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Welcome or... Good bye?

14 junho 2014





Vamos voltar pro começo e mostrar quem somos de verdade?

Ela ouvia os sinos tocar, ela olhava aquela cena abençoada por deuses de longe, da onde ele não poderia ver. Ela sentia o sangue correr mais rápido que o normal pelo seu corpo, a falta de ar era evidente e a visão começava a ficar turva. Ele sorria e olhava para a morena a sua frente acariciando seus cabelos presos em um coque cheio de adereços. Ele podia ouvir os pássaros cantando e sentia uma presença incomum, mas não deu atenção como era de costume. 
 Ela o via caminhar tranquilamente, enquanto o seguia entre as árvores, enquanto ela o via ir para bem longe dela. Ele caminhava tranquilo, puxando o ar, tentando de alguma forma provar a si mesmo que estava fazendo a escolha certa. Ela tentava de alguma forma, senti-lo mais perto. Senti-lo tão perto quanto ele sempre esteve. 

Seus cabelos ruivos caiam sobre seu ombro, um vestido preto indicava o luto pelo seu amor, as sapatilhas já sujas e as mãos suando, ela seguia, observando-o, como se o mundo fosse acabar assim que ele saísse de vista. Ele sozinho, apenas tinha esperança de ter uma vida feliz ao lado da mãe dos filhos, mesmo sabendo que a dona do coração dele vagava por ai, tanto sem rumo quanto sua mente nesse momento. 
Disseram que ela era muito nova para amar ele, que ela não havia terminado a faculdade e nem o francês, disseram que o amor era um risco e que ela não deveria correr, logo esse amor cheio de obstáculos. Coração teimoso, ela disse. 
Coração teimoso, ele disse.

A saliva possuía gosto de morte, morte da coisa mais bonita e sincera que eles sentiram na vida. Ela enxugava as lágrimas enquanto ele respirava fundo para não deixa-las cair. Ela estava desesperada, ele só queria voltar ao começo de tudo e ter mudado as coisas. Ela sentia-se rejeitada, ele sentia-se estúpido. Era o amor que estava falando ali, foi o amor deles que sempre falou mais alto. Ele se lembrou das manhãs frias em que ela o acordou com café quente e pão de queijo, ela se lembrou dos dias em que passeavam com o cachorro de estimação dele pela orla de Copacabana e ele dizia que ela era a coisa mais bonita e cheia de graça. 

Eles acharam que era o fim.