tudo. Quando Rachel se vê ''obrigada'' a prestigiar o casamento de sua melhor amiga, Sarah, ela percebe que precisa voltar a sua cidade natal e enfrentar tudo aquilo que tanto escondeu em seu lugar mais íntimo. Reviver aquelas memórias, aqueles ressentimentos ia ser duro para ela, mas o fez. Voltou para a cidade, recorreu a suas lembranças e se permitiu, mesmo que de forma contraditória, sentir tudo o que havia negado.

Após uma terrível e frustrante noite com seus amigos, na reunião que Sarah havia proposto como sua despedida de solteira, Rachel ao voltar para o Hotel em que estava hospedada, decidiu por puro instinto, que deveria ir para o único lugar que saberia que confrontaria seus sentimentos. O túmulo de Jimmy. E é aqui, amigos, que as coisas mudam drasticamente na trama. "Acontece'' uma coisa no cemitério, e como temos acesso a apenas as memórias e a mente de Rachel, após seu desmaio ao lado do túmulo do melhor amigo, passamos a ver a história por dentro de sua cabeça. Não sabemos se é real essa nova via que ela obtêm, após acordar em uma cama de hospital. No início, não faz sentindo ela ter simplesmente mudado de vida da noite para o dia, e a autora soube muito bem como trazer essas duvidas.

Como se fosse jogada para um universo paralelo, - de certa forma sim, ela foi -, Rachel tenta conseguir respostas. Após cinco anos do acidente, ela tem a vida que sempre sonhou. Era uma jornalista, morava em Londres em um apartamento fino, era noiva de Matt e Jimmy estava vivo! Mas por que ela apenas se lembrava da vida miserável que tinha antes do que ocorreu no cemitério? A partir daqui, a história percorre os caminhos para que Rachel se lembre dos últimos cinco anos, nessa vida paralela que ela não se lembra de jeito nenhum de ter vivido. Todas suas lembranças são aquelas tristes e frustradas e ao ver que seu pai não tinha câncer e que Jimmy estava vivo, ela surtou e a confusão da protagonista, foi passada para o leitor.

[SPOILER ZONE]
Percorremos caminhos e caminhos para descobrir a verdade. Por um momento, achei que a morte de Jimmy tinha sido uma grande metáfora pelo rompimento da amizade dos dois, mas quando a autora nos apresenta a real verdade sobre o que aconteceu, eu me senti tão enganada. A coisa estava tão óbvia e eu não havia percebido. Aquela vida maravilhosa que Rachel estava vivendo, se passava realmente dentro de sua cabeça. Tudo o que aconteceu, todos os momentos com Jimmy, com seu pai, naquela nova vida, naquele universo paralelo, era fruto da sua inconsciência. E foi quando a autora começou a alternar os fatos reais, onde Rachel se encontrava em coma e seu pai ao lado autorizando o desligamento dos aparelhos, e ao mesmo tempo, Rachel se casava com seu amor verdadeiro, eu entendi tudo. Foi um tiro no meu peito.

A verdade é que Uma curva no tempo foi uma deliciosa surpresa. Li em menos de 24 horas e me permiti sentir todas as sensações que a história me proporcionou. Por isso, se você tiver a oportunidade de ser essa história tão incrível, não perca a oportunidade.

[RESENHA] Combo Eragon + Eldest - Christopher Paolini

13 agosto 2015

Título: Eragon
Série: Herança
Autor: Christopher Paolini
Editora: Rocco
Páginas: 468
Ano: 2005

Sinopse: Eragon é o romance de estreia de Christopher Paolini, uma história repleta de ação, perigosos vilões e locais fantásticos. Com dragões e elfos, cavaleiros, lutas de espadas, inesperadas revelações e, claro, uma linda donzela que é muito bem capaz de cuidar de si própria. O protagonista, de quinze anos, é um pacato rapaz do campo que, ao encontrar na floresta uma pedra azul polida, se vê da noite para o dia no meio de uma disputa pelo poder do Império, na qual ele é peça principal.
   
     Eragon é um livro que eu gostei muito quando li. A escrita do Christopher é envolvente e detalhada, deixando o leitor mais envolto com a histórias.  Eragon é um livro inteligente, com uma narrativa encantadora e personagens interessantes. Você consegue enxergar os ambientes, as personalidades dos personagens, todos os efeitos das coisas que acontecem nesse universo. O livro conta a história do jovem Eragon, um cidadão de Carvahall que ao viajar para a Espinha para obter comida para sua família, acha uma pedra aveludada. No início, Eragon tentou vender aquela pedra, porque não achava interessante o suficiente, mas depois de vários vendedores se recusarem a comprar, Eragon a leva para sua fazenda e passa a cuidar da pedra, que na verdade, era um ovo de dragão. E assim nasce Saphira. A grandiosa Saphira. 
    Christopher parece que teve muito cuidado ao citar e descrever as coisas. Ele criou aquele novo mundo e quis nos presentear com as informações, mas não de um modo bruto e chato. A verdade é que Eragon é uma grande história, contada por um grande autor. 
     Depois que Eragon se descobre cavaleiro, é que as coisas começam a acontecer. As batalhas, lutas e todo o seu aprendizado. A evolução da Saphira e dele vai acontecendo de forma sutil e singela, o autor não nos faz engolir de uma vez todas as informações e muito menos peca no desenvolvimento dos personagens. A apresentação dos povos, das raças, anões, elfos, os Ra’zac entre outros, a descrição do Galbatorix e sua horda do mal, tudo é muito bem apresentado. Se você viu o filme, esquece dessa adaptação chula e horrorosa, Eragon não é nada daquilo. É excepcionalmente brilhante. 

Título: Eldest
Volume: 2
Autor(a): Christopher Paolini
Editora: Rocco
Páginas: 642

Sinopse: Eldest acompanha o amadurecimento do jovem guerreiro protagonista da história. A narrativa começa três dias após a cruel batalha travada por Eragon para libertar o Império das forças do mal. O Cavaleiro de Dragões se vê envolvido em novas e emocionantes aventuras. Em busca de um tal Togira Ikonoka, O Imperfeito que é Perfeito, que supostamente possui as respostas para todas as suas perguntas, Eragon parte, junto com Saphira, o dragão azul que o acompanha desde o início da aventura, para Ellesméra, a terra onde vivem os elfos. Lá, eles pretendem aprender os segredos da magia, da esgrima e aperfeiçoar o seu domínio da língua antiga.

     Eu tive um problema com a leitura de Eldest. Comecei a lê-lo em 2013 e fui terminar a leitura em 2015. Abandonei algumas vezes, porque a leitura não fluía. Essa segunda parte de Eragon, conta o treinamento dele, após a batalha final do primeiro livro. Ao contrário da primeira parte da história, o desenvolvimento deste é lenta e arrastada. O livro possui quase 700 páginas e eu quase não aguentei termina-lo e só o terminei, porque queria ler o terceiro volume (que dizem que é muito bom). Na  minha humilde opinião, Eldest é um livro difícil de ler. Vale a pena ler sim, mas seu desenvolvimento é mais difícil de entender. Eu entendo o que o Christopher quis fazer com a narrativa, mas acho que pecou nos exageros. Além do plot, do arco de Eragon, Saphira, elfos e os anões, temos Roran e os humanos e esse plot é muuuuuuuito chato! Eu quase pulei os capítulos que contavam essa parte da história.
     Eldest é uma história bacana e apesar das dificuldades que encontrei, gostei muito de ter lido e acompanhado essa segunda parte. Eu sei que minhas palavras podem desanimar, mas se você tiver a oportunidade de ler, não hesite. Há os pontos positivos também, pude saber mais sobre os anões e os elfos (que amo tanto!), pude acompanhar o amadurecimento de Eragon e de sua relação com Saphira, entre outras coisas bem interessantes que acontecem. Espero que não tenha adaptação para o cinema, porque acabará com toda a magia que envolve os dragões e seus cavaleiros.

Especial Suicide Squad - Parte 3: O Pistoleiro

10 agosto 2015

O Pistoleiro é um personagem do Universo DC criado por Bob Kane e Bill Finger. O seu verdadeiro nome é Floyd Lawton, um assassino de aluguel de Gotham City, que surgiu nos quadrinhos em Batman #58.
Suas primeiras aparições em Gotham o levaram a ser considerado como um vigilante, porém ao tentar roubar o lugar de Batman sua verdadeira identidade de mercenário foi revelada e ele acabou preso.  Sua primeira aparição em Esquadrão Suicida foi em Legends #3 onde é convocado pelos fundadores do Esquadrão (Amanda Waller, Rick Flag e General Frank Rock) para fazer parte da equipe.
O Pistoleiro possui grande habilidades com quaisquer tipos de armas, tendo como preferida o fuzil de precisão. Após ter um dos seus olhos danificado ele passa a usar o olho alvo, uma espécie de olho biônico que aprimora suas habilidades e principalmente sua mira, que passa a a auxilia-lo em dar tiros mais certeiros do que antes.
No filme do Esquadrão Suicida que será lançado ano que vem o Pistoleiro será interpretado por Will Smith, que provavelmente vai ser o líder da equipe. O visual do personagem no cinema remeterá ao original dos quadrinhos, a coloração será vermelha e preta com o colete à prova de balas embutido, ele também usará a mascara junto com o olho alvo porém, ao contrário dos quadrinhos, a máscara permitirá que a parte inferior do seu rosto fique exposta.
Esquadrão Suicida chegará aos cinemas em 5 de agosto de 2016.

[RESENHA] Marvel: Guerra Civil - Stuart Moore

07 agosto 2015

Título Original: Civil War
Autor: Stuart Moore
Páginas: 398
Editora: Novo Século
Ano: 2014


Sinopse: Guerra Civil - A épica história que provoca a separação do Universo Marvel! Homem de Ferro e Capitão América: dois membros essenciais para os Vingadores, a maior equipe de super-heróis do mundo. Quando uma trágica batalha deixa um buraco na cidade de Stamford, matando centenas de pessoas, o governo americano exige que todos os super-heróis revelem sua identidade e registrem seus poderes. Para Tony Stark o Homem de Ferro é um passo lamentável, porém necessário, o que o leva a apoiar a lei. Para o Capitão América, é uma intolerável agressão à liberdade cívica. Assim começa a Guerra Civil. 
     Eu devo avisar a todos uma coisa: Eu sou apaixonada por super heróis. Talvez, talvez... Eu acabe me empolgando muito ao falar do livro, porque já tenho uma relação muito íntima com o universo da Marvel. Serei suspeita perante os elogios, mas tentarei ser o mais sincera possível - como sempre -. 
     Para mim, o início do livro foi um dos mais legais que eu já li. Eu nem falo dos Novos Guerreiros, adolescentes heróis que decidiram participar de um reallity show. Bem, eles causaram a maior catástrofe no centro da cidade, matando mais de 900 pessoas, maioria crianças. Nesse livro, há uma reunião de super heróis do universo Marvel. Homem de Ferro, Homem Aranha, Capitão América, tigresa, Miss Marvel, x-men, Falcão, Demolidor (Sim, temos Matt aqui) Quarteto fantástico, entre outros, então é uma mistura deliciosa de todos esses personagens fodas. Com essa catástrofe que os Novos Guerreiros geraram, dividiu a população, - como sempre -, perante aos Vingadores. Muitas pessoas passaram a ser contras os heróis, criando uma certa confusão. Como havia mencionado antes, o início do livro é maravilhoso, porque eu amei a interação entre Peter Parker e Tony Stark. O humor dos dois é uma junção muito certeira e cativante, não tem como NÃO gostar dessa conexão dos dois. 
     É visivelmente o quanto a união dos Vingadores está a um fio de se romper. E nós, meros telespectadores, ficamos sem saída, sem saber de que lado ficar. Apesar da linguagem usada ser bem acessível, se você não conhecer um pouco do universo Marvel, ficará ''o que está acontecendo?". 
'' - É que eu preciso lhe contar uma coisa, tia May. E é tipo, bem... delicado.Delicado? Pensou ele. Você está subestimando o assunto. Controle-se Parker.- Peter, me escute. - Ela segurou o queixo dele, forçando-o a olhar nos olhos dela. - O que quer que esteja acontecendo no mundo, é lá fora. Não nos atinge. Não entra dentro dessas paredes. Somos só eu e você aqui, e você pode me contar o que quiser.- Ok, mas... isso pode ser um choque.Ela arregalou os olhos. Levantou-se rapidamente, cambaleou e, em seguida, olhou para ele.- Então é verdade.- O quê?- Está... está tudo bem, Peter. Eu meio que desconfiei. O filho da Sra. Cardoman acabou de sair do armário, e ele está tão mais feliz agora. Está até falando em se casar com o... companheiro dele, acho que é assim que vocês chamam. (...)- O quê? - Peter ficou de pé em um pulo. - Tia May, eu não... espera aí, Jason Cardoman é gay? Ah, é claro que é. Mas... (...)- Tia May, eu não sou gay.- Ah.''
     O humor da Guerra Civil é diferente, é ácido, é atual. Tem uma cena que citam até a maconha e vida sexual de certas pessoas do Quarteto Fantástico. A verdade é que essa história é muito grandiosa e mais ''adulta'' que outras da Marvel. Ela é política, suja e deliciosamente instigante.  
     Guerra civil nada mais é do que uma batalha entre governo/S.H.I.E.L.D e os ''rebeldes'' vingadores que não querem aderir a essa lei que regulamenta todas as atividades dos super heróis e super vilões. No começo, você consegue ficar do lado deles, você vê a visão do Tony Stark e do porque estar fazendo isso, você entende suas ações, mas quando as coisas vão acontecendo, você vai ficando na duvida de que lado ficar. Você percebe que a Maria Hill, nova ''fodona'' da S.h.i.e.l.d, na verdade quer controlar tudo e eliminar qualquer herói que desobedeça suas ordens. A questão moral e ética é muito bem explorada, você se pega ali tentando escolher um lado. 
     Essa história me fez ter uma visão diferente sobre o mundo Marvel e seus personagens. Foi uma leitura esclarecedora sobre muitas coisas e personalidades de heróis que antes eu gostava. Eu indico para todos que querem saber mais sobre essa história. Aliás, ano que vem tem o filme e ai entra as minhas expectativas... Será que será tão bom quanto o livro? 

Cansaço existencial

05 agosto 2015

     Aquela fatídica manhã me lembrou do quão estou cansada de tudo e todos. Não exatamente de tudo, nem exatamente de todos, mas cansada. É um cansaço doloroso, que suga suas energias até não sobrar nenhuma gota, que te proíbe de desfrutar das coisas que te fazem bem. Esse cansaço existencial, vem da vida e dos seus múltiplos porque's. O porque de eu não fazer aquilo, o porque de eu não presenciar aquela outra coisa, o porque de não correr atrás dos objetivos...
     A gente meio que vai se acostumando com esse cansaço existencial, são manhãs como aquelas, que me lembram os motivos de lutar contra ele. É como se eu tivesse sido abduzida por um monte de coisa que desconheço e que eventualmente não me pertence. É o calor no inverno, o café frio, a pizza sem queijo, é Will sem o Hannibal. 
     Dias em que não há um resquício de sanidade restante. Dias em que você encosta sua cabeça no banco do ônibus e se permite descansar, ou pelo menos se permite fechar os olhos e esquecer do quão difícil tem sido carregar o fato de que você existe e que você precisa fazer algo a respeito disso. Você se pergunta o motivo de ter que existir, quando sua vontade é de ser engolida pela sua cama. Esse cansaço desgraçado que nunca nos deixa, que vira nosso melhor amigo, que vira nosso confidente, nosso. 
     No entanto, sempre dizem que não devemos nos acostumar com isso. Não devemos deixar que essa parasita se aloje para sempre em nossas mentes e destrua nosso potencial. Mas que potencial? O destrutivo? Pois é esse que aparece constantemente no dia a dia do nosso peso existencial.
     Haverá dias em que você não irá conseguir raciocinar, não irá conseguir sentir o gosto das coisas, nem o cheiro. Haverá dias em que você sentirá tudo ao mesmo tempo e isso te sufocará, mas haverá aqueles em que você irá desejar sentir e não vai conseguir sentir nada. Tudo isso vem no pacote cansaço existencial que consome cada vez mais as pessoas. Junto com ele, vem o vazio, vem a solidão e o isolamento; mas, no entanto, todavia, você irá perceber coisas que valem a pena gastar sua energia e coisas que não. Vai amadurecer e perceber que não é necessário tanto esforço para existir, se você não vive.