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Por que chegou a hora de dar um tempo?

13 janeiro 2015

Há muitos meses venho pensando em largar a internet por um tempo indeterminado e longo. Eu já não sinto mais tesão em ler o que meus contatos de redes sociais postam e muito menos tenho vontade de comentar sobre a minha vida. A cada vez que entro nesse mundo, sinto que estou ficando presa, estagnada no mesmo lugar. Sem chances de me libertar dessa escravidão virtual.

Desde meus 12 anos (atualmente tenho 19 e alguns meses), me vi conectada a internet de todas as maneiras. Meu circulo de amizades cresceu graças a facilidade de comunicação que as redes sociais nos proporcionam. Conheci pessoas que são minhas amigas até hoje, mas também conheci quem me fez mal e só me acrescentou experiências ruins. Não que eu esteja reclamando da internet, ela só não está mais tão legal quanto era. 

Vi meus sonhos, minhas vontades e minhas metas serem desconstruídas e regadas de negatividade ao longo do anos. A minha espontaneidade, o meu carisma e meu jeito extrovertido deram lugar a uma Anelise quieta, introvertida e melancólica. Não gosto do modo como me encontro e não quero mais isso na minha vida. Passei anos lutando contra esses sentimentos ruins, mas quando me aceitei um ser sozinho e triste, parece que eu não tinha mais forças para sair desse buraco que me enfiei. Chegou a hora de parar de me vitimizar e colocar todos os meus sonhos em prática. Sejam eles os mais loucos ou os mais simples. 

Seria o momento oportuno para me livrar dessa faculdade que não tem nada a ver comigo. Não faço a linha executiva, roupas de luxo e saltos caros. Eu sou da natureza, eu sou do mar, das florestas, dos animais, do sol e da chuva. Eu não pertenço a esse estilo formal e totalmente responsável de levar a vida. Quero fazer trilhas, me aventurar, conhecer pessoas e me tornar um ser humano elevado, com a minha alma e meu corpo descansados e felizes. 




É um grande passo para mim. Me desapegar da internet? Parece impossível. Parece que eu nunca conseguirei, porque tudo hoje em dia gira entorno dessas redes sociais que sugam toda nossa energia e vontade de fazer coisas diferentes. Contudo, se eu não sair agora, que pode ser tarde, mas ainda há tempo, eu nunca mais sairei. Não quero me contentar com o mundo fictício que criei na minha cabeça. Eu quero explorar todas as possibilidades e ter todas as experiências que me couberem, e até as que não derem certo. Só quero poder sentir na pele o desejo de querer de novo. O desejo de não me importar com o que pensam de mim e me livrar dessa opressão que venho sentindo em relação a quem eu sou e quem eu quero ser.

A vida tá passando e eu não estou aproveitando-a. E eu quero aproveita-la. Daqui a pouco estou com trinta, com quarenta e não quero ser, repito, não quero ser uma pessoa sozinha, rodeada de gatos e tomando chá. Eu quero pessoas vivas e amantes do mundo, assim como eu. Não precisa ser muitas pessoas, só quero o suficiente para que cada conquista, seja uma vitória literalmente e que eu possa compartilhar o melhor de mim com elas e sempre buscar melhorar a minha pior parte. Porque é isso que eu acredito, nada mais nada menos, do que a minha evolução como ser humano. 
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