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Criando metas, planejando a vida e iniciando projetos

29 dezembro 2015

Finalmente o ano de 2015 acabou. Um ano em que o Anne & Cia cresceu de uma forma muito visível e satisfatória para mim. Mas fico feliz que 2015 tenha finalmente chegado ao fim, pois preciso de ares novos e metas novas. Todo aquele lance de achar que o ano seguinte será melhor sabe? E eu tenho a plena certeza de que ele será. Por isso, meus amigos leitores, decidi montar esse posts com algumas metas e projetos que tenho em mente para 2016 e espero muito cumprir.

O Blog será apenas meu. Isso mesmo, depois de ter tido colaboradores durante o ano de 2014/2015, decidi que esse espaço será apenas meu no ano que está se iniciando. Por que? Porque tenho projetos bem pessoais e decidi que prefiro passar um tempo sem atualizar, mas manter minha essência e meu jeitinho. 

Criarei um canal no youtube. Sim gente, eu migrarei para o youtube! Ainda está no papel, estarei adquirindo mais conhecimento, equipamento e irei estudar um pouco sobre o mercado do youtube para poder não ser tão amadora e levar a diante uma coisa que eu amo fazer: falar sobre literatura, cinema, música e tudo mais que tiver vontade de falar.

Participarei de dois projetos de leitura. Sim, em 2016 participarei do Lendo Harry Potter da Ju do Nuvem Literária e o meu próprio projeto que é reler As Crônicas de Gelo e Fogo antes do George lançar o livro novo. No caso de HP, eu farei uma releitura junto com a Ju, pois me lembro muito pouco do que li há anossssssss atrás! 

Eu pretendo ler+50 livros. 2015 não foi um ano que eu fechei com chave de ouro no sentido de quantidade de livros. Foram menos de 35 livros e isso me deixou meio frustrada. Tudo bem que a maioria foi 4 e 5 estrelas o que me deixou bem mais contente e satisfeita. Mas espero que no que vem eu leia mais, bem mais.

Criar conteúdo diferenciado. Eu sempre escrevi textos reflexivos, resenhas e respondi a TAGS. Mas eu sinto que preciso mudar alguns temas de posts aqui no blog. Quero investir em gastronomia, arte e viagens.  

Fazer um curso de design e fotografia. São duas coisas que eu sempre gostei, mas que nunca tive tempo e dinheiro para fazer. Quero investir nisso para melhorar a qualidade dos posts e dos vídeos. Deixar tudo mais profissional e o menos amador possível. 

Por enquanto é isso. Eu espero crescer mais ainda com o blog e deixá-lo mais profissional e algo que eu sinta cada vez mais vontade de fazer. Desejo a todos um excelente 2016 e que todas as nossas metas sejam cumpridas. Que elas saiam do papel e se tornem realidade. Fiquem bem e fiquem em paz!

Me encontre:
snapchat: skywalkeranne
Skoob: http://www.skoob.com.br/usuario/674242
Filmow: http://filmow.com/usuario/aneeehb

Os 6 livros favoritos da Anne em 2015

21 dezembro 2015

2015 finalmente está chegando ao fim e nada mais justo do que fazer um TOP 6 com os meus livros favoritos do ano. Definitivamente 2015 foi melhor no quesito leituras que o ano anterior. Foram MUITOS livros, bati metas, recordes entre outras coisas. Me arrisquei em gêneros pouco conhecidos por mim, como jovem adulto contemporâneo e New Adult e o melhor de tudo é que li livros incríveis. Esse TOP 6 pode parecer injusto, visto que li coisas sensacionais, mas os escolhidos são os que mais tocaram meu coração. 

Golem e o Gênio foi definitivamente o melhor livro que eu li em 2015. Não tenho nem palavras para descrever como foi a leitura dessa obra, das sensações, das descobertas. Helene, a autora, conseguiu deixar seu romance de estreia no meu top 10 DA VIDA! Isso mesmo. Se você não leu ainda, pare tudo o que está fazendo e corra ler!

Por Lugares Incríveis da Jennifer Niven liderava meu coração até chegar Golem e o gênio. Não sei nem descrever o quão especial foi ler esse livro. Chorei, me identifiquei, chorei mais, chorei mais, sorri, chorei mais. Mandei até um e-mail para a autora contando sobre os meus problemas, que eram parecidos com os do personagem e ela me respondeu fofamente e de uma forma que me fez ficar mais apaixonada ainda pela obra. 

Escuridão Total sem Estrelas do Stephen King ficou em terceiro lugar no meu coração e no TOP 20 DA VIDA. Um livro de contos que mostra o pior do ser humano, a podridão do mundo, a escuridão sem luz. Nada descreve as sensações que tive, os calafrios ao ler cada palavra de cada conto. Ele com certeza é o rei do gênero.
Trono de Vidro não foi exatamente uma surpresa, porque eu já esperava que fosse ser bom, devido as grandes resenhas sobre ele. Li poucas fantasias esse ano, mas gostei muito de ter fechado o ano com essa obra da Sarah J. Maas. Essa história tem tudo o que eu gosto e estou ansiosa para ler a continuação.

A Menina Submersa foi um livro intenso e denso de se ler, mas incrivelmente único. Você nunca sabe se o que está lendo é verdade, se tudo o que é narrado realmente aconteceu ou é só fruto da imaginação de uma garota que tem esquizofrenia. 

Mosquitolândia foi a maior surpresa para mim. Eu não dava nada para esse livro e ele me pegou em cheio. Fiquei pensando sobre a história um bom tempo, inclusive, refleti muito sobre algumas questões da minha vida. Tenho indicado para todos que buscam uma leitura sensível e delicada, mas intensa.

Bom gente, essas foram minhas leituras favoritas do ano. Com certeza li muitos outros livros incríveis. Foi um ano que poucos livros me decepcionaram e isso eu levo como uma conquista. Que em 2016 eu possa ler mais histórias sensacionais, me emocionar mais e adquirir mais favoritos! E vocês? Quais foram os livros favoritos de 2015?

[RESENHA] Eleanor & Park, Rainbow Rowell

18 dezembro 2015

ISBN-13: 9788542801255
ISBN-10: 8542801253
Autor: Rainbow Rowell
Ano: 2014
Páginas: 328
Idioma: Português
Editora: Novo Século

Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.

Eu já cansei de ver na internet resenhas sobre esse livro. Cansei tanto, que cedi a pressão e comecei a lê-lo. Posso atestar àqueles que me indicaram, que eu gostei, que eu me entreguei, que eu chorei e senti borboletas no estômago. Mas o que será que faltou em Eleanor & Park, Jovem Adulto da escritora Rainbow Rowell

Eleanor é uma adolescente fora dos padrões impostos pela sociedade, cabelos ruivos exageradamente bagunçados, vestes ''esquisitas'' e com o peso acima do aceitável. Em seu primeiro dia de aula, Eleanor se vê acuada pela situação em que se encontra, uma garota nova, em uma escola nova, rodeada por adolescentes babacas e egocêntricos. É claro que o bullying iria começar no momento em que nossa ruiva pisasse no primeiro degrau do ônibus que a guiaria para a escola. Mas Eleanor não contava com uma coisa, ou melhor, com uma pessoa... Park. O descendente de coreano que era quieto, mas que as pessoas não zoavam de uma forma como zoavam Eleanor. Após ninguém ceder o lugar para que ela se sentasse, Park se vê ali, deixando-a sentar-se ao seu lado. Mal ele sabia na encrenca que ele se meteria ao deixá-la participar, mesmo que um pouco, de sua vida. 

Parece um clichê não é mesmo? A garotinha invisível que encontra o príncipe encantado que vai tirá-la de sua bolha. E de certo modo, Eleanor & Park é um clichê. Mas o que o faz ser um sucesso?

Eu acredito que seja a maneira como ele foi contado e a personalidade dos personagens. Eleanor toda insegura, na dela, inteligente, esperta e meiga, confidenciando conosco seus problemas com a família, com a falta de auto estima, com o bullying  e com a rejeição. De um lado, uma família fragilizada, onde claramente a mãe sofre abuso do padrasto de Eleanor, assim como ela. De outro, Park, gentil, educado, inteligente, bom lutador e com uma família considerada perfeita. Parecem extremos, mas não são. Eleanor & Park são duas faces da mesma moeda, mas uma está meio arranhada.
"Ele parou de tentar trazê-la de volta. Ela só voltava quando bem entendia, em sonhos e mentiras e déjà-vus partidos. "
A maneira como o romance vai se desenvolvendo é bem bonitinha. Park lê quadrinhos todos os dias e sempre que dava, Eleanor espiava e lia juntamente com ele. Não se falavam, não se olhavam, apenas compartilhavam daquele momento de leitura que parecia tão íntima quanto uma troca de olhares. Aquela partilha, aquele momento significava algo e isso tudo mudou quando ele emprestou para elas seus quadrinhos, fez para ela uma fita com músicas do Joy Division e Smiths... O diálogo veio, os olhares, os toques e Eleanor & Park foi acontecendo.

Não posso deixar de falar sobre as referências clássicas dos anos 80. Essa década tão linda e colorida que nos encanta até hoje. Park lê Watchmen, X-men e Eleanor ouve Beatles. A cultura pop é o que deixa a história mais atrativa. No entanto, como citei acima, o que faltou em Eleanor & Park? Em minha visão e gosto, CUIDADO COM O SPOILER, o romance se desenvolveu rápido demais. Sim, foi fofinho e legal, mas Park diz ''eu te amo'' muito cedo e isso me incomodou. Foi nesse momento em que achei que a autora simplesmente queria finalizar o livro o quanto antes e por isso decidiu enfiar um eu te amo tão às pressas daquela forma. 

De um modo geral, Eleanor & Park é um bom livro. Uma história que me fez bem, que fez com que eu me sentisse empática com os personagens e ter sofrido um pouco com o final da história. Gostei da escrita da autora, nunca tinha lido nada dela e com certeza esse livro foi o pontapé inicial para ler outras obras. Se você já leu Eleanor & Park, deixa ai nos comentários! Até mais.

[RESENHA] Mosquitolândia, David Arnold

07 dezembro 2015

ISBN-13: 9788580577792
ISBN-10: 8580577799
Ano: 2015
Páginas: 352
Autor: David Arnold
Idioma: português
Editora: Intrínseca
Sinopse: “Meu nome é Mary Iris Malone, e eu não estou nada bem.” Após o inesperado divórcio dos pais, Mim Malone é arrastada de sua casa em Ohio para o árido Missis - sippi, onde passa a morar com o pai e a madrasta e a ser medicada contra a própria vontade. Porém, antes mesmo de a poeira da mudança baixar, ela descobre que a mãe está doente. Mim foge de sua nova vida e embarca em um ônibus com destino a seu verdadeiro lugar, o lar de sua mãe, e acaba encontrando alguns companheiros de viagem muito interessantes pelo caminho. Quando a jornada de mais de mil quilômetros toma rumos inesperados, ela precisa confrontar os próprios demô- nios e redefinir seus conceitos de amor, lealdade e sanidade. Com uma narrativa caleidoscópica e inesquecível, Mosquitolândia é uma odisseia contemporânea, uma história sobre as dificuldades do dia a dia e o que fazemos para enfrentá-las. 
Mosquitolândia é um daqueles livros que te faz ler com lencinhos do lado. Não porque ele necessariamente é um livro triste, mas porque é tocante, sensível e delicado e, caso você tenha passado ou passe por algo semelhante, ele vai tocar no fundo da sua alma, mas bem no fundo mesmo. 

Em seu romance de estreia, David Arnold nos guia pela história da Min, uma adolescente que faz uma viagem para encontrar sua mãe doente. Parece comum, não é mesmo? Antes de ler eu tinha essa impressão, até que Arnold me inseriu totalmente na história e eu não consegui mais parar de ler. Os pais de Min são separados e agora ela vive com o pai e a madrasta em um lugar distante de sua mãe. Min descobre sem querer que sua mãe está muito doente e então, em um ato considerado irresponsável por alguns, ela entra em um ônibus e vai de encontro ao lugar a que pertence. 
"E, por mais simples que pareça, acho que entender quem você é - e quem não é - é a coisa mais importante de todas as coisas importantes." Min, pág. 74
O livro é narrado em 1ª pessoa, então conseguimos saber exatamente o que a Min está pensando e sentindo. Além disso, dentro de alguns capítulos, ela escreve cartas para Izabel, o que faz com que a gente também saiba mais sobre as coisas que estão acontecendo em sua viagem. Mosquitolândia é cheia de referências a cultura pop, a músicas etc. Vamos de uma citação de Senhor dos Anéis a uma referência ao rei Johnny Cash, um dos cantores favoritos da mãe da Min. David Arnold traz uma personagem complexa, que possui problemas psicológicos, familiares, além de lidar com várias questões conflituantes para si mesma, o que pode ocasionar algumas identificações do leitor para com a protagonista.
"Conecto o carregador de celular, guardo a mochila no compartimento de bagagem e passo a hora seguinte inteira assistindo ao garoto do outro lado do corredor comer um sanduíche de salame em um saco plástico. Por si só, aquilo não seria digno de nota, mas, como o garoto é idêntico ao Frodo Bolseiro mais jovem, acredito que seja, sim, digno de todas as notas possíveis. (Vamos atravessar as Minas de Moria! Mas, antes, vamos repor as energias com um embutido muito bem fatiado. Comam, bebam, aproveitem! Elfos! Salame!Viva" pág. 83
A protagonista nomeia os personagens do ônibus de uma forma muito legal e interessante, ela os denomina com os números de acento, o que caracteriza uma certa anonimidade, o rapaz do 17C é um exemplo. Mas há personagens mais citados e com mais informações sobre eles do que simplesmente o número de seus acentos, como a Arlete (sua companheira senhora), o homem do poncho... Aquelas pessoas fazem parte da vida de Min, ou fizeram parte, mas não são pessoas que constituem alguma uma coisa importante para ela. É como se eles fossem coadjuvantes da história de uma conhecida, mesmo não sendo as protagonistas, elas estão lá. 

Mas Arnold foi inteligente, ele não colocou a fuga de Mim como algo certo e totalmente prudente. Em vários momentos ele mostrou o perigo daquela loucura que estava acontecendo. Mostrou que nem todas as pessoas são boas e que a maioria tenta te pegar de alguma forma, te capturar. Ele coloca as situações perfeitamente reais, para que o leitor tenha a plena consciência da perigosidade do ato da protagonista.

Eu poderia ficar falando horas sobre o quão especial ler essa obra foi. Todos os sentimentos que senti, as reflexões, tudo foi muito importante para mim, para a minha formação de leitora.  A Intrínseca está de parabéns por essa edição incrível. Uma capa que retrata bem o que esse livro é, do que essa história se refere. A dor, o desespero, a depressão, as batalhas diárias contra um vazio eterno, a liberdade... David Arnold me guiou por uma mente confusa e cheia de conflitos internos. Eu posso não ter a mesma idade que a protagonista, mas me identifiquei. Me identifiquei do fundo da minha alma. 

Se você procura uma leitura que te faça abrir a mente, viajar por tantos lugares e principalmente uma leitura sensível, te recomendo Mosquitolândia. Coloque sua maquiagem de guerra (quando você ler, entenderá), e vá para a luta! Se você leu, me conta ai nos comentários o que achou! Até a próxima pessoal!

Book Haul Novembro 2015

03 dezembro 2015

O mês de novembro não foi tão produtivos em leituras, mas ganhei/comprei livros que estavam afim há tempos. Apesar de já ter lido alguns, eu não os tinha em minha estante, que é o caso do box das crônicas de gelo e fogo. Tentei me policiar e não comprar tantos livros, mas não consegui resistir e acabei me jogando nas compras novamente. Falhei na missão galera. Mas o importante é se sentir feliz com as aquisições né?


E vocês? Se jogaram nas compras em novembro?

[RESENHA] Trono de Vidro, Sarah J. Mass

20 novembro 2015

Título: Trono de Vidro
Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Páginas: 392
Ano: 2013
Sinopse: Depois de cumprir um ano de trabalhos forçados nas minas de sal de Endovier por seus crimes, Celaena Sardothien, 18 anos, é arrastada diante do príncipe. Príncipe Dorian lhe oferece a liberdade sob uma condição: ela deve atuar como seu campeão em um concurso para encontrar o novo assassino real. Seus adversários são ladrões e assassinos, guerreiros de todo o império, cada um patrocinado por um membro do conselho do rei. Se ela vencer seus adversários em uma série de etapas eliminatórias servirá no reino durante três anos e em seguida terá sua liberdade concedida.
Celaena acha suas sessões de treinamento com o capitão da guarda Westfall desafiadoras e exaustivas. Mas ela está entediada com a vida da corte. As coisas ficam um pouco mais interessantes quando o príncipe começa a mostrar interesse por ela… Mas é o rude capitão Westfall que parece entendê-la melhor.
Então um dos outros concorrentes aparece morto rapidamente seguido por outros… Pode Celaena descobrir quem é o assassino antes que ela se torne a nova vítima? A medida que a investigação da jovem assassina se desenrola a busca por respostas a leva descobrir um destino maior do que ela jamais poderia ter imaginado.
A minha ressaca literária foi bem malvada comigo no mês de outubro e no início de novembro e isso me parar de ler qualquer coisa que eu tivesse na estante. Mas me forcei a ler, porque estava interessada na história. E o meu gênero favorito no mundo da literatura, é fantasia. Elfos, cavaleiros, castelos, criaturas místicas, mundos cheio de mistérios e magia. Quando soube da existência de Trono de Vidro da Sarah J. Mass, logo fiquei interessada. Seja por essa capa misteriosa e bonita, seja pela sinopse instigante. Demorei pra ler e me arrependo disso amargamente, pois Trono de Vidro entrou em meus favoritos do ano. 

Trono de Vidro conta a história de Celeana Sardothien, uma assassina que após ser capturada e forçada a trabalhar nas minas de sal de Endovier, é convidada pelo príncipe a participar de um concurso e se tornar a campeã do rei, ser a assassina real. Com sua vitória, Celeana ganharia liberdade e em 5 anos estaria livre. Celeana passa a treinar com Chaol, o cavaleiro, amigo, servo do rei e guarda costas do príncipe Dorian, e começa a ficar em forma e mostrar a todos o porque de ser considerada a maior assassina dos últimos tempos.

Sarah J. Mass me surpreendeu de uma forma muito positiva. No ano de 2015, li poucas fantasias, porque queria explorar novos gêneros, e ter lido Trono de Vidro foi muito bom para me lembrar o por que de ser meu gênero literário favorito. A escrita da autora é gostosa e detalhada, gostei da forma como ela descreveu os momentos, as confusões, as sensações dos personagens. Maas praticamente pegou em minha mão e me guiou pelo castelo, pelos campos e pelas montanhas ambientadas na história. 

O desenvolvimento dos personagens não foi o ponto alto da história, no entanto, pouco me incomodou. Celeana e Chaol são os meus personagens favoritos e até o secundário como Nox me encantou. Para mim, Sarah soube como criar personalidades incríveis, mas não soube exatamente como aprofundar - alguns - personagens. Para mim, o personagem que menos chamou a atenção e protagonizou um certo triângulo amoroso, foi o príncipe Dorian. Talvez o meu problema em relação a ele seja puramente culpa minha, mas que eu achei ele chatinho, eu achei.
 "– Aprender com graciosidade não fez parte do seu treinamento?    – Não – respondeu Celaena, com amargura. – Aerobynn me dizia que o segundo lugar é apenas um título bonitinho para o primeiro perdedor.”

Falando em triângulo amoroso, sim, ele existe na história, mas não acho que tenha sido a maior coisa que acontece. O universo é bem instigante e toda a competição de quem será o campeão do rei é muito mais interessante que o romance. No entanto, acho que Sarah forçou um pouco a barra ao fazer sentimentos aparecerem em horas impróprias. 

Celeana é uma personagem marcante e de personalidade forte. Adoro protagonistas fortes e que são independentes, mesmo que se envolvam em romances. Gosto de como a autora a descreve, principalmente seus conflitos internos. O mistério que paira sobre ela, que te faz querer saber todos os segredos que ela carrega. Ainda bem que somos expectadores e podemos saber os seus segredos, imagina se fôssemos alguém de dentro da história? 

Mas isso que eu contei é apenas a camada superficial dessa grande história. Existem mais personagens, mais mistérios e mais coisas que aconteceram e me fizeram amar essa obra. Trono de Vidro é uma grande história, protagonizada por uma grande personagem. Se você procura ler algo de fantasia, mas que não seja pesado, mas também não seja raso, essa é a opção certa. Se você leu, me conta o que achou nos comentários! Até mais.

Sumiço + Book Haul Setembro e Outubro 2015

28 outubro 2015

Resolvi falar um pouco do meu sumiço, pois mesmo nem todos se importando, acho legal dizer o por que de eu ter ficado vários dias sem postar nada por aqui. O motivo? A vida e o bloqueio criativo. Estava sem vontade de escrever e não li nenhum livro para fazer resenha. Eu estava simplesmente sem motivação para continuar postando as coisas por aqui. Mas como isso não leva a nada, enfrentei esse bloqueio e decidi fazer o book haul e mostrar pra vocês o que tenho pra ler nos próximos meses... Vamos lá?


















Livros:
A Menina Submersa - Caitlín R. Kiernan
Os Assassinos do Cartão Postal - James Patterson
O Trono de Vidro - Sarah J. Maas
Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose - Stephen Rebello
O Beijo das Sombras - Richelle Mead
Wayne de Gotham - Tracy Hickman
À procura de Audrey - Sophie Kinsella 
Mosquitolândia - David Arnold
Amy and Matthew - Cammie Mcgovern
Eleanor & Park - Raibow Rowell
O Visconde que me Amava - Julia Quinn

Despertador

25 outubro 2015

Despertador. Banho. Café. Chaves. Óculos de Sol. Fones de ouvido. Estrada. Escritório. Multiplique isso por 30 e você terá a rotina mensal de milhares de pessoas, inclusive a minha. Podemos acrescentar também a rotina do trabalho, abra o notebook, são oito horas, feche o notebook já são 18 horas. Estrada. Fones de Ouvido. Óculos de Sol. Chaves. Banho. Cama. Amanhã é outro dia e começamos tudo de novo, na mesma sequência. Despertador. Banho. Café. Chaves. Espera! Cadê meus óculos de sol e meu fone de ouvido? Esqueci eles em casa! E agora? Vou ter que aguentar as pessoas conversando no ônibus e esse sol batendo bem no meu rosto. Mas esse sol é tão reconfortante, nunca tinha prestado atenção na forma em que ele tinge a cidade adiante com seu alaranjado dégradé. Quando desço do ônibus o cobrador se despede, será que ele sempre diz isso ou é a primeira vez que reparo? Logo em seguida o porteiro do edifício do escritório me deseja um bom dia, ele também faz isso todos os dias? Entro no elevador... Mais um bom dia. Agora é minha vez, entro no escritório, bom dia pra secretária e para as pessoas que vou encontrando no caminho até minha sala. Olha, elas sorriem de volta! Acho que hoje nem vou precisar de café para aguentar o expediente. 8 horas, abri o notebook. 14 horas lembro de ter visto esse conceito em algum lugar, vou jogar no google... olho pra minha mesa e tem alguns livros lá... desculpa google, acho que posso perder alguns minutos procurando a resposta no papel. 18 horas, fim do dia, até que hoje não foi cansativo. Dou tchau para a secretária, para as pessoas no elevador, para o porteiro. Entro no ônibus, comprimento o motorista e o cobrador. Estrada. Pôr-do-Sol. Casa.Chego e vejo meu gato se divertindo pulando atrás de um besouro... O observo e ele finalmente percebe minha presença e vem ronronando aos meus pés, que saudades daquela barriguinha peluda! Tomo um banho e me espreguiço no sofá, volto a ler aquele livro abandonado a meses. Hora de dormir, afinal amanhã o despertador toca de novo. Dessa vez vou lembrar de colocar os fones de ouvido e o óculos de sol na bolsa, mas sem esquecer do mundo que está a minha volta, afinal I'm alive and vivo muito vivo, vivo, vivo. Feel the sound of music banging in my belly. Know that one day I must die. I'm alive.

[RESENHA] O Beijo Das Sombras - Richelle Mead (Academia de Vampiros)

12 outubro 2015

Título: O Beijo das Sombras
Autor: Richelle Mead
Ano: 2009
Páginas: 309
Idioma: português
Editora: Agir, Nova Fronteira
Gênero: Literatura Estrangeira, romance
Sinopse: Lissa Dragomir é uma adolescente especial, por várias razões: ela é a princesa de uma família real muito importante na sociedade de vampiros conhecidos como Moroi. Por causa desse status, Lissa atrai a amizade dos alunos Moroi mais populares na escola em que estuda, a São Vladimir. Sua melhor amiga, no entanto, não carrega consigo o mesmo prestígio: meio vampira, meio humana, Rose Hathaway é uma vampira cuja missão é se tornar uma guardiã e proteger Lissa dos Strigoi, os poderosos vampiros que se corromperam e precisam do sangue Moroi para manter sua imortalidade. Pressentindo que algo muito ruim vai acontecer com Lissa se continuarem na São Vladimir, Rose decide que elas devem fugir dali e viver escondidas entre os humanos. O risco de um ataque dos Strigoi é maior, mas elas passam dois anos assim, aparentemente a salvo, até finalmente serem capturadas e trazidas de volta pelos guardiões da escola. Mas isso é só o começo. Em O beijo das sombras, Lissa e Rose retomam não apenas a rotina de estudos na São Vladimir como também o convívio com a fútil hierarquia estudantil, dividida entre aqueles que pertencem e os que não pertencem às famílias reais de vampiros. São obrigadas a relembrar as causas de sua fuga e a enfrentar suas temíveis consequências. E, quem sabe, poderão encontrar um par romântico aqui e outro ali. Mais importante, Rose descobre por que Lissa é assim tão especial: que poderes se escondem por trás de seu doce e inocente olhar?
Então eu finalmente li o primeiro livro da famosa série Academia de Vampiros, escrita pela Richelle Mead. Depois de Crepúsculo me traumatizar, eu nunca mais li nada sobre nossos sanguessugas, mas como a vontade de ler algo do tipo me assombrou e eu achei O beijo das Sombras barato para comprar, decidi que seria esse mesmo que eu leria. 
O beijo da sombras conta a história de Vasilisa Dragomir, mais conhecida como Lissa, e de sua guardiã, melhor amiga dampira, Rose Hathaway, que após um ''acontecimento'', fogem da Escola e passam a viver no mundo humano. Lissa sendo da realeza, sempre teve olhares indesejados sobre si, e, até o meio do livro, nós não sabíamos exatamente o que tinha acontecido para que ambas cometessem um ato tão imprudente como fugir de um lugar seguro para se aventurar na calamidade do mundo humano.

Até a página 100, eu pouco estava entendendo o que havia acontecido e o que estava acontecendo ali. Acredito que como meio de deixar o leitor fisgado e curioso, Richelle foi nos jogando pequenos fragmentos de respostas, mas nada concreto a ponto de descobrirmos o que de fato aconteceu e o por que disso ter acontecido. Ela sempre se refere "àquilo'' e isso me incomodou pouco. No entanto, um personagem me fez continuar a leitura... Seu nome é Dimitri. Nosso guardião, treinador lindo e charmoso. 
Sim, o Dimitri foi o personagem responsável por me fazer continuar a leitura. Eu pouco estava me interessando devido a falta de informação que a autora apresentava, mas a partir do meio do livro, as coisas começaram a se ajeitar e devido as ações dos personagens, os seus pensamentos, eu fui começando a entender a proposta e a gostar da leitura. Além do maravilhoso Dimitri, adorei como as amigas Lissa e Rose foram construídas durante a trama. Lissa em seu tom melancólico e depressivo, lutando para entender o motivo de coisas sinistras e ruins acontecerem com ela, puxando toda a áurea sombria sobre si mesma. Já Rose, determinada, altruísta, que fazia tudo pela amiga. Motivada a ser a melhor guardiã, sempre preocupada com Liss e sempre se abdicando para poder proteger a pessoa que ama. Personagens marcantes, cada um a sua maneira.

Caminhando para o final, começamos a ter respostas, pelo menos algumas delas. Percebemos o quão inteligente foi a abordagem da autora perante tudo o que girava em torno da personagem Lissa, que mesmo não sendo a protagonista, era o centro da história. Começamos a nos dar conta que tudo realmente tinha um motivo para ter acontecido. Os mistérios que rondavam a Escola e a família Dragomir, a curiosidade em saber o que tinha acontecido com Liss e Rose para elas fugirem. Os personagens como Natalia, Mia, Jesse, Victor... Todos eles foram fundamentais - literalmente - para a construção dessa trama.

Com um final surpreendente e até arriscado, Richelle nos entregou uma obra boa e com o arco principal fechado. Sei que os primeiros livros de séries tendem a ser introdutórios e O beijo das sombras não fugiu disso. Dei 3 estrelas pelas primeiras 100 páginas que não me cativaram, mas é com certeza uma história instigante e que me fará ler os outros da série. Se você, assim como eu, busca livros de vampiros que não sejam tão chatinhos e melosos, eu indico O Beijo das Sombras. Espero que sua leitura seja tão boa quando a minha foi. Até a próxima!

Ideal / Real

11 outubro 2015

Resolvi falar um pouco sobre como a idealização que minha mente projetou, estragou um pouco de mim. Depois de várias sessões terapêuticas, eu e minha psicologa conseguimos concluir que as causas da minha tristeza profunda, era o excesso de idealização que eu tinha em mim. Desde nova, querendo sempre que meus sonhos mais íntimos e exuberantes fossem sendo concretizados. É claro que, quando tais sonhos não se realizaram, a frustração me pegou em cheio e até hoje não consegui eliminar essa parasita da minha vida. E é bem isso mesmo, a frustração é uma parasita que fica em sua cabeça, comendo tudo de bom que temos, incluindo nossos sonhos e metas. Ela é o lado negativo da idealização e uma sanguessuga. 
Talvez seja por causa dessa parasita que tantas pessoas estão tristes e afundadas em uma frustração sem limites. Vejo tanta gente, incluindo eu mesma, projetando uma vida e quando nada daquilo sai conforme planejaram, caem no desespero. Nossa mente inteligente que é, sabe como nos deixar bem, mas também sempre nos projetará ao mal, principalmente a partir do seu estado emocional. A mente tem poderes fortíssimos e isso pode ser usado para o seu bem ou para o seu mal. E a frustração, bem, ela é um mal terrível.

A partir disso, minha psicologa ficou repetindo pra mim o tempo todo, que eu deveria trazer para o real, tirar do imaginário. Comecei a notar em mim essa necessidade de me sentir real. Mas como trazer tudo isso para a realidade? Fazer com que tudo suma da sua cabeça e você comece a perceber coisas que realmente são verdadeiras? É um processo difícil e a longo prazo. A mudança vem de você e a partir disso, você começa a enxergar a mudança nas coisas ao seu redor, nas pessoas, no mundo. Enxergar faz parte de resgatar a realidade, mesmo sem perder sua idealização de vida e mundo. 

Não se torne uma pessoa extremamente realista, porque é ótimo sonhar, mas sempre se lembre de tirar do imaginário as coisas que quer para evitar que parasitas como depressão, ansiedade e a frustração, se alojem em você e devorem tudo o que há de bom em, como dementadores. Exercite sua mente, perceba os detalhes, permita-se olhar ao seu redor sem se deixar trair por um plano incerto e ideal. 

[RESENHA] Os Olhos do Dragão - Stephen King

04 outubro 2015

Autor: Stephen King
Ano: 2011
Páginas: 440
Idioma: Português
Editora: Pronto de Leitura
Sinopse: Em Delain, um reino muito distante, viviam o rei Roland e seus dois filhos, Peter e Thomas. Roland não era exatamente o que se esperava de um rei. Apesar de se esforçar para não prejudicar seu povo, não conseguia realizar grandes feitos. Enquanto teve a seu lado a rainha Sasha, as coisas ainda corriam bem. Sasha preocupava-se com os habitantes de Delain e dava conselhos decisivos a Roland. Sua bondade conquistou o povo, mas alimentou o ódio de um perigoso inimigo - Flagg, o feiticeiro do reino. Um dia, de forma súbita e suspeita, a rainha morreu. Mas Flagg ainda não se dava por satisfeito. Tinha planos para dominar Delain e, para isso, precisava eliminar todos que estivessem em seu caminho. Para começar, era preciso livrar-se do tolo Roland, depois afastar o jovem Peter e levar ao trono o pequeno Thomas - que Flagg tinha a certeza de conseguir controlar. Na batalha entre o bem e o mal, a vida de um reino repousa nas mãos de dois jovens, que terão de superar obstáculos para conquistar o direito à justiça e verão sua coragem ser duramente testada. Nesse jogo eletrizante de armações, manipulações e magia, apenas um lado sairá vencedor.

Os Olhos do Dragão é um conto de fadas criado pelo mestre do terror (que não se dedica somente ao terror) Stephen King. A narrativa é feita por um contador de histórias que mantêm um diálogo aberto com o leitor, deixando várias questões para que você decida no que acreditar, de modo que a cada página você se sinta mais submerso pela história como se estivesse sentado em uma taverna da era medieval ouvindo um velho contar as antigas lendas do seu longínquo reino.
Além dessa característica da narrativa, King consegue fazer dos Olhos do Dragão um spin-off incrível da saga A Torre Negra, em que introduz um dos personagens mais curiosos e maligno da Torre – Flagg – como o grande vilão responsável por todo o mal que sobrevoa Delain durante séculos. O mais curioso desse personagem são suas várias facetas, ele passou séculos tentando destruir Delain, adquirindo identidades diferentes para nunca ser lembrado. Porém, infelizmente (ou felizmente) a memória pode falhar de vez em quando, e essa falha da memória de Flagg será decisiva para o sucesso dos seus planos.

O livro não contém excesso de personagens, todos eles possuem papéis essenciais para o desenvolvimento da história, todos muito bem desempenhados no início, no meio e no fim, fechando o ciclo principal. É claro que ficam algumas pontas soltas, já que, como disse acima, o narrador deixa algumas questões sob nossas escolhas.

Enfim, indico muito o livro para quem procura uma leitura leve, rápida e cheia de aventuras ambientadas em um mundo de príncipes, reis, castelos e magos do mal, pois você vai se surpreender com o quanto essa leitura simples vai interagir com você.


[RESENHA] Drive - James Sallis

01 outubro 2015

Autor: James Sallis
Ano: 2012
Páginas: 160
Idioma: Português
Editora: LeYa Brasil
Sinopse: Drive - "Ele não é hábil com as palavras, mas dirige como um filho da mãe e é um dublê de cenas automobilísticas em Los Angeles. Mas não um simples dublê, ele é o melhor no que faz. Como apenas os cachês de Hollywood não são suficientes, acaba virando um motorista de fuga. E nessa rota direta para a confusão, após um roubo mal-sucedido e uma mala com milhares de dólares, o moço se envolve numa alucinante caçada em que ele é o alvo. Uma história envolvente e eletrizante de um dublê e sua vida dupla no mundo do crime."
Drive conta a história de um dublê em Los Angeles. Como a sinopse mesmo traz, ele é o melhor no que faz, ele é simplesmente fantástico. No entanto, o que ele ganha não é o suficiente (nunca é!), e por isso, acaba se envolvendo em um roubo que não deu muito certo. A obra de James Sallis deu origem ao filme estrelado pelo maravilhoso Ryan Gosling e esse foi o motivo que eu entrei nesse carro e acelerei, porque como amante do filme, queria saber mais sobre a história do dublê sem nome.

Por ser um livro curto, de apenas 160 páginas, Drive não explora detalhes e muitas vezes faz a leitura ser corrida demais (risos). No entanto, é interessante ler a história, mesmo que eu tenha a sensação de que o filme é mais completo que o livro. Nunca achei que isso seria possível, mas é. Imagina a minha frustração, não é mesmo?
"Eu dirijo. Isso é tudo o que eu faço. Não fico sentado enquanto você planeja a coisa ou a prepara. Você me diz onde começamos, em que direção devemos ir, para onde devemos seguir depois, em que horário. Não me meto, não conheço ninguém, não ando armado. Eu dirijo." piloto, Pág. 20.
Com um roteiro raso e confuso, vamos sendo guiados a assistir a história do piloto. Sim, não sabemos o seu nome e achei positivo e bem sacado a ideia do autor de não nos apresentar o nome do dublê, sendo no livro sempre chamado de apenas piloto. Isso mostra sua anonimidade e sua ''vida'' de certa forma. Enquanto o piloto tem seu destaque, os personagens a sua volta pouco parecem importantes e, como citei acima, o pequeno número de páginas pode explicar essa falta de profundidade.

A vida do nosso pilot vai sendo desenrolada durante as páginas em formas de flashbacks e assim, podemos conhecer um pouco mais desse cara misterioso. Em minha opinião, James Sallis não soube contar a história e seu método de flashback não funcionou. Pelo menos não comigo, já que fiquei confusa sem me ambientar na história por muitas vezes.

Partindo de todos esses ''erros'', vale a pena ler Drive? Talvez sim, talvez não... Particularmente, indicaria para ver o filme e se contentar com a visão maravilhosa do Gosling. No entanto, se você preferir ler também, faça! Ler é sempre bom, mesmo que a história não seja lá aquelas coisas...

[RESENHA] À procura de Audrey - Sophie Kinsella

27 setembro 2015

Título: À Procura de Audrey
Autor: Sophie Kinsella
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 336
Ano de Publicação: 2015
Gênero: Romance  / Ficção / Jovem adulto / Literatura Estrangeira
Sinopse: Audrey, 14 anos, leva uma vida relativamente comum, até que começa a sofrer bullying na escola. Aos poucos, a menina perde completamente a vontade de estudar e conhecer novas pessoas. Sem coragem de sair de casa e escondida por um par de óculos escuros, a luz parece ter mesmo sumido de sua vida. Até que ela encontra Linus e aprende uma valiosa lição: mesmo perdida, uma pessoa pode encontrar o amor.
Então eu li meu primeiro livro da Sophie Kinsella. Não poderia estar mais ansiosa e com as expectativas bem no alto; mas, talvez foi isso que tenha me desanimado com algumas partes de À procura de Audrey, o jovem adulto de estreia da autora. Apesar de ter dado 4 estrelas e de um modo geral ter gostado do resultado, algumas coisas me incomodaram e, consequentemente, me fizeram ficar meio irritada.
À procura de Audrey conta a história de uma adolescente com fobia social, transtorno de ansiedade generalizada e depressão, a Audrey. Após sofrer um ataque de bullying na escola em que estudava, a jovem acaba desenvolvendo tais transtornos e não saindo mais de casa e apenas vivendo presa em sua bolha de segurança. Com uma família grande, Audrey não consegue manter nem contato com eles direito, usando sempre um óculos escuro e morando em seu ''escritório'', onde geralmente está tudo em uma escuridão total. As coisas mudam quando Audrey conhece Linus, o amigo do seu irmão Frank.
"O problema é que a depressão não vem com sintomas práticos como pintinhas pelo corpo e febre, portanto não se percebe de primeira. Continua-se dizendo ''estou bem'' para as outras pessoas, ainda que não esteja. Você pensa que deveria estar bem. Segue repetindo para si mesmo: ''por que não estou bem?" -  Audrey, pág. 32."
Narrado em primeiro pessoa, vamos acompanhando a trajetória de superação da Audrey. Vamos sendo guiados pelo olhar da adolescente. Seus sentimentos, medos, suas alegrias e todo o resto que a narração em primeira pessoa nos proporciona. Eu, particularmente, adorei a Audrey e a entendo do fundo do meu coração. Eu sou diagnosticada com Transtorno Depressivo Recorrente, não chega nem perto do que a Audrey passa, mas eu me coloquei um pouco em seu lugar e isso tornou a leitura mais completa. 

Adorei a forma como a Sophie Kinsella introduziu Linus, o par romântico de Audrey. A interação deles, os limites sendo superados aos poucos, sem ser forçado ou maçante, a relação dos dois vão ganhando dimensões importantíssimas para a recuperação de Audrey. As idas a Starbucks, o esforço de Linus em ajudá-la, o carinho e cuidado que ele tem com ela, tudo isso é tão importante para que Audrey volte ao convívio em sociedade. Outro ponto positivo, é a terapeuta, Dra. Sarah, que deixa a história com um tom mais sério e real. 
No entanto, como tudo não são flores... Algumas coisas na história me incomodaram. A primeira delas, é a mãe de Audrey, a Anne. "Mas por que ela te incomodou Anelise?", veja bem, eu achei ela exagerada demais, forçada demais e chata demais. Todas as cenas com a Anne eu achava imensamente insuportáveis e sufocantes. Eu sou uma pessoa muito calma e muito na minha, meus pais super respeitam meu espaço e me senti sufocada com as cenas da mãe da Audrey. Talvez se eu tivesse uma família mais barulhenta e extravagante, eu não a achasse chata, mas infelizmente acabei ficando de saco cheio dela. Principalmente nos surtos dela com o Frank.

Outro ponto negativo ao meu ver, veja bem, AO MEU VER, são as cenas do documentário que a Audrey faz como tratamento. Achei longas e deveras desnecessárias. Acho que a Sophie pesou a mão, porque são três páginas só descrevendo as cenas do documentário e isso também me deixou meio ''que saco!''. Sim, posso estar sendo meio chata agora, mas me incomodou muito as longas cenas desse filme que nossa protagonista estava fazendo. 
"Sei racionalmente que olhos não são assustadores. São pequeno globos gelatinosos inofensivos. São tipo uma fração minuscula de toda a superfície do nosso corpo. Todos nós os temos. Então por que deveriam me incomodar? Mas tive muito tempo para pensar nisso e, se quer saber, a maioria das pessoas subestima os olhos. Para começo de conversa, são poderosos. Têm grande alcance. Você os foca em alguém a 30 metros de distância, em meio a um mar de gente, e a pessoa sabe que está sendo observada. Audrey, pág. 34 "
Em suma, é um uma ótima estreia da Sophie Kinsella no jovem adulto. É sempre importante trazer temas como transtornos psicológicos, bullying entre outras coisas, de uma forma mais leve, mas que ao mesmo tempo seja séria. De um modo geral, eu gostei muito da obra e da maneira que Sophie abordou o tema. Gostei dos personagens, exceto da mãe de Audrey, gostei da forma de escrita e da capa do livro. Essa edição é realmente bonita. 

Um ótimo lançamento para o ano de 2015 e acredito que todos deveriam ler e se interessar por esse assunto. A abordagem mais leve da Kinsella pode ajudar em quem tem interesse de ler algo do gênero e do tema, mas que não quer nada muito sério e complexo. Fica a dica para quem quiser entender mais sobre o mundo dos transtornos psicológicos e suas consequências e superações. Se você já leu, me conta nos comentários! Até mais!

| RESENHA | O Duque e Eu - Julia Quinn

21 setembro 2015

Título: O Duque e Eu
Série: Os Bridgertons #1
Autor (a): Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Ano: 2013
Sinopse: Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Contem um fato que pode ser considerado spoiler (não que eu ache que seja spoiler...)

Eu divido essa história em duas partes: antes e depois do casamento.  A primeira parte, nos mostra a nossa querida protagonista e nosso Monsieur com seus conflitos internos, pensamentos e desejos. Vemos a sociedade inglesa do século XIX e como as mães estavam loucas para que suas filhas se casassem comum bom partido. No caso de Daphne Bridgerton, nossa querida e foda personagem, sempre foi vista pelos homens como a amiga e não como a amante (como ela mesma cita várias vezes). Sua mãe, Violet, tenta a todo custo que ela encontre um homem digno e, depois de seus irmãos tantas vezes a salvarem de casamentos furados, ela se vê diante de um Duque, um cara totalmente lindo, perverso, misterioso e com um título que faz qualquer pessoa daquela época, querê-lo. A partir do momento em que ambos se olharam, as coisas aconteceram. 

É uma história diferente do que eu costumo ler, mas a leitura me surpreendeu. Em um dia, li O Duque e Eu e pude perceber o que a Julia Quinn fez para encantar tantas pessoas ao redor do mundo. Ela soube criar os personagens interessantes e cativantes. Soube nos levar para aquela época que tão pouco me é conhecida. Se tem uma coisa que me agradou 100% foi a personagem Daphne. Fazia tempo que eu não lia uma história com uma personagem tão cativante, inteligente, sensata e legal. A senhorita Bridgerton é uma raridade no mundo da literatura, tem lá os seus dramas, mas sua maturidade, sensatez e personalidade a eleva para um patamar pouco alcançado na literatura mundial: você não se cansa dela. Se eu pudesse escolher a personagem favorita das minhas leituras para o ano de 2015 até agora, seria ela. 

Em contrapartida, temos Simon, nosso Duque. Ele não é o exemplo de gente boa, mas eu gostei bastante dele. Seu ar misterioso e sua ''virilidade'' o deixa mais interessante. Um homem que foi rejeitado pelo pai e cresceu querendo contrariá-lo a todo custo, se vê diante de um dilema, o dilema do desejo e do amor. Simon jurou que nunca iria se casar ou ter filhos, mas ele não previa encontrar Daphne, uma mulher totalmente diferente de todas que já conheceu enquanto rodava o mundo. 
Voltando ao motivo de eu ter divido a história em duas partes: a primeira parte da história, que consiste no jogo de sedução e amizade dos dois, onde eles arranjam uma ''união'' para que tenham um pouco de sossego na vida e inevitavelmente o sentimento surge. A segunda parte, o casamento, sim eles se casam e passam por uns momentos difíceis, já que Simon não deseja ter filhos, porque ter um herdeiro significaria a vitória do seu terrível e falecido pai. Daphne, mesmo se casando sabendo que ele não teria filhos, ficou desolada quando após uma noite de sexo, ela percebe que ele NÃO QUER ter filhos e não que ele NÃO PODE. Daphne fica desolada, triste e eles brigam. Ok, eu achei interessante a superação de Simon, mas perdi um pouco a paciência na metade para o final do livro por conta dessas ''brigas'' dos dois.

"Daphne acabou descobrindo que a dor de um coração partido nunca vai embora, apenas fica anestesiada. O sofrimento agudo e penetrante que se sente a cada respiração acaba dando lugar a uma sensação embotada e menos intensa, do tipo que quase - mas nunca completamente - se consegue ignorar"

Apesar de não ser necessariamente o meu tipo de história favorita, eu adorei O Duque e Eu de uma forma surpreendente. Eu sabia que podia confiar no gosto literário de algumas pessoas que sigo e veja só, li em um dia e fiquei bem fascinada. Uma das coisas que eu gostei é que, apesar de ser um livro picante, ele não é pedante. As cenas de sexo mostram exatamente o que um sente pelo outro, sem ser anormal ou muito fantasioso (exceto a perca da virgindade que ao meu ver foi romantizada demais, mas ok é uma história blá blá blá). 

O Duque e Eu, da Julia Quinn, me rendeu um momento bom e portanto, merece quatro estrelas. A delicadeza da autora ao escrever e a inteligência que a levou criar personagens tão empolgantes, fez com que fosse uma das leituras mais legais que fiz nos últimos tempos. Em suma, se você busca uma história empolgante e leve, aqui vai uma dica. Se você já leu, diz ai o que achou para mim!