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[RESENHA] Livro: Clarissa - Erico Veríssimo

28 julho 2015

Ano: 2005
Editora: Companhia de Letras
Autor: Erico Veríssimo
Páginas: 184
Sinopse: Clarissa vem de uma cidadezinha do interior para estudar na capital, Porto Alegre, onde mora na pensão de tia Eufrasina. Acompanhando o olhar da jovem alegre e otimista, Erico Verissimo narra o despertar da consciência do mundo em uma adolescente. Clarissa retrata o cotidiano numa pensão familiar na Porto Alegre da década de 30 e, ao mesmo tempo, as convulsões do Brasil e do mundo naquele período
 Decidi contar para vocês o meu último ganho: O término da leitura do livro Clarissa, do nosso querido Erico Verissimo. Visto que, eu me apaixonei pela obra e principalmente por Seu Amaro e Clarissa pode acontecer uma versão idealizada, portanto... Adociquem o coração de vocês e embarquem nesse romance.
Clarissa, uma menina entrando na adolescência, com a alma pura e o coração esperançoso, foi estudar na capital gaúcha, mais precisamente na pensão da D. Eufrasina, uma mulher trabalhadora e solidária, que sempre procurou ajudar seus hóspedes.
 A história ocorre em volta da menina, seus anseios, suas curiosidades, suas descobertas e afins. Uma menina que vai descobrindo o caráter das pessoas e como elas são na sociedade naquela época, por volta de 1932. Levando em conta os acontecimentos do mundo, Erico deixa um pouco evidente os conflitos étnicos e religiosos, além dos econômicos.
Um personagem que não deixarei de citar é Seu Amaro, um homem amargurado, triste, solitário e que procura sempre a solidão juntamente com seu piano. Por todo o livro, ele é distante de todos na pensão, apesar de passar um agradecimento e um afeto por todos, especialmente a menina. Há um trecho, de que gosto muito, é da declaração de Seu Amaro para Clarissa, após ela ir agradece-lo pelo presente dos seus quatorze anos. O trecho dizia "Tu nunca poderias compreender. Nem tu nem ninguém sabe quanta ternura há em mim. Eu hei de ser sempre para vocês o Seu Amaro melancólico e taciturno, o Seu Amaro que trabalha num banco e faz música nas horas vagas, o Seu Amaro que vai ler os seus livros à sombra dos plátanos, o Seu Amaro que não sabe fazer um gesto de amizade nem de acolhimento. Vocês nunca compreenderão. E tu, menina, não podes compreender também a alegria íntima que me dás. Porque és poesia, és música, és... Nem sei o que és... Tudo isto se pode sentir, tudo isto se pode pensar. Mas nada disto se pode dizer. Seria piegas, seria idiota, como seria idiota também em dizer que eu te amo. Tenho mais do dobro da tua idade. E algumas rugas no rosto. Pirolito não pode apanhar o raio de sol. O raio de sol é de um outro mundo. Clarissa, se eu pudesse falar, se tu pudesses entender... Eu te diria que nunca desejasses que o tempo passasse. Eu te pediria que fizesses durar mais e mais este momento milagroso. A vida é má, menina, a vida envenena. Amanhã serás gorducha e prática como titia. Amanhã terás filhos, te transformarás numa matrona respeitável. Onde estará a menina em flor que corria no pátio atrás das borboletas? Mas tu tens curiosidade de conhecer a vida... É natural. Talvez nem compreendas a significação deste momento. Quanta coisa eu teria para dizer se eu pudesse falar, se pudesses entender..."
Percebeu como Seu Amaro se abre com Clarissa? Como ele se sente o tempo todo? E o melhor é que ela o vê como inteiro, como verdadeiro, ela vê sua verdadeira essência e o gosta, por isso.
Me identifico muito com Clarissa, essa vontade de conhecer o mundo, de participar das coisas com pessoas que gosto, de ser livre, provar o gosto da liberdade... E sempre Clarissa, em seus devaneios pensa nisso. Em como a vida se tornaria quando ela completasse seus quatorze anos ''eis de ser moça e poderei usar salto alto'' uma inocência fora do comum.
"Uma vez, há muitos, muitos anos, um menino olhou o mundo com olhos interrogadores. Tudo era mistério em torno dele. Era numa casa grande. O arvoredo que a cercava amanhecia sempre cheio de cantos de pássaros. O mundo não terminava ali no fim daquela rua quieta, que tinha um cego que tocava concertina, um cachorro sem dono que se refestelava ao sol, um português que pelas tardinhas se sentava à frente de sua casa e desejava boa tarde a toda a gente. Não. O mundo ia além. Além do horizonte havia mais terras, e campos, e montanhas, e cidades, e rios e mares sem fim. Dava em nós vontade de correr mundo, andar nos trens que atravessavam as terras, nos vapores que cortam os mares. Nos olhos do menino havia uma saudade impossível, a saudade de uma terra nunca vista."
(VERISSIMO, Erico. Clarissa; páginas 34-5)
Essa foi uma resenha postada em um antigo blog meu, no ano de 2013. Mas achei válido postá-la aqui, pois eu amei demais ler a obra e indico para todos, principalmente para quem quer conhecer mais de literatura brasileira!


Especial Suicide Squad - Parte 1: Arlequina

21 julho 2015


     Arlequina (Harley Quinn), é Harleen Frances Quinzel, uma personagem do mundo do Batman, universo da DC Comics. Arlequina é a inimiga de Batman. Segundo fontes, ela não deve ser confundida com a vilã da Era de Ouro, Arlequim, inimiga e mais tarde esposa do Lanterna Verde.
     Harley Quinn era uma ginasta, se destacava no segmento e foi através do esporte que conseguiu uma bolsa de estudos na Universidade de Arkham para estudar medicina. Ela nunca fez o estilo boa moça, então algumas vezes usou artimanhas para conseguir boas notas e coisas extras na faculdade, um desses artifícios era paquerar professores. Depois do seu período na universidade, Harleen começou a trabalhar como psiquiatra no manicômio Arkham vindo posteriormente a ser a médica do Coringa, por quem se apaixonou desesperadamente.
    Sempre desconfiaram que Harley houvesse ajudado o Coringa a escapar da prisão, se tornando amante e parceira de crime com ele. A sua devoção para com o Coringa era totalmente doentia, tornando o relacionamento do casal um tanto complexa, talvez o mais complexo do universo da DC. Coringa  ''ama'' Arlequina e muitos acreditam que ela seja a unica que conseguiu despertar tal sentimento nele. Ele já demonstrou em algumas ocasiões esse amor, mesmo que ele abuse verbal ou fisicamente dela.
     Harley não possui um super poder, mas isso não interfere, já que ela é considerada uma das mais perigosas. A sua inteligência associada ao seu poder estratégico a torna mais ousada e inteligente. Como estudou psiquiatria, consegue desenvolver mentalmente e facilmente relatórios e diagnósticos sobre as pessoas, sobre seus inimigos, a deixando na vantagem. Dizem por ai que ''Graças a injeção dada por Hera Venenosa, Arlequina teve sua velocidade, força, agilidade e resistência aumentadas significativamente, fazendo dela "quimicamente" mais forte e mas rápida que o próprio Batman. Muitas discussões são levantadas se a Harley seria capaz de vencer o Morcego em uma luta. Os argumentos são inúmeros, mais levando em consideração as informações que temos dos quadrinhos, podemos afirmar que a Harley poderia sim vencer o Batman em uma luta, mas teria de estar muito bem preparada, e ainda assim, seria um desafio para ela. Mas em relação ao resto da Bat-família, a Arlequina com certeza seria capaz de vencê-los.''
Em 2016, a DC lança o filme do Esquadrão Suicida e Harley Quinn será interpretada pela maravilhosa Margot Robbie (The wolf of Wall Street). Muitos questionaram o visual adotado, mas particularmente Margot não poderia estar mais Arlequina. Pelo trailer, pudemos perceber toda essa insanidade que a personagem possui. Não poderei esperar menos.


[RESENHA] Filme: O Homem Formiga

20 julho 2015

Ano produção: 2015
Direção: Peyton Reed
Estreia: 16 de Julho de 2015 (Brasil)
Duração: 117 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero: Ação, Comédia e Ficção Científica
País de Origem: Estados Unidos da América

Sinopse: Armado com a incrível habilidade de se diminuir em escala, mas aumentar sua força, o vigarista Scott Lang (Paul Rudd) deve aceitar seu herói interior e ajudar seu mentor, Dr. Hank Pym (Michael Douglas), a proteger o segredo por trás do seu espetacular traje de Homem-Formiga de uma nova geração de crescentes ameaças. Contra vários obstáculos, Pym e Lang devem planejar e executar um golpe que salvará o mundo.

Conhecido nos quadrinhos como criador das partículas Pym (responsável por alterar o tamanho de objetos, e mais tarde de seres humanos),  um dos fundadores dos Avengers, criador da inteligência artificial Ultron (que ganharia consciência e se tranformaria em um vilão) e é claro, Homem-Formiga, Hank Pym é nos apresentado de uma maneira diferente no longa metragem que foi lançado na semana passada.
No filme Hank Pym não desenvolverá o papel de super herói, mas sim de mentor de um novo Homem-Formiga, o então ex-presidiário Scott Lang (interpretado muito bem por Paul Rudd). Conhecemos um pouco do passado de Pym, alguns dos seus feitos como Homem-Formiga, a má relação com sua filha Hope, e como ele encerrou sua carreira de super-herói após a morte da esposa. Porém com a possibilidade de ter um protótipo das partícular Pym desenvolvida como máquina de guerra pelo responsável de sua empresa de tecnologia (Darren Cross), Hank vê a necessidade de reencarnar o Homem-Formiga, e acredita no potencial de Scott Lang para desenvolver esse papel.
Assim como Guardiões da Galáxia, investir em Homem-Formiga foi uma decisão de risco tomada pela Marvel, afinal, quem apostaria em um guaxinim falante cujo melhor amigo é uma árvore que apenas pronuncia três palavras ou em um homem que encolhe e se comunica com formigas?
Felizmente o estúdio sabe muito bem o que faz, e conseguiu produzir os dois com ótima qualidade. Mesmo após o problema com a direção (inicialmente quem era responsável por dirigir o filme era Edgar Wright, de Scott Pilgrim vs the World, que foi substituido por Peyton Reed, de Sim Senhor) o filme não sofreu tanto, e conseguiu manter seu foco. Ele deixou a desejar com os problemas entre Pym e Hope, que acabam sendo mal explorados e logo pai e filha se entendem, além disso o vilão Darren Cross/Jaqueta Amarela é mal desenvolvido e não aparenta ser a grande ameaça que o filme tentou sugerir.
No entanto, temos um Scott Lang interpretando seu papel super bem, tanto como o ex-ladrão tentando mudar de vida pelo bem da sua filha e como herói que não perde a oportunidade de fazer a piada perfeita (característica que já conhecemos bem dos filmes anteriores da Marvel). Temos também a presença dos amigos de Lang (atenção especial para o personagem Luis de Michael Peña que rouba a cena) que acabam contribuindo nas cenas de humor e na aventura de Scott.
As cenas de ação são bem desenvolvidas, assim como o processo de encolhimento do Scott, em que conseguimos acompanhar bem sem ficarmos perdidos. Outro fator que agrada muito são os cenários, as lutas entre o Formiga e o Jaqueta-Amarela em uma micro escala de espaço parecem ser catastróficas, mas quando temos uma visão exterior do espaço percebemos que não apresentam efeito colateral nenhum.
Enfim, Homem-Formiga não é uma das maiores produções da Marvel, e nem creio que será um dos de maiores sucessos, mas foi um filme leve, divertido, e apresentou um personagem que, mesmo de tamanho pequeno, tenho certeza que terá grandes aparições e importância para a fase três dos filmes do estúdio.


[RESENHA] Filme: Cidades de Papel

17 julho 2015

Data de lançamento: 24 de julho de 2015 (EUA)
Direção: Jake Schreier
Produção executiva: John Green
Autor: John Green
Música composta por: Son Lux, John Debney
SINOPSE: A história é centrada em Quentin Jacobsen (Nat Wolff) e sua enigmática vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne). Ele nutre uma paixão platônica por ela. E não pensa duas vezes quando a menina invade seu quarto propondo que ele participe de um engenhoso plano de vingança. Mas, depois da noite de aventura, Margo desaparece – não sem deixar pistas sobre o seu paradeiro.

Não sou muito fã de John Green, então nem dei atenção ao lançamento de Cidades de Papel, fui ao cinema simplesmete por ir e acabei gostando. O filme em si não tem nada de mais, mas mesmo assim conseguiu chamar minha atenção.
Com uma trilha sonora incrível (com direito a Haim <3), Cidades de Papel é um filme leve e divertido que nos apresenta uma mini road trip em que Quentin e seus amigos vão em busca de Margo (até então o grande amor de Quentin). Como os bons filmes de viagens, ela serve para unir ainda mais os amigos e os fazer passar por experiências nunca imaginadas, que vão servir como um marco para o próximo passo na vida de cada um.
O filme também passa uma mensagem legal, sobre as pessoas que vivem em cidades papel e acabam se transformando me papel, aquelas cidades superficiais de pessoas superficiais, que não possuem nada realmente de valor para se espelharem. A busca por Mago ensina a Quentin todas essas coisas, ela possui um espírito aventureiro que a cidade deles não suportava, e ao tentar encontrá-la Quentin encontra o seu “eu” um “eu” que ia além do sonho de cursar medicina, casar e ter filhos. Como diz a autora Françoise Héritier do livro “O Sal da Vida”: O "eu" não é somente aquele que pensa e que faz, mas aquele que sente e que experimenta, segundo as leis, uma energia renovada subjacente, incessantemente renovada. Se fosse totalmente desprovido de curiosidade, de empatia, de desejo, da capacidade de sentir aflição e prazer o que seria esse o que seria esse "eu" que, além do mais, pensa, fala e age?
E acho que foi esse “eu” que Quentin encontrou, acho que foi por esse motivo, por causa dessa reflexão que acabei gostando do filme.

Grande abraço


[RESENHA] Livro: O Aprendiz - Joseph Delaney

16 julho 2015

     O Aprendiz é o primeiro livro da saga As Aventuras do Caça-Feitiço, escrito por Joseph Delaney, publicado pela editora Bertrand Brasil. O Livro conta a história de Thomas Ward, o sétimo filho de um sétimo filho que se tornou aprendiz do Caça Feitiço, um homem frio e distante. Depois de ser recrutado, Tom começa seu treinamento como Aprendiz com o velhote, passa por inúmeras situações, aprende sobre feiticeiras, ogros e línguas e tudo o que o ofício demanda. 
    O Aprendiz é um livro leve, descontraído, mas com uma intensidade muito bacana. Não é um livro chato e maçante, muito pelo contrário, é um livro que não possui um vocabulário rebuscado e nem é extenso, dando uma dinâmica mais interessante para a leitura. Essa primeira parte da história, vemos mais o treinamento de Tom, vamos conhecendo um pouco do que um Caça Feitiço faz, vamos descobrindo o mundo e as criaturas que nele habitam. Como o próprio nome sugere, somos aprendizes daquele universo, assim como o Tom. Então conseguimos identificar seus medos e trazer para nós, acabamos nos tornando o personagem principal, porque a cada nova descoberta do Aprendiz, nós também descobrimos mais sobre aquele universo. 
“— Você tem uma tarefa a cumprir e vai cumpri-la — disse com severidade. — E não só cumpri-la, mas cumprir bem. Casei-me com seu pai porque ele era o sétimo filho. E lhe dei seis filhos para poder ter você. Você é sete vezes sete e recebeu o dom. O seu novo mestre ainda é forte, mas, de certo modo, já passou da sua melhor forma, e seu tempo está chegando ao fim.”
    Para quem é fã desse universo fantástico irá ficar maravilhado com as descobertas, aventuras e sentimentos dos personagens. Tom, o aprendiz, é um jovem sensível, bondoso, inseguro que se vê ali, frente as trevas, as coisas mais sombrias que existem e ele precisa combater este medo, combater toda essa saudade que ele sente de casa, porque ele será o futuro Caça-Feitiço. Ele precisa estar pronto. Eu gosto do Caça Feitiço, acho o velho um cara interessante demais. Ele me lembra um pouco o Gandalf com suas metáforas e seus ensinamentos, é um cara que deve ser bastante considerado.
    Acho que uma das tramas que mais seguraram a minha atenção, é a da mãe de Tom. Ela é alguma, coisa, sabia de alguma coisa e o autor sempre fez questão de deixar subentendido. Não darei spoilers, mas garanto que a gente fica curioso durante o livro todo. Outra personagem misteriosa, é Alice. Uma jovem feiticeira que Tom conhece. No início, ficamos ressabiados se devemos confiar nela ou não, em momentos percebemos nitidamente que ela irá trair a confiança do nosso Aprendiz, mas em momentos, ficamos confusos, porque a personagem é deeeeeeveras misteriosa. Gosto muito dela.
    Para quem gosta do gênero, eu indico. Vale muito a pena embarcar nessa aventura, conhecer esse novo mundo. Eu tive uma experiência bem legal e todos que eu conheço que leram, também curtiram. Se você busca uma leitura bem tranquila, acho que esse é uma boa dica.

Título: O Aprendiz: As Aventuras do Caça Feitiço - vol. 1
Autor: Joseph Delaney
Editora: Bertrand
Páginas: 224
Ano: 2008
Sinopse: Thomas Ward é o sétimo filho de um sétimo filho e se tornou aprendiz do Caça-Feitiço. A missão é árdua, o Caça-Feitiço é um homem frio e distante, e muitos aprendizes já fracassaram. De alguma forma, Thomas terá de aprender a exorcizar fantasmas, deter feiticeiras e amansar ogros. Quando, porém, é enganado e cai na armadilha de libertar Mãe Malkin, a feiticeira mais malévola do Condado, tem início o horror... e uma grande aventura!




Wishlist Agosto 2015 - Livros

13 julho 2015

Depois de muito tempo sem comprar livros novos por causa da falta de remuneração e faculdade, finalmente estou pronta para embarcar novamente na jornada literária. Agosto é o mês do meu aniversário, então pretendo me presentear com todos aqueles livros que eu quero ler há anos, mas que por algum motivo, acabei não comprando-os. Vamos lá?

Título: Através do Universo
Autora: Beth Revis
Ano: 2012 
Páginas: 408
Idioma: português 
Editora: Novo Século
Sinopse: Amy deixou para trás seus amigos, seu namorado, seu mundo inteiro para se juntar aos pais a bordo da nave espacial Godspeed. Para a longa viagem, ela e seus pais foram criogenicamente congelados, esperando enfim acordarem em um novo planeta: Terra-Centauri. Porém, cinquenta anos antes do previsto, a câmara criogênica de número 42 é misteriosamente desligada, e Amy se vê forçada a sair de seu profundo sono de gelo. Alguém havia tentado matá-la. Agora, Amy está presa em um novo – e pequeno – mundo, onde nada parece fazer sentido. Os 2312 passageiros a bordo de Godspeed são liderados pelo tirânico e assustador Eldest. Elder, seu rebelde sucessor, parece ao mesmo tempo fascinado por Amy e ansioso por descobrir nele mesmo tudo o que se espera de um líder. Amy quer desesperadamente confiar em Elder, mas será que ela deve colocar seu destino nas mãos de um garoto que jamais conhecera a vida fora daquelas frias paredes de metal? Tudo o que Amy sabe é que ela e Elder devem correr para desvendar os segredos mais ocultos de Godspeed, antes que o assassino tente matá-la novamente.

Título: Outlander: A viajante do Tempo
Autora: Diana Gabaldon
Páginas: 800
Idioma: Português
Ano: 2014
Editora: Saída de Emergência Brasil
Gênero: Fantasia, Ficção científica 
Sinopse: Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros. Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente? 

Título: Cemitério dos Dragões - Vol. 1
Coleção: Legado Ranger
Autor: Raphael Draccon
Páginas: 352
Editora: Rocco
Ano: 2014
Idioma: Português
Sinopse: Em diferentes pontos do planeta Terra, cinco pessoas com histórias e origens completamente distintas desaparecem por motivos variados e acordam numa outra realidade. Em meio a guerras envolvendo demônios, dragões, homens-leão, seres fantásticos e metal vivo, os cinco precisam compreender os motivos de estarem ali e combater um mal que talvez não possa ser impedido.
Este é o mote de Cemitérios de Dragões, o novo romance de Raphael Draccon, que marca a estreia do selo Fantástica Rocco. No livro, o autor de Dragões de Éter apresenta uma versão moderna e adulta de um universo inspirado por séries queridas por toda uma geração como Jaspion, Changeman, Flashman, Black Kamen Rider e Power Rangers.

Esses são os três principais, mas ainda devo acrescentar o Box do Sherlock Holmes, que estou doiiiida para ler! Vocês já lerão algum destes? Me contem!




[RESENHA] Filme About Time

10 julho 2015

Sinopse: Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir. Cético a princípio, Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu pode provocar consequências inesperadas.

 Título Brasil: "Questão de Tempo"
 Ano: 2013
 Direção: Richard Curtis
 Roteiro: Richard Curtis
 Elenco: Dohmnall Gleeson, Rachel McAdams, Bill Nighy e outros.
 Gênero: Romance, Drama, Comédia
 Duração:123 min

     “Questão de Tempo” estava na minha lista havia algum tempinho (graças a dica de uma amiga) e aproveitei minhas férias para colocá-lo em dia. Estava com uma espectativa muito boa para esse filme, e ela foi completamente superada! É um daqueles filmes leves que nos faz ficar com um sorriso bobo no rosto durante todo o tempo.
     Com a combinação perfeita entre cenário, trilha sonora e atores, ele consegue fazer com que nos encaixemos nas ocasiões que são propostas. Família, amizade, trabalho, namoro, casamento, filhos, perca de um ente querido, tudo isso faz parte da nossa vida, e mesmo que ainda não faça sabemos que um dia passaremos por esses momentos. E isso é uma das coisas que mais me encantou no filme, são pessoas com personalidades diferentes, vivendo uma vida que as pessoas "reais" vivem, tendo que lidar com problemas reais.
     Tudo bem que temos o elemento fictício "viagem no tempo" mas isso só encarece o longa, podemos não ter as habilidades do Tim, mas ao longo do filme,percebemos que isso não é algo necessário. Temos uma vida, e não precisamos voltar ao tempo para vivê-la. Assim como Tim só usa seus poderes para aperfeiçoar o que já viveu, as melhores descobertas e lembranças ocorreram sem precisar volta ao passado.
     Um dos momentos mais lindos e marcantes, é quando o pai de Tim conta a ele seu segredo para a felicidade, e Tim passa a colocá-lo em pratica: ter uma vida simples e viver o mesmo dia duas vezes, reparando nos pequenos detalhes. Bem, no nosso caso não podemos viver o mesmo dia duas vezes, mas isso não nos impede de repararmos nos pequenos detalhes! Dar "bom dia" para a atendente do restaurante e ver como ela retribui com um sorriso sincero, reparar como o dia está bonito ou naquele casal recém apaixonado que estão vivendo seus melhores dias. Pode parecer que não, mas se nos acostumarmos a vermos essas pequenas coisas a vida vai se tornando mais leve e cada vez mais leve, e aos poucos transformando até os dias ruins em dias bons, porque sempre teremos alguma coisa bela para aproveitar.
“Questão de Tempo” é isso, um filme para se assistir e levar no coração como lição de vida. Espero que tenham gostado e aproveitem para assisti-lo :).
Abraços, Helo.

5 coisas que eu quis ser

04 julho 2015

Eu estava procurando alguma TAG ou algo do tipo para escrever. Tenho mesclado bastante os gêneros das postagens aqui no blog, porque postar apenas resenhas ou apenas textos reflexivos é cansativo para mim. Devo dizer que minha criatividade tem andado em alguma galáxia bem longe de mim, então tags estão sendo as minhas salvações para esse bloqueio criativo chato. Bem, ''5 coisas que eu quis ser'', vi no blog Fleur de Lune e achei legal para falar aqui no blog.

Eu já quis ser taaaaaaaaaaanta coisa! Já idealizei várias profissões, várias coisas que muitas vezes eu tive que me auto explicar ''vamos com calma Anne'', porque meus sonhos e vontades sempre voam longe.

Na época do ensino médio, eu queria ser Diplomata. Sempre gostei de filmes que relatavam o terrorismo no oriente médio e, mesmo soando meio ''doentio'' para quem é de ''fora'', eu sempre quis trabalhar com isso, combatendo o terrorismo em prol da paz no mundo. Na época, a faculdade de relações internacionais estava batendo na porta a todo vapor. Eu sou INFJ, o advogado, quero sempre salvar o mundo, as pessoas, estou sempre idealizando. Gosto muito do trabalho que a ONU faz, ainda tenho vontade de trabalhar na área, mas não sei se é combatendo o terrorismo. Me inspiro muito no trabalho da Angelina Jolie e, caso eu siga essa carreira um dia, quero ser igual a ela.

Sempre quis ser uma Elfa. Sim gente, uma elfa. Por que? Não sei. Antes de eu ter alguas problemas npsicológicos e começar a odiar a vida, eu queria ter a imortalidade e ser bonita como a Galadriel ou a Arwen, rs. Como sou apaixonada pelo universo do Tolkien, é compreensível a minha vontade de viver uma fantasia assim.  Morar em Valfenda, comer alface, tocar arpa... Ah que sonho!

Talvez aqui, é o que eu quis ser e o que eu quero ser. Jornalista. Meu passado e futuro. Sempre me imaginei trabalhando em Nova York, tomando café naquelas padarias aconchegantes e tudo mais. Acho que maior que isso, é o meu talento comunicativo. Sim, pode soar pretensioso, mas eu nasci para isso. Eu não curso jornalismo AINDA, mas cursarei. Tenho uma facilidade enorme em me comunicar, seja através da escrita ou oralmente. A verdade é que é quase um dom. Esse dom anda sendo meio desperdiçado, mas ok. Mesmo que muitas pessoas falem para mim, que eu irei morar embaixo da ponte, que o profissional de jornalismo não é tão bem remunerado (oi?) e que qualquer um pode ser, eu acredito que nada disso interfere na minha vontade de trabalhar com isso.

Se você me conhece um pouquinho, deve saber que amo natureza e por isso já pensei em ser bióloga. É, eu sempre amei natureza, animais e sempre amei protegê-la. O oceano sempre foi minha prioridade, portanto a biologia marinha sempre foi minha gancho dentro da biologia. No entanto, a grade de exatas me afastou do curso e acabei indo para humanas. Talvez um dia, quem sabe, eu vá para essa área. Me daria bem tenho certeza. Quem sabe né?

E por fim, escritora. Esse talvez entraria no ''jornalista'', mas acho que precisarei falar dele separadamente. Eu escrevo fanfics, escrevo para o blog, escreve em todo canto. É tão óbvio eu quero ter um livro publicado algum dia. É uma coisa que eu idealizo muito. Eu quis ser escritora, eu quero ser escritora. Sei que o caminho é árduo, mas percebo que os autores nacionais estão cada vez mais ganhando espaço e isso me anima!

[RESENHA] Filme Begin Again (Se nada der certo)

01 julho 2015

Título no Brasil: Se nada der certo
Ano produção: 2013
Direção: John Carney
Estreia: 18 de Setembro de 2014 (Brasil)
Duração: 104 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero: Comédia, drama, música
País de Origem: Estados Unidos da América

Sinopse: Gretta (Keira Knightley) e Dave (Adam Levine) são namorados de longa data e parceiros na composição de músicas. Quando ele consegue um contrato com uma grande gravadora em Nova York acaba deixando tudo para trás, inclusive Greta. Mas a vida da jovem tem uma nova virada quando ela conhece Dan (Mark Ruffalo), um produtor musical falido que a vê cantando em um bar e se encanta com seu talento.
     É, esse filme entra naquela listinha dos ''eu não esperava nada e me apaixonei''. Eu vi um quote em uma página de filmes do facebook e me interessei. Afinal, música e drama na mesma história é sinônimo de vários lencinhos para enxugar as lágrimas. Begin Again é um filme despretensioso, lindo, que passa uma lição incrível e que com certeza acrescentou na minha vida.
     Eu sempre gostei do trabalho da Keira Knightley, mesmo que muitos críticos falam que ela é atriz de uma expressão só. Não sei se ela acertou os papéis em que aceitou fazer, ou se os filmes são tão bons que fazem a gente se esquecer da atuação dela, não sei, mas eu gosto dos trabalhos da Keira e sempre assisto quando posso. Agora, imagina a junção de Keira Knightley e Mark Ruffalo? E ainda de quebra, temos Adam Levine. Claro que o resultado seria interessante. 
     O filme já se inicia com a jovem Gretta cantando sua música, carregada de drama e simplicidade. Em seguida, vemos a vida do Dan, o produtor musical falido, todo fodido da vida, 99% demitido da gravadora, todo afundado no álcool e sem perspectiva. Nós, os expectadores, sabemos o que ele procura: originalidade. Ele escuta várias músicas, de várias pessoas querendo alcançar o sucesso e simplesmente acha tudo uma merda. Convenhamos, o que há de original no cenário musical atual? Eu compreendi totalmente ele, porque autenticidade é totalmente utópico nos dias atuais; no entanto, ele encontra esse detalhe tão minucioso, em Gretta. Uma das cenas mais lindas do cinema com certeza é dele imaginando todos os instrumentos compondo a música dela, que até então era apenas cantada por uma bela voz e um violão. Achei espetacular o que Dan enxerga em Gretta. 
     Dan fala com Gretta, mas ela não acredita no seu próprio potencial. Ai vemos que o talento dela estava tão introspectivo, que aquela brecha de aflorar e vir a tona, fez com que ela não se sentisse boa o suficiente para seguir o conselho de Dan. Uma jovem frustrada, prestes a deixar New York City, a cidade que nunca dorme, porque seus planos haviam ido para o beleléu. Mas ela houve a voz da razão, ou seria a voz do bêbado-falido-produtor-fracassado-musical? A questão é que ela se joga e é ai que começamos a perceber que o filme merece cinco estrelas.

"Então você se encontra no metrô,
com seu mundo em uma bolsa ao seu lado
E quando tudo parecia bem,
você percebe que é o fim da linha.
Se vale de alguma coisa.. Lá vem o trem.. sobre os trilhos..
lá se vai a dor.. e o filme acaba.
Você está pronto para o último ato?
Para dar um passo que você não pode voltar atrás?
Ela te amou? Ela te derrotou?
Ela estava de joelhos quando beijou sua coroa?
Diga-me então o que encontrou..
Então você se encontra no metrô.. com seu mundo em bolsa ao seu lado.''

     O relacionamento de Dan e Gretta vai florescendo, florescendo, vai criando proporções imensas. Nós sabemos que eles possuem uma ligação profunda, que eles tem tudo em comum, que eles ficariam juntos (no sentido romântico) sim! Mas John Carney soube dosar a forma como os dois iam conduzindo a relação e no final, percebemos que fizeram o certo em continuar amigos. A relação íntima criada, o desejo especial de cuidar e ajudar um ao outro, a cumplicidade, lealdade é muito mais intenso que qualquer romance. Acho que o final do filme foi perfeito; não foi clichê, não foi pedante, foi lindo. 
"Por isso eu gosto de música. Uma cena banal de repente se enche de significado. Todas as banalidades, de repente, tornam-se pérolas de beleza e efervescência".
Vocês perceberam que eu amei o filme né? Sim! Por isso, se você quer um filme descontraído, mas intenso e bom, é uma ótima atração. O filme passa uma mensagem sobre superação, sobre acreditar no seu potencial, sobre como a música é capar de transformar. E vocês? Já assistiram? Se sim, me conte!