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[642 coisas] O que você sente sobre o "amor" ultimamente?

29 junho 2015

     Estava olhando para a listinha das 642 coisas sobre as quais escrever e me deparei com o item 104 ''O que você sente sobre o ''amor'' ultimamente?". Com tanta intolerância, ódio e falta de empatia que nos tem cercado neste país tão grande, mas tão pequeno mentalmente ao mesmo tempo, tenho sentido e percebido que as pessoas estão subestimando o amor e o pior de tudo, estão escolhendo não usa-lo. 
     Eu tenho sentido, que as pessoas estão com mais medo ainda de amar. Eu não estou falando exclusivamente do amor romântico, mas sim do ato de amar em si. Amar coisas, pessoas, lugares. Todo mundo aparentemente desistiu de amar e distribuir amor. Eu sou uma das maiores defensoras da causa LGBT do Brasil e do mundo e sempre quando me deparo com pessoas querendo impedir que os casais homossexuais se amem, se casem, construam uma família, eu fico: NÃO GENTE VOCÊS ESTÃO FAZENDO TUDO ERRADO! Não é possível que as pessoas estejam sendo contra compartilhar amor. Compartilhar amor, doar amor, receber amor gente. Toda forma de amor é válida. Não vamos subestima-la e substitui-la por ódio e intolerância.
     Amar é tudo de bom. Se permitir amar é tudo de bom. Não vamos substituir esse ato tão singelo e maravilhoso por palavras negativas e de ódio. Eu repito esse discurso, porque se você que está ai lendo é uma pessoa que está barrando o amor, está bloqueando esse sentimento tão bonito, eu quero que pense melhor, que reflita. O amor é para ser sentido, preservado e apreciado.
     Ame uma música, uma banda, um jardim, uma pessoa, um livro, seu computador, ame animais, ame ajudar, ame dançar, ame cozinhar, ame acordar, ame ir a uma festa, ame viajar, ame a si mesmo. Ame. Não desperdice a chance de gerar amor e de doa-lo. Não aguento mais sentir que esse sentimento está sendo substituído e subestimado. 

É possível ter privacidade na internet?

28 junho 2015

     Essa pergunta vem rondando minha cabeça nos últimos tempos. É possível ter privacidade na internet? Com tantas redes sociais, fica fácil qualquer pessoal, em qualquer lugar, obter qualquer informação sua. Afinal, em tempos modernos, usamos o facebook, twitter, whats app, blog e até o tinder, para nos comunicarmos. É quase impossível a chance de alguém não ter o ''zap zap'' ou uma conta no facebook em pleno 2015. No entanto, será possível mantermos a privacidade com todos esses meios de comunicação que existem?

     Não tem nada mais desagradável do que um conhecido seu, chegar em você no meio da rua (aqueles encontros ocasionais que a gente odeia) e dizer ''vi no teu twitter que você está sofrendo por amor'', ou por exemplo, alguma pessoa publicar na sua linha do tempo no facebook ''ô sua vaca, me paga o que deve'' ou pior, casais trocando intimidades beeeeeeeem íntimas no facebook. Será que existe um limite para toda essa exposição? Acho que sim, mas não podemos nos esquecer da famosa liberdade de expressão (nunca confundam liberdade de expressão com liberdade de opressão!) está ai para isso. Eu cito o meu próprio exemplo, tenho twitter desde 2009, quase 180 mil tweets (caramba!), ou seja, eu tuito muito! Comento premiações, jogos de futebol, falo sobre tudo da minha vida, converso com as pessoas, foi lá que fiz amizades importantes e tudo bem. 99,9% das pessoas que me seguem por lá, não me conhecem pessoalmente e isso me deixa bem, porque independente do que eu postar lá, as pessoas não irão me encontrar na rua e comentar sobre o que escrevi. 

     Claro, a partir do momento em que colocamos algo na internet, corremos o risco de alguém indesejado ler, mas será que é possível ainda termos um pouco de privacidade? Mesmo que seja um pouco utópica? Veja bem, se você trancar seus tweets, só liberando para quem quiser, outras pessoas não irão ver. No facebook, se você aceitar só pessoas que quer, outras alheias também não irão ver.

     A questão aqui é, todo mundo tem o direito de postar o que bem entender na internet, com bom senso claro, mas acredito que quem lê também precisa desse tal bom senso, porque fazer comentários indesejados, ou qualquer coisa que denigra a imagem de quem postou, ou até incomode e faça mal de alguma forma, não é legal. Você pode ter o direito de questionar algo, desde que seja educado e não seja invasivo

     Em suma, acho que da sim para termos uma certa privacidade na internet. É como usamos e com quem compartilhamos que devemos sempre tomar cuidado. Esperar bondade de uma pessoa com caráter duvidoso, é esperar que algo de ruim aconteça. Por isso, filtrar as redes sociais, tanto em quem adiciona quanto no que se posta, pode ser uma solução pronta e cabível. E se você é um stalker, que fica olhando as redes sociais das pessoas o dia inteiro, a lição é: não seja a pessoa chata que fica fuçando nas redes sociais alheias. 

[RESENHA] Sommaren Med Monika - Filme

25 junho 2015

Ano: 1953
Direção: Ingmar Bergman
Estreia: 9 de Fevereiro de 1953 (Mundial)
Duração: 96 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero: Drama e Romance
País de Origem: Suécia

Sinopse: Harry Lund tem 19 anos de idade e trabalha numa loja de porcelanas. Quase vizinho a ele, na loja de verduras, trabalha Monika, uma simpática e alegre garota de 17 anos. Assim que eles se conhecem a paixão explode. Mas por causa da idade deles, os dois sofrem com a intereferência dos mais velhos. Monika briga com os pais e decide sair de casa. Harry discute com o chefe e pede demissão. Sem mais nada que os prendem na cidade, os jovem decidem fugir de barco para uma ilha e passar algumas semanas juntos.
     Em fevereiro de 1953, estreava Sommaren Med Monika, traduzido no Brasil como "Monika e o Desejo''. Achei esse filme perdido na minha lista de desejos no filmow e acabei assistindo ele em um dia que não tinha muitas coisas para fazer. Conhecia alguns trabalhos do Bergman, mas nunca me aprofundei no cinema sueco e talvez aqui tenha sido o meu grande erro. Sommeren Med Monika, conta a história de dois jovens que se apaixonam perdidamente e decidem fugir. Parece um clichê? E até certo ponto pode ser considerado, mas o filme é deveras sincero sobre o amor, os relacionamentos e suas facetas.

     Aqui temos um Bergman mais realista, mas ainda assim ele nos passa uma mensagem bem simples, mas forte: que é o amor na sua forma mais idealista, e enquanto ele é ideal, ele é lindo e maravilhoso; mas um relacionamento, uma vida conjunta, a dois, é muito mais que o amor e às vezes, não é o suficiente se amar. O filme retrata isso, os relacionamentos. Os verdadeiros relacionamentos. Essa paixão avassaladora, que nos derruba muitas vezes, passa quando precisamos enfrentar problemas que nunca pensaríamos que fôssemos passar. 
     Somos pessoas espiando a vida de Monika e Harry. Vemos uma Monika ''louca'', extrovertida, alegre e arrisco um pouco fora do ''padrão'' que as mulheres daquela época precisavam seguir. Harry já um pouco mais calado, no entanto, era visivelmente possível enxergar a chama em seus olhos. A juventude florando, o desejo, o sexo, a vontade de fugir daquele sistema. Falando em flores, percebi uma metáfora sobre elas neste filme. No início do filme, em uma cena, é comentado que os novos amores surgem e florescem na primavera. Em seguida vem o verão, contido no título do filme, e com ele vem a felicidade desse novo amor, desse novo relacionamento. Depois vem o outono, onde aquelas flores que surgiram na primavera, começam a se fecharem, secarem e por fim, caírem. E no final, encerrando o ciclo, vem o o inverno e nesse fim não há nenhum vestígio do das flores que um dia floresceram, apenas os frutos colhidos durante todo aquele período, que as flores (relacionamentos) são capazes de produzir. 
     Eu gostaria muito de entender mais o cinema sueco e o próprio Bergman, no entanto, não possuo conhecimento o suficiente para citar suas influências, além do espelho no cinema francês da época. Aqui vemos a passagem da adolescência para a vida adulta e todo o transtorno que todos nós passamos ao adquirir certas responsabilidades que antes não tínhamos. Talvez para os amantes de 'O sétimo Elo'', também filho de Bergman, percebam que Sommaren Med Monikas é um filme que ausenta de uma filosofia profunda, sendo mais bucólico e simples. 

     Eu acho que é um bom filme para conhecermos mais sobre o cinema sueco e dos anos 50 de uma forma geral. Para quem gosta de mergulhar em filmes assim, eu indico sem hesitar. Consegui me apaixonar por Monika, consegui rir com os momentos descontraídos e ao mesmo tempo me entregar ao drama apresentado com o fim do ciclo. Espero que vocês tenham a mesma experiência que eu. 

[RESENHA] Série - Sense8

16 junho 2015

Ano produção: 2015
Direção: Andy e Lana Wachowski, Dan Glass, James McTeigue e Tom Tykwer
Estreia: 5 de Junho de 2015 
Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero: Drama, Ficção Científica
Canal: Netflix


Sinopse: A série foca em oito personagens espalhados pelo mundo que se ligam mentalmente e emocionalmente após uma morte trágica. Eles podem não só conversar entre si como ter acessos aos mais profundos segredos de cada um. Juntos eles precisam não apenas entender o que aconteceu e o porquê, como fugir de uma organização que está atrás deles para capturá-los e estudá-los.
Eu achava que não poderia assistir uma série desse gênero no ano de 2015. Na verdade, eu acho que nunca pude imaginar que assistiria qualquer coisa parecida na minha vida. Os irmãos Wachowski usaram toda a genialidade e competência do universo ao nos apresentar Sense8.
São oito pessoas ao redor do mundo que nunca se viram na vida. Não sabiam da existência um do outro e de repente se viram ligados mentalmente e sentimentalmente um com os outros. A série mostra a vida de todo mundo de uma forma muito honesta, não teve medo de mostrar o pior lado do ser humano e também mostrou como tudo influencia na pessoa que nos tornamos. Acredito, que é uma das séries, se não for A série, que mais retratou a realidade da forma que ela é, crua e má. 

     Eu acho que a história que mais me doeu foi a da Nomi, uma transsexual que sofreu abusos quando criança por seus coleguinhas, viu o pior das pessoas como sua mãe, viu e sentiu o preconceito de uma das formas mais sofridas do mundo. Os diálogos entre ela e seus colegas sensetes foram espetaculares. A conversa dela com Lito, um ator mexicano famoso, mas que se esconde no armário porque tem medo de perder a carreira por ser gay, foi uma das que mais me tocaram. Eu sou hétero, mas me senti na pele quando Nomi diz "The violence that I realized was unforgivable... Is the Violence that we do to ourselves. When we are too afraid to be who we really are." 
     Eu poderia ficar falando sobre todos os personagens e todas suas peculiaridades. Eu amo cada um dos 8. Não tem um que eu goste menos, porque para mim eles se completam. Kala a indiana que precisa seguir sua cultura se casando com um homem que não ama. Lito o ator mexicano que tem medo de sair dos armário e perder a carreira, Nomi a transsexual lésbica que sofre preconceito (óbvio) da sociedade, incluindo de algumas pessoas da comunidade LGBT, Wolfgang um alemão que dispensa comentários rs, Capheus africano que sofre para caramba para sobreviver e conseguir os remédios para mãe, que é portadora de AIDS (Talvez seja o mais lindo de todos), Sun a coreana que sempre foi rejeitada pelo pai e irmão milionários, Riley  a islandesa que mora em Londres e que tem uma história triste para caramba e Will, um policial norte americano típico, que coloca a lei e a bondade acima de tudo. Cada um com sua história, com sua vivência, com seus sentimentos e desejos. Mas eu quero que vocês descubram cada um deles assistindo a série. 

     Netflix acertou em cheio quando não teve vergonha de mostrar a vida humana como ela é, e nesse caso, quando digo ''ela é'', quero dizer sobre sexo. Muitas produções se perdem no medo de mostrar uma nudez masculina frontal, porque acham que seria uma afronta, mas se esquecem de que isso existe na vida real mesmo. Sense8 tem sexo lésbico, tem sexo hétero, sexo gay, orgia, nu frontal masculino, peitos e muito amor. A forma como trataram o sexo, não foi de uma forma vulgar. Foi sensual, foi lindo e foi poético. Quando vocês assistirem, entenderão do que estou falando.
      Sense8 é uma das melhores surpresas nos meus 19 anos e meio de vida. Eu chorei, sorri, quis abraça-los, cuida-los. Não teve um episódio ruim, um episódio que valeu menos a pena. Eu poderia ficar horas e horas falando sobre como essa série é incrível, mas talvez eu tiraria toda a sensação de assistir a série sem saber o que irá acontecer. Se vocês tiverem a oportunidade, não hesitem. A temporada completa com 12 episódios já está disponível no netflix e aposto que já tem os episódios no pirate bay e kickass. Aproveitem! Desfrutem dessa obra MARAVILHOSA. A nota que dou é 11, porque 10 é muito pouco.

Carta para tudo aquilo que eu quis dizer e não disse

15 junho 2015


Olá,

     Eu realmente me sinto angustiada e amargurada neste momento. Deixei as coisas passarem dos limites, fugirem do meu controle. Hoje estou aqui, me remoendo por não ter dito algumas coisas que precisavam serem ditas. Estou aqui, morrendo por dentro por ter deixado de falar como me sentia em relação a tudo e a todos. Essa carta é para tudo isso. 
     Eu primeiramente gostaria de dizer o que devia ter dito aos meus pais: Que eu não quero mais viver com eles, porque estou exausta de criar situações na minha cabeça e não conseguir coloca-las em prática. Deveria ter dito mais uma vez que o que eles querem para mim, não é o mesmo que EU quero para mim. Eu deveria ter dito para todos que eu não sou uma pessoa formal e que quero viver em meio as palavras escritas, em meio a arte, a música. 
     Eu deveria ter dito para aquele que eu julgava ser merecedor do meu amor, que ele realmente merecia aquilo e tanto quanto eu, merecia a felicidade verdadeira. Eu deveria ter dito o quão incrível ele era, mesmo quando errava. Eu deveria ter dito que os olhos dele me transmitiam paz e que seus lábios me faziam sentir uma sensação boa e incomum. Queria ter pedido para que ele ficasse
     Eu deveria ter dito para todas as pessoas que passaram por minha vida e que eu gostaria que tivessem ficado, mas não ficaram, que eu tenho orgulho do que estão se tornando. Deveria ter dito o quanto gostava da companhia delas e o quanto queria que elas continuassem na minha vida. 
     Eu deveria ter dito a mim mesma, que eu não deveria ter medo de seguir as coisas que eu acredito. Que eu deveria correr atrás dos meus sonhos e não desistir. Eu deveria dizer a mim mesma, que a vida é bela e que toda essa tristeza irá passar. Eu deveria ter dito para mim, que sou uma pessoa maravilhosa mesmo quando erro e mesmo quando a luz parecer insuficiente para me manter em pé. Eu deveria ter dito para mim mesma, que não importa o quão hard a vida tem sido, que eu irei conseguir encontrar o caminho certo para ser um ser humano melhor. 
     Eu deveria ter dito tanta coisa; mas, no entanto, todavia, eu estou aqui, revivendo um passado que não me pertence mais. O que eu tiro dessa carta, é o apresso que possuo por quem me quer bem, é a vontade de fazer tudo diferente. Eu deveria ter certeza que não precisarei escrever uma carta como essa novamente, porque quero que tudo o que tenha que ser dito, seja. 

[Resenha] A delicadeza do Amor

11 junho 2015

Direção: David Foenkinos, Stéphane Foenkinos
Gênero: Romance, Comédia
País: França
Ano: 2011

Sinopse: Nathalie (Audrey Tautou) é jovem, bonita, tem um casamento perfeito e leva uma vida tranquila, com tudo no lugar. Contudo, quando seu marido vem a falecer após uma acidente, seu mundo vira de cabeça para baixo. Para superar os momentos tristes, ela decide focar no trabalho e deixa de lado seus sentimentos. Até o dia em que ela, sem mais nem menos, tasca um beijo em Markus (François Damiens), seu colega de trabalho e os dois acabam embarcando numa jornada emocional não programada, revelando uma série de questões até então despercebida por ambos, o que os leva a fugir para redescobrir o prazer de viver e entender melhor esse amor recem-descoberto.

"A Delicadeza do Amor" é um filme extremamente delicado (como o próprio título sugere), leve e lindo! Ele se enquadra nos filmes que não precisamos ter realmente vivenciado certos acontecimentos mas que nos identificamos muito. A personagem principal, Nathalie (interpretada por Audrey Tautou) consegue expressar seus sentimentos além da tela. Amamos com Nathalie, sofremos com Nathalia, e reencontramos o amor com Nathalie.
Uma das coisas que mais gostei no filme foi o modo como os cortes foram feitos. Os tempos "mortos" não eram necessários então eles simplesmente foram eliminados. E isso se passa em questões de anos, temos Nathalie recém viúva e logo depois já se passaram três anos da morte de seu marido. E é aí que a história começa, em que acompanhamos ela reconhecendo o amor, mesmo sem perceber ele floresce dentro dela de uma forma imaginável e por alguém imaginável que surpreende o próprio espectador.
 Não pretendo falar muito sobre o filme em si, porque quebraria toda a magia da obra. O que eu realmente gostaria de frisar é o quão lindo ele é. Como te faz sentir mais leve e entender que tudo o que acontece conosco é uma questão de tempo, que os sentimentos não aparecem do nada, eles são como rosas, que florescem lentamente, nos permitindo apreciar sua beleza vagarosamente, etapa por etapa.

Enfim, espero que tenham se interessado pela "A Delicadeza do Amor" e que sintam o quão belo ele é.

Até mais, Helo.

Nunca se esqueça de quem você é

07 junho 2015

     Às vezes a gente acorda com o pé esquerdo e esquece tudo o que já fizemos de bom (e o que recebemos também). Às vezes acordamos, mas continuamos dormindo. Dormindo em relação a vida das pessoas a nossa volta, dormindo em relação a nós mesmos e nossos sonhos. Deveríamos acordar e sempre lembrarmos quem somos. Se lembrar da forma como amamos, como vivemos, como existimos. Se lembrar faz parte, não podemos nos esquecer nunca. Até mesmos as dores, tão intensas as vezes, até mesmos as decepções, os amores, a notalgia, o passado, o futuro... Lembrar faz parte. Nunca podemos nos esquecer disso. 
     Lembrar do sorriso que demos para uma pessoa desconhecida, se lembrar de dar o bom dia para pessoa que mais ama, você mesmo. Nunca se esquecer de dizer para si mesmo que se ama. A questão aqui é não se esquecer da pessoa que você é em meio as dificuldades. É se lembrar de que você tem o controle da sua vida e de suas ações e que a qualquer momento você pode mudar as coisas e se não gostar, mudar de novo. A mudança nunca foi algo que necessariamente estava ligado a esquecer. 
     Se lembre dos sorrisos, dos abraços quentinhos, dos beijos, das caricias, do sentimento de pertença, da história de um livro que leu, do cachorro que brincou na rua, do som dos pássaros, sua música favorita, a primeira vez que se apaixonou. Se lembre de você, lembre-se quem é você. Sempre. Lembre-se quem são as pessoas a sua volta, lembre-se dos sons, do gosto, da visão. Lembre-se.

Nunca se esqueça.
Por mais que doa.

Top 5 livros favoritos da Helo

03 junho 2015



5. QUEM É VOCÊ ALASCA?
SINOPSE: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras - e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o 'Grande Talvez'. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez.
AUTOR: John Green

“Quem é você Alasca?” se tornou um dos meus livros favoritos por simplesmente sair do que estava acostumada (livro de fantasias e etc) e por superar as minhas expectaivas. Na época em que o li, John Green estava no seu ápice com “A Culpa é das Estrelas”, e confesso que fiquei meio de nariz torto para as outras obras de autor. Porém, duas amigas minhas me convenceram a ler “Alasca” (inclusive uma delas é a Anne) e acabei me apaixonando pelo livro! Ele me passou uma energia muito boa, e até hoje gosto de reler algumas passagens que me emocionaram.

“Quando os adultos dizem: “Os adolescentes se acham invencíveis”, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia, nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos se esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e de fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar”

4.O DRAGÃO DE GELO

SINOPSE: O dragão de gelo era uma criatura lendária e temida, pois nenhum homem jamais havia domado um. Quando sobrevoava o mundo, deixava um rastro de frio desolador e terras congeladas. Mas Adara não tinha medo. Pois Adara era uma criança do inverno, nascida durante o frio mais intenso de que alguém tinha memória. Adara não se lembrava de quando viu o dragão de gelo pela primeira vez. Parecia que a criatura sempre estivera em sua vida, avistada de longe enquanto ela brincava na neve gelada durante muito tempo depois de as outras crianças terem fugido do frio. Aos quatro anos ela o tocou, e aos cinco montou no dorso imenso e gelado do dragão pela primeira vez. Então, aos sete anos, em um dia calmo de verão, dragões de fogo vindos do norte desceram sobre a fazenda pacífica que era o lar de Adara. E apenas uma criança do inverno - e o dragão de gelo que a amava - poderiam salvar o seu mundo da completa destruição.

AUTOR: George R. R. Martin

“O Dragão de Gelo” me conquistou pela sua simplicidade. É um livro infantil com ilustrações magníficas de Luis Royo. A história é simples, por ser um conto infantil, mas não deixa de ter a marca de qualidade do George R. R. Martin.
3. CICLO A HERANÇA (ERAGON)
SINOPSE: Eragon é uma história repleta de ação, vilões e locais fantásticos, com dragões e elfos, cavaleiros, luta de espada, inesperadas revelações e uma linda donzela. Inspirado em
J.R.R. Tolkien, que criou idiomas para os diálogos de seus personagens, Paolini utiliza o norueguês medieval para a linguagem dos elfos e inventa expressões específicas para os anões e os urgals, de modo a dar veracidade ao lendário reino de Alagaësia, onde a guerra está prestes a começar.

AUTOR: Christopher Paolini

O “Ciclo A Herança” me levou para um mondo incrível e inimaginável para mim, até então. Comecei a lê-lo no ano em que o quarto livro (Herança) foi lançado, e em menos de dois meses já havia devorado os quatro. Foi com ele que me apaixonei por histórias medievais e por contos de dragões. Paolini possui um talento nato, ele escreveu o primeiro livro da saga (intitulado com o nome do protagonista, Eragon) com apenas quinze anos e hoje com 31 anos está trabalhando no próximo livro da saga. Não vejo a hora de poder continuar a ler sobre os Cavaleiros de Dragões!

2. INTO THE WILD (NA NATUREZA SELVAGEM)

SINOPSE: Depois de terminar a faculdade com brilhantismo, Chris McCandless, jovem americano saudável e de família rica, doa todo o dinheiro que tem, abandona o carro e a maioria de seus pertences, adota outro nome e some na estrada, sem nunca mais dar notícias aos pais. Dois anos depois, aparece morto num lugar ermo e gelado do Alasca. Por onde andou, o que buscava, por que morreu? Quem era realmente Chris McCandless? Para responder a essas perguntas, Krakauer refaz a longa saga do aventureiro até seus triste desenlace. Uma história verdadeira, mas com todos os ingredientes de um romance de ficção.

AUTOR: Jon Krakauer

“Into the Wild” é uma das histórias que mais me inspiram até hoje. Conheci a história do Chris por intermédio de um professor meu, quando ele nos apresentou o filme. Aprendi muitas coisas com a história do Chris (ou Supertramp, o nome que ele adotou quando caiu na estrada) e graças a ele hoje tenho visões diferentes sobre o que é o mundo e a vida. O post é sobre livros, mas super indico o filme e a trilha sonora (que foi composta por Eddie Vedder especialmente para o filme).

1.A TORRE NEGRA

SINOPSE: A Torre Negra (no original, The Dark Tower) é uma série literária escrita pelo americano Stephen King. Misturando ficção científica, fantasia e terror numa narrativa que forma um verdadeiro mosaico da cultura popular contemporânea, o enredo segue um "pistoleiro" e sua busca em direção a uma torre, cuja natureza é tanto física quanto metafórica.Considerada a magnum opus do escritor, levou trinta e três anos para ser concluída - de 1970 a 20032 - e em 2010 havia alcançado a marca de 30 milhões de exemplares vendidos. A saga é inspirada no universo imaginário de J.R.R. Tolkien, no poema épico do século XIX "Childe Roland à Torre Negra Chegou" escrito por Robert Browning, e repleta de referências à cultura pop, às Lendas Arturianas e ao faroeste.Em 21 de fevereiro de 2012, foi lançado um oitavo livro da série, intitulado The Wind Through the Keyhole e posteriormente foi lançado no Brasil com o nome "O Vento Pela Fechadura".

AUTOR: Stephen King

Pra quem acompanha o blog deve estar reconhecendo esse título. É que meu amor pela Torre Negra é tão grande que tive que cita-la novamente aqui. É uma saga simplesmente incrível, viciante e de “explodir mentes”, King, como sempre, acertou em cheio com ela. Aqui eu já falei um pouquinho sobre a Torre, para quem quiser saber mais.

E é isso pessoal, espero que tenham gostado! Já leram algum desses livros? Se não, se interessaram por algum? Compartilhe com a gente!

Até mais, Helo.

So let me hold both your hands in the holes of my sweater

01 junho 2015

Nunca me esquecerei daquela fria tarde de inverno, que passamos nossas suadas horas vagas, embaixo dos nossos edredons, assistindo a um filme estúpido que passava na TV. O que mais me lembro daquela tarde, era de como seu coração batia rápido e de como suas mãos suavam friamente, enquanto seus dedos longos tamborilavam meus braços. Eu sentia que alguma coisa poderia acontecer, todavia, eu não podia premeditar como sempre fazia. Não conseguia lê-lo, não conseguia nem se quer descobrir pistas em seus olhos. Uma certa sensação de pânico tomou conta das minhas veias, mas logo você tratou de apertar meus braços e me aninhar novamente em seu abraço. Aquela tarde fria, representava muito mais do que eu poderia imaginar. Era nosso dia frio de inverno. Todos os outros dias eram só dias de inverno, não eram nossos. Rimos de uma piada sem graça que ouvimos na TV, mas nossas mentes estavam tão alheias àquilo, que nem sequer sabíamos do que estávamos rindo. O tempo tem dessas né? Nos envolver e nos atropelar em questões de segundos. Eu ainda sentia seus dedos trêmulos e gélidos, eu ainda sentia seu coração palpitar de uma forma tão intensa, quanto aquele nosso primeiro beijo. Eu deveria perguntar-lhe, mas quem sou? O silêncio sempre tratou de responder nossas perguntas. O silêncio sempre foi nosso amigo, eu não poderia trai-lo agora. Mas eu precisava. Em um sussurro, te perguntei que horas eram, você me respondeu que era hora de eu ser sua para sempre. Mas não mundo humano comum, mas no nosso mundo. O mundo que criamos. Assenti na hora, porque do nosso mundo, a gente é que sabe. Eu havia ouvido em um filme brasileiro, que a gente é o que a gente sente. Então eu fui pega em flagrante por seus olhos espertos, e, naquele momento, você soube a resposta para a sua pergunta. Essa resposta eu sempre soube.