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Team Downey Company Com Robert Downey Jr

31 janeiro 2015

O trabalho em família da Team Downey Company

Todos aqui devem conhecer o famoso ator de Hollyood Robert Downey Jr., certo? Downey começou a ter uma carreira de sucesso após ser nomeado ao Oscar como melhor ator com Chaplin e atuar nas franquias Sherlock Holmes e Homem de Ferro.

Mas acho que poucos conhecem a razão da vida de Downey ter dado tão certo. Ele passou grande parte da vida cercado pelas drogas (o pai o levava para fumarem maconha desde os 8 anos e a mãe era alcoólatra), mas depois de conhecer a maravilhosa Susan Levin (produtora) no set de Gothika ele conseguiu se livrar das drogas e começar uma nova vida, tudo isso por causa dela. Hoje o casal tem dois filhos, e essa união rendeu uma compania de arte e entretenimento: a Team Downey.

Antes de terem a ideia de criarem uma produtora para que sempre trabalhassem juntos, o casal tinha uma regra que não passariam mais de duas semanas separados um do outro enquanto estivessem trabalhando e sempre estariam procurando por projetos em que pudessem estar juntos. Então veio a franquia Sherlock Holmes, em que Susan era co-produtora. Depois Robert conseguiu leva-lá para Homem de Ferro 2, e assim a regra de “apenas duas semanas separados” foi para “uma semana separados”. E em 2010 a grande ideia veio, RDJ e Susan queriam realmente passar o maior tempo possível juntos, e para isso por que não abrirem sua própria companhia de entretenimento, e então não teriam problemas com a distância. E foi assim que surgiu a Team Downey!

Após formarem uma equipe de roteiristas, produtores, pesquisadores, designers e engenheiros (além de um espaço para empresa, que agora também é a casa do casal) deram início aos primeiros projetos. O primeiro script foi o drama familiar The Judge, que chegou aos cinemas em outubro do ano passado. 

Conta a história do advogado Hank Palmer (RDJ) que precisa voltar para a cidade natal, após receber a notícia que sua mãe havia falecido, e lá se reencontra com seu pai (Robert Duvall), o Juíz daquela pequena cidade e com quem Hank nunca tinha se dado muito bem.  Recentemente The Judge foi indicado ao Oscar pela atuação de Duvall como melhor ator coadjuvante. The Judge foi um filme que entrou facilmente para minha lista de “favoritos”, é um filme totalmente sentimental, mas para quem conhece o RDJ sabe que ele nunca perde a piada, então o filme é acompanhado pelo tom de humor característico do ator.

Os próximos projetos da Team serão “Pinóquio” (em qual Robert interpretará Gepetto). Uma outra ideia para um filme de terror e também “Yucatan” uma espécie de “caça ao tesouro” e que provavelmente será o primeiro novo projeto a chegar aos cinemas. Todos é claro, com um toque de humor.

E é nesse estilo que eles pretendem seguir em frente com suas produções, independente de ser um filme de drama ou de comédia, a Team Downey sempre vai trazer um sorriso para os nossos rostos.




Emma Watson irá interpretar Bela na adaptação live-action de "A Bela e a Fera"

26 janeiro 2015


Nomes: Emma Charlotte Duerre Watson
Data de Nascimento: 15 de Abril de 1990 (24 anos)
Local de Nascimento: Paris - França
Sexo: Feminino

Emma Watson ficou conhecida por interpretar Hermione Granger, na franquia de sucesso Harry Potter. Quem achou que a carreira da atriz se encerraria ali e ela não faria mais filmes de sucesso, se enganou. Emma estreou As Vantagens de ser Invisível, Noé, The bling Ring e participou de This is the end.


Depois de alguns anos dos rumores de que Emma Watson interpretaria a Bela no filme da Disney “A Bela e a Fera”, a atriz finalmente confirmou hoje (26/01/2015) que realmente será a personagem! 


O filme será dirigido por Bill Condon (dois último filmes da saga Crepúsculo) e Stephen Chbosky, que já trabalhou com a atriz em “As Vantagens de Ser Invísivel”, será responsável pela adaptação do filme, cujo roteiro será realizado por Andrew Davies.

Atualmente a atriz está trabalhando nas filmagens do filme “Colonia” que tem previsão para chegar aos cinemas em setembro desse ano, além de ter sido nomeada no ano passado como Embaixadora da Boa Vontade da ONU e estar realizando um lindo trabalho na campanha HeForShe por direitos igualitários entre homens e mulheres.

A produção de “A Bela e a Fera” está prevista para ainda esse ano, porém sem datas exatas. Emma também está cotada para interpretar a princesa Kelsea Glynn na adaptação dos livros A Rainha do Tearling, que já foi publicado fora do país. A editora responsável pela saga aqui no Brasil (Suma das Letras) ainda não tem previsão para o lançamento. 

Estamos todos muito ansiosos para a estreia de Emma no papel de Bela, e seguros de que ela fará um ótimo trabalho! Congrats Princess Emma Watson.



Resenha: Apenas o fim

25 janeiro 2015

Ano de produção: 2008
Direção: Matheus Souza
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Gênero: Comédia, nacional, romance
País: Brasil
Em plena faculdade Antônio (Gregório Duvivier) é procurado por sua namorada (Erika Mader), que lhe avisa que pretende fugir de casa e recomeçar a vida em outro local. Ele tenta convencê-la do contrário, sem sucesso. Os dois concordam em passar a próxima hora juntos, relembrando momentos do passado e imaginando o futuro.

Informações adicionais: Em 2013 o filme ganhou o Prêmio Netflix, sendo mais votado que as outras 9 produções brasileiras que concorreram, entre elas o documentário Dalua Downhill e a comédia dramática Elvis e Madona. Após ganhar a eleição online, o filme entrou no catálogo internacional da Netflix, e será oferecido ao longo de 2014, sem remuneração aos produtores. No entanto, os assinantes do Brasil verão apenas uma propaganda do filme. (Fonte: Wikipédia)

Após receber a indicação desse filme lindo, tive que parar no mesmo dia para vê-lo. “Apenas o Fim” é o primeiro filme do roteirista/diretor brasileiro Matheus Souza. O filme foi inteiramente rodado na PUC-RJ, por conta do pequeno orçamento que ele e a equipe tinham para realizar a obra, mas mesmo assim conseguiu receber o prêmio de Melhor Longa de Ficção no Festival do Rio.

O filme retrata o drama do término do namoro de um casal de universitários que estavam juntos desde o colegial. Um dia, “ela” (a namorada, já que seu nome não é apresentado), decide abrir mão da sua vida no Rio e fugir, mas antes disso, tem uma hora para passar na faculdade onde ela e seu namorado, Antônio, estudavam para se despedir e explicar por que estava partindo.

E é ai que os dois começam a caminhar e conversar sobre os momentos que tiveram juntos, sobre a vida, e o que levou ela a tomar essa decisão. Em um tom dos filmes de Richard Linklater (trilogia Before Sunrise e Boyhood) o diálogo dos dois é sincero e natural, o qual faz com que nos identifiquemos com os personagens.

“Apenas o Fim” nos faz perceber que o fim de um relacionamento (namoro, amizade, a morte de alguém especial) é realmente - apenas - o fim, é só isso e nada além. É o fim de algo que nos trouxe momentos que ficarão pra sempre, com a gente na nossa memória. As coisas acabam, mas as lembranças das coisas boas ficam, e mesmo se não forem tão boas assim servem para que nos motivem a crescer, para não precisarmos passar por isso novamente.O fim é isso, e só isso.

“Isso é só o fim, o que realmente importa já foi feito. Já tivemos o nosso momento de coisas especiais, e é isso que importa, no fundo ter alguma coisa pra lembrar, alguma coisa pra nunca esquecer, alguma coisa que não tem fim” E obrigada também Thaís Rezende (@ThatzRuthless) não só por ter me indicado o filme, mas também pelas informações sobre o Matheus Souza. :)



Resenha: Entre o agora e o Sempre

24 janeiro 2015

Título: Entre o Agora e o Sempre
Título Original: The Edge of Always
Série: Entre o Agora e o Nunca 
Autor: J.A. Redmerski
Editora: Suma de Letras
Páginas: 304
Ano: 2014
Camryn Bennett e Andrew Parrish nunca foram tão felizes. Cinco meses depois de se conhecerem num ônibus interestadual, os dois estão noivos e prestes a ter um bebê. Nervosa, mas empolgada, Camryn mal pode esperar para viver o resto de sua vida com Andrew, o homem que ela sabe que vai amá-la para sempre. O futuro só lhes reserva felicidade... até que uma tragédia os surpreende. Andrew não consegue entender como algo tão terrivelmente triste pôde acontecer. Ele tenta superar o trauma — e acredita que Camryn esteja fazendo o mesmo. Mas, quando descobre que Camryn busca sufocar uma dor imensa de uma forma perigosa, fará de tudo para salvá-la. Determinado a provar que o amor dos dois é indestrutível, Andrew decide levar Camryn numa nova jornada carregada de esperança e paixão. O mais difícil será convencê-la a ir junto...
Assim como Entre o agora e o Nunca, resenhado aqui, eu devorei o livro em poucos dias. Estava tão absorta com a história de Andrew e Camryn que não consegui esperar por mais tempo. A minha sorte é que eu já tinha o livro em minhas mãos e pude contemplá-lo rapidamente. Amigos, essa resenha conterá spoilers da história e, caso não tenha lido o primeiro livro, sugiro que pule desta vez. 

Depois do susto que tomamos no fim do primeiro livro, em que Andrew quase morre por causa de um tumor em seu cérebro, achei que eu não poderia sentir mais desespero ou algo parecido. Estava enganada. 
Camryn estava grávida, Andrew havia vencido a morte, eles estavam felizes. Mas mesmo assim, podíamos sentir que algo não estava completamente de acordo e que aquela áurea que o casal possuía na primeira parte da história, estava apagada. 

Vi conflitos mentais por parte dos dois. Camryn estava grávida e tinha medo de ser mãe, medo de que aquela criança fizesse com que a vida dela com Andrew, a vida na estrada mudasse completamente. Não tiro a razão dela pensar assim, pois Cam encontrou a felicidade em sua jornada com Andrew, encontrou tudo o que ela sempre buscou e sofreria de mais se de alguma forma, aquilo mudasse para sempre. Andrew, por sua vez, sempre prestativo com Cam. Sempre a apoiando, sempre ao lado dela. Sinceramente? Eu nunca vi alguém amar uma pessoa como ele a ama. A cada palavra ou toque apaixonado de Andrew, eu sinto na pele esse amor. 

Mas claro que nem tudo são rosas. A tragédia vem. O aborto. Ambos não sabem lidar com a situação, porque ela é desesperadora e triste. Muito triste. Cam se sente culpada, Andrew tenta ajudá-la, mas como uma pessoa deprimida, Camryn acaba levemente se afundando. E ai que Andrew precisa entrar em ação novamente. Não deixar sua amada se afundar. 


“Sabe, existe um momento na vida em que é preciso encarar algo tão horrível que você sente que nunca mais vai voltar a ser a mesma pessoa. É como se algo tenebroso desse um rasante, vindo de cima, e roubasse cada migalha de felicidade que você já sentiu, e você só pode ficar olhando, sentir aquilo indo embora, sabendo que não importa o que você faça na vida, nunca mais poderá tê-la de volta.”

E é então que Andrew tem a ideia de ir para a estrada novamente. De levar Cam ao encontro da felicidade que ela já sentiu. Mesmo com relutas por parte dela, ela aceita. Ela vai e assim, inicia-se o novo ciclo da jornada de Andrew e Camryn. 

Eles estão na estrada novamente, aos poucos as coisas vão se ajeitando e Cam vai superando todas as barreiras que a impediam de ser feliz. Ao contrário do primeiro livro, esse não foi 100% interessante para mim. Apesar de estar gostando dos rumos que a história havia tomado, eu acredito que o final de Entre o agora e Nunca foi perfeito. Claro que foi ótimo ver mais do Andrew (meu personagem favorito) e da Cam, mas faltou algo. Talvez uma magia que a primeira parte da história tinha.


É uma ótima coleção. Uma ótima história e acredito que todos devem ter a oportunidade de absorver todos os ensinamentos que nos passam. 

Classificação: 




Por que Kill Bill é um dos meus filmes favoritos

23 janeiro 2015

Título Kill Bill: Vol. 1 
Ano produção: 2003
Direção: Quentin Tarantino
Estreia: 23 de Abril de 2004 (Brasil) 
Duração111 minutos
Classificação: 18 anos
Gênero: Ação, Policial
País de Origem: Estados Unidos da América

Tudo começa com o diretor do filme. Tarantino. O que esperar de um filme dele? Violência, sangue, originalidade, genialidade e etc. Depois vem a proposta que ele nos apresenta e a sinopse. 

''No dia de seu casamento, a Noiva (Uma Thurman), uma perigosa assassina profissional, é espancada pelos membros do grupo de extermínio de que fazia parte. Bill, o chefe do grupo, atira em sua cabeça, o que a coloca em coma por quatro anos. Ao despertar, ela tem único desejo: vingança.''

A primeira vez que me vi assistindo Kill Bill, foi na casa de um amigo. Eu estava empolgada e ansiosa para assistir, por algum motivo, a ideia de Uma Thurman sendo uma assassina profissional me deixava completamente fascinada. Deixando claro que é uma atriz que eu sempre gostei. Kill Bill volume 1 é sensacional. É incrível como as coisas vão acontecendo e você vai se entretendo, se fissurando àquilo que você nunca pensou em gostar. Uma assassina profissional, extremamente perigosa, que levou um tiro na cabeça no dia do seu casamento pelo homem que amava e sobreviveu. Anos depois ela acorda do coma e descobre que, não só perder o bebê, mas como estava sendo violentada enquanto estava inconsciente. Assustador, nojento e repugnante se ver ali, sendo estuprada enquanto estava desacordada. E o pior, que o enfermeiro era que ''negociava'' com os homens que a visitavam. Mas claro que quando ela acordou, ela deu o troco. E que troco.

O filme segue aquela linha digna de grandes filmes. Você fica ali, hipnotizado, torcendo para que ela acabe com todos aqueles que tentaram matá-la e que, de certa forma, acabaram com a vida dela. A escolha dos atores, as cenas, os diálogos, tudo perfeitamente encaixado. Dinâmico e até arrisco dizer engraçado. Poxa, não que seja engraçado a vingança, mas o estilo do Tarantino ao reportar isso, é que fica com uma dose certa de humor. 


The Bride: I've kept you alive for two reasons. And the first reason is information.Sofie Fatale: Burn in hell, blonde bitch! I'll tell you nothing!
The Bride: But I am gonna ask you questions. And every time you don't give me answers, I'm gonna cut something off. And I promise you, they will be things you will miss. Give me your other arm!





Kill Bill: Vol. 2 
Ano produção: 2004
Duração: 137 minutos
A minha sorte é que havia uma continuação. Isso mesmo, havia Kill Bill volume 2, o meu favorito dos dois filmes. A história continua, um enredo excelente, compacto e seguro. Com mais participações do Bill, que particularmente acho um idiota, a trama se desenvolve e se encaminha para o fim. Vemos também mais sobre o passado e como tudo aconteceu de fato. Thurman está mais fantástica do que nunca.

Uma das minhas cenas favoritas de - todos os tempos -, ênfase no favorita de todos os tempos, é Beatrix Kiddo Vs Elle Driver e você pode assistir aqui. Eu simplesmente urrei a durante a cena toda. É simplesmente genial, bem ensaiada e montada. As personagens lutam bem a la Tarantino e isso é o que fica mais legal. 

Elle Driver: That's right. I killed your master. And now I'm gonna kill you too, with your own sword, no less, which in the very immediate future, will become... my sword.The Bride: Bitch, you don't have a future.

Quando o filme todo é muito bom, tenho medo do que o final possa ser. A sorte é que temos um diretor genial em Kill Bill, roteiristas incríveis e com isso, a história termina perfeita. Todos os detalhes, todas as cenas, personagens, atores escolhidos fazem de Kill Bill um dos melhores filmes para mim. 





Resenha: Whiplash

21 janeiro 2015

Ano produção: 2014
Direção: Damien Chazelle
Estreia: 8 de Janeiro de 2015 ( Brasil ) 
Duração: 106 minutos
Classificação - 12 anos
Gênero: Drama, Música
País de Origem: Estados Unidos da América


O solitário Andrew (Miles Teller) é um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração e marcar seu nome na música americana como fez Buddy Rich, seu maior ídolo na bateria. Após chamar a atenção do reverenciado e impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher (J. K. Simmons), Andrew entra para a orquestra principal do conservatório de Shaffer, a melhor escola de música dos Estados Unidos. Entretanto, a convivência com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão, fazendo de tudo para chegar a um novo nível como músico, mesmo que isso coloque em risco seus relacionamentos com sua namorada e sua saúde física e mental.

Whiplash, longa metragem de Damien Chazelle, retrata a história de Andrew Neyman (Miles Teller) estudante de música na renomeada escola Shaffer dos Estados Unidos, cujo sonho é se tornar um dos melhores bateristas de jazz da históra, assim como seu ídolo Buddy Rich. Para alcançar seu objetivo, Neyman passa por intensos treinos e tenta chamar a atenção de Terence Fletcher (J.K. Simmons), o melhor e mais rígido professor da Shaffer. Ser notado por Fletcher não era a parte mais difícil, mas sim aguentar a personalidade forte e a maneira peculiar de como o professor ensina e incentiva seus alunos.

Fletcher é adepto da teoria de que, quanto mais instigamos alguém a dar o melhor de si, mais ela irá treinar, e não somente para alcançar seus objetivos mas sim ultrapassá-los. Um “bom trabalho” não é o suficiente, você deve ser excelente. E com isso em mente, Fletcher pode ser interpretado como um carrasco, pois acaba tratando seus alunos como animais irracionais, o que não é de agrado a todos. Mas ao longo do filme vamos entendendo que esse método de ensino justifica os objetivos de Fletcher. Ele quer criar gênios da música.

Enquanto isso, Andrew segue treinando e dando o melhor de si, buscando a perfeição, entregando seu suor e sangue à bateria. Abrindo mão de construir um relacionamento com alguém, alegando que só havia uma coisa em sua mente, ser um gênio da bateria, e que precisava de dedicação total a isso. Andrew se torna ganancioso, o que faz com que perca as estribeiras, acarretando na sua própria ruína, pelo menos parcialmente.

No filme, as cenas do Andrew treinando são de tirar o fôlego, te deixa fissurado na tela tentando acompanhar todos os movimentos dele. A cena final é surpreendente, e possui uma grandiosidade magnifica. A cada treino dele percebemos como ele realmente se entrega àquilo, de como ele sente que precisa ser grande, precisa ter sucesso.

Whiplash, além de ter uma trilha sonora maravilhosa que vai fazer você se interessar por jazz (é claro, se já não for um apreciador desse estilo de música), te faz refletir sobre o que somos capazes de fazer para alcançarmos nossos objetivos, para seguirmos em busca da perfeição, para sermos grandes.


Por que chegou a hora de dar um tempo?

13 janeiro 2015

Há muitos meses venho pensando em largar a internet por um tempo indeterminado e longo. Eu já não sinto mais tesão em ler o que meus contatos de redes sociais postam e muito menos tenho vontade de comentar sobre a minha vida. A cada vez que entro nesse mundo, sinto que estou ficando presa, estagnada no mesmo lugar. Sem chances de me libertar dessa escravidão virtual.

Desde meus 12 anos (atualmente tenho 19 e alguns meses), me vi conectada a internet de todas as maneiras. Meu circulo de amizades cresceu graças a facilidade de comunicação que as redes sociais nos proporcionam. Conheci pessoas que são minhas amigas até hoje, mas também conheci quem me fez mal e só me acrescentou experiências ruins. Não que eu esteja reclamando da internet, ela só não está mais tão legal quanto era. 

Vi meus sonhos, minhas vontades e minhas metas serem desconstruídas e regadas de negatividade ao longo do anos. A minha espontaneidade, o meu carisma e meu jeito extrovertido deram lugar a uma Anelise quieta, introvertida e melancólica. Não gosto do modo como me encontro e não quero mais isso na minha vida. Passei anos lutando contra esses sentimentos ruins, mas quando me aceitei um ser sozinho e triste, parece que eu não tinha mais forças para sair desse buraco que me enfiei. Chegou a hora de parar de me vitimizar e colocar todos os meus sonhos em prática. Sejam eles os mais loucos ou os mais simples. 

Seria o momento oportuno para me livrar dessa faculdade que não tem nada a ver comigo. Não faço a linha executiva, roupas de luxo e saltos caros. Eu sou da natureza, eu sou do mar, das florestas, dos animais, do sol e da chuva. Eu não pertenço a esse estilo formal e totalmente responsável de levar a vida. Quero fazer trilhas, me aventurar, conhecer pessoas e me tornar um ser humano elevado, com a minha alma e meu corpo descansados e felizes. 




É um grande passo para mim. Me desapegar da internet? Parece impossível. Parece que eu nunca conseguirei, porque tudo hoje em dia gira entorno dessas redes sociais que sugam toda nossa energia e vontade de fazer coisas diferentes. Contudo, se eu não sair agora, que pode ser tarde, mas ainda há tempo, eu nunca mais sairei. Não quero me contentar com o mundo fictício que criei na minha cabeça. Eu quero explorar todas as possibilidades e ter todas as experiências que me couberem, e até as que não derem certo. Só quero poder sentir na pele o desejo de querer de novo. O desejo de não me importar com o que pensam de mim e me livrar dessa opressão que venho sentindo em relação a quem eu sou e quem eu quero ser.

A vida tá passando e eu não estou aproveitando-a. E eu quero aproveita-la. Daqui a pouco estou com trinta, com quarenta e não quero ser, repito, não quero ser uma pessoa sozinha, rodeada de gatos e tomando chá. Eu quero pessoas vivas e amantes do mundo, assim como eu. Não precisa ser muitas pessoas, só quero o suficiente para que cada conquista, seja uma vitória literalmente e que eu possa compartilhar o melhor de mim com elas e sempre buscar melhorar a minha pior parte. Porque é isso que eu acredito, nada mais nada menos, do que a minha evolução como ser humano. 

Resenha: Entre o agora e o Nunca

10 janeiro 2015

Autor (a): J. A. Redmerski
Páginas: 368 páginas
Editora: Suma de Letras
Lançamento: 02/05/2013
Gênero: Romance Americano (New Adult)
Nota: ♥♥♥♥♥
Favorito!
''Camryn Bennett é uma jovem de 20 anos insatisfeita com a própria vida. Ela mora com a mãe e trabalha numa loja. Seu sonho de viajar pelo mundo com uma mochila nas costas parece cada vez mais distante. Ian, seu namorado, morreu num acidente de carro há um ano, fato que a traumatizou. O pai abandonou a família e o irmão mais velho, Cole, está na prisão. A gota d’água é quando seu plano de morar com a melhor amiga, Natalie, vai por água abaixo após o namorado de Nat revelar que está apaixonado por Camryn. Perdida, sem saber o que fazer, Camryn vai para rodoviária e pega o primeiro ônibus interestadual, sem se importar com o destino. Com uma carteira, um celular e uma pequena bolsa com alguns itens indispensáveis, a jovem embarca para o estado de Idaho.O que ela não esperava era conhecer Andrew Parrish, um jovem sedutor e misterioso, a caminho para visitar o pai, que está morrendo de câncer. O personagem é um perfeito bad boy, músico de blues, belo e tatuado. Ele se aproxima da companheira de viagem, primeiro para protegê-la, mas logo uma conexão irresistível se forma entre os dois. Camryn tenta lutar contra o sentimento, já que jurou nunca mais se apaixonar desde a morte de Ian. Andrew também tenta resistir, motivado pelos próprios segredos. ''

Logo de cara, já me deparei com a identificação entre mim e a personagem principal, Camyrin. Os conflitos internos da personagem são muito parecidos com os meus, me fazendo ficar mais entretida com a história e mais empolgada para saber o final.  Eu só queria ler e ler, fui devorando as páginas e quando vi, já estava totalmente inserida e absorta pela história da Cam. 
Quem nunca teve vontade de largar tudo e ir buscar a liberdade tão sonhada? Se aventurar em lugares paradisíacos e selvagens, conhecer metrópoles, comer comidas diferentes e encontrar pessoas que lhe acrescentarão? Acredito que todos.

Se você está solteiro (a) e em busca de um novo amor, a sua identificação poderá ser maior. Cam sofreu demais, seus sentimentos são confusos e desesperados por organização. Desde a morte de Ian, ela não consegue mais sentir as coisas, mas teme acabar igual o relacionamento fracassado e infeliz de seus pais. E ai, como em um conto de fadas, que a história muda. Ela conhece ele, Andrew.
"O pior tipo de choro não era o tipo que todo mundo poderia ver, o choro nas esquinas, as lágrimas sobre a roupa. Não, o pior tipo acontecia quando sua alma chora e não importa o que você faça, não tem como confortá-la. Um pedaço murcha e vira uma cicatriz naquela parte da sua alma que sobreviveu."
A autora decidiu por alternar os capítulos entre Andrew e Cam, nos deixando a par dos pensamentos de ambos. Com isso, eu consegui enxergar coisas sobre mim mesma. Eu sou nada mais nada menos que o reflexo da junção das personalidades dos dois protagonistas. Muitas vezes me vi em Andrew e em outras, fui Cam. A escrita é leve e saborosa. Não tem palavras difíceis e nem frases complexas, é simples, mas objetiva. O conflito interno de Andrew e Cam são transmitidos de forma mais realista e coloquial, nos deixando ainda mais inseridos àquela realidade.

Preciso confessar que a minha identificação maior foi com Andrew. Desde suas preferências musicais ao seu jeito de pensar. Com certeza ele é o meu personagem favorito e me encontro completamente apaixonada. J. A. Redmerski soube como descreve-lo e a cada vez que falava sobre o sorriso de Andrew, eu me derretia ao imagina-lo. Como a Cam mesmo dizia, é um sorriso genuíno. 
“Sabe, sempre detestei essa frase: Tem gente em situação pior que a sua; se você encarar como uma competição, claro, é sempre melhor que viver de seguro-desemprego do que ficar cego, mas não é um concurso, caralho. Certo? Dor é dor, gata. Só porque o problema de uma pessoa é menos traumático que o de outra, não significa que deva doer menos.”
Entre o agora e o Nunca, é um livro sobre amor, sexo e libertação. É sobre como se libertar dessa sociedade acomodada, dos padrões que são impostos, da maneira politicamente correta de viver e de fazer tudo em função dos outros. Essa história, me mostrou como somos sempre influenciados a pensar mais no próximo do que em nós mesmos. Seja na hora de fazer aquela faculdade que seus pais querem que você faça, seja continuar em um relacionamento doentio e perigoso apenas por medo. Medo. Talvez essa seja a grande moral dessa história, o medo não leva a lugar nenhum.

Se você não se sente à vontade ao ler cenas quentes bem descritas e sem rodeios, não acho que irá gostar, mas se ler uma cena de sexo é normal par você, invista nessa história, ela é maravilhosa. Esse gênero tem crescido cada vez mais e eu particularmente gosto de ler. Sempre nos acrescenta e apesar de às vezes os termos serem totalmente baixos, as cenas descritivas nos trazem algo mais real. 

Levo em consideração, que li em 48 horas de tão empolgada que fiquei. Fazia tanto tempo que eu não devorava um livro de maneira tão rápida e ansiosa, que ao terminar a leitura, eu suspirei pesadamente. A minha sorte, é que há a continuação, pois acho que não poderia viver sem saber mais sobre Cam e Andrew. 


Resenha: A aprendiz - Trilogia do Mago Negro

04 janeiro 2015

Autora: Trudi Canavan
Editora: Novo Conceito
Páginas: 534
Ano: 2012
Gênero: Literatura Estrangeira-Ficção Fantasiosa
Nota: ♥ ♥ ♥ ♥ 
Onde encontrar: Submarino

Sinopse: Sozinha entre todos os aprendizes do Clã dos Magos, somente Sonea vem de uma classe menos privilegiada. No entanto, ela ganhou aliados poderosos, como Lorde Dannyl, recentemente promovido a Embaixador. Ele terá, agora, de partir para a corte de Elyne, deixando Sonea à mercê dos boatos maliciosos e mentirosos que seus inimigos continuam espalhando... até o Lorde Supremo entrar em cena. Entretanto, o preço do apoio de Akkarin é alto porque, em troca, Sonea deve proteger seus mistérios mais sombrios. Enquanto isso, a ordem que Dannyl está obedecendo, de buscar fatos sobre a longa pesquisa abandonada de Akkarin sobre o conhecimento mágico antigo, o está levando a uma extraordinária jornada, chegando cada vez mais perto de um futuro surpreendente e perigoso.

O primeiro livro da trilogia do mago negro já foi resenhado aqui há um tempo atrás. Agora, após a leitura do segundo livro da trilogia, pude entender todo o universo descrito no primeiro, dando assim uma melhorada na leitura e uma satisfação fascinante.


Ao contrário do primeiro livro, que era bem mais introdutório e posso arriscar arrastado. Nesse temos um enredo mais dinâmico e acontecimentos mais interessantes para o leitor. Em o Clã dos Magos, perdemos muito tempo tentando capturar Sonea e sua passagem pelo clã foi apenas para nos apresentar as disciplinas e os detalhes. Já em A aprendiz, as coisas vão acontecendo e vemos personagens mais maduros e centrados. Mais legais.

A história vai se encaminhando de forma descritiva, como já se era esperado. Os plots são alternados entre Sonea, Lorde Dannyl, Lorde Rothen e Lorde Lorlen. Sonea está frequentando a universidade de aprendizes, aprendendo a exercer sua magia e a sua paciência, já que ela tem vários pequenos inimigos por perto. Ela é perseguida por um jovem aprendiz em particular, que lhe da um bom trabalho. Já com Lord Dannyl, nomeado segundo embaixador do clã, após sua negociação com os ladrões no livro passado. Ele vai em busca de novos acordos e um pedido em especial do Lord Lorlen, que consiste em refazer os passos do Lorde Supremo (cujo qual teve coisas relavadas no final do primeiro livro).

O livro segue essa linha. É preciso ler com muita atenção, principalmente os capítulos do Lorde Dannyl. Pra ser bem sincera, por vezes desejei pulá-los, porque de início não havia nada acrescentador. Porém, eu continuei, persisti e foi a melhor escolha que eu fiz. Todo esse plot do segundo embaixador é importante e necessário para o introduzir e desmascarar o Lorde Supremo.

Acredito que esse segundo livro é mais informativo, já que o foco se da em sua maioria, na aprendizagem de Sonea. Os plots alternados também nos ajudam a entender sobre tudo o que acontece em todo o clã e fora dele. Com personagens importantes, vivendo momentos distintos, mas que no fundo se ligam, a ideia da autora de escrever sobre cada um, nos trouxe uma rica fonte de informação, deixando a leitura mais completa.

É um livro divertido, dinâmico e inteligente. Te prende, te faz viajar naquele mundo de Sonea. Te faz ficar curioso e querer saber sobre tudo que acontece e os segredos do clã. É uma leitura que vale a pena.

"_ O que você diz e o que você faz são coisas diferentes. Você sabe disso. Apenas porque você roubou sem necessidade muito tempo atrás, não significa que fará isso agora. Se você tivesse algum tipo de hábito irresistível por roubar, nós teríamos tido indícios disso há mais tempo. Você deve negar, clara e veementemente, mesmo que pense que ninguém acreditará em você." (p.208)

Resenha: O Oceano No Fim do Caminho

03 janeiro 2015

Editora: Intrínseca
Ano: 2013
Páginas: 208
Gênero: Fantasia

''Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos. Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo.''

"As pessoas pensam que sonhos não são reais apenas porque não são feitos de matéria, de partículas. Sonhos são reais, mas eles são feitos de pontos de vista, de imagens, de memórias e trocadilhos, e de esperanças perdidas." - Neil Gaiman

Iniciei o ano de 2015 com uma maravilhosa leitura de um dos clássico de Neil Gaiman, “O Oceano no fim do Caminho”, o livro é bem simples, tem apenas 208 páginas e é contido na maioria por diálogos.

Trata-se da experiência de um homem por volta dos cinquenta anos, que ao voltar a terra natal (Sussex, Inglaterra), para um velório, acaba sendo levado inconscientemente para a casa da fazenda de sua amiga de infância, a fazenda Hempstock. Lá, ao se sentar ao lado do lago que marcou sua infância, o lago que Lettie, sua amiga, chamava de O Oceano, ele passa a se lembrar de tudo o que lhe aconteceu quando tinha 7 anos, quando conheceu Lettie Hempstock e junto com ela uma realidade que estava além de sua concepção de criança. Uma realidade um tanto quanto assustadora, mas que foi essencial para sua formação como ser humano.

O Oceano no fim do Caminho, nos faz lembrar de nossa própria infância, de como quando eramos crianças sempre estávamos em busca de aventuras, explorando caminhos alternativos, ao contrário dos adultos, que sempre seguem caminhos pré-determinados, sendo que nunca lhes ocorram pisar fora desse trajeto, como se fosse mais fácil acompanhar a trilha planejada a sua frente. Afinal,na infância eramos invencíveis, não eramos?

Podíamos ser imperadores, ou faraós do Egito e ninguém nunca iria nos derrotar! Mas os anos vão passando, a magia da fantasia se perdendo e percebemos que podemos sim ser derrotados, as outras pessoas podem nos afetar, nos magoar. Porém, também há aquelas que marcam nossas vidas de uma forma especial, de uma forma para não esquecermos, nunca, de que lá no fundo ainda temos nosso espírito aventureiro da infância, que podemos sair do caminho pré-programado, e que independente se tivermos 10,20 ou 50 anos ainda valemos a pena, estamos vivos, não estamos? E enquanto estivermos respirando o mundo se encontra de portas abertas para explorarmos além do fim do caminho.